Para alguns, existem exageros na
quantidade de informações
que a mídia,
especialmente eletrônica,
dá à mais recente
crise na área
da saúde envolvendo a febre de
Chikungunya? A imprensa cumpre seu papel de alertar e informar à população a respeito
de riscos que
podem ocorrer com doenças, e
agora com a “Epidemia de Chikungunya”.
NA IDADE Média
ficaram famosas as pestes que devastavam aldeias
e cidades. Os mortos
eram enterrados em valas
comuns. Apesar
da precariedade de recursos, as epidemias
completavam seu ciclo
e acabavam. No começo do século passado
– em 1918 e 1919 – a Gripe Espanhola
causou a morte de, pelo menos, 25 milhões
de pessoas em
todo mundo.
Agora é a febre Chikungunya que coloca
Feira de Santana em pânico.
HÁ 500 ANOS os surtos epidêmicos acabavam controlados pelo
isolamento. As cidades
empestadas ficavam de quarentena: ninguém entrava e ninguém
saia. Hoje
as pestes são
globalizadas. Nosso planeta
está interligado, com pessoas continuamente viajando de um
país para outro. A febre Chikungunya encontra
terreno fértil
para se alastrar.
A CADA DIA
modificam-se as estatísticas, altera-se
o placar, a favor ou contra a febre.
Confirmada está sua velocidade;
imprevisível ainda
é seu potencial.
Enquanto muitos
garantem que o pior
já passou, a prudência
aconselha aguardar os próximos
lances. Sem
pânico, mas
também sem
omissão.
O COMBATE à febre Chikungunya é tarefa de todos, e não somente de
sanitaristas, médicos, autoridades e da imprensa. A prevenção é a arma principal da população
para combater esta doença que em tão pouco tempo se propagou em várias cidades
do Brasil. A participação da comunidade é fundamental e determinante para
combater o mosquito aedes aegypti que transmite a dengue e a referida febre.
HÁ SEM DÚVIDA, dedicação admirável de autoridades,
médicos, enfermeiros e atendentes. É dever da justiça reconhecer o esforço de
hospitais, clínicas e centros de saúde em acolher enfermos, empenhando-se para
que consigam a cura. Por isso, desejo, prestar minha homenagem a todos os que dedicam
a sua vida para que povo tenha mais saúde, procurando imitar a Jesus que disse:
“Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”.
+ Itamar Vian
Arcebispo Metropolitano
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