quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Como empresas de internet armazenam o que elas sabem sobre você?

Quando o ativista austríaco pró-privacidade Max Schrems solicitou seus próprios dados pessoais armazenados pelos servidores do Facebook, recebeu um CD-ROM com um documento de 1.222 páginas.
Esse arquivo, cujas páginas impressas teriam quase 400 metros de comprimento se fossem colocadas lado a lado, é uma amostra do apetite da rede social por detalhes particulares dos seus 1,65 bilhão de usuários.
A informação repassada ao ativista incluía números de telefone e endereços de e-mail de amigos e familiares; o histórico de todos os dispositivos que ele usou para acessar o Facebook; todos os eventos a que ele tinha sido convidado; todo mundo que ele tinha adicionado como amigo (e posteriormente desfeito a amizade); e um arquivo com suas mensagens privadas.
Havia ainda transcrições de mensagens que ele tinha apagado.
Schrems, que diz ter usado o Facebook ocasionalmente durante um período de três anos, acredita que parte considerável de suas informações pessoais ficaram retidas.
O ativista recebeu registros de dados divididos em cerca de 50 categorias, mas acredita que existam mais de 100 diferentes.
"Eles retiveram meus dados de reconhecimento facial, que é uma tecnologia que pode me identificar pelas minhas fotos. Eles não divulgam as informações de monitoramento, que é uma tecnologia ainda mais assustadora porque permite identificar se você já leu, por exemplo, uma página sobre carro esportivo e quanto tempo você demorou para ler".
Em sua página de política de dados, a rede social afirma que armazena dados "pelo tempo necessário para fornecer produtos e serviços" aos usuários e os usa para melhorar seus fornecimento de conteúdo, seus anúncios publicitários e suas medidas de segurança. 
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