Assistir ao pouso do avião Solar Impulse - movido a
energia solar - foi fascinante, principalmente porque era noite.
Enquanto ele se movia lentamente, as lâmpadas de
LED em suas longas asas iluminavam o caminho e deixavam claro que a aeronave
era muito diferente de qualquer coisa que podemos reconhecer em um aeroporto.
O projeto suíço tinha vários objetivos, o mais óbvio
deles ligado a uma aventura: conseguir algo que ninguém tinha feito antes, dar
a volta no planeta sem combustível.
E o Solar Impulse conseguiu isso quebrando nada
menos do que 19 recordes de aviação.
Um dos mais incríveis foi quando a aeronave fez um
voo de cinco dias e cinco noites cruzando o oeste do oceano Pacífico entre
junho e julho do ano passado.
Foi o mais longo voo solo (em duração) já realizado
na história por qualquer tipo de avião.
Em todos esses feitos havia outro objetivo:
demonstrar que este é o momento das tecnologias limpas.
Futuro?
Mas isso significa que estaremos em breve
embarcando em aviões movidos a energia solar?
A resposta é não. Como foi observado no projeto do
Solar Impulse, a aeronave pode levar apenas uma pessoa por enquanto, o piloto.
Portanto, essa não é uma solução para o transporte
em massa.
O Solar Impulse também é muito lento - não daria
para chegar naquela reunião urgente de trabalho principalmente se as condições
climáticas não forem as ideais.
Com o tamanho de
suas asas e a leveza de sua estrutura, a viagem também pode ser turbulenta.
O avião
tem o tamanho de um Boeing 747 e pesa cerca de 22,3 mil, alcançando uma
velocidade média de 70 km/h.
Na parte
final de sua viagem de volta ao mundo, o piloto Bertrand Piccart teve que
enfrentar uma turbulência terrível enquanto passava pelo deserto saudita, na
chegada a Abu Dhabi.
Logo, as
aeronaves que fazem voos comerciais atualmente devem continuar sendo as mais
usadas em um futuro próximo.
Mas,
analisando o projeto, é possível ver para onde parte dessa tecnologia está
indo.
Um
exemplo é a maior empresa aeroespacial da Europa, a Airbus, que está fabricando
um drone movido a energia solar chamado Zephyr.
O avião é
robótico, não há humanos a bordo. Vai voar a uma altura de mais de 18,2 mil
metros e circular de forma contínua.
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