segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Jairo herdará rejeição de Ronaldo?

Até as águas do Subaé - a lagoa que não é lagoa- sabem que Ronaldo tem um eleitor solidificado, que confia no prefeito e não quer mudanças, preferindo repetir seu voto, mas elas carregam também a informação que parcela significativa da população feirense anda cansada do modelo administrativo-personal do prefeito e busca mudança, um fenômeno natural devido a longevidade do atual mandatário.
 É certo, também, que há mais gente disposta a votar em Ronaldo do que aprovando seu govorno e para isto não é preciso estas secretas pesquisas que corrrem aí pela cidade. Isto retrata uma situação local bem específica: parte do eleitorado não encontra em quem votar ou não confia na oposição petista. Um dos sinais foi dada na eleição passada com a surpreendente votação de Jonhatas, do PSOL.
Evidente que até as águas da lagoa Salgada- aquela que vem sendo sempre invadida-, sabe que parte do eleitorado descontente com Ronaldo não confia na esquerda do PSOL. È um eleitorado mais ao centro, que se sentiria mais confortável votando em um candidato com o perfil de Jairo Carneiro.
Com a campanha começando tardiamente, com limitações estruturais,  sem ser o candidato preferencial do governo do estado e desconhecido pelo eleitorado mais novo, a perguntar é quanto Jairo poderia atrair da rejeição de Ronaldo ? 
Desta capacidade é que se faz a esperança oposicionista e o olhar do governo do estado. 


Asneira Ministerial
            O Ministro da Defesa, Raul Jugmman, disse que foi um erro o policial da Força de Segurança Nacional(FSN)  entrar  na favela, no Rio,  onde foi baleado e morto. 
Não Ministro, erro não é a FSN entrar em área controlada por bandidos, é haver área controlada por bandidos onde a FSN não pode entrar.

Asneira Presidencial
Temer, o interino, disse  que a morte de um policial da Força de Segurança Nacional por bandidos, na favela da Maré, foi um "acidente" e que isso não iria " deslustrar" a Olimpíada.
Foi de uma deselegância estúpida. Perdeu uma excelente oportunidade de ficar calado

Lagoa Grande
Das muitas pautas da Tribuna, considero a campanha pelo parque da Lagoa Grande uma das mais significativas.  Fizemos diversas matérias, insistimos, pois esta grande obra tem um potencial de mudança urbana e de postura fundamentais. A intervenção do estado, liderada pelo deputado Zé Neto – sempre faço o reconhecimento pelo seu envolvimento - salvou uma lagoa da morte inevitável como tantas outras. O volume de verbas já liberado e o tempo já deveriam ter permitido a conclusão da obra que já compõe o imaginário e a imagem da cidade. Entretanto, ela segue lenta, sem previsão de conclusão, ainda que não interrompida. Precisamos lutar pela finalização e definição do perfil de ocupação e construção do entorno, que torne aquela uma área de lazer com tom arquitetônico e comercial adequados. Não vamos esmorecer na cobrança, pois qualquer vacilo os ocupantes voltam. Não podemos mais abrir mão de sua existência. Vamos lá, deputado. 

Lagoa Salgada
Outra lagoa da nossa pauta é a Salgada que, periodicamente, sofre surto invasor de construtoras sob a complacência dos poderes públicos coniventes. Ela é vizinha à do Subaé, agora em parte aterrada por um supermercado, sob o incrível parecer pago pelo interessado e que a prefeitura - acreditem se quiserem - aceitou como válido. 
Ainda que não se invista na Salgada agora, é preciso delimitar seu entorno. Talvez com a pista de ciclovia proposta ou de outra forma. 
O que não é possível é deixá-la como está, sem nenhum referencial físico, porque aqueles dos papéis das instituições públicas – municipais e estaduais - não me causam mais que risos. 
Ocupemos a lagoa Salgada antes que os invasores a ocupem.

A Bodega
Esta coluna tem 16 anos de publicação continuada, semanal. Por grande período, no jornal diário, duas vezes por semana. É uma assombrosa regularidade para mim que tenho outras atividades.  Certamente que, ao longo de tamanho número de notas, cometi erros, mas faz parte do ofício de opinar continuamente.  Com o fim da edição impressa, migraremos apenas para o portal da Tribuna Feirense.  Espero meus dez leitores por lá. 

Impeachment
Com o placar de votação no Senado fica claro que o jogo do impeachment já está jogado. Dilma já foi abandonada até pelo PT, com quem andou trocando farpas.  Considero um equívoco a lei que permite 6 meses de prazo entre afastamento do presidente e votação final.  Nos tempos atuais país algum pode perder tanto tempo - logo, dinheiro -, com a insegurança jurídica da interinidade e a chantagem parlamentar com o presidente provisório.  
De qualquer modo, chega ao fim este ciclo de projeto de poder da esquerda, sustentado pela corrupção e escorado no populismo, com a distribuição de benesses sociais para usar os mais diversos setores como anteparo midiático e político.  
A corrupção sistemática e a distribuição de verbas – incluindo a campanha do ditador Maduro, na Venezuela -, levou ao aumento brutal das despesas e do déficit público, com recessão, 12 milhões de desempregados e fechamento de mais de cem mil empresas no comércio. Agora é lembrar Ulisses: matar o monstro é fácil. Difícil é remover os escombros. 

Delações
           Evidente que João Santana, o marqueteiro petista preso, entregou Dilma em sua delação. Afinal, acordo não seria fechado se não servisse para pegar peixe grande. A confissão de que recebeu dinheiro no Caixa 2 proveniente de propina é demolidora para o PT. Contra o fato não há argumentos.

Delações II
          A delação de Marcelo Odebrecht parece que se encaminha para o projeto final.  Não haverá salvação para Lula. Até porque já se sabe que ele fez exigências nas reformas do sítio, do qual insiste em dizer que não é dono.
Não será, entretanto, só Lula quem colocará o pescoço na forca. Brasília vive dias de lexotan e ocultação de provas, pois não serão poucos os políticos envolvidos pelo empreiteiro. Vem coisa grande por aí.

Lula e a prisão

         Apontado como líder e mentor da mais extensa organização criminosa partidária que ocupou o poder no país - mesmo no país do PMDB - o ex-presidente que já virou réu por obstrução à Justiça ficará inelegível e não tem como escapar da prisão.
A tentativa de denúncia à ONU acusando Sergio Moro de perseguição é tão inócua quanto reveladora de que os recursos acabaram e a lei se aproxima da porta do seu castelo (ou sítio?).  E o pior ainda não veio à tona, com as delações da Odebrecht e OAS.

Cultura
        Apesar de seus movimentos inadequados para coibir a CPI da Lei Rouanet o ministro da Cultura admitiu, em entrevista, que o ministério era utilizado politicamente para organizar a base do PT. Então, ministro, pare de atrapalhar a investigação.

PSDB
      A delação premiada revelando que Sérgio Guerra, do PSDB, já falecido, recebeu R$10 milhões para enterrar uma CPI, é apenas a prova de que nosso buraco político é mais embaixo e mais profundo.

Na versão atual, o policitado Aécio Neves, segue sem ser investigado, apesar das inúmeras delações, que talvez pelo menos expliquem seu desempenho medíocre como senador oposicionista.

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