quinta-feira, 27 de maio de 2021

Sexo é um assunto popular?

 

  
A primeira referência ao sexo está na Bíblia. Aquela estória que Adão viu Eva e, em vez da Uva, preferiu comer a Vulva, que se transformara em Maçã e, depois, se dividiu em duas partes: Caim e Abel. Ah! Sei lá! O fato é que desde que começaram a botar homens e mulheres no mundo, ninguém mais teve sossego no Paraíso. Tirante a estória da Carochinha, os seres vivos que surgiram no planeta, se dividem em machos e fêmeas, que se cruzam e se reproduzem. Esse “cruzamento”, também conhecido como ato sexual, foda, trepada, coito e tantos outros nomes esquisitos, sempre foi e sempre será uma necessidade da Natureza para a sobrevivência das espécies, tão comum, como se alimentar, respirar, urinar, defecar e ingerir líquidos. Nos seres ditos irracionais, é um ato natural, comum, e só se dá durante o período reprodutivo. Mas com os humanos, não. Eles tinham que subverter a ordem e complicar as coisas.

         Entre os animais, o Macho Alfa (aquele mais parrudo, mais fortão, mais valente), adquire o direito de fecundar as fêmeas para gerar uma prole cada vez melhor. Já os humanos não. Qualquer “Zé Mané” se acha no direito de engravidar qualquer fêmea. Entre os animais, o Alfa tem o direito sobre elas, mas também tem o dever de proteger o rebanho. Já os humanos não estão nem aí. Emprenham e metem o pé no mundo à procura de outras fêmeas para emprenhar, e fazem isso sem nenhum drama de consciência. Talvez por isso, as sociedades (tribos) organizadas, resolveram criar regras para botar ordem na bacanal desenfreada. Mas, querer aprisionar o impulso sexual com regras, é o mesmo que conter o vento dentro de grades. Mesmo sabendo dos castigos e suplícios a que poderiam ser submetidos, homens e mulheres se arriscavam a dar uma rapidinha, escondidinhos. Na França, quando a pobreza, a doença e a fome grassavam no seio da superpopulação, quem engravidasse ia para a forca ou a guilhotina. E se quem engravidou a mulher fosse descoberto, morria também.

         As religiões inventaram o casamento, unindo casais em nome de Deus ou Deuses, e ameaçavam o adultério com penas que iam desde chicotadas, apedrejamentos e até morte em fogueiras. Entende-se que para tratar com gente bruta, semi selvagem, são necessárias penas selvagens, brutas. Quando o mundo espiritual julgou que a humanidade estava mais “civilizada”, enviou Jesus para dizer que aquelas leis antigas e severas já não eram tão necessárias. Bastaria que os seres humanos amassem uns aos outros como a si mesmos, e a Deus Sobre todas as coisas. Lógica simples. Se amo ao meu próximo como a mim mesmo, não fazer a ele nenhum mal que não quero que façam a mim. Poderia ter funcionado muito bem, mas não foi o que aconteceu. As religiões sempre em guerra entre elas para conquistar o maior número de adeptos, pregam os maiores disparates falando o que o povo simples e sofrido quer ouvir, difundindo ideias e comportamentos estapafúrdios e enriquecendo seus pastores, transformaram o planeta num inferno só.

         Mas, Deus é bom, e nos deu mais uma chance para a paz e a harmonia. Surgiram a Camisinha e a pílula anticoncepcional. Engravidar ou não passou a ser uma escolha, além de proteção contra doenças sexualmente transmissíveis. Funcionou, em alguns países civilizados, onde o sexo não é um tabu, e as famílias, as pessoas, falam e fazem sexo da forma natural que deve ser. As crianças são ensinadas desde a infância sobre a diferença entre meninos e meninas, o que vai acontecer com eles enquanto amadurecem, e quando chegam à puberdade qualquer adolescente sabe que pode praticar sexo de forma segura, evitando gravidez indesejada e doenças. Casar-se também passa a ser uma opção. Um casal pode viver junto, compartilhando a mesma casa, a mesma cama, sem que seja necessário estar casado. E se houver uma separação, por qualquer motivo, cada um pode pegar sua escova de dentes e partir tranquilamente para outro romance. Sofrendo apenas, talvez, as dores de uma desilusão romântica.

É um paraíso, não é? Mas vá implantar isso na América do Sul, ou em qualquer lugar semi selvagem!

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