quarta-feira, 2 de novembro de 2016

As dez multinacionais que controlam o mercado mundial de alimentos


Essa é uma entre tantas consequências da globalização: um número reduzido de empresas multinacionais controla uma parte importante do mercado mundial de alimentos.
O resultado é que tais firmas concentram uma enorme influência para determinar como a comida é repartida no mundo. Potencialmente, também têm a capacidade de determinar ações que podem ajudar a aliviar a fome no planeta.

Por isso, a Oxfam, ONG baseada na Grã-Bretanha, está realizando há três anos uma campanha pública entitulada Behind the Brands (Por trás das marcas). Por meio dela, discute as políticas de compra de alimentos dessas grandes multinacionais - e a maneira como isso influi no mercado da comida.
As dez maiores empresas que estão no foco da campanha são Nestlé, PepsiCo, Unilever, Mondelez, Coca-Cola, Mars, Danone, Associated British Foods (ABF), General Mills e Kellogg's. Elas foram selecionadas por encabeçar mundialmente o volume de vendas do setor. Todas são europeias ou norte-americanas. Dominam os setores de produtos lácteos, refrigerantes, doces e cereais, entre outros.
A Oxfam diz que essas empresas faturam juntas US$ 1,1 bilhão (R$ 3,4 bilhões) diariamente e empregam milhares de pessoas. "Há uma ilusão de opções. Você vai a um supermercado e vê diversas marcas, mas muitas são das mesmas dez empresas", afirmou Irit Tamir, da Oxfam América, à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

Concentração de mercado
Essas empresas operam em mercados globais em que a produção de alguns itens está concentrada em poucas empresas.
I          rit Tamir aponta como exemplo três delas, que atuam na cadeia de valor do cacau: Mars, Mondelez e Nestlé. Elas controlam 40% do comércio mundial nessa área.
Somente entre 3,5% e 5% do valor de uma barra de chocolate vai para o pequeno produtor rural, segundo a ONG.
Enquanto isso, no setor de refrigerantes, Coca-Cola e Pepsi se tornaram as maiores compradoras de açúcar do mundo.

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