sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Bolsa-família e a falta de vergonha



Governos não produzem dinheiro. Toda verba é retirada dos cidadãos, por isso é necessário que o recurso público seja administrado com esmero e rigor. O recente cruzamento de dados do Ministério Público Federal que encontrou 2000 mil empresários feirenses recebendo bolsa-família é uma destas exibições públicas de nossa limitação gerencial.

Em verdade o que havia era uma leniência geral, em todo Brasil, com a fiscalização, em todos os níveis, e o sistema de cadastro que está sob responsabilidade das Prefeituras. Assim, o rigor não era o dado mais importante. Às Prefeituras interessa porque é mais verba circulando no município; aos beneficiados, porquê o negócio ficava ao Deus dará e todo mundo conseguia uma boquinha; e, a todos, porque ela serviu no país todo a uma função política,  onde até doador de campanha apareceu como beneficiário. 
Seja como for, por fiscalização inadequada, falta de rigor cadastral (e a Prefeitura poderia ter sido mais rigorosa), o que não deixa de espantar é que 2000 mil pessoas, ao menos, com atividades empresariais, tenham se aproveitado da oportunidade para receber este benefício prejudicando pessoas carentes.

O humano não cansa de nos envergonhar. 



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