Governos não
produzem dinheiro. Toda verba é retirada dos cidadãos, por isso é necessário
que o recurso público seja administrado com esmero e rigor. O recente
cruzamento de dados do Ministério Público Federal que encontrou 2000 mil
empresários feirenses recebendo bolsa-família é uma destas exibições públicas
de nossa limitação gerencial.
Em verdade o
que havia era uma leniência geral, em todo Brasil, com a fiscalização, em todos
os níveis, e o sistema de cadastro que está sob responsabilidade das
Prefeituras. Assim, o rigor não era o dado mais importante. Às Prefeituras
interessa porque é mais verba circulando no município; aos beneficiados, porquê
o negócio ficava ao Deus dará e todo mundo conseguia uma boquinha; e, a todos,
porque ela serviu no país todo a uma função política, onde até doador de
campanha apareceu como beneficiário.
Seja como
for, por fiscalização inadequada, falta de rigor cadastral (e a Prefeitura
poderia ter sido mais rigorosa), o que não deixa de espantar é que 2000 mil
pessoas, ao menos, com atividades empresariais, tenham se aproveitado da
oportunidade para receber este benefício prejudicando pessoas carentes.
O humano não
cansa de nos envergonhar.
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