domingo, 6 de novembro de 2016

Cortar mordomia que é bom, até agora nada

O Brasil vive uma crise de investimento, dívida pública que chega a 68% (nem tão longe assim do resto do mundo), juros insustentáveis, perda de 12 milhões de vagas de trabalho que afetam quase 50 milhões de pessoas, e uma série de indicativos ruins. Diante disto o governo está propondo uma PEC que vai limitar gastos, impor restrições, para tentar alcançar um ajuste fiscal.
 
A população entende que vai sofrer, pagando pela contabilidade criativa, o populismo e os desvios do governo Dilma. Acontece, que até agora só a população está sendo chamada para pagar a conta. O Executivo não cortou seu custeio, cartões corporativos, cargos comissionados; o Legislativo continua gastando dinheiro na farra administrativa de TVs e reformas de apartamentos funcionais, festival de assessores, plano de saúde familiar ilimitado, cotas parlamentares, passagens, e até o inacreditável auxílio-paletó, entre tantas outras benesses; e o Judiciário continua com sua farra de carrões, auxiliares a granel, reajustes indexados, aposentadorias nababescas.    
 
Enfim, nenhum dos três poderes sinaliza qualquer sacrifício, qualquer contribuição para minorar as dificuldades econômicas Alguns alegam que estes cortes tem pequeno impacto econômico diante do problema. Não é verdade, mas pouco importa. Há medidas que são tomadas diretamente pelo tamanho do impacto financeiro e outras que são tomadas como exemplo, como sinalização de respeito ao cidadão, mas a nossa classe dirigente continua se apropriando do estado e gastando de forma perdulária. 
 
Na situação atual o povo vai ficar com o arrocha e os Poderes da República com a devassidão.

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