sábado, 26 de novembro de 2016

Temer, Brasil, Bahia e Feira.

Temer chegou ao poder cavalgando o impeachment legal de Dilma e, com a tolerância da Sociedade, vitimada pela crise e cansada do projeto de poder baseado na corrupção instalado pelo PT. Temer recebeu de graça a chance de fazer a história. Conhecedor da bandidagem parlamentar e da necessidade de uma base para aprovar suas medidas Temer apoiou-se na Turma do Pudim, um grupo de velhos companheiros que, se dominam como ninguém o Parlamento, são velho fregueses das páginas policiais da politica.
Os quatro cavaleiros de seu apocalipse ( Geddel, Moreira, Padilha e Jucá) já haviam sido citados na lava-Jato, mas Temer resolveu apostar em seus nomes. Primeiro caiu Jucá, mas que Temer, sem reconhecer as mudanças em curso resolveu reconduzir ao cargo de líder no governo, no mesmo momento em que estourava o Geddelgate. A demora em cuidar do caso lhe foi fatal. Não deve mesmo ser fácil convencer Geddel a demitir-se, ainda mais o Presidente, que é tipicamente daqueles que quer agradar a todos. A crise avançou , engoliu Geddel, que agora renuncia, e colocou o governo nas cordas, enfraquecido.
As gravações feitas pelo ex-Ministro da Cultura que fez a denúncia das pressões de Geddel, envelheceram o governo Temer, antes dele chegar ao alvo. A economia vai sofrer e Temer vai se tornar um " pato manco" e toda culpa do caos que pode acontecer terá exclusivamente sua assinatura.
Os políticos precisam entender a força das redes sociais e que estamos vivendo novos tempos. A população, sofriada, expoliada, cansada, não está suportando estes abusos: seja no Brasil, na Bahia, ou em Feira.


É bom botarem as barbas de molho...


Loubotin, jóias, vestidos e nada de cadeia
A  mulher do ex-governador Sérgio Cabral, do Rio, a advogada Adriana  Ancelmo, foi usada como a gerente da propina dele. E torrou dinheiro em tudo que pode como se não houvesse amanhã: farra no mais caro Hotel de Paris, o Ritz; os famosos sapatos Loubotin, de sola vermelha, sonho de consumo de dez entre dez socialites, que custam em média R$5mil o par; vestidos de R$10 mil reais; e muitas outras despesas pagas em dinheiro. Agora, a diretora da joalheria H Stern, uma das mais caras do país, disse que levava jóias a casa do ex-governador e mesmo aquelas de custo de R$100.000  reais eram pagas em dinheiro. A advogada também havia sido presenteada em Monaco com um anel de R$800mil reais pelo empreteiro Fernando Cavendish, da Construtora Delta, uma gigante das obras sem licitações, do Rio.
Mansão em Mangaratiba,  helicóptero,  lancha, e, ainda assim,  ela declarou que não sabia de nada, certamente imaginando que era tudo pago com o dinheiro do salário do marido ou do seu sucesso fenomenal como advogada, afinal, várias empresas beneficiadas com perdões de multas e incentivos fizeram contratos com o escritório dela, em nítida lavagem de dinheiro.
Agora, a Lava-Jato encontrou R$10 milhões de reais em sua conta. E, ainda assim, ela continua solta. Por muitos menos Moro e o MP mandaram prender outros envolvidos. 
É inexplicável sua liberdade. Será a Lava-Jato uma operação machista e as escaramuças devem poupar as mulheres?
Teremos um duelo ao pôr do sol? 

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