Depois da forte vitória em Feira, Ronaldo, criou musculatura para
tentar um voo mais alto em 2018. As vagas disponíveis no cenário, mais
vistosas, são de governador, vice-governador e de senador. A de governo
tem Neto, a de vice-governador serve para enfeitar currículo, ocupar
tempo livre, mas não vale uma cidade com orçamento de R$1,2bi, talvez
mais, até lá.
Descartadas aquelas, restam as de Senador, mas o cenário é concorrido.
Tem o PMDB, com uma vaga certa. A outra terá de ser disputada com o
PSDB, que se não tem tanta força na Bahia, tornou-se o partido mais
fortalecido nacionalmente nesta eleição, e tem, até aqui - nos atuais
limites da Lava-Jato-, o candidato mais forte a Presidência e que, ACM
Neto, certamente, se eleito governador, não vai querer contrariar. Claro
que política, como dizia o ex-govenador Magalhães Pinto, é como nuvem.
Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou. No
Brasil, atual, as nuvens mudam com as operações da Polícia Federal.
Ronaldo, com certeza, não pretende entregar barato esta vaga e ficar
confinado a comandar Feira por mais quatro anos, oferecendo mais do
mesmo e do mesmo, o que não lhe acrescentará popularidade, e o
consolidará biograficamente, apenas, como um líder local. Não é pouco,
mas não é tudo.
Então, os encontros com os prefeitos da região fazem parte do jogo.
Neste meio, depois de extenso jejum, eis que o prefeito almoçou com Rui
Costa (PT), em Salvador, e, na mesma semana, recebeu uma generosa nota 7
pelo seu governo, do deputado Zé Neto, longevo líder da oposição, além
da promessa de ajuda.
Rui disse que é o governador de todos e ninguém falou qual foi o
cardápio, mas dá para imaginar. Parece um almoço entre um prefeito
eleito e o governador do seu estado, mas é um almoço entre um candidato
a reeleição e um prefeito movendo o xadrez em busca de um lugar maior
ao sol.
Tem o que parece. E tem o que é.
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