Internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, desde que
sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, no dia 7 deste mês, o
cantor Emílio Santiago faleceu nesta quarta-feira (20), no Rio de Janeiro, aos
66 anos. O último disco de Emílio Santiago foi Só danço samba (Ao Vivo),
lançado no ano passado.
Emílio
Sant´Anna Santiago nasceu no dia 6 de dezembro de 1946, no Rio de Janeiro.
Desde pequeno, já tinha gosto pela música, ouvindo Nelson Gonçalves, Cauby
Peixoto e João Gilberto e diversos ritmos. A pedido dos pais, o jovem se formou
em Direito, pela Faculdade Nacional de Direito.
Ainda na
década de 70, iniciou sua participação em festivais musicais universitários e
também chegou às finais no programa do apresentador Flávio Cavalcanti, A
grande chance, na já extinta TV Tupi. Trabalhou como crooner na orquestra
de Ed Lincoln, e fez shows em boates e casas de espetáculos. Em 73 veio o
primeiro compacto, gravado com a Polydor, com as músicas Transa de amor e Saravá
nega e, dessa forma, o jovem de então 27 anos conseguia seu espaço em
rádios e TV. Após lançar 10 álbuns, em 1985, ele foi escolhido como melhor
intérprete no Festival dos Festivais, da TV Globo, ao cantar Elis Elis.
No ano
de 1988, recebeu o convite de Roberto Menescal e Heleno Oliveira para gravar o
primeiro disco de uma série chamada Aquarela Brasileira, a qual trazia
releituras de sucessos brasileiros. Em ritmo acelerado, Emilio gravou 20
músicas em seis horas, para o espanto de todos os envolvidos no projeto,
que teve sete volumes, e foi um estrondoso sucesso, com quatro milhões de
cópias vendidas.
Santiago
começou a ganhar prêmios, discos de ouro, platina e viajou para se apresentar
em diversas cidades da Europa e Estados Unidos, com críticas positivas ao seu
trabalho. O artista seguiu com sua carreira, lançando um tributo ao Dick
Farney, no disco Perdido de amor, em 1995, e regravou clássicos do
bolero espanhol em Dias de luna, de 1969.
Em 2000,
lançou um CD chamado Bossa Nova, que apresentava canções do
gênero. No ano seguinte, homenageou Gonzaguinha e, em 2003, celebrou João
Donato. Em 2005, gravou O Melhor das Aquarelas, seu primeiro álbum ao
vivo, com as músicas do projeto que o fizeram conhecido do público. O
último trabalho de Emílio foi Só danço samba,
gravado ao vivo.
Com seu
estilo elegante, voz única, calma, plácida e ao mesmo tempo forte, o intérprete
de Saygon, Lembra de mim e Verdade chinesa
é considerado um dos grandes cantores da história do país.
Com informações do Jornal do Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário