A mulher tem igualado o homem em direitos,
responsabilidades, atitudes e comportamentos. Durante milênios as
mulheres foram dominadas pelos homens. O tratamento reservado a elas mudou
conforme época e lugar. Na Grécia antiga, a utilidade real da mulher era a
procriação. Até sexualmente os homens preferiam seus iguais. Nos povos bárbaros
da Europa a mulher tinha algum espaço, mas sempre subserviente ao homem. Até
recentemente, cinquenta ou sessenta anos atrás, a mulher era relegada a segundo
plano.
Foi no pós-guerra que a mulher se foi libertando, entrando
para o mercado de trabalho por falta de mão de obra masculina. Logo surgiu e se
popularizou a pílula anticoncepcional, e a mulher se viu livre para se
relacionar sexualmente sem o risco de engravidar. Foi uma alucinante e abrupta
mudança nos costumes. Tão rápida que ainda não conseguimos entender o que
convém e o que não convém em termos de liberdade.
Essa revolução social não foi planejada, não houve tempo
pra planejamento. A mulher conquistou direitos que antes eram exclusivos
dos homens. Mas também copiou seus mais ridículos defeitos. O pior deles é a
liberalidade sexual. Algum tempo atrás, colegas de trabalho que saíam
pra beber e falar de suas traições conjugais eram necessariamente homens. Hoje
é comum ver mulheres fazendo isso.
Mesmos direitos? Claro. Se eles podem, elas também podem.
Mas não precisavam exercer seus direitos imitando defeitos. Poderiam
simplesmente combatê-los, e toda mulher tem armas pra combater defeitos dos
homens. Mas como lembrei antes, nada disso foi planejado, é um processo novo
que vai sendo aperfeiçoado com o tempo.
Sabemos que o espírito não tem sexo, então os defeitos e
fraquezas são praticamente os mesmos em homens e mulheres. Mas é sabido que um espírito que vem reencarnando há
muitos séculos no mesmo sexo desenvolve mais as características masculinas ou
femininas, conforme o caso. E se a mulher chegou ao mesmo patamar
que o homem em tão pouco tempo, certamente estão em suas mãos, para as próximas
décadas, as ferramentas necessárias para uma mobilização moral da sociedade.
Seria ingenuidade imaginar que o homem vai querer acabar
com seu mundinho de libertinagem, que tanto lhe convém. Me refiro à
pornografia, ao sexo livre. Hoje um homem olha em dois ou três minutos
mais pornografia do que olhava em toda a sua vida em meados do século passado. É
uma pena que tantas mulheres se prestem a esse aviltamento da sua sexualidade.
A pornografia deturpa o sexo. Não estou sendo moralista,
não é o caso. Mas a pornografia cria uma visão deturpada do sexo, como
uma atividade casual e mecânica, isenta de sentimentos. A
vulgarização da pornografia e do erotismo faz milhões de adeptos cativos,
escravizados às sensações fáceis.
Fora a energia mental, que tão pouco conhecemos, a maior
energia com que lidamos é a energia sexual. Com a atenção e o pensamento
continuamente voltados para o sexo, há um terrível desperdício de energias.
Há uma concentração de energias direcionadas exclusivamente para o campo
sexual. Essas energias são vampirizadas por espíritos desencarnados viciados
nessas mesmas sensações. Isso forma um ciclo vicioso de péssimas consequências.
Os excessos sexuais e a pornografia levam a uma
desmotivação da vivência normal do sexo. O sexo deixa de ser uma troca de energias entre duas pessoas que se
querem bem (nem vou falar de amor pra não parecer ingênuo…). E se torna uma
obsessão. As energias que poderiam ser canalizadas para o amor, para as artes,
para o esporte, para toda e qualquer atividade criativa, são tristemente
desperdiçadas, vampirizadas por espíritos infelizes.
Não vejo como uma mudança nesse quadro possa partir dos
homens. Talvez esteja na hora de a mulher parar de imitar o homem em
seus brinquedos e assumir um papel moralizador que é seu por natureza e
direito. A mulher conquistou espaço e direitos para mudar, não para
fazer o que o homem já fazia. Mas você pode pensar diferente. O espaço para
comentários é seu!
"Artigo publicado originalmente no
site www.espiritoimortal.com.br de autoria de Morel Felipe Wilkon."
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