terça-feira, 24 de novembro de 2015

Cerco ao churrasco? Estudo propõe 'cortar na carne' contra aquecimento global

Você sabia que o seu churrasquinho de fim de semana pode estar ajudando a agravar a seca que desatou a crise da falta d'água em São Paulo ou o derretimento das geleiras no Ártico?
Pelo menos é o que sugere um estudo britânico que defende que comer muita carne não só faz mal à saúde, como também faz mal ao planeta – e propõe uma série de medidas para reduzir o consumo do produto no mundo.
No estudo "Changing climate, changing diets" (Mudando o clima, mudando a dieta), publicado semanas após um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendar um limite no consumo de carne vermelha e relacionar a ingestão de carnes processadas a um aumento do risco de câncer colorretal, pesquisadores do centro de estudos Chatham House (também conhecido como Instituto Real de Assuntos Internacionais) dizem que a adoção de uma dieta "sustentável" – com níveis moderados de consumo de carne vermelha - poderia contribuir com um quarto da meta global de cortes na emissão de gases causadores do efeito estufa até 2050.
A pesquisa, divulgada nesta terça-feira, diz que o consumo global de carne tende a aumentar 76% até meados do século e que em países industrializados já se come, em média, duas vezes mais carne do que os especialistas recomendam.
"O resto da população global não pode convergir para os níveis de consumo de carne dos países desenvolvidos sem que haja um custo social e ambiental imenso" diz. "São padrões incompatíveis com o objetivo de evitar o aquecimento global."
"É claro que não estamos defendendo que todos devem se tornar vegetarianos", explicou à BBC Brasil Antony Froggatt, que assina o estudo junto com as pesquisadoras Laura Wellesley e Catherine Happer. "Mas sim que são necessárias políticas que ajudem a informar melhor a população sobre o problema e favoreçam níveis de consumo de carne mais saudáveis e sustentáveis, reduzindo o excesso onde ele existe." (Leia matéria completa no BBCBrasil)


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