Dois livros
publicados nesta quinta-feira na Itália afirmam que o papa Francisco está
perdendo a batalha para moralizar as finanças do Vaticano.
Via
Crúcis, do jornalista italiano Gianluigi Nuzzi, e Avareza,
do também jornalista Emiliano Fittipaldi, mostram que o pontífice enfrenta
imensa resistência nos altos escalões da Igreja Católica para implementar sua
filosofia de mais frugalidade e austeridade nos gastos.
Os dois autores
fazem alegações - às quais a Associated Press e o The New York Times
tiveram acesso - que sugerem um péssimo gerenciamento financeiro na Santa Sé,
com direito a suspeitas sobre algumas operações.
Suas
informações teriam como base documentos secretos obtidos juntos a alguns círculos
do Vaticano. No fim de semana, o monsenhor Lucio Angel Vallejo Balda e a leiga
Francesca Chaouqui, que trabalhava no departamento de relações públicas do
Vaticano, foram presos sob a acusação de terem furtado material de uma comissão
instaurada pelo papa em 2013, poucos meses após sua eleição como sumo
pontífice, para apurar os gastos da igreja.
Uma das
alegações mais graves feita por Via Crúcis é o destino do dinheiro do
dízimo arrecadado em paróquias ao redor do mundo. Segundo Nuzzi, de cada 10
euros que chegam à sede da Igreja Católica, seis são consumidos com as despesas
operacionais do Vaticano.
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