O PIB de 2015 será negativo, com queda de 3%.
Economistas dizem, também, que em 2016 ele será novamente negativo, embora sem
valor definido. Serão dois anos de recessão, algo que não acontecia desde a
década de 30 em que tivemos a “Grande Depressão” com o crash da Bolsa de Nova
Iorque. A paralisia administrativa está produzindo um prejuízo
inacreditável, como nunca antes na história deste país.
New pobres
Os avanços que levaram as famílias da classe D e E
para C já estão sendo praticamente eliminados pela crise e estima-se que 3,1
milhões delas devem voltar ao ponto de partida. O processo será mais doloroso
porque estas famílias tiveram oportunidade de ter estes pequenos avanços e,
agora, vão precisar abrir mão do que tinham conquistado.
UEFS
A Universidade emitiu nota dizendo que remanejando
verbas do custeio conseguiu cobrir os custos de Vigilância e Limpeza até
novembro. O que a Universidade precisa explicar, no entanto, é de onde
remanejou esta verba. Ela estava destinada a que uso? Apesar de todo debate, o
orçamento e administração dos recursos da Uefs continuam um mistério.
Violência e estatística
Estatística, nós sabemos, serve a todos com a mesma
serventia. Não podemos usá-la, entretanto para ampliar ou reduzir a dimensão de
uma situação ou construir um discurso. Um exemplo: existe sim uma maior taxa de
crimes violentos contra os negros, como citam os debatedores. A situação é
real. É preciso ressaltar, no entanto, que 84% da população da Bahia se
auto-declara negra ou parda. Mesmo em articulistas mais centrados esta analise
é feita sem o cotejamento dos números e não pode ser assim. É preciso,
portanto, pegar os dados e comparar mortes em negros e não negros, contra o perfil
da população e, aí sim, obtemos a taxa real por 100 mil e o tamanho real do
problema que precisamos enfrentar.
Utilizar os dados de forma bruta é apenas usar a
estatística para amplificar o discurso da violência direcionada. Deixo claro
que a situação existe e que bastaria um caso a mais para que isto fosse
combatido, mas precisamos fazer o discurso no tamanho exato, preciso, e não de
forma enviesada.
Lava-Jato
O poder usa todas as suas forças para tentar
afastar de Sérgio Moro a investigação da corrupção no país. As forças contrárias,
ameaçadas, jogam todo seu peso em afastar os réus do juiz, já que não foi
possível derrubar suas ações jurídicas. E, neste jogo, vai perdendo a nação.
Zelotes
A
explosiva operação Zelotes aproximou-se perigosamente de Lula e sua rica
família. A juíza que determinou a investigação da empresa de Lulinha foi
afastada do caso sem dó nem piedade. Lula, entretanto, vai complicando-se cada
vez mais, sendo investigado inclusive, em Portugal, onde o PT teria recebido 50
milhões de euros em propina em Macau, no famoso negócio da telefônica Oi.
Época
A
mais demolidora notícia da semana, no entanto, foi reportagem publicada pela
Revista Época a partir de dados do COAF - Conselho de Controle de Atividades
Financeiras -, que mostrou que Lula, Erenice, Palocci, movimentaram mais de R$
300 milhões em suas contas.
Estes
valores são absolutamente incompatíveis com suas rendas. É um dado bruto,
letal, sem partidarismo e que expõe de forma crua e realista os desvios de
verbas por estes dirigentes.
Calçadas
O
governo municipal, muito acertadamente, fez reunião com os donos de bares e
restaurantes para exigir o cumprimento da lei que impede a ocupação das
calçadas. É preciso campanha pública sobre esta desocupação em todas as mídias.
Ou educa-se o cidadão ou será impossível combater os milhares de desmandos que
observamos todos os dias nas ruas. A Tribuna está nesta campanha por calçadas
livres e conservadas para os pedestres.
Cunha
A
sobrevivência de Cunha na presidência da Câmara é um atestado da indecência
coletiva e cúmplice que envolve governo, partidos, deputados, no sórdido
ambiente político atual do Congresso.
Saúde
A
crise da saúde ameaça tornar-se dramática. Várias prefeituras já atrasam os
repasses e a migração de usuários de planos para o SUS irá sobrecarregar um
sistema que fechou leitos, encurtou a rede e sucateou serviços. O povo já sofre
e vai morrer nas filas. É esperar para ver.
Saúde
A
crise na hemodiálise é um destes gargalos. Há exatos três anos sem reajuste da
tabela, o setor já tem vários serviços fechados no país. Atualmente, algo em
torno de 60 pacientes estão nos hospitais em Salvador, aguardando vaga em
clínicas satélites. São leitos que ficam bloqueados quando poderiam ter
rotatividade maior.
Crise? Que crise?
Em
Feira ainda há salas em prédios sendo vendidos a R$8.800,00 o metro. É muito
entusiasmo imobiliário ou a crise não pulou do Contorno pra dentro.
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