quarta-feira, 11 de novembro de 2015

É uma viagem...

        Eu gosto de pensar. Passo horas divagando sobre os mais diversos assuntos. Aliás, às vezes, eu creio que minha cabeça não para de pensar nem quando estou dormindo. Mas eu gosto. Viajo nos meus pensamentos, sonho acordado, descubro coisas novas, busco distinguir o possível do impossível, a ficção da realidade, o sonho da vida real. Quando leio eu rumino cada frase para melhor compreender todo o texto. É muito divertido e fascinante. Não entendo como algumas pessoas, a maioria, não consegue, não gosta ou tem preguiça de pensar.
         E foi assim que me peguei pensando sobre se seria possível ao ser humano viajar pelo tempo. E não me refiro a forma figurativa, mas viajar mesmo, deslocando-se fisicamente ao futuro ou ao passado. Segundo a física moderna, teoricamente, isso é possível. Daí pensei: Da teoria à prática há uma certa distância, mas quantas vezes o ser humano não a venceu? Há alguns séculos, a terra era quadrada e era o centro do universo. Hoje sabemos que ela é redonda, gira em torno do sol e o universo é muito vasto para sabermos se ele tem um fim para podermos determinar onde fica o seu centro. Tudo era impossível, até botar um ovo em pé, até que alguém descobriu como fazê-lo.
         Há até pouco tempo acreditávamos que estávamos sozinhos no universo. Hoje, só alguém sem o menor ‘desconfiometro’ ainda acredita nisso. Ah! Faltam provas. Querem mais? Eu já as tenho suficiente. E se não as tivesse as evidencias, tão claras, me bastariam. Mas muita gente acredita em Deus, mesmo sem ter provas de que Ele existe. Acreditam apenas porque precisam acreditar em algo que preencha o vazio e o medo que sentem, mas não fazem o menor esforço para entende-lo. Eu, e mais um monte de gente, sabe porque Deus existe.
         Mas, voltemos às viagens no tempo. Fiquei pensando sobre as consequências de tal empreendimento. Cheguei à conclusão que a menor interferência que o viajante do tempo cometesse, alteraria, em pequena ou gigantesca escala, a ordem natural das coisas, criando realidades paralelas. Viajando pelo tempo em pensamento, fiquei pensando em que coisas eu poderia interferir para mudar o curso da história, e pude imaginar um infinito de cenários alternativos para a minha realidade de hoje. Quanta coisa, com sutis toques, eu poderia mudar no meu futuro se retornasse ao passado.
         Porém, alterando a minha realidade, eu alteraria a de muitas outras pessoas. Que direito teria eu de fazer isso? E aí eu avanço no raciocínio: E se no futuro já existem seres humanos viajando pelo tempo, eles alteram a própria realidade e a de outras pessoas? Lembrei-me então de que, teoricamente, existem universos paralelos com realidades alternativas para cada ser vivente.

         Mas, não se preocupem com isso não. A vida é só um sonho, e pode ser que, quando você acordar, esteja morto.

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