A pedido do ex-vereador Ângelo Almeida,
a deputada Lídice da Mata destinou uma emenda orçamentária de R$ 500 mil (não
sei se já liberada pelo governo) para implantação de um sistema de energia
solar no Hospital Dom Pedro de Alcântara. Trata-se de uma medida que deveria
ser tomada em larga escala no Brasil, e não estaríamos agora à beira de um
colapso energético. Mas, no caso do HDPA, um hospital filantrópico, mantido
pela Santa Casa de Misericórdia, e cuja economia vive no fio da navalha, R$ 500
mil não vai dar nem para começar. Explico. O prédio do hospital é velho,
grande, e tem toda sua rede de energia montada em sistema convencional. Essa
rede não aciona apenas lâmpada, mas toda uma gama de maquinário que consome
energia em larga escala, a exemplo do acelerador linear. Se todo o telhado do
hospital fosse de placas solares, talvez acionasse algum equipamento pesado,
mas o custo seria muito alto, e há ainda o fato de que nem sempre há sol
bastante para carregar as baterias solares. Portanto, a energia solar no HDPA
seria apenas para apoio, diminuindo o consumo da energia convencional, que
nunca poderia ser dispensada totalmente. Me parece que a relação
custo/benefício não está bem dimensionada. É melhor rever os cálculos. Mas,
toda ajuda é benvinda, é claro.
Desarmamento
Louvo o trabalho das polícias civil e
militar no combate ao crime em Feira de Santana, embora acredite que estão
cavando um buraco na água. Analisemos alguns fatos: a) Os envolvidos em
assassinatos, tanto quem mata quanto quem morre, de um modo geral é gente
envolvida em roubos, tráfico ou uso de drogas. Bandidos. Dificilmente um
cidadão de bem é assassinado. A tal lei do desarmamento só funciona para os
cidadãos, que de um modo geral já andam nas ruas desarmados e agora estão
proibidos até de ter uma arma em casa para defender sua vida e da sua família e
o seu patrimônio. Os bandidos continuam armados e armas continuam sendo
fabricadas e comercializadas em todo pais, de modo regular ou clandestino. B)
Enquanto a polícia comemora a queda no índice de homicídios (estão morrendo
menos bandidos), os assaltos aos cidadãos estão crescendo assustadoramente. Já
não há dia, local ou hora, para os marginais praticarem seus atos delituosos,
que tem como principais vítimas as pessoas de bem. Trabalhadores, mulheres,
idosos e adolescentes são alvo contínuo e diário do crime. A ousadia é tanta,
que eles já nem precisam de armas para assaltar. Agridem e tomam o que querem “na
mão grande”. Assim sendo, creio que está na hora de mudar o foco. Deixem os
bandidos se matarem, e protejam os cidadãos. Concordam comigo?
Aeroaperto
Há alguns meses ouvi o deputado Zé Neto afirmando num programa de rádio, que os problemas do ‘aeroaperto’ de Feira de Santana já estavam sendo resolvido pelo governo do Estado. Segundo ele, a sala de embarque seria ampliada e a pista iria ter espaço para as aeronaves fazerem suas manobras sem o auxílio de um trator (coisa mais ridícula. Roça mesmo) e até iluminação da pista para voos noturnos. Eu que passei por aquele aperto aéreo e ainda ouvi o comandante do voo fazendo piada sobre o uso do trator, fiquei feliz com a notícia. Agora, ouço dizer que nada foi feito, a empresa está ameaçando se retirar e que o governo diz não ter dinheiro para efetuar as reformas necessárias. Enquanto isso, aeroportos como o de Vitória da Conquista, Ilhéus, Itaberaba, Jequié, cidades bem menores que Feira de Santana, vão crescendo de vento em popa. O aeroporto de Lençóis acaba de receber mais voos. Se é para fechar, fecha logo. Não nos façam ficar irritados e passar vergonha com as suas mentiras.
P.S.
Governador, cadê o hospital regional que o senhor prometeu aqui, em campanha,
que começaria a construir assim que tomasse posse?
E
a UEFS? Vai ter verba para se manter ou vai fechar de vez?
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Por hoje é só que
agora eu ali perguntar ao desgovernador da Bahia o que é que ele tem contra o
povo feirense.
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