Quando
lancei meu segundo livro de crônicas, o Sempre Livre, eu quebrei um paradigma
dos eventos dessa natureza. Nada de coquetel em museus ou espaços culturais,
com direito a música ambiente, discursos, vinhos, uísques e canapés, com o
autor sentando numa mesa enfrentando uma cansativa fila para autografar livros.
Não. Eu não sou assim. Por isso, fiz um lançamento num bar, onde reuni meus
colegas, amigos e familiares, para degustar uma feijoada e beber cerveja ao som
de muita música ao vivo, contação de causos e repentes de viola, enquanto eu
zanzava de mesa em mesa, conversando e bebendo com as pessoas enquanto dava
autógrafos. Esse sou eu.
O lançamento do meu mais novo livro,
Mas eu lhe disse..., não foi diferente neste aspecto, mas, foi muito mais rico
em presença de pessoas e mais animado em termos musicais. Além do cordelista
Jurivaldo, que lá estava com sua banquinha vendendo seus livros e contando
causos muito divertidos, estiveram também os repentistas João Ramos e
Caboquinho, Ceará e Zeteir, e o cantor Dito Leopardo, acompanhado pelo teclado
do seu amigo e colega do tempo dos Leopardos, Zé Trindade. Muitos outros
cantores da noite feirense, profissionais ou não, por lá passaram, com destaque
para minha amiga Cassia Cupe, seresteira, que foi comparada pelos presentes com
as melhores cantoras da nossa MPB.
Colegas da imprensa, amigos de todos os
tempos, familiares, autoridades como o prefeito José Ronaldo e o deputado
Carlos Geilson, lá foram para apoiar o evento que teve sua renda destinada ao
Lar do Irmão Velho. Todo mundo sabe que eu sou festeiro. Estou sempre
inventando coisas para reunir os amigos e nos divertir. Mas, sinceramente, eu
sentia que algo estava faltando. Agora não falta mais. Que mais posso desejar
eu da vida? Já vivi intensamente. Fiz farras homéricas, viajei por quase todo o
Brasil, promovi diversos eventos, tive seis bares, fiz amigos por onde passei e
trabalhei desde os meus doze anos, exercendo as mais diversas atividades (35
anos só de jornalismo) até que me aposentei por questões de saúde.
Se faltava aquela festa que eu sonhava,
essa foi, sem dúvida, a minha “Festa de Arromba”.
Muito obrigado a todos!
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