segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Minha Festa de Arromba

 Quando lancei meu segundo livro de crônicas, o Sempre Livre, eu quebrei um paradigma dos eventos dessa natureza. Nada de coquetel em museus ou espaços culturais, com direito a música ambiente, discursos, vinhos, uísques e canapés, com o autor sentando numa mesa enfrentando uma cansativa fila para autografar livros. Não. Eu não sou assim. Por isso, fiz um lançamento num bar, onde reuni meus colegas, amigos e familiares, para degustar uma feijoada e beber cerveja ao som de muita música ao vivo, contação de causos e repentes de viola, enquanto eu zanzava de mesa em mesa, conversando e bebendo com as pessoas enquanto dava autógrafos. Esse sou eu.
         O lançamento do meu mais novo livro, Mas eu lhe disse..., não foi diferente neste aspecto, mas, foi muito mais rico em presença de pessoas e mais animado em termos musicais. Além do cordelista Jurivaldo, que lá estava com sua banquinha vendendo seus livros e contando causos muito divertidos, estiveram também os repentistas João Ramos e Caboquinho, Ceará e Zeteir, e o cantor Dito Leopardo, acompanhado pelo teclado do seu amigo e colega do tempo dos Leopardos, Zé Trindade. Muitos outros cantores da noite feirense, profissionais ou não, por lá passaram, com destaque para minha amiga Cassia Cupe, seresteira, que foi comparada pelos presentes com as melhores cantoras da nossa MPB.
         Colegas da imprensa, amigos de todos os tempos, familiares, autoridades como o prefeito José Ronaldo e o deputado Carlos Geilson, lá foram para apoiar o evento que teve sua renda destinada ao Lar do Irmão Velho. Todo mundo sabe que eu sou festeiro. Estou sempre inventando coisas para reunir os amigos e nos divertir. Mas, sinceramente, eu sentia que algo estava faltando. Agora não falta mais. Que mais posso desejar eu da vida? Já vivi intensamente. Fiz farras homéricas, viajei por quase todo o Brasil, promovi diversos eventos, tive seis bares, fiz amigos por onde passei e trabalhei desde os meus doze anos, exercendo as mais diversas atividades (35 anos só de jornalismo) até que me aposentei por questões de saúde.
         Se faltava aquela festa que eu sonhava, essa foi, sem dúvida, a minha “Festa de Arromba”.

         Muito obrigado a todos!


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