sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

DESCASO

O brasileiro cidadão comum já está calejado de ver projetos monumentais de governos, sejam de que partido for, morrerem no nascedouro. No entanto, é espantoso como obras importantíssimas para uma nação que realmente deseja crescer e desenvolver-se são abandonadas sem mais aquela. Refiro-me, entre outras, às obras - ainda assim parcimoniosas - anunciadas para o sistema ferroviário do País (que é pífio, diga-se de passagem). TODOS os grandes projetos deste setor, que datam até de mais de uma década, estão paralisados, Para alegria dos transportadores rodoviários.
É preciso por os pés no chão e atender às necessidades reais da população. Ou não... Como diria Caetano.
Uma sucessão de erros patéticos do poder público
Em São Paulo, conforme comentei aqui, a prefeitura, que a exemplo de dezenas anteriores jamais se preocupou em realizar obras subterrâneas para conter as enchentes, tentou, dentro de um ridículo decreto referente a taxistas, impor normas para o tipo de diálogo (ou nenhum) que os profissionais deveriam manter com os passageiros. Foi obrigada a voltar atrás e revogar o item mais patético: proibição de o motorista falar sobre "temas polêmicos" como futebol, religião e política. Algo que nos remonta às mais tenebrosas ditaduras.
Em Belo Horizonte, o prefeito, que se diz socialista, tentou beneficiar os grandes comerciantes, estádios etc., proibindo o uso de isopores (até por particulares) e a venda de bebida e comida na rua. Teve que voltar atrás.
Fico a pensar (terrível hábito que herdei da minha saudosa mãe) como funciona a mente desta gente. Em relação a São Paulo, um delírio de um prefeito que não se preocupa com nada além de realizar fantasias surreais (perdoem a redundância), adotando medidas coercitivas para tentar (sic) transformar a cidade, da noite para o dia, num paraíso de civilidade. Em BH, nítido interesse econômico.
Será que essa gente não tem assessoria sensata? Acho que não, porque, se tivesse, não precisaria expor-se ao ridículo de criar leis idiotas ou meramente coercitivas, para depois voltar atrás. Êita Brasil!
Pelo fim dos zoológicos (I)
No Rio de Janeiro, o fechamento do Jardim Zoológico (salvo engano, o primeiro do Brasil) virou tema de todos os telejornais e mídia impressa, na semana passada.
Achavam um absurdo, mostravam crianças reclamando na porta pelo fato de não poderem ver os animais encarcerados etc.
Faltou dizer: que sejam fechados TODOS os zoológicos do Brasil e do mundo. O gozado é que não vejo nenhum defensor da natureza defender esta causa...
Pelo fim dos zoológicos (II)
Enjaular animais (assim com o aprisionar pássaros em gaiolas) em zoológicos para o deleite de seres humanos babacas é um dos grandes crimes contra a natureza.
E, pior que isso, transformar esta situação em deleite para filhos e netos e cultivar uma geração de idiotas.
Pelo fim dos zoológicos (III)
Imagino sempre o contrário: macacos, leões, cobras, onças etc., desfilando com  seus filhotes diante de jaulas cheias de homens, mulheres e crianças.
Será que nos sentiríamos bem?
Irecê ganha um Fórum
Enquanto uma providencial chuva caía sobre a região de Irecê, para a alegria da população, o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, desembargador Eserval Rocha, inaugurava o quinto fórum de sua gestão, em uma solenidade bastante concorrida.
Em seu discurso, o desembargador disse que, como bom sertanejo e filho da região, ele compartilhava da alegria em ver a terra molhada. E falou sobre mais uma obra concluída.
Devo, não nego, pago...Quando?
A notícia: "Cerca de 59 milhões de brasileiros começaram o ano na lista de inadimplentes. O número é o maior já registrado desde que o levantamento passou a ser feito pela Serasa Experian, em 2012. O total de dívidas chega a R$ 255 bilhões. O aumento em relação à janeiro de 2015, quando 54,1 milhões de consumidores haviam começado o ano no vermelho. Neste cenário de recessão prolongada, a principal causa da inadimplência no ano de 2015 foi o desemprego."
O comentário: não foram poucas as vezes que, aqui, na última década, critiquei o endividamento irresponsável incentivado pelo populismo cretino das autoridades deste país.

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