sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

MORIBUNDOS

Na minha modesta opinião, não existe nada mais terrível e cretino do que a tal Central de Regulação (da Secretaria de Saúde), que decide quem deve ou não ser internado e quando, ou seja, quem deve ou não MORRER. São centenas, milhares até, de solicitações, julgadas por um número ÍNFIMO de médicos que devem credenciar quem deve ser atendido. Num país sério, onde a saúde pública fosse lavada a sério, tal entidade seria absolutamente dispensável. Mas, claro, não é o nosso caso.
Escondem elefantes tentando matar um mosquito.
A demagogia em torno do mosquito da dengue e zika
Não há a menor dúvida: tem que haver intenso combate ao mosquito transmissor da dengue, zika etc. Deveria, aliás, existir, há décadas, intensa e ininterrupta campanha para dizimar este infernal inseto.
No entanto, diante da situação caótica pela qual passa a sociedade brasileira (desemprego, inflação, violência, saúde e segurança públicas no fundo do poço etc.), parece patético a presidente da República eleger como principal bandeira o combate ao aedes. Repito, antes que tentem me tachar de ignorante: tem que combater, sim. Mas sistematicamente, sem tornar isso a principal bandeira de um país onde a MICROCEFALIA de boa parte da população adulta e dos governantes conseguiu implantar o caos.
Usar a tragédia do aedes com bandeira para tanta mobilização nacional é, claro, uma deslavada demagogia, daquelas, claro, que tentam desviar a atenção da sociedade dos problemas tenebrosos que vivemos com a roubalheira nacional.
Combater a dengue, a zika e congêneres deve, sim, ser pauta constante de qualquer governo que tenha o mínimo de responsabilidade, porém transformar isso no grande assunto nacional, por si só, é balela. Podem crer.
Tudo, claro, efeito da crise econômica, que empobrece os brasileiros. Há casos em que a economia chega a R$ 1.800 mensais POR ALUNO!
Eu, por exemplo, estudei no Colégio da Bahia (Central), onde era preciso fazer um “vestibulinho” para entrar e ali eram reunidos os melhores professores da Bahia, assim como em outros colégios públicos.

Êxodo nas escolas particulares (III)
O culto à imbecilidade, à ignorância, ao vencer por vencer, nivelou todos no mais baixo nível que já se viu. E tudo isso agravado pela alienação de uma juventude bestial, que se satisfaz publicando fotos de jantares no instagram. Haja saco!


Êxodo nas escolas particulares (I)
A própria Federação Nacional das Escolas Particulares reconhece: neste ano, cerca de 12%, no mínimo, dos alunos de colégios privados estão migrando para as escolas públicas.
Êxodo nas escolas particulares (II)
Não seria algo para assustar se a escola pública fosse como no meu tempo de adolescente, lá pelos idos da década de 1970, quando estudar em colégio público era até mesmo um privilégio.
Todavia, hoje, a escola pública deteriorou-se e, em que pese o empenho de ALGUNS professores, no mais das vezes virou um reduto de omissos no corpo docente e idem, acrescido de violência e mesmo marginalidade explícita, no corpo discente. Vem daí o pânico de alunos cujas famílias têm mudado do particular para o público. Mas, fazer o quê, dona Dilma?
A verdade é que tudo piorou
Os leitores que perdoem o meu suposto pessimismo, mas a realidade cruel é que tudo piorou neste País, nas últimas décadas, agravando-se em períodos mais recentes.

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