O aviso vem de cientistas ouvidos
pela BBC Brasil para analisar os possíveis desdobramentos no surto que já
atingiu mais de 20 Estados brasileiros e pelo menos duas dezenas de países no
continente. Entre eles o entomologista e médico Andrew Haddow, neto de
Alexander Haddow, um dos três cientistas que em 1947 isolaram pela primeira vez
o zika.
A projeção é de um cenário
preocupante diante da possível relação do zika com os 4 quatro mil casos sendo
investigados de possível microcefalia no Brasil.
Para os
especialistas, o país apresenta condições ideais para uma proliferação ainda
maior do vírus do que a registrada até agora.
O principal fator é a resistência do Aedes aegypti, o
mosquito transmissor da doença, e que voltou a infestar centros urbanos no
Brasil depois de duas vezes erradicado nas últimas décadas.
Dados do Ministério da Saúde mostram
o avanço dengue no país. Foram 40 mil casos registrados em 1990. No ano 2000, o
total saltou a mais de 135 mil casos, e superou 1 milhão em 2010. Em 2015,
foram mais de 1,5 milhão de casos.
A segunda questão é o fato de que a
população brasileira não tem o organismo "preparado" para um vírus
que, até o atual surto, não tinha sido registrado fora de países de África,
Ásia e Oceania.
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