quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

INEXPLICÁVEL

A crise pela qual passa a saúde pública em Camaçari, com UPAs fechadas por falta de pagamento dos salários dos médicos, tem contornos surreais. Motivo: trata-se do município mais rico da Bahia, com arrecadação média DIÁRIA que soma mais de R$ 3 milhões. É de se perguntar, sem esperar resposta: para onde está indo dinheiro da saúde de Camaçari? HUM...
 No Brasil, cada vez mais o Estado volta-se para si deixando de cumprir as obrigações mínimas para com a população.
O Estado para si nunca está em crise
Começamos o ano vendo os anúncios de mais concursos públicos para órgãos como INSS, IBGE e outros menos cotados. Salários de 9 mil reais por mês, coisa que praticamente nunca se vê na iniciativa privada. O governo tem "o discurso da crise", aumenta gasolina, diesel, eletricidade, ameaça com a volta da CPMF para todo mundo ter que pagar o que não tem. Mas, ele, governo, faz concursos para gastar mais do nosso dinheiro dos impostos já escorchantes pagando salários impensáveis na iniciativa privada. E mais funcionários públicos para quê? Para trabalhar só cinco dias por semana, cinco ou seis horas por dia no máximo, com licença prêmio, anuênio, quinquênio etc.? Para terem feriadões que eles chamam de "ponto facultativo", ficando fora dos guichês por até 10 dias, como aconteceu agora no Réveillon? Parodiando Rita Lee, "concurso público? Obrigado, não!"
Camisetas com muito estilo
Lethicia Bronstein está confirmada para participar do Camarote Salvador 2016. A 16a edição do espaço no Circuito Barra-Ondina convidou a estilista para assinar as 30 mil camisetas que serão utilizadas por cerca de cinco mil pessoas por dia, entre 4 e 9 de fevereiro. Disputada entre celebridades e conhecida por confeccionar vestidos de casamento e festas e looks inesquecíveis de carnavais para Sabrina Sato, Claudia Leitte, Megan Fox e Juliana Paes, será a responsável pela criação dos desenhos para cada um dos seis dias de festa.
As duas cidades do Salvador (I)
Não, não vou falar aqui da histórica divisão entre Cidade Alta e Cidade Baixa, mas sim da cidade privilegiada e da outra jogada ao léu. Quem tem visto, como eu, as imagens na TV dos alagamentos e ameaças de desabamentos com as atuais chuvas, sabe exatamente do que estou falando.


As duas cidades do Salvador (II)
Sem falar que obra prometidas desde as chuvas de abril de 2015, que mataram 21 pessoas, segue em ritmo lento ou sequer foram iniciadas, como ocorre em vários bairros.


Enquanto Barra, Graça, Ondina etc., esbanjam opulência e rapidez em obras públicas, moradores da Rua Luan Braga, em Pirajá (para citar apenas um exemplo) estava, até ontem, há três dias sitiados por um alagamento de águas fétidas, que não escoavam. Pior: até ontem, não havia Defesa Civil nem Bombeiros na área, enquanto muita gente ficava fora d casa, dormindo em bares e até dentro de carros, e outros estava presos em casa.
As duas cidades do Salvador (III)
É espantoso como o poder público, independentemente de partidos, insiste em manter cada vez mais profundas as absurdas diferenças sociais na capital baiana. Toda a periferia, sem exceção, está com aspecto haitiano, cada vez mais pobres e relegada.

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