quinta-feira, 28 de abril de 2016

CINISMO?


A notícia: “O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, reclamou nesta terça-feira (26) da 'celeridade' e da 'seletividade' das investigações contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF).” O comentário: mas era só o que faltava! Nunca a Câmara foi tão célere como quando tratou do impeachment de Dilma, trabalhando até sábado e domingo. E, no caso dele, Cunha, trata-se de um dos mais longos processos atolados no Conselho de Ética, porque ele pôs o pé no freio. Esse pessoal é mesmo cara de pau, hein? Hum...
Por que eles disputam com unhas e dentes certas prefeituras “falidas”?
Camaçari, que arrecada R$ 3 milhões por dia, se diz em crise financeira. Tá bom!
Vira e mexe, e Camaçari aparece na TV, ultimamente, com notícias negativas. Basicamente greve de servidores por atraso de salários e crise no setor de saúde pública, inclusive com paralisação parcial do Samu. Em resposta, o governo municipal alega dificuldade de recursos. Mas fica difícil entender como uma prefeitura como a de Camaçari, que arrecada a relativamente fabulosa cifra de R$ 3 milhões POR DIA, consegue ficar sem grana.
Trata-se de uma cidade pequena e, portanto, a lógica seria ter dinheiro de sobra, até mesmo em tempos de vacas magras, como o atual. Mais intrigante ainda é a sanha com que candidatos de diversas “cores” lutam para ganhar a prefeitura de lá, mesmo diante da “crise” financeira.
Aliás, isso acontece de um modo geral, em toda a Bahia: centenas de candidatos digladiam-se, em toda eleição municipal (vocês verão agora...), na disputa para ocupar um cargo no qual, depois de empossados, se desfazem em críticas e lamentos, dizendo-se de mãos atadas porque faltam verbas (sic).
Bem, acho que esses “mártires” deveriam fazem jus a medalhas, estátuas, enfim, a todo tipo de homenagem, pois “imolam-se” em prol da saúde, educação e segurança do “seu” povo. Pois sim!
A Síria é aqui, senhores.
Assistindo a um noticiário de TV, em um restaurante, notei a cara de espanto dos clientes diante do balanço lido pelo locutor, dando contra de que cerca de 400 mil pessoas já morreram na Síria, em cinco anos de guerra.
Pensei, com meus botões: ora, por que não ficam indignados, chocados, com os cerca de 300 mil brasileiros que pereceram no mesmo período, vítimas do crime e da Polícia? Afinal, são quase 60 mil por ano...
O caos domina o Rio de Janeiro (I)
Ontem, o governo do Rio anunciou que vai cortar cerca de R$ 2 bilhões de verbas para a saúde. Vejam só,m logo para a saúde, que já vive um caos sem precedentes na dita Cidade Maravilhosa e, de resto, em todo o estado!
Enquanto isso, o execrável Cabral, ex-governador, treina o filho, um garotinho (êpa!) que hoje ocupa a Secretaria de Transportes, para ser o próximo governador. Vixe!
O caos domina o Rio de Janeiro (II)
Pois é: caos na saúde pública, muita gente morrendo literalmente por falta de atendimento, nos corredores dos hospitais públicos. Este é o quadro carioca, na cidade que vai receber gente de todo o mundo para a Olimpíada, com a qual tem gasto bilhões.
Em tempo: será que o governador licenciado Pezão – que dizem estar com câncer, mas há quem aposte que é um esquema para ficar fora do atual inferno fluminense – está sendo tratado pelo SUS? Ai, ai.
Por que é tão fácil?
Não consigo me conter e repito aqui a pergunta, sempre sem resposta, que faço há anos: por que é tão fácil conseguir explosivos e armas no Brasil? Explodem bancos e atiram em pessoas todo dia, a toda hora, e nunca se consegue controlar isso.
Lembro-me de pelo menos duas ou três ações demagógicas, nos últimos anos, garantindo fiscalização e controle, por exemplo, para a questão dos explosivos. Como seria previsível, deram em nada. Absolutamente nada. E não se fala mais nisso, principalmente as ditas autoridades de segurança. Cinismo!
Continua a mesma coisa
Vi recentemente o filme “Descalço sobre a Terra Vermelha”, que conta a história da vida e luta de dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Félix do Araguaia, no auge da ditadura militar, ao lado da população da cidade onde ocorreu uma guerrilha entre posseiros e grandes proprietários, e depois enfrentando o Exército, por conta da disputa de terras.
O bispo, em certa cena, comenta: “Ali, as pessoas nascem e morrem, mas não vivem.” Cerca de 50 anos depois, esta realidade continua a mesma, para milhões de brasileiros.

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