quinta-feira, 28 de abril de 2016

Como confundi um ataque cardíaco com uma indigestão

Confundir um ataque cardíaco com uma indigestão é mais comum do que pode parecer.
            Na verdade, nem todos os ataques cardíacos começam com uma pontada no peito como costuma ser retratado nos filmes. E os sintomas não são os mesmos para todas as pessoas.
            "Muitos (infartos) começam devagar, com dor e leve desconforto, outros são conhecidos como 'silenciosos', porque não causam sintomas", dizem especialistas do Instituto Nacional do Coração, dos Pulmões e do Sangue dos Estados Unidos (NHLBI, na sigla em Inglês). E em outros momentos, esses sinais se assemelham aos de uma indigestão ou azia.
            Isso foi exatamente o que aconteceu com Melanie Mully. Felizmente, uma chamada fortuita salvou sua vida.

Indigestão?
            Parecia um dia como qualquer outro. Melanie, 38, estava fazendo compras com sua filha Alice, que estava, então, com 11 meses. De repente, se sentiu tonta e começou a sentir uma dor parecida a de uma indigestão.
            "Em um momento me deu um sufoco e de repente comecei a suar", disse Melanie à BBC Mundo. Melanie começou a se sentir mal, mas aos poucos o desconforto foi passando e ela decidiu não prestar muita atenção a ele.
            "Mais tarde, subindo uma colina enquanto empurrava o carrinho de bebê, meus braços começaram a doer", diz. Mas em nenhum momento ela pensou que estava tendo um ataque cardíaco. "Não liguei uma coisa à outra", explicou Melanie. "Apenas pensei que o carrinho estava pesado e que era normal, porque estava subindo um morro." Esse dia acabou no hospital, onde ela passou três semanas depois de um coma induzido. Melanie teve que adiar seu casamento, que estava marcado para cinco dias depois do acidente, e também as comemorações do primeiro aniversário da filha.
            Ela sofreu três sintomas típicos de um ataque cardíaco (tonturas, sudorese e dor no braço e estômago), mas não o viu chegando, apesar dos sinais claros de alerta.
E seu caso não é isolado. De acordo com a nova pesquisa da Fundação Britânica do Coração (BHF, na sigla em inglês), metade das pessoas que sofrem um ataque cardíaco leva dias para procurar tratamento médico e mais de 80% não reconhecem os sintomas. Click no link e leia mais no BBCBrasil


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