terça-feira, 26 de abril de 2016

Educação sexual é mais importante que caça a pedófilos, diz nadadora vítima de abuso

            
Quem viu Joanna Maranhão se tornar a quinta mulher mais rápida do mundo nos 400 metros medley nos Jogos Olímpicos de 2004, com apenas 17 anos de idade, não imaginava que ela carregava um trauma que poderia até mesmo ter acabado com sua vida por duas vezes.
            Aos 29 anos de idade – 25 deles nas piscinas –, a atleta irá disputar no Rio sua quarta Olimpíada. Mas para conseguir isso, até hoje ela trava uma luta diária consigo mesma – diagnosticada com depressão, Joanna luta contra a doença há anos. O trauma vem de muito tempo: aos 9, quando ainda estava começando a trajetória no esporte, um técnico abusou sexualmente dela.
            Por anos, Joanna não conseguiu contar a ninguém o que havia sofrido e deu um jeito de "fugir" do treinador para se livrar do abuso. Mais tarde, quando se viu capaz de lidar com a situação, resolveu se dedicar à luta para que casos como o dela não se repetissem.
            Em 2014, ela criou a ONG Infância Livre, que auxilia crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. No entanto, mais do que uma punição aos abusadores, a nadadora defende uma ação efetiva no combate a esse crime: a educação sexual.
            "Mais importante do que desmascarar o pedófilo é educar sexualmente as crianças. É preciso ter uma educação sobre isso, sobre qual carinho pode, qual não pode, o que são certas coisas. É preciso falar disso em casa e na escola", afirmou Joanna Maranhão, em entrevista à BBC Brasil. "É importante dar liberdade para a criança, para que, se acontecer algum abuso, ela saiba identificar. No meu caso, no momento que ele fez, eu achava que era errado, sabia que era doloroso, mas não sabia o que era."
(Click aqui e leia matéria completa no BBCBrasil)


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