domingo, 24 de abril de 2016

E NÓS?

Em nota dirigida ao deputado Tiririca e publicada no site Tribuna da Imprensa, “palhaças e palhaços profissionais, brasileiros e estrangeiros engajados na defesa da democracia do Brasil”, manifestam “nossa mais completa insatisfação e repúdio em relação à postura e ao voto de V.Exa na votação do processo de impeachment.” Tudo bem, e com todo respeito por esses profissionais, cabe perguntar, e o faço aqui: e nós, os palhaços amadores vítimas do imenso circo Brasil, como ficamos?  A verdade é que a maioria da população, ao contrário de Lulas, Cunhas, banqueiros e Temers, está na lona...Hum!
“Os homens erram, os grandes homens confessam que erraram.”  (Voltaire)
A tragédia da ciclovia carioca, a Olimpíada e a engenharia brasileira
Em trágica coincidência, no dia em que esta Tribuna publicou meu artigo semanal no Raio Laser, ontem, tratando exatamente da Olimpíada no Rio de Janeiro e da contradição desta festa bilionária e superfaturada com a situação de caos da dita Cidade Maravilhosa, eis que ruiu aquele que seria um dos símbolos do “legado” dos Jogos Olímpicos, a ciclovia da Avenida Niemeyer, denominada Tim Maia, tragada por uma onda absolutamente previsível e certamente destruída por conta de uma construção pífia e irresponsável.
Como toda obra pública neste país (onde, nos últimos dois ou três anos, já caíram viadutos, pontes e até parte de estádios, ainda em construção), a ciclovia carioca foi superfaturada, além de ter sido realizada por uma empresa ilegalmente contratada, a Concremat, pois pertence à família do secretário de Turismo da cidade do Rio, Antônio Pedro Viegas Figueira de Mello.
Ficam no ar inúmeras questões, que jamais serão respondidas, entre elas: como pode ter sido contratada uma empresa da qual um dos donos é membro do governo municipal que a escolheu? Por que não foi investigado o superfaturamento de mais de R$ 8 milhões numa obra que custou faustosos R$ 44 milhões? Que diabo fazem os conselhos de Engenharia deste País, que só se manifestam, quando o fazem, DEPOIS das tragédias? Por que nunca reagem e exigem seriedade nas obras públicas? E quem vai se responsabilizar pelas, até agora, duas mortes? Haja!
Ainda sobre a baderna (I)
Falando ainda sobre a baderna em que se transformou a engenharia pública nacional, não custa lembrar que a tal Concremat é também “amiga” de partidos e políticos, pois fez doações para campanhas.
Caso os bandidos que fazem parte da política e da administração pública brasileiras não acabem de vez com  a excelente atuação do juiz Moro e sua operação Lava Jato, e este possa avançar, certamente seriam descobertas mil tramamóias entre a Concremat e políticos do Rio e até de outros estados, incluindo o Distrito Federal.
Ainda sobre a baderna (II)
Mas, preparem-se: os (ir) responsáveis pela Concremat, assim como fazem e fizeram outros donos de obras sem qualquer qualidade neste País e que resultaram em tragédias, vão culpar o tempo, o mar, as marés, o cacete!
Lembrem-se de que os dirigentes da Vale, depois da tragédia de Mariana, em novembro passado, apressaram-se em responsabilizar um “abalo sísmico” pelo rompimento de uma barragem que nunca foi responsavelmente monitorada.
Onde está a crise?
A notícia: “O número de norte-americanos que entraram com pedido de auxílio desemprego atingiu o nível mais baixo desde 1973, após uma queda inesperada na última semana. De acordo com dados do Departamento de Trabalho divulgados nesta quinta-feira (21), os pedidos iniciais de auxílio-desemprego diminuíram em 6 mil até 16 de abril, o que sugere que o mercado de trabalho dos EUA segue com impulso.”
Então, senhores que comandam o Brasil: onde está a “crise internacional” da qual estaríamos sendo vítimas? Ah, me batam um abacate!
Momento de tragicomédia
Mera curiosidade, mas não resisto. Vocês sabiam que o nome completo do Temer é Michel Miguel Elias Temer LULIA?
Isto mesmo, Lulia. Por um “i” não seria meio xará daquele cidadão. Vixe!
Surpresa suprema da  Corte
Do assíduo leitor Luiz Santana, recebo a seguinte colaboração: “Dilma já disse que tem ‘cinco ministros no STF’, Lula recentemente os chamou de ‘acovardados’. Agora, o STF postergou, sem data, a decisão se Lula será ou não ministro da Casa Civil. Caso venha ser, Dilma e Lula não mentiram, mas, abismado, pergunto: meu Deus do céu, é esta a suprema corte que temos, é? Caso não venha ser, o Lulopetismo morreu, não foi assassinado pela imprensa, suicidou-se. A imprensa para mim é o quarto poder da República e é preciso respeitá-la.”

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