terça-feira, 19 de abril de 2016

INSEGURANÇA

Entre os muitos que nos fizeram envergonhar em casa, vendo pela TV a votação do impeachment na Câmara, por ser quem são e estarem votando a favor do processo, destaca-se, claro, o fascista Jair Bolsonaro, que teve a ousadia de homenagear o falecido coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, torturador-mor da ditadura militar e um dos que torturaram Dilma Rousseff. Mas como estamos numa democracia, até reacionários como Bolsonaro devem ter direito a voz. Fazer o quê?
Os loucos às vezes se curam. Os imbecis, nunca. (Oscar Wilde)
Quem viu a votação com inteligência, com certeza quer  outra nação.
Nada poderia mostrar mais claramente que o Brasil precisa, isto sim, e com máxima urgência, de profunda e radical reforma política do que a sucessão de declarações patéticas, absurdas, piegas, sem sentido, feitas anteontem pelo deputados federais durante a votação do impeachment.

Assistia do primeiro ao último voto e vou poupar os leitores de verem aqui as declarações idiotas, o semi-analfabetismo de alguns e a agressividade feroz e populista de outros, num verdadeiro teatro.
Mas o resumo da ópera é este: na sua maioria, os deputados são absolutamente desconhecidos e, pelo visto, só deram as caras neste domingo. Ninguém tem a menor ideia do que eles fazem em Brasília, inclusive seus eleitores.
Fica claro que, salvo as honrosas exceções de sempre, trata-se de um bando de inúteis e que, claramente, só estão ali para se locupletar e, claro, aparecer na mídia como fizeram com uma ostentação indisfarçável durante a votação.
Por exemplo, gostei da derrota do governo na Câmara, mas fiquei envergonhado: é que o processo foi conduzido por um sujeito que está metido até o pescoço em falcatruas milionárias, inclusive sendo investigado. A condução a cargo de Eduardo Cunha (embora tecnicamente muito competente, sem dúvida), desmoralizou em parte o processo, sem dúvida.
 
A maior vergonha de todas (II)
O presidente da Câmara teve que ouvir xingamentos de diversos parlamentares, que o chamaram de tudo, de “ladrão” a “sacripanta”. E, claro, Cunha seguia impávido, como aquele sorriso amarelo. Isto é política, senhores!
Seria necessário um sistema que colocasse em Brasília (e nas assembléias estaduais e câmaras municipais) políticos REALMENTE comprometidos com algo mais profundo e mais duradouro, para a sociedade, que não seja roubar a fazer fortunas pessoais. Quem terá peito para fazer isso? Temer, Aécio, Lula, Cunha, Marina et caterva? Nem pensar.
E todos faziam poses, olhando-se no telão, no mais autêntico estilo Cristiano Ronaldo. Bem, pelo menos Cristiano Ronaldo é bonito...Hehehe!


A maior vergonha de todas (I)
Os leitores sabem que não tenho simpatia por Dilma, Lula e PT. E muito menos ainda por outros políticos que cometem crimes contra o erário e posam de “retados”.
A grande mídia o poupou nos noticiários, mas não teve como esconder as situações vexatórias em que Cunha se viu durante a votação, pois não cabia censura à transmissão direta da TV Câmara.
Ainda sobre a reforma
É preciso mudar totalmente o cenário da política nacional. Sejam parlamentares do PT ou de quaisquer outros partidos, a grande maioria deixa claro que nada tem para contribuir no parlamento.
Papagaios de pirata
Houve uma meia dúzia que se colocou no raio de ação da câmera principal da TV Câmara, que gerou as imagens reproduzidas em todas as emissoras de TV, e de lá não arredou pé, nem para fazer xixi, pelo visto.

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