Jaime se dedicava exclusivamente ao
tráfico de drogas até que, dois anos atrás, um cliente que trabalhava em um
supermercado lhe ofereceu trocar maconha por farinha de milho pré-cozida.
Desde então, o traficante se dedica ─
também ─ ao que eles chamam de "bachaqueo", atividade ilegal cada vez
mais comum na Venezuela e que consiste em revender produtos básicos que nem
sempre são encontrados em lojas e pelos quais milhões de venezuelanos passam
horas na fila todos os dias.
"Ele me propôs a troca e eu disse que
sim. Quando fui ver, minha casa estava cheia de produtos", afirmou ele à
BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, sob condição de anonimato.
De acordo com a Lei de Preços Justos, que
estabelece a regulação de preços de produtos de primeira necessidade no país, a
revenda desses bens é crime sujeito a pena de três a cinco anos de prisão.
Desde a última semana, o governo
venezuelano reativou sua campanha para acabar com esse contrabando, que,
segundo as autoridades, é uma das principais causas da escassez de produtos
básicos, parte de uma suposta "guerra econômica contra o povo". (BBCBrasil)
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