sábado, 8 de agosto de 2015

Greve nas Ueba chega ao fim e Uefs retoma atividades letivas na segunda-feira


A Administração Central da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) informa à comunidade o encerramento da greve dos docentes e a retomada das atividades letivas a partir desta segunda-feira (10). Após mais de 80 dias, a greve dos docentes das quatro Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) chegou ao fim, na quinta-feira passada, com a assinatura do acordo com o Governo do Estado.
Conforme a Adufs (Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana), a categoria sai vitoriosa de um movimento que conseguiu arrancar do governo a garantia da autonomia político-administrativa das instituições, questões orçamentárias e direitos trabalhistas.
Foram necessárias 16 mesas de negociação para que o Movimento Docente (MD) conseguisse uma proposta concreta que contemplasse parcialmente as reivindicações da pauta protocolada em dezembro do ano passado. Para fazer a discussão avançar, a categoria teve de apresentar uma contraproposta.
O acordo apresentado pelo governo e alterado inicialmente pelo Movimento Docente (MD) apresenta soluções para 2015 ao se comprometer, em um prazo de 60 dias, a revogar a lei 7176/97, garantindo o princípio da autonomia universitária, além de liberar as promoções, progressões e mudança de regime de trabalho que estavam emperradas nas secretarias estaduais da Administração (Saeb) e da Educação (SEC), algumas desde 2012. O documento também efetiva o remanejamento do quadro de vagas por universidade, viabilizando a implementação das promoções, e mantém a integralidade do orçamento de 2015 que vinha sendo contingenciado em 20 %, nos primeiros meses deste ano.
Apesar do final da greve, as mobilizações continuam. As denúncias sobre os ataques que o governo vem fazendo aos direitos trabalhistas e todo processo de sucateamento que as Ueba enfrentam, tornadas públicas através das mobilizações dos docentes, evidenciam a necessidade de permanência das ações. A crise orçamentária que ameaça o funcionamento das universidades é uma luta que professores, estudantes e técnico-administrativos persistirão, já que o cenário que se avizinha é de aumento da precariedade nas instituições. (Adufs


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