domingo, 30 de agosto de 2015

ESTUDANTES

Os estudantes estão nas ruas, reclamado melhoria o ensino. Enfrenta a polícia e tudo mais. Consciência pura. Ode? No Chile, bróder, no Chile, o Brasil, por pior que estejam as coisas, por pior que esteja a educação, não vemos estudantes nas ruas. Nem é preciso dizer, mas direi: aqui, a entidade maior daqueles que estudam, a UNE (União Nacional dos Estudantes), mantém-se calada, muda. Também, recebeu mais de R$ 50 milhões do governo, desde a "era" Lula, e agora só vai às ruas quando interessa ao partido. Lamentável.

Diga-me com quem andas, e te direi quem és.

Obras caóticas, miséria absoluta a periferia
Uma rápida olhada no noticiário diário das TVs baianas, e fica logo claro que vivemos na mais absoluta miséria, na mais vergonhosa necessidade. Começa pelo enterro do garoto morto pelo padrasto, crime execrável, onde a mãe, que deu o filho para o assassino foi coagida, perseguida e espancada. O cenário é trágico. Dezenas de pessoas, maltrapilhas, perseguido e dando tapas na mãe, que, por mais culpada que seja, não poderia ser privada de acompanhar a descida do caixão do filho. O cenário é tenebroso, cemitério caótico, coisa de quinto mundo.
Corta para as obras de Sussuarana Velha, da Conder, onde as escadarias foram deixadas pela metade, buracos imensos surgiram seis meses após a conclusão (sic) do trabalho, e os moradores foram aconselhados a "ficar de olho" na situação, para, depois, denunciarem.
Este é o painel das periferias do Brasil, com especial ênfase no Norte e Nordeste: uma multidão de maltrapilhos, ruas de barro, casas sem reboco, a pobreza absoluta.
É a isso que chamam de "evolução social"? Vade retro, satanás.
É preciso ter muito mais responsabilidade, muito mais consciência, muito mais humanidade para sair por aí ufanando-se de "mudanças sociais". Mas é a realidade nua e crua do país.

Ainda sobre a miséria (I)
Seja em São Paulo, Goiânia, Salvador, Belém ou Teresina. Nenhuma imagem da periferia dessas cidades, assim como de tantas outras, mostra tão bem a terrível decadência social deste país.
É só ficar atento ao pano de fundo das reportagens da TV. Nada mais do que isso. Só não vê quem fecha os olhos para a situação e segue locupletando-se com o dinheiro que seria para educação,  saúde, saneamento e segurança. É o caos!

Mussurunga sem água (I)
Moradores de Mussuruga procuram esta coluna para denuciar que há mais de um mês estão sem água, e não adiantam as queixas feitas à Embasa.
No entanto, como sempre, as contas continuam chegado em dia, e ai de quem não pagar. Uma baderna!

Mussurunga sem água (II)
E por falar em escassez de água, vocês já notaram que, no noticiário sobre a crise hídrica de São Paulo, maior cidade do país, jamais aparecem bairros como Morumbi, Itaim Bibi, nem trechos com Avenida Paulista e coisas que tais?
Só se fala no "sofrimento" dos que moram na periferia da cidade, na chamada Grande São Paulo.
Ou seja, há, sim, sem dúvida, uma seleção para quem deve se lascar com  pouca ou nenhuma água.
A mesma coisa se aplica a Salvador, e, creio, a todas as outras capitais (ou não) desta droga de Brasil.

Cadê a renovação da frota? 
Muito alarde foi feito no início da atual administração municipal de Salvador a respeito do transporte coletivo. Haveria uma renovação total da frota, ônibus com  ar condicionado e outras fábulas.
A realidade se resumiu a 700 (dizem!) "ônibus novos", para muitos foram apenas recauchutados, e nada mais.Hoje, basta observar a frota que circula ao seu redor, no trânsito,  para ver que seguimos com os mesmos calhambeques de sempre.

Obras muito mal organizadas
A cidade está cheia de obras, mas todas elas pessimamente organizadas.
Um exemplo é o Rio Vermelho, onde a ânsia por realizar rapidamente a tal "requalificação", que já expulsou sumariamente comerciantes tradicionais do mercado do peixe, criou um caos.
Nem mesmo se prestou atenção às faixas de pedestres, nem calçadas. Há, por exemplo, uma sinaleira crucial que segue sempre no verde, para os carros, em detrimento da tortura para os pedestres.
Está mais do que na hora de se ter mais responsabilidades sociais nesse tipo de intervenção urbana. Já!

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