Aguardado com ansiedade, o primeiro
remédio para aumentar a libido das mulheres foi aprovado pela FDA (Food and
Drug Administration, ou a Anvisa americana). Mas como funciona o "viagra
feminino"?
Diferentemente da versão masculina, que
aumenta o fluxo sanguíneo na região genital, a droga, conhecida como
Flibanserin e comercializada sob o nome de Addyi, atua diretamente sobre o
sistema nervoso central das mulheres. Versões anteriores da pílula já haviam
sido submetidas à aprovação da FDA, mas não obtiveram sinal verde para serem
comercializadas.
Segundo a agência, elas foram rejeitadas
por falta de eficácia e por seus efeitos colaterais, como náusea, tonturas e
desmaios. A FDA alerta que a versão aprovada também
pode causar danos à saúde, especialmente para quem tem problemas de fígado, ou
se tomada com outros medicamentos, tais como alguns tipos de esteroides. Além disso, a combinação com álcool pode
ser explosiva, explica Leonore Tiefer, professora da Escola de Medicina da
Universidade de Nova York.
"O álcool é o mais sério de todos (os
riscos), porque essa é uma droga que afeta o sistema nervoso central. O
medicamento tem um efeito sedativo, as pessoas desmaiaram mesmo sem tomar
álcool. Mas o álcool parece piorar esse problema."
Outros
especialistas são mais otimistas em relação ao novo remédio.
"A aprovação desse medicamento abre a
porta para o desenvolvimento de outros produtos, para outras opções de
tratamento. Isso abre a discussão entre a mulher e o clínico sobre o desejo
sexual dela e dá um sinal às farmacêuticas que elas devem continuar
desenvolvendo mais drogas como essa no futuro", afirmou Leah Millheiser,
da Universidade de Stanford. (BBCBrasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário