Dois Brasis
totalmente distintos. É o que mostram os dados do Censo Escolar 2014 no que diz
respeito à infraestrutura das escolas urbanas e rurais do país. No quesito
saneamento básico, o abismo é enorme. Os números revelam, por exemplo, que 70%
das escolas da área urbana contam com esgoto encanado, ante 5% das rurais. Como
não contam com rede de esgoto, 80% das escolas rurais dependem de fossas. Mas o
que chama a atenção é que 15% não têm nenhum tipo de estrutura para lidar com
os resíduos.
Além disso,
enquanto 94% das escolas urbanas possuem conexão com uma rede de água, só 27%
das rurais contam com a ligação. O restante depende de poços artesianos,
cacimbas ou fontes naturais. E o mais preocupante: 14% têm serviço de água
inexistente.
Os dados, do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),
foram tabulados a pedido do G1 pela Fundação Lemann e pela Meritt,
responsáveis pelo portal QEdu.
Ernesto Martins Faria, coordenador de
projetos da Fundação Lemann, diz que as escolas rurais são um grande desafio. “Muitas
vezes elas ficam em regiões com más condições de infraestrutura, que vai desde
energia a saneamento básico. Esse cenário dificulta muito garantir uma
infraestrutura escolar adequada. Em muitas localidades têm se
percorrido um caminho de nucleação de escolas, abrindo-se escolas em locais com
melhor infraestrutura, fechando as escolas rurais sem condições e garantindo
transporte escolar para os alunos. Mas esse caminho não é tão simples de se
seguir em todas as regiões.”
Para especialistas ouvidos pela
reportagem, é preciso que exista um modelo de escola do campo, adequado às
necessidades locais.
Veja matéria completa no G1
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