segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Para brasilianistas, impeachment pode arranhar imagem do Brasil no exterior

Segundo Datafolha, 82% dos manifestantes na Paulista no último domingo apoiariam um impeachment.
Na semana passada, em meio aos esforços para distender as relações com o Congresso e esvaziar a campanha por seu impeachment, a presidente Dilma Rousseff lançou, em um discurso no Itamaraty, um argumento relativamente novo contra seu afastamento: vai pegar mal lá fora.
"O Estado nacional brasileiro só é respeitado no mundo na medida em que em nosso território se exerce e se respeita plenamente a soberania popular. Essa soberania significa submissão à vontade geral expressa nas urnas", disse.
Neste domingo, manifestações antigoverno reuniram centenas de milhares de pessoas nos 26 Estados e no Distrito Federal - e, de acordo com o instituto Datafolha, ao menos em São Paulo, 82% dos manifestantes apoiariam um impeachment.
É impossível prever quanto o argumento de Dilma pode ser eficiente para dissuadir atores políticos e os brasileiros que seriam a favor de um processo para afastá-la.
Mas o discurso da presidente parece se embeber de uma percepção que de fato estaria ganhando força fora do país, segundo grande parte dos especialistas estrangeiros consultados pela BBC Brasil - embora essa avaliação não seja unanimidade.
Nesta segunda-feira, por exemplo, o jornal financeiro britânico Financial Times, que vinha adotando um tom bastante crítico ao governo Dilma, publicou um editorial defendendo que, apesar de estar em uma "posição precária" devido à economia e ao escândalo de corrupção revelado pela Operação Lava Jato, a presidente deve terminar seu mandato.

Segundo o texto, se Dilma for afastada, provavelmente será substituída por outro "político medíocre".  Leia mais no BBCBrasil)

Nenhum comentário: