A Associação
Americana do Coração tem como meta o consumo de 1g de sal em 2021. Mas esta
meta tem sido contestada, pois não há evidências que um consumo menor que 2,4g
seja benéfico. Ao contrário, parece aumentar a mortalidade, assim como o
consumo de mais de 6g/dia. Segundo o nefrologista César Oliveira, os indivíduos
podem ser sal-sensíveis ou sal-insensíveis, de acordo com a resposta
fisiológica a uma sobrecarga de sal. Outros fatores genéticos também impactam
no resultado do consumo excessivo do produto. Ou seja, cada organismo
reage de uma forma diferente a uma mesma situação. Então, como vemos, ainda estamos
engatinhando neste campo, tentando entender os meandros do metabolismo humano.
Mas aí entram em cena os nossos sábios políticos, paternais protetores do povo,
pais dos desvalidos, burros, ignorantes, e querem proibir que se coloque sal
nas mesas dos restaurantes, como se isso fosse evitar que as pessoas ingerissem
o produto. Suas “jumentências” só se esqueceram de um detalhe importante. As
pessoas têm livre arbítrio, se desejarem, podem exigir o saleiro ao
garçom. A medida de impedir a colocação
de saleiros nas mesas não tem sequer um mísero estudo científico que mostre
resultado sobre a morbidade e mortalidade, carecendo, portanto, de evidência
médica, não passando de empirismo. Teríamos de calcular a frequência. Como sabiamente
diz o Dr. César, “ao fim, trata-se somente da velha mania do ‘estado’ de
interferir e infernizar a vida do cidadão, e dos vereadores gastarem o dinheiro
público para produzir inutilidades sem embasamento”. Isso é o que se chama de
dar um tiro no próprio pé. Com sal grosso.
Em tempo: Na Casa da Cidadania o projeto foi rejeitado em segunda discussão.
Por falar em sal
Esta
semana estivemos refletindo aqui em casa sobre a parábola cristã que exorta as
pessoas a serem “Sal da Terra” e “Luz do Mundo”. Creio que estamos fracassando
fragorosamente neste quesito para a “preparação para o Reino de Deus”. Conforme
nosso entendimento, para sermos o “Sal da Terra”, implicaria em termos a
capacidade do sal em proteger a matéria orgânica de deteriorar, corromper. Não
estamos fazendo isto. Pelo contrário, as pessoas estão se corrompendo em
velocidades assustadoras. Quanto a sermos “Luz do Mundo”, implicaríamos em
sermos como faróis a guiar os nossos semelhantes na difícil jornada da vida.
Teríamos que ser exemplos de bondade, misericórdia, honestidade, coragem,
determinação, amor ao próximo, esperança e fé, entre outras virtudes cristãs”.
Mas vejam, justamente aqueles entre nós, que se propõem a ser pastores de
almas, guias das massas, dão a toda hora exemplos de conduta contrária ao que
pregam. Por isso o mundo parece piorar a cada dia que passa. É bom começarmos a
pensar, e muito, nisso. Precisamos mudar a nós mesmos, se queremos que o mundo
mude para melhor.
Promessas
A Onda
Esse
filme não é novo, mas eu ainda não havia assistido. Depois que assisti, me veio
a certeza de que não só já vi filmes tratando do mesmo tema como também já
vivenciei e vivencio atualmente a experiência. A história é a seguinte: Um
professor resolve dar aulas sobre autocracia de forma prática. Ele envolve os
alunos em um projeto para encenar um regime autocrata na sala de aula. Eleito o
líder do projeto, ele começa a induzir os alunos a assumir posturas idênticas,
eliminando os traços individuais da personalidade e do caráter de cada um,
transformando-os num bloco focado em uma só ideia e um só propósito. “Unidos
somos fortes, é o lema da Onda”. Logo vieram um uniforme, uma saudação militar,
e quem não estava com eles estava contra eles. Como o poder corrompe, o próprio
professor se deixou levar pela ideia de ser um líder político e transformar o
projeto em realidade, na forma de um partido político talvez, que os levaria,
de fato, ao poder. A Onda assumiu proporções tais que os seus integrantes já
davam ordens, estabeleciam padrões de comportamento, e excluíam, usando até de
violência, quem não se enquadrasse no contexto por eles ditado. Como não podia
deixar de ser, a coisa terminou em tragédia. Não lhe parece familiar? Se não
assistiu, recomendo que assista. A Onda. Ah! A trama se desenvolve numa escola
alemã.
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Por hoje é só que agora eu vou
ali comprar uma espingarda de socar para dar uns tiros de sal grosso na bunda
de alguns mentirosos.
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