quarta-feira, 15 de abril de 2015

Alex Ferraz

OXENTE!
O lutador Anderson Silva enviou carta à Confederação Brasileira de Tae Kwon Do candidatando-se a lutar por esse esporte na Olimpíada de 2016, no Rio. Ora, Anderson está suspenso devido ao uso de doping, em julgamento internacional! Num momento em que, no Brasil, tantas vozes se levantam contra a impunidade, seria no mínimo constrangedor abrir exceção para o lutador. Batam um abacate!

"A maior miséria das misérias é os miseráveis não a notarem, tão natural lhes parece." (Jacinto Benavente, 1866-1954, dramaturgo e crítico espanhol, Nobel da Literatura em 1922)

Miséria por toda parte
Insisto em chamar a atenção dos leitores para o cenário que as TVs mostram quando tratam de problemas em bairros populares, dos arredores de Brasília, passando por São Paulo, Salvador e chegando ao interior baiano.
Ontem, por exemplo, em matéria sobre falta d’água em Itabuna, o cenário do chamado bairro Manoel Leão era deplorável: vias no barro puro, às quais os moradores chamam de ruas, esgotos, brejos, muito barro e pessoas, como sempre, extremamente maltrapilhas, diante de casas precárias.
É este o cenário, senhores, em TODO O PAÍS, salvo raríssimas exceções, nas periferias de cidades grandes, médias e pequenas. Prova inconteste de que a miséria continua grassando no Brasil, apesar dos discursos demagógicos e da manipulação de dados que nos tentam fazer crer no contrário.

E por falar em Itabuna (I)
Em entrevista sobre a falta d’água nos bairros mais pobres (claro!) de Itabuna, o chefe da empresa municipal que cuida do abastecimento culpou a seca e o baixo nível do Rio Cachoeira, onde é captada a maior parte do líquido. Pode ser, mas não há dúvida de que a falta d previsão, de um maior armazemaneto e a total desassistência aos que penam em água são escandalosas.
E por falar em Itabuna (II)
A propósito, o aspecto do Rio Cachoeira é o pior possível. Nele são jogados, PSAMEM, 80% dos esgotos de Itabuna (e NUNCA corrigiram isso!) e bóia um “tapete” de baronesas (plantas aquática) que consomem o oxigênio da água, matando peixes.É muito, muito descaso!

Desculpa nacional (I)
Em Vilas do Atlântico, uma cidadã reclama que seu filho foi assaltado, ela ligou para a Polícia, mas os policiais alegaram nada poder fazer porque estavam sem combustível na viatura.
O curioso é que argumento idêntico foi usado também por policiais no Rio, São Paulo e Goiás,recentemente. É uma crise, Petrobras?

Desculpa nacional (II)
Revoltada, a senhora que mora em Vilas do Atlântico e cujo marido é espanhol, disse a uma rádio que já colocou a casa à venda e vai se mudar com a família para a Espanha, onde, segundo ela, JAMAIS a Polícia deixaria de atender ao cidadão, muito menos por motivo tão bizarro.

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