Organizações sindicais saíram às
ruas em todo o país na última quarta-feira para protestar contra o
polêmico projeto de lei que regulamenta a terceirização do trabalho no
Brasil.
Em seu texto original, o projeto permite que as empresas
terceirizem até suas atividades-fim, aquelas que estão no centro da
atuação das companhias. Segundo os sindicalistas ligados à Central Única
dos Trabalhadores (CUT), sua aprovação promoveria a precarização das
relações de trabalho no país.Já as entidades patronais, como a Fiesp, defendem que a medida poderia gerar milhares de novos postos de trabalho, além de ampliar a segurança jurídica para os 12 milhões de brasileiros que já prestam serviço como terceirizados.
O projeto ainda precisa ser votado no Congresso e a pressão é grande nas ruas e redes sociais para que seja alterado. Deputados do PT e parte do PSDB se opõem, inclusive, ao artigo que permite a terceirização das atividades-fins das empresas.
Mas a polêmica está longe de ser nova. Há décadas os economistas se dividem dentro e fora do Brasil sobre os possíveis efeitos da terceirização de trabalhadores pelas empresas.
A BBC entrevistou economistas com pontos de vistas diferentes sobre o tema em uma tentativa de esclarecer os argumentos de um e outro lado. Afinal, a terceirização ajuda a gerar empregos ou apenas precariza as relações de trabalho?
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