quinta-feira, 2 de abril de 2015

Festa de arromba nas inaugurações

Tornou-se praxe nas prefeituras e nos governos de estado a contratação de shows para inauguração de obras. Ora, nestes tempos de arrocho fiscal, de aumento da carga tributária, de IPTU pela hora da morte, não tem cabimento a manutenção desta prática. Prefeitos e governadores precisam de austeridade. A festa, apesar de alegrar a comunidade, beneficia apenas o seu autor, que, nestes tempos bicudos não deve usar o dinheiro público para alardear seus feitos. Afinal já existe propaganda oficial. O dinheiro do governo, público, vem do cada vez mais extorquido cidadão, e precisa ser exemplarmente aplicado, otimizado, sem desperdícios.

Educação e caos administrativo
Confesso que ando cansado desta conversa fiada de PIG, coxinha, elite branca, como se os que acusam não fossem portadores de algo além de arrogância messiânica e detivessem algum saber revelador, ou a superioridade das virtudes apesar do esfacelamento ético do PT.
A verdade é que em meio ao caos administrativo que vive o país, a incompetência geral que se subordina aos interesses de manutenção do poder, vegeta a educação brasileira, como demonstrado em repetidos testes de avaliação internacional, numa cumplicidade sindical e conceitual do MEC.
Isto fica claro pelo fato de que ao longo de 12 anos nós tivemos sete Ministros da Educação. Agora, teremos o oitavo. Se tirarmos o Haddad que levou seis anos, sendo Ministro de Lula e Dilma, sobram seis anos para os demais o que nos leva a média de um ministro/ano.
Agora, pergunto: é possível existir algum projeto pedagógico que se viabilize com esta roleta russa que fazemos com os alunos brasileiros? É possível que esta nação saia da sua miséria moral, cultural e da dependência de exportar matéria prima, sem termos definição e execução de um projeto de longo prazo em educação?
Não, esta vergonha não pode ser mantida. Não é possível que a gente se mantenha indiferente ao crime que o governo comete com os alunos dos cursos públicos de nosso país. 

Maternidade fácil
Pedem construção de hospital o que demora e é caro. Se o SUS quiser, contrata leitos suficientes em Feira para resolver o problema da demanda na região. Se quiser é só abrir o cofre. Agora, com a tabela SUS, sem reajuste há dez anos, não dá pra contratar nem uma moita pra esconder a gestante.

Sem polícia não há segurança
Bandidos estão atacando até ônibus escolares, com alunos, como barbaramente aconteceu esta semana no caminho para Jaguara. Não tem como aceitarmos isso como rotina e acontecimento natural.
Evidente que há problemas localizados na corporação, por conta disso tendemos a uma generalização injusta da polícia, como se ela fosse intrinsecamente ruim, o que não é verdade. Não fosse sua ação estaríamos no caos, como, aliás, vemos em período de greve.

O que acontece, no entanto, é que a polícia está subdimensionada, que não dispõe de recursos suficientes para a cobertura e o enfrentamento do espaço que o crime tomou. E isto precisa ser corrigido.

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