Tornou-se
praxe nas prefeituras e nos governos de estado a contratação de shows para
inauguração de obras. Ora, nestes tempos de arrocho fiscal, de aumento da carga
tributária, de IPTU pela hora da morte, não tem cabimento a manutenção desta
prática. Prefeitos e governadores precisam de austeridade. A festa, apesar de
alegrar a comunidade, beneficia apenas o seu autor, que, nestes tempos bicudos
não deve usar o dinheiro público para alardear seus feitos. Afinal já existe
propaganda oficial. O dinheiro do governo, público, vem do cada vez mais
extorquido cidadão, e precisa ser exemplarmente aplicado, otimizado, sem
desperdícios.
Educação e caos administrativo
Confesso
que ando cansado desta conversa fiada de PIG, coxinha, elite branca, como se os
que acusam não fossem portadores de algo além de arrogância messiânica e
detivessem algum saber revelador, ou a superioridade das virtudes apesar do
esfacelamento ético do PT.
A
verdade é que em meio ao caos administrativo que vive o país, a incompetência
geral que se subordina aos interesses de manutenção do poder, vegeta a educação
brasileira, como demonstrado em repetidos testes de avaliação internacional,
numa cumplicidade sindical e conceitual do MEC.
Isto
fica claro pelo fato de que ao longo de 12 anos nós tivemos sete Ministros da
Educação. Agora, teremos o oitavo. Se tirarmos o Haddad que levou seis anos,
sendo Ministro de Lula e Dilma, sobram seis anos para os demais o que nos leva
a média de um ministro/ano.
Agora,
pergunto: é possível existir algum projeto pedagógico que se viabilize com esta
roleta russa que fazemos com os alunos brasileiros? É possível que esta nação
saia da sua miséria moral, cultural e da dependência de exportar matéria prima,
sem termos definição e execução de um projeto de longo prazo em educação?
Não,
esta vergonha não pode ser mantida. Não é possível que a gente se mantenha
indiferente ao crime que o governo comete com os alunos dos cursos públicos de
nosso país.
Maternidade fácil
Pedem
construção de hospital o que demora e é caro. Se o SUS quiser, contrata leitos
suficientes em Feira para resolver o problema da demanda na região. Se quiser é
só abrir o cofre. Agora, com a tabela SUS, sem reajuste há dez anos, não dá pra
contratar nem uma moita pra esconder a gestante.
Sem polícia não há segurança
Bandidos
estão atacando até ônibus escolares, com alunos, como barbaramente aconteceu
esta semana no caminho para Jaguara. Não tem como aceitarmos isso como rotina e
acontecimento natural.
Evidente
que há problemas localizados na corporação, por conta disso tendemos a uma
generalização injusta da polícia, como se ela fosse intrinsecamente ruim, o que
não é verdade. Não fosse sua ação estaríamos no caos, como, aliás, vemos em
período de greve.
O
que acontece, no entanto, é que a polícia está
subdimensionada, que não dispõe de recursos suficientes para a
cobertura e o enfrentamento do espaço que o crime tomou. E isto precisa ser
corrigido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário