Diz o ditado que tudo na vida passa.
E, segundo cientistas, até a própria vida algum dia desaparecerá por
completo na Terra. Mas quanto tempo ainda temos diante de nós?
Os
fósseis encontrados e estudados até hoje indicam que a vida na Terra já
dura 3,5 bilhões de anos. Nesse período, ela enfrentou e venceu
congelamentos, quedas de asteroides, nuvens tóxicas e até radiação
letal.
Ou seja, acabar com a vida no planeta não é fácil.
Mas
a ciência prevê que muitas situações potencialmente apocalípticas ainda
estão por acontecer. Qual delas vai poderá esterilizar a Terra?
Apocalipse vulcânico
O mais perto
que a vida na Terra já esteve da destruição total foi provavelmente há
250 milhões de anos, durante a grande extinção do fim do período
Permiano (último período da Era Paleozóica). O acontecimento eliminou
cerca de 85% de todas as espécies terrestres e 95% das aquáticas.
Ninguém
sabe dizer ao certo o que aconteceu, mas não deve ser coincidência o
fato de a extinção ter ocorrido em uma época de intensa atividade
vulcânica na região onde hoje fica a Sibéria.
Para o geólogo
Henrik Svensen, da Universidade de Oslo, na Noruega, apesar de a lava
derramada pelos vulcões siberianos terem coberto uma área oito vezes
maior que a Grã-Bretanha, o que realmente provocou a extinção em massa
foram os sais que estão depositados no solo na região.
“Quando
esquentados pela atividade vulcânica, esses sais liberaram na atmosfera
uma enorme quantidade de substâncias destruidoras de ozônio”, afirma o
cientista. “Em todo o planeta, as espécies tiveram que lidar com a alta
radiação prejudicial que normalmente é absorvida pela camada de ozônio, e
acabaram morrendo.”
Segundo Svensen, ninguém sabe quando e onde uma erupção gigantesca pode acontecer, mas é certo que ela ocorrerá.
No
entanto, é improvável que todas as formas de vida sejam extintas com um
fenômeno como esse, pois, apesar de plantas e animais terem sofrido com
a extinção do fim do período permiano, organismos unicelulares, como as
bactérias, escaparam ilesos.
Choque de asteroides
Congelamento do núcleo da Terra
Se um gigantesco asteroide conseguiu contribuir para a extinção de
todos os grandes dinossauros do mundo, será que outro poderia acabar com
a vida na Terra?
Bem, isso vai depender de onde o corpo celeste
cair. A Terra já foi atingida por alguns asteroides bem grandes, mas sem
praticamente deixar vítimas fatais. A cratera de Manicouagan, no
Canadá, é um exemplo disso: é uma das maiores do mundo causadas pelo
impacto de um asteroide, ocorrido há cerca de 215 milhões de anos.
Para
que uma colisão atinja uma escala de extinção em massa, ela precisa
acontecer em uma área rica em rochas sedimentares, mais voláteis, que
tendem a lançar na atmosfera nuvens de gases causadores do efeito
estufa.
A boa notícia é que impactos como esse são raros – ocorrem a cada 500 milhões de anos.
No filme O Núcleo – Missão ao Centro da Terra, de 2003, o
centro da Terra para de girar misteriosamente, fazendo o planeta perder
seu campo magnético e ameaçando todas as formas de vida.
A
premissa do filme foi ridicularizada por muitos cientistas. Mas alguns
pesquisadores realmente acreditam que o campo magnético da Terra desvia
partículas ionizantes vindas do Sol, que seriam prejudiciais à
atmosfera. Se tiverem razão, o planeta sem campo magnético seria um
planeta sem atmosfera, e toda a vida acabaria.
Já se sabe que o
campo magnético da Terra está ficando mais fraco, mas isso se deve ao
fato de ele estar mudando de direção, algo que ocorre periodicamente há
milhões de anos.
Para Richard Harrison, cientista da Universidade
de Cambridge, na Grã-Bretanha, o campo magnético terrestre não deve
desaparecer em um futuro próximo, pois, para isso, o núcleo teria que se
solidificar completamente.
Atualmente apenas o núcleo interno é
sólido e cresce cerca de 1 milímetro por ano, enquanto o núcleo externo é
líquido e tem uma espessura de 2,3 mil quilômetros.
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