sexta-feira, 17 de abril de 2015

É tudo deles, nada nosso


Chega a 86 o número de instituições financeiras assaltadas (explosão, invasão, arrombamento, etc.). É um ritmo industrial do crime. Sistemático, organizado e sem receios.  O estado vai mantendo o mesmo padrão, no setor mais ineficiente do governo nestes anos, com crescimento assombroso, segundo os dados do relatório do Mapa da Violência.

A pergunta certa a fazer sobre o mutirão de varizes no HGCA

Dizem que o objetivo foi atingir a Secretária de Saúde, mas a denúncia formulada contra o HGCA, no mutirão de varizes, mirou Pitangueira, o diretor local.  No rádio o diretor se defendeu e, ao que entendi, ao ouvir a entrevista, não ameaçou o jornal (Folha do Estado) que divulgou a notícia, mas pessoas que estariam sendo vítimas de investigação por desvios no HGCA e estariam tentando se vingar. Ao falar, Pitangueira, passou a ter a obrigação de divulgar o que aconteceu e será cobrado por isso. 
Em relação à denúncia anônima formulada ao MP, o promotor afirmou não haver acusações. Quanto ao jornal ter dados exclusivos, faz parte dojornalismo obter informações privilegiadas. 
A verdade é que em relação ao procedimento o método cirúrgico por radioablação é muito moderno e de alto custo, conforme constam em tabelas e que pode ser obtido em qualquer fornecedor. A informação passada ao jornal de R$ 6 reais por um cateter deste tipo é fora da realidade. Por este valor não se compra nem um frasco de mertiolate, quanto mais um estilete tão sofisticado.  Um cateter mais simples para cirurgia a laser do rim, por exemplo, custa de R$ 3 a 4 mil reais. Portanto, os valores apresentados de cinco mil em média são compatíveis.
O projeto do mutirão de varizes que estava se desenvolvendo em cinco hospitais, ao menos, tem origem na Sesab e não no HGCA, cabendo ao gestor local apenas a execução.
Exceto se houver elementos que desconheço, parece que os fatos não estão consistentes e o diretor neste caso não é o responsável.

HGCA II
A pergunta que se deveria fazer é: por que a Secretaria escolheu este caro mutirão em período pré-eleitoral, enquanto os hospitais viviam as condições precárias conhecidas?; como era feita a escolha de pacientes?; por que um tratamento tão moderno, se há outros de menor custo, efetivos? (Aqui, já sei, responderão que queriam dar o melhor aos pacientes). 

Omissão dos senadores baianos
O senador Otto Alencar após assinar a CPI do BNDES, voltou atrás. A senadora Lídice da Mata após assinar CPI dos Fundos de Pensão, voltou atrás.
Não se sabe que argumentos convenceram os políticos neste recuo.
Quando algo assim acontece eu sempre fico na dúvida se é má fé ou falta de seriedade, ou oportunismo. Afinal, ao assinar uma CPI o político deve estar convencido das suspeitas. Como muda de conclusão sem nenhum esclarecimento, nenhuma explicação?
Estes são os senadores que a Bahia tem. Triste Bahia.

(Publicado no Tribuna Feirense)


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