Recentemente vimos a prisão de dezenas de pessoas envolvidas na máfia do DPVAT (seguro de acidentes de trânsito), na qual estavam envolvidos policiais,advogados e até delegados. Ontem, a notícia, vinda de Belém (PA), dava conta de que um soldado do exército foi morto ao tentar assaltar um PM. E lá vamos nós para o brejo.
As milícias estão nas ruas, e violentas
Uma guerra civil à vista?
Fiquei encurralado, anteontem à tarde, no Centro Administrativo da Bahia. Um protesto do MST fechou a saída para a Paralela. Quanto ao protesto, sou sempre a favor, pois as pessoas têm o livre direito de manifestar-se numa democracia.
Todavia, a forma como estava sendo feita esse protesto de anteontem me assustou, inclusive pelo fato de insistirem em bloquear o direito de ir e vir das pessoas, e olha que sou ex-militante do PCdoB em plena ditadura militar! Além de fecharem a avenida que dá acesso à Paralela, à frente dos manifestantes seguia uma violenta milícia. Todos armados com porretes e facões, de caras enfezadas e ameaçadoras, travando o trânsito. E guarnecidos por policiais com suas viaturas e motos.
O aspecto, como disse, era ameaçador. E pode ser um retrato do que ainda vai acontecer neste país, se a guerra política se acirrar. Crendeuspai!
Ainda sobre a guerra
Há uns cinco ou seis meses, um amigo meu, ligado às mais altas esferas jurídicas do País, me disse, em papo descontraído, que se ocorrer um “impeachment” de Dilma, Brasília será tomada por dezenas de milhares de militantes do MST e outros movimentos que funcionam como milícias do PT, armados de foice, facão e porretes.
Diante do que vi ontem, não duvido...
O caos paulistano
Gosto muito de São Paulo, onde já morei, e visito a cidade todos os anos.
No entanto, as notícias que têm chegado de lá não são animadoras.
Além das enchentes que duram há décadas, jamais tendo sido feita sobras de verdade para impedi-las, há a violência descabida (oito chacinas somente este ano, a última com seis mortos, na madrugada de ontem) e a terrível epidemia de dengue, com hospitais superlotados e até tendas de atendimento nas ruas.
Não combina com a maior e mais rica cidade do País.
Uma péssima imagem
Não há dúvida de que as câmeras de segurança existentes nas ruas, lojas etc. têm ajudado na elucidação de alguns crimes.
No entanto, leigo que sou em tecnologia, fico a matutar: por que elas não têm uma imagem um pouquinho melhor do que os borrões que costumamos ver na TV?
Quem ainda acredita?
O Rio explode em mortos por balas perdidas (entre mortos e feridos, 48 casos este ano), arrastões etc., enquanto o ministro do Esporte, George Hilton, fala na Voz do Brasil sobre o “legado” da Olimpíada de 2016.
Ora, senhor, depois do “legado” da Copa, o que esperar da Olimpíada? Papo furado. Legado mesmo será para aqueles que ganharão milhões em obras superfaturadas. E ponto final.
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