sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Coluna















A Zona
Parece que desta vez a tal da Zona Azul vai ser implantada de forma correta. Ou seja, com prazo determinado para permanência do veículo estacionado, o que permite a rotatividade. Vai acabar aquele negócio de estacionar pela manhã e sair somente à noite. De quebra, ordenará a carga e descarga de mercadorias no centro da cidade. Só espero que o valor cobrado esteja dentro da realidade do bolso dos motoristas e que a gente saiba para onde estará indo o dinheiro arrecadado. Se não for assim, a Zona vai ser uma “Zona”.

(in)utilidade pública
Eu gostaria de saber a quem compete fiscalizar a correta aplicação das verbas de subvenção social que são encaminhadas para organizações consideradas como de “Utilidade Pública”, pela Câmara Municipal. O que não falta e “picareta” montando ONGs e entidades ditas “filantrópicas” para receber verbas públicas sem ter que prestar contas. Aqui em Feira, um vereador já tentou dar o título de “Utilidade Pública” para um bloco de Micareta. Fico sabendo agora que a Câmara aprovou mais uma leva de títulos de “Utilidade Pública” para diversas entidades. Acho que tá na hora de alguém (alô, Ministério Público) começar a cobrar a prestação de contas destas verbas.

John Lennon
Na próxima sexta-feira (5) estarei na Rádio Sociedade de Feira de Santana, no programa “Acorda Cidade”, de Dilton Coutinho, onde apresentarei um pouco da obra musical e do pensamento de John Lennon, que na segunda-feira (08/12) completara 28 anos de falecido. Lennon foi assassinado a tiros por Mark David Chapman, na porta do edifício Dakota, em Nova Iorque, onde o ex-Beattle residia com a artista plástica, Yoko Ono.

Transposição
O bispo da cidade da Barra, Dom Luiz Cappio, fará uma palestra sobre “Transposição do rio São Francisco”, na próxima quarta-feira (3), às 09 horas, no auditório da Secretaria de Saúde, na Avenida João Durval. O evento marcará a entrega dos prêmios Guardiões do Meio Ambiente, promovido pelo governo municipal, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais. Essa transposição poderá ocasionar um dos maiores desastres ecológicos do planeta. Anotem aí.





“Picaretas”
Assim podem ser chamados os prefeitos e secretários de saúde de diversos municípios baianos, principalmente da região de Feira de Santana, que insistem em desviar a verba que recebem para aplicar em saúde, e mandam seus pacientes para cá. Eu soube a Prefeitura de Itaberaba, que é credenciada para gestão plenas dos recursos que recebe do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde, mandou para cá uma paciente para fazer uma simples curetagem. É caso de polícia. Esses caras eram para estar presos, mas não são sequer cassados.

Birra política
Está completando um ano que a Santa Casa de Misericórdia e o Instituto Cardiologia do Nordeste da Bahia (INCB) remeteram para a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) toda a documentação exigida para pleitear o Credenciamento da Cardiologia do Hospital Dom Pedro de Alcântara junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). A Sesab (leia-se Dr.Jorge Solla), entretanto, nunca remeteu a documentação ao Ministério da Saúde. Todos os procedimentos cardíacos feito pelo SUS no HDPA tem sido bancados pelo governo municipal, que disponibilizou uma verba de R$ 75 mil para a realização de cateterismos, angioplastias e cirurgias cardíacas em paciente referenciados pela Secretaria Municipal de Saúde. Tudo isso porque o Dr. Jorge Solla não gosta do prefeito José Ronaldo de quem se considera adversário político. Enquanto isso, pessoas estão morrendo. Será o Dr. Solla dorme bem?

Parceria
A partir desta segunda-feira (01) o Hospital Dom Pedro de Alcântara estará recebendo médicos, medicamentos e material cirúrgico do Hospital Clériston Andrade para realizar partos em pacientes que serão referenciados pelo Clériston para o Dom Pedro. O motivo é a reforma que está sendo realizada no setor de Obstetrícia do Clériston, que deverá durar cerca de seis meses. O diretoria do HDPA, entretanto, salienta que não está substituindo o Clériston, até porque não tem tal capacidade de atendimento. “Nós somos apenas mais uma unidade a dar apoio ao Clériston, somando com outras unidades de saúde da cidade que também entraram neste processo”, diz a diretora Sandra Peggy. Por sua vez, o provedor da Santa Casa, Dr. Outran Borges, faz um apelo aos prefeitos da região, para que evitem enviar para Feira de Santana pacientes cujo atendimento pode ser feito em seu próprio município, a fim de não sobrecarregar as emergências dos hospitais e clínicas de Feira de Santana.

AIDS
Segunda-feira (01) é o Dia Mundial da Luta Contra a AIDS. O arcebispo metropolitano, Dom Itamar Vian, eu seu artigo semanal, publicado em diversos jornais e blogs da cidade, questiona sobre “como parar a AIDS”. Como parar não sei, mas, sei como poderia diminuir a incidência da doença. Basta a igreja Católica para de combater e passar a estimular o uso da camisinha. Século XXI, Dom Itamar, século XXI.

Feiroeste
O sujeito era caçado por todas as polícias do Norte e Nordeste. Tido como um indivíduo violento e perigoso. Morreu em troca de tiros com a polícia de Feira de Santana. Parabéns aos policiais pela bravura e habilidade. Esse não sabia que aqui é Feiroste. Bandido aqui, morre.

Praga
Quando não estão se matando entre si, os bandidos de Feira de Santana morrem em troca de tiros com a Polícia. A média é de um por dia. E nem assim acaba. Parece praga.

Como não amar esta cidade?






















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Por hoje é só, que agora eu vou ali no apreciar o por do sol do coreto da Catedral de Santana. De hoje a 15 dias tem lua cheia de verão.

“Enquanto tiver dentro de si um pouco de ternura, enquanto carregar consigo o espírito da criança eterna que traz bem cultivado, enquanto for possível conservar no coração o mínimo amor, o bicho-homem far-se-á alegre e feliz e buscará tornar alguém alegre e feliz no dia do nascimento do Menino. Porque Belém não é só um símbolo; é muito mais um estado de espírito. Nada poderá mudar, fazer surdos os nossos ouvidos, às coisas que Aquele pobre e desprezado Galileu – que veio a ser tão amado – nos ensinou”. (Carlos A Kruschewsky in “Memórias de Saulo Daqui”)

Artigo


É, ou deveria ser, proibido proibir!

Os sucessivos governos brasileiros sempre foram pródigos em proibições e imposições. Antes mesmo da ditadura militar, lá pelos anos 50, Jânio Quadros proibiu “Briga de Galos”. Também são proibidos jogo do bicho, consumo de drogas, uso de armas de fogo, máquinas Caça-Níqueis, jogo de cartas, roletas, e sabe Deus mais lá o que.
O governo proíbe o jogo, mas estimula aquele que ele mesmo banca. Tira as armas dos cidadãos, mas deixa os bandidos armados. Proíbe e combate (?) briga de galos, consumo de drogas, eutanásia, e impõe o uso do cinto de segurança. Neste último caso, a alegação é o alto custo do socorro aos acidentados do trânsito. Isso eu até entenderia, se tivéssemos boas estradas e o governo praticasse, realmente, a medicina preventiva.
A Bíblia traz, já no seu primeiro livro, a história da maçã. Uma parábola para mostrar que tudo que é proibido é desejado, e gera desgraças. No caso específico da proibição do consumo de drogas, o resultado é a corrupção de policiais, delegados e juízes, por parte de traficantes milionários. Se o governo, como fez com os jogos de azar, regulamentasse a produção e o consumo, acabaria o problema.
O uso do cinto de segurança eu entendo que deveria ser estimulado nas estradas e livre nas cidades. Afinal, a vida é minha e eu faço dela o que quiser. Como no caso da Eutanásia. Se eu decido morrer, quem haverá de me impedir. Tenham certeza. Se eu contrair uma doença fatal, não vou dilapidar o patrimônio da minha família tentando uma cura improvável, nem vou ocupar meus amigos com choradeiras. Vou morrer com dignidade e feliz. Não pedi pra vir, também não vou reclamar na hora de voltar.
Mas eu estou falando disso tudo, por conta da recente prisão, por parte da Polícia Federal, de membros de duas “quadrilhas” que agenciavam prostitutas brasileiras para trabalhar na Espanha e na Itália. Se as meninas fossem menores de idade, eu seria contra. Mas, pelo que sei, são maiores, profissionais conscientes, que até já contam hoje com um sindicato só delas e até uma boutique, a Daspu. Qual é o problema? A prostituição, todos sabem, exceto talvez os hipócritas e os falsos moralistas, é reconhecida como “a mais antiga profissão do mundo”.
Que me perdoem as donas de casa, as mães de família, mas, não podemos esconder que existem mulheres que escolheram outro tipo de vida para elas, que não tomar conta de casa, marido e filhos, e estão muito felizes assim. Muitas estão milionárias.
Volto a repetir: A vida é minha, e dela faço o que quiser. Deus me deu a vida, e me deu o direito de escolha. Se escolher bem ou mal, é problema meu. Depois terei que prestar contas a Ele. Quanto ao governo, pelo que sei, é composto por pessoas para as quais eu pago para executar ações e serviços que eu não tenho tempo para executar. O resto é conversa fiada.

Crônica


O Circo

Eu creio que não exista alguém da minha geração que nunca tenha ido a um circo. Era a alegria da meninada. Sair atrás do palhaço da perna-de-pau, respondendo ao refrão: Hoje tem marmelada? Tem sim senhor! Hoje tem goiabada? Tem sim senhor! Arrocha negrada! Ô raia o sol suspende a lua, olha o palhaço no meio da rua... Sim senhor! Infância, alegria plena e inocente. Às vezes, nem tão inocente assim, mas, desprovida de maldade.
O circo, seus animais, artistas, bandas de música. A mulher barbada, a outra que vira bicho, o ousado trapezista, o valente domador, o misterioso mágico e as lindas mulheres rumbeiras, estarão sempre nos sonhos e lembranças das crianças da minha geração.
Depois o circo ficou... diferente. Perdeu o glamour e a magia que encantava a crianças e adultos, e passou a ter outros objetivos. Em Salvador tinha o Circo Voador, onde havia peças de teatro e shows de MPB. O jornalista e produtor artístico, Paulo Norberto, montou um circo em Cabuçu para realizar shows musicais para os veranistas feirenses. O circo de verdade, na sua versão original, perdeu espaço e hoje, muito raramente, algumas imagens suas ainda aparecem nas frias telas dos receptores de TV.
Alguns poucos remanescentes permaneceram numa inútil luta pela sobrevivência, com suas lonas rasgadas simbolizando a sua irreversível decadência. Lembro-me que morava em Itaberaba quando por lá apareceu um circo próximo onde eu morava e, como a cidade não oferecia muitas opções de lazer, inventei de inventar de ir ao circo. Levei todo mundo, inclusive um casal amigo que estava nos visitando. Não foi, realmente, uma boa idéia. Até hoje Madalena de Jesus, quando quer me sacanear, pergunta: De quem foi mesmo a idéia de ir ao circo?
Mas mesmo os circos mambembes, os chamados “tomara que chova”, em priscas eras, tiveram seus momentos de glória. Foi em um destes circos pequenos que assisti ao show de um palhaço que até hoje, quando me lembro, começo a rir. Falava ele sobre a diferença entre o rico e o pobre. O tema é recorrente, mas continua atual. Segundo o palhaço, quando o filho do rico começa a chorar, a madame diz à babá: “Clemilda. Veja por que o neném está chorando. Dê uma chupetinha pra ele.” Já a mulher do pobre, quando o filho chora, a reação é mais ou menos assim: “Cala boca, diabo, tu nasceu pra me atentar...”.
Se o marido está no trabalho, a mulher do rico lhe telefona: “Meu bem. O que você quer comer hoje? Posso fazer uma lasanha, um filé com trufas, ou lagosta com molho de camarão?” Já a mulher do pobre, quando dá meio-dia o marido ainda está trabalhando no roçado, quando ela chega até a porta da tapera e grita: “João! Anda logo hôme! Sinão os minino come tudo!”
Mas quem me fez rir mesmo foi Canelinha, um palhaço que se apresentou num circo lá no sertão, na cidade de Novo Amparo, hoje chamada Heliópolis. Naquele tempo, o circo ainda era uma grande atração, e naquele fim de mundo, a chegada de um circo, ainda que mambembe, era motivo de alvoroço em toda a cidade.
Lá morava dona Maria, senhora recatada que criava uma jovem adolescente, a qual mantinha guardada a sete chaves, livre do alcance dos moleques mal intencionados. Acontece que dona Maria era tarada por um circo, e logo se animou a comparecer ao espetáculo daquela noite. O circo era tão mambembe, que os espectadores que quisessem assistir à função, sentados, teriam que levar seus respectivos assentos.
À noite, dona Maria chegou cedo com a filha, levando seus banquinhos e se assentaram no melhor lugar, bem perto do picadeiro. Numa bodega próxima, Antônio Soldado enchia a cara de pinga, esperando o espetáculo começar pra ele se achegar.
Começa a função. Bailarinas, trapezistas, mágicos e, é claro, palhaços. Dona Maria e sua formosa filha à tudo assistiam, extasiadas, batendo palmas e pedindo mais. Canelinha começou seu show fazendo perguntas do tipo: Por que o cachorro entrou na igreja? Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Quem é o pai do filho de Zebedeu?
Tava tudo muito bem, até que ele apelou, perguntando: “Onde é que a mulher tem o cabelo mais duro”. Dona Maria fechou a cara, levantou-se, pegou o banquinho a filha e foi saindo, dizendo revoltada: “Vambora, minha fia. Qui esse negocio não vai prestar”.
Quando ela ia saindo, deu de frente com Antônio Soldado que ia entrando, ainda com uma garrafa na mão, que lhe perguntou: “Oxênte dona Maria. Já vai embora? O espetáculo já terminou?
– Terminou não Antonhe. É que o palhaço tá começando a dizer imoralidade. Nem respeitou minha fia dimenó. Imagine que ele tá perguntano onde é que a muié tem o cabelo mais duro.
Antônio Soldado não se fez de rogado, para defender a moral e os bons costumes da família amparense. Pegou dona Maria pelo braço e disse.
– Oxente, dona Maria. Se avexe não. Vamo vortá lá pra dentro. E se ele disser que é na buceta, eu encho ele de bala...

Texto de um colaborador

O que é isso, companheiro. Triste Bahia...

Johnny Souza

Quando me disseram que você seria o candidato a governador eu disse que a Bahia teria, caso você ganhasse, a oportunidade de ser governada por um cara sério. Uma pessoa que tinha princípios. Um homem que tinha um passado de lutas e tal. Um idealista. E sem aquele papo de petista xiita. Se bem que deixei de ser petista quando Lula fez aquela sacanagem comigo. Comigo e com a nação toda.
Você ganhou e eu fiquei esperando. Seis meses de governo e nada. Tudo bem. Seis meses é pouco tempo. Ainda mais para assumir um governo que vinha de uma dinastia. Um nó da zorra pra desatar. Era uma herança pesada retada. E foi aí que seu governo começou a desandar. Sua turma passou a justificar qualquer coisa com esse papo de "herança maldita". Se a Bahia não andava era a tal da herança maldita a culpada. Pongaram nessa justificativa e não queriam largar mais.
Só que o tempo foi passando e eu ainda não via nada mudar. Só a panelinha virando de lado. Ou vai dizer que colocar Beth Wagner no CRA e Leonelli no Turismo foi considerando a experiência dos dois? E Maria Del Carmem na CONDER? Essa daí vamos deixar mais pra frente.
Tudo bem que você já chegou recebendo nos peitos a tragédia da Fonte Nova. Só que ao contrário do que imaginei, ao invés de você mostrar que seria o governador que a Bahia esperava e que iria descascar esse pepino enorme com maestria, de cara, sem estudo nenhum, você anunciou logo que Fonte Nova seria demolida. E o pior que isso foi numa tentativa de abafar o caso. E o pior é que deu certo, porque todos esqueceram das vítimas e dos mortos e passaram a discutir se era melhor demolir e fazer tudo novo ou reformar o que já estava aí, o impacto da demolição, os custos de um estádio novo, a história da Fonte e ao sei mais o que. Até o impacto da implosão nos prédios vizinhos foi discutido.
Pô, velho. Quem fazia isso eram os carlistas que você tanto combateu. Essa tática eu nunca imaginaria que você usaria. Mas usou. Usou sim. E o que aconteceu de lá pra cá? A Fonte Nova continua lá. Caso o estádio seja realmente sede dessa copa furada de 2014, o que eu não acredito, o cronograma já está muito atrasado. Só agora é que o projeto foi escolhido e sem previsão de início. O que é que foi feito? Cercaram a Fonte Nova com dezenas de metros de grade e mesmo assim os mendigos, viciados, marginais e traficantes estão fazendo a festa por lá. Um fedor de mijo, merda e maconha da porra.
E as famílias dos mortos? Agora é que a segunda família das cinco está recebendo a indenização devida. Depois de mais de um ano. O que é isso Wagner?
Aliás, o desabamento da Fonte Nova fez aparecer uma das maiores trapalhadas e quero acreditar que foi apenas incompetência, que já se viu nesta cidade. A reforma do estádio de Pituaçú. A justificativa era a de dar uma casa ao meu Bahia. Fiquei numa felicidade retada quando vi várias faixas das torcidas espalhadas pela cidade agradecendo ao governador pela nova casa do tricolor. Começaram as obras com pressa e dispensa de licitação, porque era urgente e deram logo o mês de julho como data para inauguração. Julho veio e nada. Depois agosto, setembro e nada. Aí veio outubro e essa sacanagem de "marca e desmarca" continuava. Até jogo com o Corinthians foi programado.
Que porra é essa Jacques? Chegou uma hora que eu pensei que vocês estavam de sacanagem com a gente. O pior é ver Maria Del Carmem fazendo tanta lambança e você mantendo a mulher no cargo só por causa do meu brother Pellegrino? Como é que a presidente da CONDER manda reformar um estádio e esquece do placar, maluco? Do sistema de combate a incêndio? Como é que iniciam uma obra daquela sem pedir autorização do IBAMA? Sem sistema de informática. Iriam transmitir o jogo como? Por sinal de fumaça?
Essa reforma parecendo até com aquelas batidas de laje que a galera faz a culhão lá em Plataforma...
E o pior é que a reforma que era com toda a pressa está mais lenta do que fosse feita no período normal com licitação e tudo. E o valor da zorra só aumenta. É aditivo disso, aditivo daquilo e a zorra não acaba.
E nem me venha com esse papo de que foram as chuvas. Desde o início do ano que eu levo meu pai pra fazer fisioterapia que fica do lado do estádio, na Universidade Católica dois dias na semana e venho acompanhando cronologicamente a obra toda e vi que a chuva do período não atrapalhou nada. E que coisa foi aquela da greve de operários? Que falta de pulso da CONDER. Aliás, já roubaram fiação do estádio novo. E o gramado novo já está cheio de formiga. Pode uma coisa dessas?
Falando nisso, porque é que depois de mais de um ano de Fonte Nova fechada, o gramado continua sendo regado? Tá sobrando água ou fizeram um gato puxando água do Dique? Vão vender o gramado, colocar em outro estádio? Vão usar onde esse gramado? Na verdade, porque não utilizaram este gramado em Pituaçú, hem? Já que o gramado da Fonte sempre foi referência nacional? Precisava gastar aquela grana toda pra comprar gramado se já tínhamos um sem uso? É só cagada atrás de cagada.
Outra coisa. A Polícia Militar comprou uma cacetada de viaturas novas, juntou com as carniças que já estavam na frota e pintou a porra toda de azul por ordem do Ministério da Justiça, fizeram até aquele desfile que acabou em engavetamento na Pituba. Vamos pra frente. Só que aí o pessoal da RONDESP impombou a idéia de andar de carro azul, exigindo que fosse mantida a pintura marrom, já que eles não queriam ficar parecidos com a VITALMED e porque a pintura marrom passa uma imagem de cavalos de cão e tal. Isso quem me disse foi um puliça.
Aí algum maluco do seu governo resolve que as viaturas da RONDESP poderiam ser predominantemente marrons mas teriam de ter azul em alguma parte do veículo. Para resolver a lambança, fizeram uma cagada do retada. Agora as viaturas são todas marrons, mas com o capô, o teto ou os pára-lamas azuis. Ficou feio pra burro. Sabe pobre quando bate o carro, troca a peça na sucata porque é mais barato e não tem dinheiro pra mandar pintar? Tá igualzinho. Parece que as viaturas novas já estão todas remendadas.
Agora meu amigo, essa da nomeação de Roberto Muniz de Lauro de Freitas para ser seu secretário, só pra ter o apoio do PP foi demais. Colé velho? Essa foi de lascar. Não foi esse mesmo, agora secretário, que triturou sua amiga e prefeita petista Moema Gramacho na recente campanha eleitoral? Não foi ele quem disse segundo li nos jornais que o PT causava assassinatos? O cara só faltou xingar a mãe de Moema e a sua (se é que não xingou) e você ainda nomeia ele pra um cargo tão importante? Me desculpe a sinceridade, mas se eu fosse do seu partido, mandaria você ir a PQP, cairia fora e nunca mais trocaria uma palavra contigo. O mais constrangedor é que Moema vai ter que pedir audiência para falar com Roberto Muniz?
Não faltasse isso tudo, agora seu secretário de turismo Leonelli me vem com esse papo furado de construção de um autódromo em Baixios? Quem é que vai sair de Salvador ou Lauro de Freitas ou Camaçari pra assistir uma corrida lá na da Linha Verde? Caso você não saiba, são 120 km de distância, maluco. E tudo isso pra ficar pronto depois de 2017? Vocês estão de sacanagem com a cara da gente, né velho? Porra Wagner. Eu até tento te defender, mas com tanta cagada fica difícil. Não é à toa que fazem a gozação dizendo que seu governo é de "Todos os nós".
Se liga brother!

N E – O texto me foi enviado por E-mail, e não tenho comprovação da autoria. Contudo, considerei que todas as observações e questionamentos contidos no texto, são pertinentes e não ofensivas a ninguém.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Painel
Disseram-me que o painel eletrônico da
Câmara Municipal é um equipamento alugado. Não entendi, mas, se for verdade, menos mal, porque no próximo ano ele terá que ser trocado. Isso porque só há espaço para os nomes dos 19 vereadores, e na próxima Legislatura serão 21.

Forró com Cescé
Nesta sexta-feira, a partir das 19 horas tem forró no Cuca, com Cescé e a Banda Pé de Lajedo. Tem ainda participação de Timbaúba, Jurandi da Feira e outros artistas. Imperdível!


Lobby
O lobby por cargos no futuro governo de Tarcízio Pimenta está mesmo que fogo de monturo. Ninguém vê, mas tá queimando. Na parte que me toca, eu bem que gostaria que fosse feita justiça na escolha do secretário de Comunicação. Justiça, para mim, seria o reconhecimento por parte do deputado Tarcízio Pimenta do trabalho daquele que sempre esteve ao seu lado, comendo poeira e sal. É que eu soube que tem gente, que vivia xingando o deputado, e hoje não desgruda, movendo céus e terras para ser indicado. Se algum desses for indicado, a terra vai tremer. Vocês, colegas, que trabalham para e com a Secom, cuidem-se. Não fiquem alheios ao processo. Depois não digam que não avisei.

Representatividade
Rapaz! Onde é que eu fui amarrar meu jegue? Feira de Santana nunca esteve tão fraca em representatividade política. A cidade, que já teve cinco deputados federais, hoje tem apenas os deputados Colbert Martins do PMDB e Fernando de Fabinho do DEM. (Sérgio foi eleito por Salvador, e está aqui há pouco mais de um ano). Na Assembléia Legislativa temos apenas o deputado José Neto (PT), e o deputado Fernando Torres (PT do B), Tarcízio Pimenta (DEM) agora governará Feira. No próximo ano teremos a deputada Eliana Boaventura (PP), mas, pelo andar da carruagem, eu já não sei se ela fica em Feira, já que a cidade não tem sido muito generosa com ela em termos de votos. No senado, apenas João Durval Carneiro.

Amadurecimento
O povo feirense tem dado sinais de amadurecimento político. Temos visto notórios farsantes sendo derrotados nas urnas, em que pese o derrame de dinheiro que promovem para obter votos. Contudo, boa parte dos eleitores ainda peca por votar em pára-quedistas, que são aqueles candidatos oriundos de outros municípios, que só aparecem aqui em época de eleições. Eles levam os votos que poderiam eleger nossos representantes mais legítimos, e depois somem, pois não têm nenhum compromisso com a cidade nem com o nosso povo. Nós, formadores de opinião, temos o dever de estar sempre alertando a população, mostrando que essa prática tem diminuído a nossa representatividade política no Legislativo e, por isso, perdemos importantes obras, verbas e ações para outros estados e municípios. Sugiro até um slogan: “Vote por Feira! Vote em quem vive em Feira”.

Troféu Tracajá 2008
Será no dia 13 dezembro, a partir das 11 horas, no Restaurante Kimistura, na Avenida Getúlio Vargas, que os feirenses ilustres, nativos ou não, mas que trabalham, realmente, por esta terra, serão homenageados com o Troféu Tracajá (o Oscar do Sertão). A festa acontece em ritmo de descontração e clima de cordialidade e alegria. Porque as Organizações Tracajá tem como meta o sorriso acima de tudo. Pode até perder o troféu, a piada, nunca.


Tirano de aldeia
O Dr. Jorge Solla é mesmo um tiranozinho de aldeia. Ele acaba de desabilitar o município de Itabuna da Gestão Plena da Saúde, sem que nada ficasse comprovado de que houve as irregularidades que ele alega na aplicação das verbas destinadas àquele município. Ele carreia tudo para os municípios governados por seus aliados, e deixa os demais ao léu. Mas ainda, assim, em seu próprio município, Vitória da Conquista, a Saúde em nada é diferente do resto do Brasil. Eu estive lá e vi com meus próprios olhos. Aqui em Feira de Santana, apesar da Santa Casa de Misericórdia e o Instituto de Cardiologia do Nordeste ter enviado todos os documentos exigidos pelo Ministério da Saúde, o Instituto ainda não foi credenciado a fazer procedimentos cardíacos pelo Sistema Único de Saúde. A prefeitura continua bancando tudo.

Deu no Cláudio Humberto
Questionado por Nelson Jobim sobre como sabia o momento certo para colocar em votação e aprovar matérias polêmicas, Ulisses Guimarães teria respondido: “eu aguardo fim das sessões. É a hora em que os velhos têm fome e os jovens querem namorar”.

Provérbios e ditos
O arcebispo metropolitano, D. Itamar Vian, publicou na semana passada um texto sob o título “Isso Também Passará”. É muita sabedoria contida numa única frase. Se prestarmos atenção, todos os momentos e situações vividas passam. As alegrias, as tristezas, as vitórias as derrotas, as sortes, os infortúnios, tudo passa. Não por acaso o ex-ministro da Educação, o feirense Eduardo Portela, disse a um repórter: “Eu não sou ministro, eu estou ministro”. Na sua sabedoria, Portela sabia que o cargo passaria, mas que ele sempre seria professor. Há outros provérbios e ditos populares que nos remetem a essa reflexão, como “Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe”. Aproveitemos, pois, o dia, o momento, pois eles passam, e tudo que restará é o que somos, e não o que temos.

Ciclos
Eu já manifestei aqui a saudade que eu tenho dos decotes ousados e saias um pouco acima dos joelhos. É que, com estas roupas sumárias que se usa hoje em dia, os mistérios do corpo feminino perderam a graça. Mas, leio nos jornais que, neste verão, os biquínis mais comportados estarão de volta. “São mais confortáveis”, comentou uma usuária da peça. Como diz o meu amigo Dr. Outran Borges, “tudo é cíclico”. Ele defende a tese de que a música popular brasileiro atingiu um nível tão baixo de qualidade, que a tendência agora é subir o nível. Eu acredito. Pode até demorar cem anos, mas, pior do que está não fica.

Bikini
Sempre Livre também é cultura. O nome desta peça feminina para praia, dividida em calcinha sutiã, lançada nos anos 50, foi uma alusão ao atol das ilhas Bikini, onde foram realizados os primeiros testes com bombas nucleares. Ou seja, o traje era considerado “explosivo”.

Educação
Nos testes realizados pelo Enem, os estudantes brasileiros ficaram com média abaixo de 50%. Em resposta, o Congresso Nacional aprovou mais cotas para estudantes de escolas públicas e as etnias. Estamos brincando de fazer Educação.

Educação I
O estudante Vinícius Lima, de um colégio particular de Feira de Santana, ficou em segundo lugar no Brasil, nos testes do Enem. O primeiro lugar coube a um estudante de um colégio público do Sul do País. Somos ou não divididos em dois Brasis?

Philosopher
“Jesus é o caminho. Edir Macedo, o pedágio” (anônimo)

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Por hoje é só, que agora eu vou ali no forró de Cescé.


“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida... mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure sempre...” Vinícius de Moraes.

Crônica da Semana


Os paqueras

Coisa boa é namorar, já dizia o poeta. Mas, esse negócio de paquerar tem lá os seus momentos de risco, principalmente, quando o alvo da paquera já tem compromisso, ou quando o pai é uma fera. Eu mesmo já tive que sair de fininho pra não topar com o pai da moça. Não sou saudosista, mas o jogo da sedução já foi mais interessante. Eu sinto saudade, sim, do tempo em que apenas vislumbrar um decote mais ousado ou uma saia um pouco acima do joelho, já era uma coisa maravilhosa. Com as meninas vestindo blusas e saias ousadíssimas, a coisa ficou meio que sem graça. Talvez seja a falta do mistério. Afinal, mulheres são como circos, por baixo dos panos é que está o espetáculo. E quem de nós já não passou por baixo da lona para não perder o espetáculo? O risco era topar com um mata-cachorro, mas, e daí? Valia a pena.
Voltando ao namoro, antigamente não tinha esse negócio de “ficar”. A gente namorava era no portão mesmo, sem direito de entrar em casa (“entrar” aí, subentende-se. “Casa”, também). E depois do namoro a gente ficava mesmo era não mão, literalmente, na base do cinco contra um. Os mais afortunados tinham amantes, e geralmente eram casadas, o que nunca foi o meu forte. Nada de virgens ou casadas para mim. A única virgem com a qual me envolvi, casei. Todo castigo pra otário é pouco.
Eu tenho um amigo que namorava no portão. Só que o malandro, depois do namoro, dava a volta por trás da casa e ficava no pé da janela do quarto da moça, esperando ela abrir pra ele entrar. Tava tudo muito bom assim. Só que, um belo dia, em vez dela, quem abriu foi o pai, gentilmente, com um revólver na mão, o convidou a entrar. Sem violência, apenas foi negociado o dia, a hora e a igreja para realizar o casamento.
Já o meu amigo Zé Bidé, foi se meter com a filha de um general, em plena ditadura militar. Ela e algumas amigas voltavam de uma festa e o pneu do carro em que se encontravam, furou. Zé Bidé se ofereceu para ajudar, mas dirigiu algumas cantadas pra moça. No dia seguinte, já no trabalho, entrou o general na loja perguntando: “Quem é um tal de Zé Bidé aqui”? Apresentado, o general disse: “Então, é o senhor o engraçadinho que mexeu com minha filha ontem”. Bidê só teve forças para dizer: “General, me dê uma licencinha que eu estou todo cagado”, e correu pro sanitário da loja.
Eu já levei meus sustos também. O maior deles foi quando eu descolei uma amante, solteira, mas que tinha o mau (ou bom, sei lá) hábito de dividir o seu amor com outras pessoas. Eu, que não era ciumento, fazia vistas grossas, e só queria mesmo era o meu “dicumê”.
Um belo dia, lá fui eu, todo fagueiro, pra casa dela, que ficava numa viela no bairro Kalilândia. Só que, quando eu entrei, um amigo meu, muito moleque, viu, e ficou esperando num bar próximo até que eu saísse. Por volta das 22 horas, já aliviado das tensões do estresse diário, vou saindo, andando pelo passeio, que se encontrava semi-alagado, margeado por uma extensa poça d’água.
Um sujeito numa bicicleta começou a me seguir, e de repente ouvi a voz ameaçadora: “Espera aí, seu moleque, que eu vou lhe ensinar como é que se faz com quem mexe com a mulher dos outros”! Rapaz, eu que tenho pernas curtas, ainda assim dei um salto espetacular, pulando do passeio para o meio da rua, sem tocar na água da poça. Com o coração aos pulos, ouvi a risada de Inácio, colega de trabalho. Isso não se faz com um amigo, pô!
Mas a paquera é assim, começa em motel e termina em pensão. O paquerador não obedece a limites. Pensa com a cabeça de baixo. E aí é que mora o perigo. Duas coisas, entretanto, um paquerador tem que ter: ousadia e cara de pau. Neste jogo não há lugar para timidez. A única exceção é quando as duas partes envolvidas sofrem de timidez. E aí há o risco de nunca se encontrarem.
Tem uma estória, não sei se verdadeira ou fictícia, de um sujeito que, surpreendido pela esposa, numa mesa de bar, abraçado a uma bela mulher, virou o jogo e convenceu a esposa que ela estava maluca. Disse que ele nunca a tinha visto, não sabia quem era ela, e que a moça com quem ele estava era sua noiva e o casamento já estava marcado. Confusa, a esposa foi pra casa contar pra ele o ocorrido.
Outra estória de cara de pau, essa verdadeira, ocorreu com um amigo meu, daqui, de Feira de Santana, que andava saindo com a mulher de um garçom, seu amigo e compadre. O garçom soube da estória e, avisado por um amigo, foi bater na porta do motel onde o compadre se encontrava com a sua esposa.
Na portaria, identificou-se como sendo funcionário do hospital onde o compadre, que era médico, trabalhava, e disse ao porteiro que se tratava de uma emergência, que avisasse o médico, pois ele sabia que ele estava lá dentro. Constrangido, mas com medo de acontecer algo grave, ligou para o apartamento, e o médico mandou que o “funcionário” entrasse.
Quando ele abriu a porta, com uma toalha em volta da cintura, deu de cara com o compadre, que viu a sua esposa, na cama, também enrolada em uma toalha. A sua única reação foi dizer: “Não é nada do que você está pensando”. Só faltou dizer ao compadre que o consultório estava muito cheio e que ele precisava fazer, urgente, um exame mais acurado na comadre.

Um dia a casa cai

Há alguns anos a população brasileira tem acompanhado pelos veículos de comunicação cenas espetaculares das polícias realizando prisões antes inimagináveis. Tubarões, bandidos de colarinho branco, estão sendo caçados, presos e levados para delegacias. Isso passa para as pessoas uma sensação de que acabou a impunidade. Bandidos estão sendo tratados como bandidos, sejam eles de baixo ou alto coturno.
Aqui em Feira de Santana, empresários muito ricos têm sido presos, alguns passando até alguns dias no presídio Regional. Por força de fianças, habeas-corpus e outras mumunhas da Lei, estão em liberdade, respondendo processos ou aguardando julgamento.
Esta semana o prefeito de São Gonçalo dos Campos, José Carlos Lacerda, foi preso sob as acusações de improbidade administrativa e crime ambiental. Lacerda alega inocência e, para não parar na cadeia, é possível que tenha dado o que no futebol se costuma chamar de “Migué”, que é quando o jogador simula uma contusão para não entrar em campo. Assim, o prefeito poderia ter simulado um mal súbito para ser internado num hospital. Enquanto isso seus advogados trabalham para pagar uma possível fiança ou obter um habeas-corpus, livrando-o assim da cadeia.
Eu tenho dito insistentemente que tudo isso, todo esse trabalho demonstrado pelas polícias não me satisfaz. Porque elas prendem os bandidos e eles são soltos pouco tempo depois, quando não imediatamente após a prisão. Daí, os rumores entre a população de que é a própria Polícia quem está executando bandidos nas ruas de Feiras de Santana. Segundo se comenta, policiais, cônscios das suas funções, não suportando mais prender bandidos para vê-los soltos ao sabor das ações de advogados, juízes e promotores, resolveram tomar a atitude de eliminá-los de uma vez.
Mesmo que parte das nossas forças policiais estejam, digamos assim, “jogando para a torcida”, fazendo encenações para dar uma satisfação à sociedade, alguns setores ainda agem pra valer, e é isso que pode fazer a diferença. Os “espertos”, os ladinos, podem até achar que podem continuar agindo sem o risco de que lhes aconteça qualquer coisa, pois a impunidade no Brasil é histórica. E é essa certeza de impunidade que produz o caos na sociedade.
Porém, aqui ou ali, a justiça prevalece, não na forma em que foi concebida, mas na sua essência. Ou seja, pode-se até enganar as pessoas, usar a Lei a seu favor e receber os privilégios que ela faculta aos poderosos e abastados. Contudo, algum dia a casa pode cair. Algo pode dar errado e a justiça ser aplicada. Mas nada tira a vergonha de ser preso, algemado e ir parar na cadeia.
Não por acaso já proibiram o uso de algemas em algumas situações.

terça-feira, 18 de novembro de 2008










Comunicação I
“É preciso recuperar a reportagem de uma forma que só os veículos impressos conseguem oferecer. Ela praticamente desapareceu dos jornais. Hoje se faz reportagem pelo telefone. Onde está aquela figura do repórter que saía pelas ruas da cidade, buscando uma grande história? A falha está na falta de qualidade do conteúdo que se publica, no burocratismo que tomou as redações e na incapacidade dos jornalistas e dirigentes das empresas em atualizar seus produtos. É preciso também reequilibrar a importância das redações entre o comercial e o marketing. Que se faça a principal revolução que ainda não foi feita na mídia brasileira, que é a revolução dos conteúdos”. (Carlos Alberto Di Franco, professor doutor em Comunicação, diretor do curso Máster em Jornalismo para Editores, do Centro de Extensão Universitária, São Paulo).

Comunicação II
“Colocamos a culpa pela perda de leitores da mídia impressa, primeiro na televisão, agora na internet, nos blogs, mas, os jovens lêem livros (Harry Potter, Senhor dos Anéis, de 900 páginas) por que não lêem jornais”? (Ainda, Carlos Alberto Di Franco)

Livro
No próximo dia 27, às 19 horas, no foyer da Câmara de Diretores Lojistas, acontece o lançamento do livro “Contos, Crônicas... E Uma História de Vida”, do acadêmico Eduardo Kruschewsky.

Lia Sérgia
Aproveito o espaço para informar aos colegas e amigos que minha filha, Lia Sérgia, já está estudando e trabalhando em São Paulo, cidade onde se casou e está vivendo. Luisa, minha netinha de três anos, embarcou na semana passada, deixando nossa casa cheia de saudades. Mas é isso aí. Filho é como passarinho. Quando cria asas ganha o mundo.

Sinais
Sei que pode ser obra de quem não tem o que fazer o que aconteceu em Santa Catarina. Afinal, já aconteceu em outros países, onde estudantes usando cordas fizeram marcas em plantações de milho, trigo e similares, que deixaram a nítida impressão de que uma pesada nave havia pousado ali. Mas, o que me inquieta, é que os Maias previram para este tempo a chegada dos “Irmãos Maiores”. Eles não erraram uma profecia ainda. Pelo sim, pelo, não deixo minhas barbas de molho. Afinal, só um idiota pode acreditar que estamos sós no universo. E é sempre bom lembrar o que Einstein respondeu sobre o que ele achava da existência de alienígenas entre nós. “Tudo bem – disse ele – desde que eles não nos achem deliciosos”.





















Aniversários















Sexta-feira passada foi aniversário de minha amiga Sandra, que comemorou com amigos e familiares, no seu box, na Praça do Tropeiro. Domingo foi a vez de Milena, que comemorou no quiosque do Condomínio São Bartolomeu, com familiares e amigos, com direito a bolo, karaokê e muita cerveja. Estive presente em ambas as oportunidades.

Padres casados
Creio que a Igreja Católica vai ceder e, finalmente, os padres poderão constituir família. Já não é sem tempo. Esse negócio de padre solteiro, casto, vivendo em grupos homogeneos, não pode dar certo. É contra a natureza essa tal de castidade. O resultado são essas taras e deformações de caráter que se vê a todo momento. Se uma pessoa que ser casta, viver no celibato, eu até aceito, mas forçado, não. Aliás, nada imposto, forçado, presta. Nem aquilo.

Besteirol
A nomeação do secretáriado de Tarcízio Pimenta continua rendendo conversas e especulações. Jânio Rego, que gosta de ver o circo pegar fogo, bota lenha na fogueira, joga a isca e a galera engole com anzol e tudo. Por baixo, como fogo de monturo, fica um monte de gente pongando na conversa na tentativa de emplacar o próprio nome ou até mesmo dos amigos e parceiros. O resultado é um besteirol irritante, principalmente de quem anda doido para intrigar José Ronaldo com Tarcízio. O certo é que nada disso é bom para a população, que ouve informações erradas e truncadas, nem para a cidade, que precisa de uma boa equipe para continuar o excelente governo de Ronaldo, agora, com Tarcízio à frente.

Crime ambiental
A prisão do prefeito de São Gonçalo dos Campos, por conta um suposto crime ambiental que ele teria praticado, alvoroçou os ecologistas de plantão. Ocorre que, muitos outros crimes ambientais estão sendo praticados naquele município e a gente não vê ninguém sendo preso. No caso da prisão de um prefeito, isso rende ibope, levanta a bola da polícia. O crime que Lacerda teria praticado foi o desmatamento de uma área de preservação ambiental. Eu tenho notícia que um tal de Ernani teria praticado o mesmo crime, mas não foi preso. É peixe pequeno, e defunto sem choro. Não dá ibope.

Sincol
Desmoralizado em Feira de Santana, o Sincol foi buscar em Salvador policiais para prender pessoas que comercializam vale-transporte e passar para a população a imagem de que foi desbaratada uma perigosa quadrilha de falsificadores. Tudo isso na tentativa de enfraquecer a votação na Câmara Municipal do projeto que objetiva dar ao trabalhador a opção de escolher entre o vale impresso e o cartão magnético (smart card). E, pelo visto, já consegue algum sucesso junto aos vereadores, pois o projeto foi aprovado em primeira discussão, mas, a partir da segunda e definitiva votação, passou a receber emendas e está travado na Câmara desde 2006. E assim, as empresas de transporte coletivo da cidade continuam prestando um péssimo serviço e impondo sua vontade, com a conivência de algumas autoridades locais.

Meu “irmão”
Semana passada encontrei com Carlão, da Artzorra. Muitas pessoas nos confundem, chamam ele de Cristovam a me chamam de Carlão (talvez por causa dos cabelos), daí que resolvemos que somos “irmãos”.











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Por hoje é só, que agora eu vou ali no casamento de um padre.


“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida... mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure sempre...” Vinícius de Moraes.

Sou Reacionário

Não gosto dos sem terra nem de todos os outros sem. Dizem que isto é ser reacionário, mas não gosto de vê-los invadindo fazendas, indústrias, supermercados, Congresso Nacional, Assembléias Legislativas, Câmaras de Vereadores, Palácios do Executivo, parando ruas e estradas, ocupando linhas de trens, quebrando repartições públicas, tentando parar o lentoprogresso do Brasil.
Sou Reacionário.Não gosto dos congressistas que aprovam a demarcação de áreas indígenas nas fronteiras de nosso país, maiores do que muitos países europeus, para meia dúzia de índios aculturados e (muito bem) preparados no exterior, para formar uma nação ou várias, desmembradas do Brasil.
Sou Reacionário.Não gosto de índios insuflados por interesses obscuros parando explanação de engenheiros de estatais com facões, para parar o lento andar do progresso na construção de usinas hidrelétricas para geração de energia que tanto necessitamos (já tivemos apagões e teremos outros se não agilizarmos as novas construções).
Sou Reacionário.Não gosto de bufões que gritam contra governos estrangeiros e vendem petróleo a eles. Não gosto de cocaleiros que estatizam empresas brasileiras sem o devido ressarcimento dos investimentos feitos em seus países. Não gosto de esquerdistas eleitos em seus países, que querem discutir contratos firmados há mais de 30 anos, em hidrelétricas construídas com dinheiro tomado emprestado pelo Brasil, e, que nós estamos pagando com juros altíssimos.Sou reacionário.Não gosto de governantes frouxos que não tomam atitudes enérgicas para impedir a espoliação de nossos investimentos externos, que compram aviões de empresas estrangeiras em detrimento das nacionais. Não gosto de governantes semi-analfabetos que acham que instrução e educação não são importantes para o povo. Não gosto de governantes que pouco trabalharam na vida, aposentados como perseguidos políticos, tendo ficado menos de 24 horas detidos, que cortam o próprio dedo para conseguir indenização e que moram ou moraram em casas emprestadas por 'compadres'...Sou Reacionário.Não acredito em cotas para negros e índios. Dizem que sou racista. Mas para mim racista é quem julga negros e índios incapazes de competir com os brancos em pé de igualdade. Eu acho que a cor da pele não pode servir de pretexto para discriminar, mas também não devia ser fonte para privilégios imerecidos, provocando cenas ridículas de brancos querendo se passar por negros.Sou Reacionário.
Não gosto da farta distribuição de Bolsas tipo Família, vale gás, vale isso, vale aquilo, que na realidade são moedas de troca nas eleições, para que certos partidos políticos com seu filiados corruptos, possam se perpetuar no poder.
Sou Reacionário.Não gosto das bases de sustentação de governos eleitos de forma minoritária, com loteamento de cargos públicos e desvios de dinheiro público para partidos e seus filiados, como nos casos do mensalão e Detran.Sou Reacionário.Hoje não se pode mais deixar os filhos trabalharem com idade inferior a 18 anos, mas podem roubar e até mesmo matar, sem serem devidamente punidos pelas faltas (somente medidas sócio-educativas) cometidas.Sou Reacionário.Querem me culpar por não ser pobre, por ter casa, carros e outros bens, todos adquiridos com honestidade e muito trabalho (mais de 12 horas por dia, seis dias por semana), por ser amado por minha mulher.Bem, sou um brasileiro 'Reacionário’ indignado com as sacanagens e roubalheiras deste país. E você ???PENSE !!!
O melhor da Democracia não é eleger os melhores, é derrotar os corruptos, os demagogos, os mentirosos.* O autor é desconhecido, mas eu assino em baixo.

sábado, 15 de novembro de 2008

Coluna

A coluna Sempre Livre estará disponível amanhã.

Por hoje é só que eu vou ali curtir o feriado.

Sorry, rapeize...

Dionorina in concert


Um som diferente daquele que o público feirense está acostumado a curtir. Dionorina in Concert – De Villa-Lobos a Bob Marley é o título do show que o consagrado reggaeman feirense apresenta no dia 20 de novembro, às 20:00, no teatro de arena do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), numa realização da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), com entrada franca. Os fãs do artista vão entrar em contato com novas possibilidades sonoras desde a música erudita aos chamados ritmos populares.
“Este show é minha trajetória”, revela Dionorina. O repertório foi preparado com base no que ele diz que aprendeu a partir dos estudos feitos no Seminário de Música de Feira de Santana. Antes de eleger o reggae como a referência mais expressiva de sua musicalidade e consciência política, o artista percorreu outros caminhos, transitando do clássico à música popular.
É neste contexto que Dionorina mostra ao público feirense essa experiência inédita vista apenas uma vez há quatro anos, durante temporada de oito meses realizada na Europa. O show que estréia em Feira de Santana é o mesmo que será apresentado em Portugal em maio de 2009, no Festival de Arte, Criatividade e Recreação, que acontece em Funchal, capital da Ilha da Madeira.
Dionorina receberá convidados para participações especiais, como o internacional percussionista Sérgio Otanazetra, atualmente radicado na França, além do compositor Jorge Papapá, autor de sucessos de nomes consagrados da axé music, como Ivete Sangalo e Daniela Mercury. Outra presença anunciada é a do guitarrista Kiko Nascimento, diretor musical do artista.
Ao contrário do que vinha acontecendo, o artista decidiu investir em jovens músicos locais para acompanhá-lo nessa nova temporada no exterior. A banda é formada por Dionorina (voz e violão), Tito Pereira (teclados), Sérgio Canhoto (baixo) e Zé das Congas e Pingo (percussão).
“Descobri alguns músicos que valem a pena a gente acreditar, os novos têm que ver também uma música de qualidade. Estou convidando músicos como Zé das Congas, um percussionista nato, além de ser músico é um artesão. Então eu vou ficar muito grato para pegar energia dessas pessoas e colocar na minha música” diz.
Também vão participar do show mães-de-santo, os afoxés Pomba de Malê e Filhos da Luz e representantes de entidades do movimento negro. Aproveitando a passagem do Dia Nacional da Consciência Negra – 20 de novembro –, Dionorina pretende realizar “não um protesto, mas uma afirmação de que todas as religiões falam de Deus. Portanto, o respeito é necessário para que todas sejam respeitadas”. “Não é discurso de esquerda ou de direita, mas da conciliação, do amor, do bem”, proclama.
Além de composições de sua autoria e em parceria com Jorge Magalhães, Mathias Moreno e Manuca Almeida, Dionorina interpreta o Estudo Nº 1, de Heitor Villa-Lobos, e músicas de Jorge de Angélica, outro feirense, Gilberto Gil, Itamar Assumpção, Jorge Papapá, Sérgio Passos, J. Anderson, Edu Casanova, a banda italiana Ganja Mama e Bob Marley.
De acordo com o artista, trata-se de um show mais informal, cultural, cujo objetivo é informar. Por isso, pretende expor mais o seu trabalho em espaços como teatro, “onde possa haver mais interação, uma maior assimilação da mensagem”, o que não é possível em ambientes abertos, em clima de festa.
“Ultimamente tenho tido essa preocupação de que o trabalho do artista é informar, educar, conscientizar e é entretenimento também. Nesse momento, eu estou preocupado em informar ao público de onde vem a música, aquela mensagem, aquele personagem da nossa cidade que a gente canta e às vezes as pessoas não sabem quem é, por quê nós estamos fazendo aquela música”. Além de preparar o show, Dionorina acaba de gravar o seu quarto disco, Sucesso nacional, cujo lançamento ainda não tem data definida.

Crônica da Semana


Lembranças da Pautaria

Quando o Zero Hora ainda um bloco de jornalistas e radialistas, eu adorava participar. Estava sempre na linha de frente das decisões e realizações dos eventos. O primeiro baile pré micaretesco que fizemos, caiu num dia 31 de março, e, por motivos óbvios, foi intitulado como “A Noite da Gloriosa”. Lembro-me que um milico do 35º BI chegou a ligar para o jornal Feira Hoje, pra nos tirar satisfações sobre o porque daquele nome.
No ano seguinte, mudamos o nome do baile para a “A Noite da Pautaria”. Sabe como é, né? Todo jornalista é um “filho da pauta”. Tinha (ou ainda tem) um bloco carnavalesco em Salvador, com este nome. Explico, para os não iniciados, que todo repórter antes de sair para colher notícias na rua, recebe uma “pauta”, com informações sobre as matérias que ele deve abordar. Daí, que somos todos “filhos da pauta”.
Coube a mim, compositor temporão, compor a letra da música do baile da “Pautaria”. E ficou assim: “Rebuceteio na noite da pautaria/ e quem é filho da pauta/ tem que ter muita alegria. / Eu faço texto, faço foto e gravação / diagramo a porra toda / para a próxima edição. / Já bem cansado, quando chega o fim do dia / encho a cara de cachaça e caio na pautaria”. Sucesso absoluto, mas nunca recebi um tostão do Ecad por isso.
Foram muitas alegrias, brincadeiras e porres homéricos, que nos fizeram felizes por alguns momentos. Mas a minha “Noite da Pautaria” inesquecível foi a que deu o maior rolo. Naquela época, eu estava na academia de Judô e ainda era faixa azul, ou seja, estava ainda no segundo estágio. E lá havia um judoca que era faixa roxa, ou seja, faltando apenas dois exames para chegar a faixa preta. Mas o cara era meu amigo (ainda bem). Era meu amigo, mas não do fotógrafo Reginaldo Pereira, que também é meu amigo.
A coisa começou quando o judoca quis entrar sem pagar, alegando ser alguma espécie de autoridade, e foi barrado por Reginaldo, que estava na portaria. Quando eu vi que ia dar confusão, eu me aproximei e comecei a regular os dois, tentando evitar a briga. A coisa já ia acalmando, quando o judoca resolveu encher Reginaldo de desaforos. Eu já ia argumentar quando vi passar, zunindo pelo meu ouvido, uma mão que acertou um espetacular soco no queixo do judoca. Ao mesmo tempo, vi um dente voando. Pulei na frente a abracei o cara pedindo que, pelo amor de Deus, não acabasse com a nossa festa. O cara dava dois de mim, três de Reginaldo, e eu ali, tentando domar a fera. Senti-me um autêntico peão de rodeio, grudado no pescoço do cara e ele corcoveando.
Quem bateu nele foi um sobrinho de Reginaldo, que não agüentou ver o tio sendo destratado e resolveu agir, sem saber o tamanho da encrenca em que estava se metendo. O resultado disso, é que eu passei o resto da noite tentando convencer o judoca a não massacrar o rapaz, ao tempo em que Maura buscava um jeito de tirá-lo da festa, sem que ninguém percebesse (o que foi feito por uma janela da cozinha), evitando-se assim um massacre.

Artigo da Semana


Páginas abandonadas da nossa história

Não faz muito tempo eu escrevi um artigo comentando o abandono em que se encontram os prédios históricos de Feira de Santana. Cheguei a sugerir que o trecho compreendido entre a praça Monsenhor Renato Galvão, onde está localizada a Catedral Metropolitana de Santana, e a praça Fróes da Motta, onde está localizado o Casarão Fróes da Motta, passando pela Rua Conselheiro Franco, praça da Bandeira, praça dos Remédios e Rua Tertuliano Carneiro, fosse considerado como o nosso “Corredor da História”, tantos são os prédios tradicionais que ali se encontram.
A começar pela própria Catedral Metropolitana, ainda se encontram naquele trecho os prédios das filarmônicas Vitória, 25 de Março e Euterpe Feirense. Alguns casarões de arquitetura antiga ainda podem ser vistos, mas pelo menos um deles já se perdeu, que foi o casarão onde morou o poeta e escritor Fernando Ramos. Outros sofreram reformas e estão totalmente descaracterizados. No trajeto ainda pode ser visto o monumento ao vaqueiro. A própria Igreja dos Remédios, é um marco histórico de arquitetura. O coreto da praça Fróes da Mota é, talvez, o único exemplar de arquitetura Art Noveau de Feira de Santana.
Na rua Conselheiro Franco (antiga Rua Direita) encontra-se, vizinho ao prédio da Filarmônica 25 de Março, o prédio da Sociedade Montepio dos Artistas Feirenses, secular entidade fundada por Padre Ovídio de São Boaventura. Parte do prédio da filarmônica Vitória já sofreu um desabamento. O mesmo destino ameaça os prédios da 25 de Março e do Montepio, este último já interditado pela Defesa Civil.
Os oito anos do governo de José Ronaldo, devido talvez a prioridades mais urgentes para a população, pouco ou nada fez para preservar este nosso patrimônio histórico. Também os governos estadual e federal não intervieram. Apenas a Fundação Senhor dos Passos trabalhou na restauração do Casarão Fróes da Motta, que hoje é sede para a própria fundação, e ainda abriga algumas entidades culturais.
A iniciativa privada também nada fez. Apenas a empresa Pirelli, atendendo a um apelo do prefeito, promoveu a recuperação de um casarão situado à Rua Araújo Pinho, entre os bairros Olhos D’água e Areal. Tal casarão é tido como sendo a casa da fazenda dos fundadores da cidade, Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandoa, o que consiste numa histórica e sonora mentira, uma vez que não existem documentos comprobatórios dessa afirmativa, e nem há nada que sugira que seja verdade.
É sabido que quem não conhece o seu passado, não sabe viver o presente nem preparar o futuro. O nosso “Corredor da História” está se perdendo pela ação do tempo e pela falta de ação dos nossos homens públicos e dos nossos empresários.

Festa do Cristo Rei

A GRANDE FESTA DO CRISTO REI, da paróquia do Cristo Redentor, do conjunto Jomafa, cuja igreja está situada à Rua Lopes Rodrigues, tem continuidade neste domingo, a partir das 17:30.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Cegueira
O presidente da Federação Nacional de Cegos dos Estados Unidos, Marc Maurer, declarou que o filme “Ensaio Sobre a Cegueira”, baseado no livro do mesmo nome, de autoria de José Saramago, “retrata os cegos como monstros”, e que “a cegueira não transforma pessoas decentes em monstros”. Primeiro quero saber como ele pode falar sobre o filme. Ele viu? Segundo, se ele leu o livro (em Braile) deve ter percebido que não é a cegueira que transforma as pessoas em “monstros”, mas sim o desespero ao qual as pessoas, atingidas pelo que se supõe ser uma epidemia de cegueira, são levadas através do medo, do confinamento e da rejeição daqueles que ainda enxergam, e que tratam os cegos como os romanos tratavam os leprosos, ou como os nazistas tratavam os judeus. Se ele não entendeu isso, não é apenas cego dos olhos, mas também um cego mental.

Ivete
Sem dúvida ela é uma grande cantora e uma bela mulher. Mas toda simpatia e respeito que eu tinha por Ivete Sangalo está indo por água abaixo devido a suas últimas falas e atitudes. Depois de exortar a garotada a urinar na cama, agora ela está usando uma linguagem chula quando se dirige ao público.

Protótipo de marginal
O indivíduo tem apenas 12 anos. Foi expulso da escola onde estudava por ter agredido um vigilante. Retornou, invadiu a escola e foi jogar bola. Quando uma professora reclamou, ele se armou com um pedaço de pau e uma barra de ferro e partiu para agredi-la. Foi preso e recolhido a um centro de recuperação. Conhecendo como funcionam estes tais centros (vide Febem), eu pergunto: Em que este indivíduo poderá ser útil à sociedade?

Wagnerianas
Amigo meu viajando pela Chapada Diamantina, me disse que as estradas daquela turística região da Bahia, estão “Wagnerianas”. E explicou: “A gente vê muitas placas com os dizeres ‘cuidado, máquinas na pista’, ou então, ‘homens trabalhando’. Só que a gente não vê nem as máquinas nem os homens, apenas os buracos nas estradas. Bem ao estilo do governo Wagner”.
Desrespeito
A falta de educação básica, aquela que se recebe em casa, é uma das causas da violência que acontece nas ruas da cidade. Eu sou de uma geração na qual os pais nos ensinavam os nossos direitos terminam quando os do próximo começam. Assim sendo, eu não uso som alto no meu carro, eu não estaciono em frente a garagens, eu dou passagem preferencial a pedestres, eu costumo dizer ‘por favor’ e ‘muito obrigado’, eu respeito os mais velhos (desde que se dêem ao respeito), eu sei, inclusive, reconhecer meus erros, pedir desculpas e também desculpar. Os mais jovens dizem que eu sou “careta”. É isso aí, eu sou careta, porque sou educado. Mas, como exigir educação dos jovens, se os pais deles também não a tiveram.

Desrespeito I
Aqui em Feira tem um médico que tem uma clínica perto de um bar. Os freqüentadores do bar costumam estacionar seus veículos na frente da garagem da clínica. Ele não discute nem reclama. Quando vai sair, e tem algum veículo empatando, e pega um bisturi e sai riscando a chaparia do carro, tirando a tinta até atingir a chaparia. Eu faria o mesmo, até porque não temos a quem reclamar e, se a gente for falar com o imbecil que estacionou na frente da nossa garagem, vai ter briga na certa.

Desrespeito II
Um amigo meu que reside num distrito e comercializava leite in natura, saía de casa de madrugada, para buscar o produto nas fazendas. Um certo dia, quando ia sair com seu Jeep, dois carros estreitavam a saída da sua garagem. Ele não pestanejou, passou entre os dois carros com o para choques do Jeep empurrando, rasgando e quebrando o que tinha pela frente. Quem sou eu pra dizer que ele estava errado? Quem quiser que atire a primeira pedra.

Palácio do Menor
A ironia já começa em chamar-se aquelas ruínas de “Palácio”. Quanto aos menores ali abrigados, não passam de pequenas e inocentes peças no jogo dos poderosos. Usam e abusam da chantagem emocional para satisfazer seus egos e interesses políticos e econômicos. A bem da verdade, a Prefeitura fez a parte dela, desapropriando o imóvel e fazendo parceria com o Serviço Social do Comércio (SESC) para a construir ali um restaurante para os comerciários. De quebra, com a desapropriação ajudou a Santa Casa de Misericórdia. Agora, uma promotora pública, zelosa na observação das leis, avisa que o Conselho da Criança não pode usar os recursos do Fundo da Criança e do Adolescente para aquisição de um imóvel para abrigar as crianças. Segundo ela, os recursos só podem ser utilizados “em ações complementares”. Que ações são essas? O dinheiro está sendo utilizado para estas ações? E a Lei, não pode ser alterada para atender a uma emergência? Jeito tem, o que falta é vontade política de dar jeito.

E C Bahia
A situação precária em que se encontra o mais tradicional e glorioso clube do Norte e Nordeste tem causa nas más administrações de diversas diretorias. Mas, essa conta também deve ser entregue ao ex-governador João Durval Carneiro, que graciosamente deu um estádio ao E C Vitória, que agradeceu dando o nome do sogro de Durval, Manoel Barradas, torcedor histórico do rival do Tricolor de Aço. Hoje o Bahia, afundado na incompetência dos seus diretores, poderia estar em melhor situação se tivesse, pelo menos, um estádio para mandar os seus jogos.

Barack Obama
O preconceito racial já foi muito mais forte nos Estados Unidos. Nos dias de hoje o preconceito que prevalece é o econômico. Se tiver dinheiro e habilidade política, até um índio ou um chinês pode morar na Casa Branca. Observemos quem são os colaboradores que Obama está convocando. Todos da elite política branca.

Desafio
Segundo o arcebispo D. Itamar Vian, o primeiro desafio pela nova Rádio São Gonçalo (incendiada criminosamente no ano passado), será o de ser uma emissora comercial auto-sustentável, sem aceitar interferência em sua linha editorial. Assim sendo, meu caro, contratem um bom editor e um super diretor comercial, que saibam dizer não àqueles que gostam de interferir para atender aos seus interesses. É difícil, mas não impossível.

Philosopher
“Vivemos num mundo onde precisamos nos esconder para fazer amor, mas a violência é praticada em plena luz do dia”. (John Lennon)

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Por hoje é só, que agora eu vou ali dar um passeio pela Chapada Diamantina. Mas vou de helicóptero.


“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida... mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure sempre...” Vinícius de Moraes.

Crônica da Semana


No escurinho do cinema

Muitos dos relacionamentos estáveis que ainda vejo hoje em dia, tiveram começo no escuro, seja dos cinemas, de ruas desertas ou até mesmo em portões de casas, onde as lâmpadas dos postes de iluminação eram devidamente quebradas a badogadas. Quem da minha geração não pagou, ao menos uma vez na vida, a um moleque de rua para quebrar a lâmpada do poste em frente à casa da namorada?
É verdade que muitas donzelas se perderam nestes escuros, mas também é verdade que muitas outras encontraram, nestes mesmos escuros, os amores das suas vidas. Na maioria dos casos, a gente só queria mesmo era “tirar um sarro”. Um beijo mais ardente, um amasso aqui, uma “mão boba” acolá, e depois a gente ia se aliviar nos bregas, que ninguém aqui tem sangue de barata.
O meu namoro com Maura, com quem vivo há 26 anos, também começou no escuro. Não do cinema, mas do laboratório fotográfico do jornal em que trabalhávamos, e onde fomos com ACM (não o político, o fotógrafo), revelar as fotos que tínhamos feito minutos antes, na nossa confraternização anual de fim de ano. A gente já vinha se paquerando há algum tempo e, com uma a mais na cabeça, foi uma deixa pra que eu roubasse um beijo.
Mas o escurinho do cinema era imbatível. Lembro-me que havia até uma escala, não oficial, dos freqüentadores dos cinemas de Feira de Santana. Os sábados eram dos jovens e adolescentes e os domingos eram das crianças. Os dias da semana eram divididos. As tardes eram reservadas aos amores escondidos, e as noites eram dos casais, das famílias. Eram famosas as matinês das segundas-feiras, no cine Santanópolis, onde os amantes se encontraram e ficavam ali, namorando. Os homens mascando chicletes e as mulheres chupando drops de anis e “otras cositas mas”.
Mas tudo tinha que ser feito com muito cuidado porque o lanterninha não dava folga. O danado sabia o que rolava lá dentro e bem que podia deixar os casais em paz. Mas, talvez para justificar o seu salário (afinal, ele era pago para zelar pela moral e os bons costumes), volta e meia estava lá, de lanterna em punho, tentando flagrar um casal mais assanhado.
Eu tenho um amigo que quase deixa um lanterninha maluco com um truque simples. Ele fechava a mão esquerda, e com os dedos indicador, médio e anular da mão direita, ele batia entre os dedos da esquerda, produzindo um ruído que parecia o de alguém se masturbando. Ele trocava de lugar sempre, e o lanterninha ficava doido, pra lá e pra cá, tentando flagrar o tarado.
As matinês de meio de semana eram uma terapia sensacional para aliviar o “estresse” diário, embora esta palavra ainda não existisse. A gente ficava ali, namorando escondido, soltando piadas, perturbando o lanterninha, aliviando as tensões. Cinema sempre tem os gaiatos, que assistem ao filme várias vezes e fazem piadas com as cenas que já viram. Algo assim como uma artista famosa, que vai embarcar num avião e vira-se para a platéia jogando um beijo. O gaiato, que já viu a cena, grita antes dela se virar: “Meu beijo”!
Ainda tem aqueles que soltam “cordões cheirosos”, levam caroços de milho ou feijão para atirar na cabeça dos outros com uma borrachinha de amarrar dinheiro, e outras perturbações mis. Eu já dei boas risadas dentro de cinemas. Já namorei muito, já perturbei muito, me diverti muito. Ah! Ia me esquecendo. Ainda tem o filme, né?
Mas um episódio ocorrido numa matinê de segunda-feira no cine Santanópolis, nunca me saiu da memória. Foi o seguinte: Era praxe nós, homens, levarmos um lenço no bolso, porque ele tem mil utilidades. Uma delas, era justamente conter o jato de esperma, quando a namorada estava nos masturbando.
Alguém, que eu acredito tenha sido desatento, que não tivesse lenço, ou sofresse de ejaculação precoce, sei lá, foi o pivô da história. O certo é que, de repente, ouviu-se um grito no meio da sessão, que fez acender todas a luzes (cruzes!): “Que merda! Quem é que tá batendo punhêta aqui”?
Quem falava era um sujeito que tinha na parte posterior da cabeça e na palma de uma das mãos, uma coisa pegajosa.

Artigo da Semana


A falência múltipla dos órgãos públicos

As queixas são muitas. Mas as pessoas limitam-se a telefonar para o rádio, jornal ou TV, derramar suas queixas, fazer suas denúncias, como se o profissional de Imprensa, do outro lado da linha, pudesse resolver os problemas apresentados. A Imprensa ajuda, sim, de alguma forma, mas quem tem poder para mudar o que está errado são os cidadãos.
Governantes, inclusos aí as autoridades investidas nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, são pessoas às quais a população paga para gerir os destinos das comunidades onde vivem. Contudo, a falta do exercício da autoridade de patrões, que realmente somos, nos transformou em reféns dos nossos empregados. Eles agora dominam a nossa empresa, fazem o que querem e bem entendem, e nós aceitamos tudo passivamente.
Eles nos roubam tudo. Nosso dinheiro, nossa liberdade de ir e vir, nossa dignidade, nossa paz, nossa segurança, nosso lazer, nossa voz, enfim, todos os nossos direitos. Agora são nossos empregados quem ditam as regras na nossa empresa. Se algum empregado é surpreendido roubando nosso dinheiro, ele é chamado a prestar um depoimento ao chefe do departamento, e depois volta ao trabalho normalmente, porque o chefe dele não viu nenhum inconveniente em ele gastar um dinheiro que, na verdade já é deles, e não nosso.
Os nossos executivos, eleitos em assembléia para ocupar cargos, roubam ou desviam as verbas que lhes são confiadas para executaram as obras e ações necessárias para o bom andamento da empresa, e não acontece nada. Por que? Porque os fiscais que nomeamos para acompanhar e observar a correta aplicação das verbas e a execução das ações e obras, de acordo com o cronograma previsto, nada fazem. Passam o tempo discutindo futilidades, criando normas e leis inócuas, e também se aliam àqueles que deviam fiscalizar, passando a roubar junto com eles.
Também os doutores e guardiões das leis, Juízes, desembargadores, etc. , que deveriam prender, julgar e sentenciar os ladrões, inclusive observando o cumprimento das sentenças, inexplicavelmente são indicados para estes cargos pelos chefes executivos, o que lhe tolhe em muito o poder de decidir contra eles. Além disso, agem com descaso em relação às demandas jurídicas que lhes chegam às mãos. Isso resulta em bandidos soltos e inocentes presos, quando não mortos.
A empresa Brasil vai de mal a pior, no que diz respeito a gerenciamento. A infra estrutura é obsoleta. Estamos no século XXI, a tecnologia no mundo todo avança a passos largos para a modernidade. Mas nossos departamentos públicos ainda usam máquinas de datilografia, nossa segurança ainda utiliza armas da 2ª Guerra Mundial, nossos meios de transporte de massa são velhos ônibus caindo aos pedaços.
Nós, os patrões, e os nossos funcionários de serviços gerais, moramos em casas pequenas, caras e feias; não podemos sair às ruas para nos divertir, sem topar com algum assaltante ou uma bala perdida numa briga de gangues; nossos filhos estudam em escolas ruins, com uma grade curricular antiquada, professores mal pagos e mau humorados; Se adoecemos, só temos acesso a hospitais ruins, desaparelhados e com médicos despreparados. E ainda temos que enfrentar imensas filas, e esperar, dias ou meses aguardando por um atendimento que nem sempre é satisfatório; Até aqueles que deveriam ser como lenitivo para os nossos sofrimentos, os pastores de almas, tornaram-se mercenários, comerciantes da fé.
Mas tudo isso acontece porque nós, os patrões, permitimos e somos até coniventes em algumas oportunidades. Basta que nos acenem com alguma vantagem para comprar nosso silencio. Como disse, nós temos o poder para mudar esta situação. Se cada um de nós botar a boca no mundo, denunciando, exigindo, ordenando aos nossos empregados que trabalhem, e punindo os desonestos com nosso voto contrário, sem aceitar propinas, sem transigir com corruptos ou corruptores, essa situação pode mudar.
Se sozinhos somos fracos para combater a roubalheira, vamos nos reunir em grupos, nas nossas comunidades, conscientizar nossos sócios (vizinhos) sobre a importância de votar corretamente e exigir dos eleitos que cumpram suas funções com honestidade, dignidade e respeito. Quando nos mobilizamos somos fortes. Já derrubamos uma ditadura, conquistamos o direito de eleger nossos empregados (governantes) já derrubamos um chefe de Executivo corrupto, já provamos que querer é poder.
E está na nossa Carta Magna: “Todo poder emana do povo e em seu nome é exercido”.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Tô de volta

Para desespero de alguns e alegria de muitos, estou de volta.

Tive que fazer manutenção nos nossos computadores, e por isso fiquei fora do ar alguns dias.

Esta semana estou de volta.

Sexta-feira tem coluna.

Tremei, periferia.