sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Alex Ferraz

FASCISTAS
Da coluna do Cláudio Humberto:"Imagens dos 'conflitos' de terça no Rio mostram o espancamento de quem ousou pedir o impeachment de Dilma. Os violentos 'camisas vermelhas' lembram, não por acaso, os 'camisas negras de Mussolini e a Juventude Hitlerista, que caçavam e agrediam opositores nas ruas." Êita!
Será que cabeças rolarão?

Nas portas da Bastilha
A notícia: "O governo Dilma Rousseff pagou, em um ano, mais de R$ 1 bilhão em diárias a servidores e comissionados. Quem mais gastou o dinheiro do contribuinte foi o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que emplacou os 'top five' da lista; todos do Instituto de Pesquisa Espacial. Juntos, os cinco gastaram R$ 754 mil. Os dados dos gastos do governo federal em 2014 com diárias são do próprio Portal da Transparência."
O comentário: é desta forma que o governo pretende ser "austero"? É gastando quase 100 milhões de reais em cartões corporativos, pagos pelo erário e cujos gastos são secretos, que se pretende dar o exemplo para exigir o imenso sacrifício que estão exigindo  da população? Será pagando passagens aéreas para mulheres de deputados que mostraremos ao povo com economizar? Nossa, às vezes parece que estamos vivendo nos momentos pré-queda da Bastilha...Será que cabeças rolarão?

Ensinando à Transalvador (I)
Seguinte: o eterno congestionamento, travamento mesmo, da Rua Djalma Dutra tem uma causa bizarra. Trata-se dos motoristas que seguem para o Aquidabã (esquerda, portanto) ocuparem a pista LIVRE de quem vai para a Baixa de Quintas etc.
Uma simples mureta de concreto, dividindo o fluxo naquela região, por fim ao caos. Só isso...

Ensinando à Transalvador (II)
No caso da Rua Rodolfo Pimentel, que liga o Bonocô à eternamente engarrafada Avenida D. João VI (Brotas), ocorre o mesmo: quem vai para a D. João VI, ocupa o lado da pista dos que pretendem seguir em direção oposta, ao Engenho Velho de Brotas e Galés, por exemplo.
Bastaria, mais uma vez, uma mureta para disciplinar o trânsito. Ou mesmo a presença constante de um agente da Transalvador, desde as SETE da manhã. Mas como esta segunda hipótese é improvável...

Humor, apesar de tudo
Com seu proverbial bom humor, o brasileiro vem fazendo piadas com esse juiz do caso Eike Batista, que pilotou o Porsche do ex-bilionário e ainda levou o seu piano para casa. Por exemplo: "Ele (o juiz) está certo, afinal não é o juiz quem dirige os autos  do processo"?
Outra: “Dizem que juiz não trabalha. Aí aparece um juiz que carrega o piano e o mundo desaba sobre ele...”
Agora, falando sério...(I)
A notícia: "O pessimismo dos brasileiros com relação à economia continuou em alta em fevereiro e chegou ao pior nível desde junho de 2001, de acordo com o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) divulgado nesta quarta-feira, 25, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação com janeiro deste ano, o indicador piorou 4%. Em relação a fevereiro do ano passado, a deterioração da avaliação dos consumidores em relação ao ambiente econômico chega a 8,1%. Essa foi quarta queda consecutiva do Inec, que teve retração de 10,7% nesse período."

Agora, falando sério...(II)
O comentário: diante de aumentos de luz, gasolina, diesel, alimentos etc. Diante da mais taxas e impostos, diante das mordomias cínicas com as quais os próprio políticos se presenteiam, quem não estaria descrente?

Empresa desenvolve pulseira que gera energia através da masturbação

O Pornhub pretende entrar no setor de dispositivos vestíveis, mas de maneira bastante inusitada. Um vídeo divulgado no canal do site no YouTube apresenta o Wankband, uma pulseira que gera energia enquanto o usuário se masturba.
"Todos os dias, milhões de horas de conteúdo adulto são consumidas online, desperdiçando energia no processo e prejudicando o meio ambiente [....] Apresentamos o Wankband: a primeira tecnologia vestível que permite amar o planeta amando a si mesmo”, explica a empresa no vídeo.
O sistema utilizado na pulseira é parecido com o de algumas lanternas. Dentro do gadget há um pequeno peso que se move de acordo com o movimento dos pulsos, gerando e armazenando energia cinética. A empresa ainda não divulgou a capacidade de carga e quanto movimento é preciso para carregar totalmente a Wankband. A energia pode ser utilizada para carregar qualquer dispositivo.

O vestível ainda está em desenvolvimento, mas quem se interessar em ser um testador da novidade pode se inscrever aqui. (http://olhardigital.uol.com.br)

Entenda como funciona a pulseira:


Coluna

Edição especial ofídica

Das cobras...
         Uma cobra foi encontrada no plenário da Câmara Municipal de Feira de Santana. Segundo informações, media cerca de 50 cm mas não foi identificada a espécie (segundo o porteiro, estava sem o devido crachá). Também não se sabe como ela foi parar ali, se levada por alguém ou se foi protestar contra a invasão das lagoas, de onde provém sua principal fonte de alimento, os sapos. O fato é que a aparição da cobra gerou muitos comentários. A seguir, alguns deles:
         “Uma cobra a mais ou a menos, que diferença faz na Câmara”? (ex-candidato derrotado a vereador).
         “Os iguais se atraem” (outro ex-candidato derrotado).
         “A cobra estava fumando”? (ex-pracinha da FEB).
         “Ela veio prestigiar a visita da cumpanheira Dilma” (Partidário de Aécio Neves)
         “Ela veio picar todos os vereadores a bem do serviço público” (cidadão politizado e desencantado com a política”
         “Ela veio representar as minorias discriminadas pelos capitalistas burgueses que invadem e as expulsam de suas terras (sem terra).]


         Alheios aos comentários, os vereadores correram para a banca de jogo do bicho mais próxima e fizeram sua “fezinha” no grupo 9. Os dois representantes do PT apostaram na dezena 34.

'Usam Whatsapp para pedofilia, tráfico e assaltos', diz delegado que pede bloqueio do app

"Sabemos que o Whastapp é usado no Brasil para crimes como pedofilia, assaltos e tráfico de drogas. O aplicativo serve como facilitador no ambiente virtual para crimes cometidos em ambientes comuns."
Quem afirma é Alessandro Barreto, delegado do núcleo de inteligência da policia civil do Piauí e um dos responsáveis pela operação que culminou no pedido de bloqueio do aplicativo de mensagens instantâneas mais popular do Brasil.
A investigação, que corre em segredo de justiça, tenta identificar suspeitos que usariam o app para troca de imagens de menores e discussões sobre encontros sexuais com estudantes de colégios particulares de Teresina.
Segundo o delegado, a polícia pediu que o aplicativo compartilhasse o teor das mensagens trocadas pelos envolvidos. Após tentativas sem sucesso, o juiz Luís Moura Correia, da Central de Inquéritos de Teresina, ordenou às operadoras de telefonia que bloqueassem o aplicativo em todo o país por não colaborar com as investigações.
Procurados, representantes do Whatsapp não responderam às solicitações de entrevistas feitas pela BBC Brasil. Já as operadoras prometem recorrer da decisão, que consideram "desproporcional".
O último capítulo da novela surgiu na tarde desta quinta-feira. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, um desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) pediu que a decisão de bloqueio nacional do app fosse sustada, alegando que a investigação é local e não nacional.


'Desproporcional'
A ordem judicial do juíz piauiense pede que as operadoras bloqueiem os domínios usados pelo Whatsapp - whatsapp.com e whatsapp.net - em seus "backbones".

O termo em inglês significa "espinha dorsal" - no caso, as principais redes por onde passam dados de todos os usuários de internet no Brasil.
À reportagem, Vivo e TIM disseram que o SindiTelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal) falaria em nome de todas as operadoras. A Claro não respondeu aos chamados.
O sindicato se pronunciou por nota. "O setor de telecomunicações recebeu com surpresa a decisão", afirma. "Para o SindiTelebrasil, a medida é desproporcional, já que para conseguir informações de um número reduzido de pessoas, negadas pela proprietária do WhatsApp, decidiu-se suspender o serviço em todo o País."
O delegado piauiense contra-argumenta: "Desproporcional é um aplicativo vir não sei de onde, ser instalado aqui e a polícia ter que ficar em silêncio. A decisão não só não é exagerada como tem amparo legal", diz.
A nota das operadoras prossegue: "O SindiTelebrasil entende que a medida pode causar um enorme prejuízo a milhões de brasileiros que usam os serviços, essenciais em muitos casos para o dia a dia das pessoas, inclusive no trabalho".

Privacidade x prevenção
Adeptos do "zap-zap", como o aplicativo é conhecido por muitos brasileiros, estão divididos em relação ao imbróglio.
A leitora Thayse Amorim defende a decisão judicial: "Não colabora com a Justiça, tem que bloquear mesmo. Ainda mais em casos tão graves como pedofilia", escreveu, via Facebook.
Ícaro Marques concorda: "Eu 'acho' que pedofilia não é liberdade de expressão, então...".
Mas há quem classifique o episódio como "autoritarismo".
"Acho o cúmulo do autoritarismo, por ventura na Internet como um todo não há vídeos de pedofilia? Por que não suspendem logo toda a Internet então? Na verdade o Governo é uma praga que tem a necessidade de controlar tudo e todos", escreveu o internauta Gill Motta no perfil da BBC Brasil no Facebook.
A leitora Rachel Marques concorda: "Autoridades não podem ter acesso às conversas particulares assim, aleatoriamente. Isso viola nosso direito à liberdade de expressão e à privacidade", disse. "Tô do lado do Whatsapp nessa."
Foram necessários sete anos de debate no Congresso para que fosse sancionado o Marco Civil da Internet, conjunto de regras que regem a conduta dos usuários online.
O texto final foi aprovado pela presidente Dilma Rousseff em abril de 2014 e prevê proibição ao acesso de terceiros "a dados, correspondências ou comunicação" pela rede.
A ideia é garantir a liberdade de expressão e a proteção da privacidade e dos dados pessoais.
Apesar de resguardar o direito de expressão dos internautas, o Marco Civil indica que casos de racismo, pedofilia e violência devem ser tratados com rigidez e que estes conteúdos podem ser excluídos sem ordem judicial.
"Após a recusa na colaboração [pelo Whastapp], o que nos restou foi solicitar a suspensão das atividades até que a ordem da Justiça seja cumprida", disse o delegato Barreto.
"A legislação prevê tudo isso. Criminosos estão usando a ferramenta e a polícia não pode ficar inerte." (BBCBrasil)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

César Oliveira

Reforma Política
Entregar nossas melhores esperanças a Eduardo Cunha, na Câmara, é como pedir ao elefante que atravesse o rio cheio dando carona ao escorpião nas suas costas, acreditando que não será mordido. Mas até agora sua ação tem contribuído pra reativar o papel do Congresso no cenário político. A sua disposição de encaminhar um projeto de reforma política é salutar, pois o sistema no modelo que está é intragável, inviável e insuportável. Até porque, não custa lembrar que o dinheiro público é “tudo nosso, nada deles”.

A ressaca
Conta de luz da indústria vai subir 53%. A previsão do PIB é menos 0,42%, a inflação será de 7,2%, litro de gasolina mais de R$4 reais na Bahia.  Se não entendeu, tente o saldo de sua conta. 

O carnaval na Bahia

Camarotes e foliões na rua, no Campo Grande

Longe de mim a pretensão de debater o axé - o que pode ser feito em várias vertentes, por especialistas - ou o carnaval em si, já que são meio e fim, um do outro. Pontuo apenas uma questão. Com início marcado, se preferirem, por Luiz Caldas e Paulinho Camafeu, com o Fricote, sobre o trio e fama criada por Dodô&Osmar, Armandinho, Moraes, etc, o axé explodiu nacionalmente com Daniela (O Canto da Cidade), sendo o responsável por mudar o fluxo da cobertura de TV e migração de artistas do eixo Rio-São Paulo pra Bahia. A participação popular aqui, extensa e livre, acentuava o contraste com o espetáculo televisivo fantástico que é o carnaval das escolas de samba, limitado, porém, na inclusão de pessoas.
O fenômeno comercial do axé/carnaval atuou para o bem e o mal. Atraiu multidões, mas à medida que foi industrializando sua música, produziu degenerescências rítmicas, descartáveis, foi encastelando-se, camarotizando-se, tentando ser um espetáculo exibível, cênico. Este progressivo isolamento foi acompanhando um período de administrações desastrosas em Salvador, favorecendo a ação comercial, reduzindo os espaços para incorporação do folião sem bloco e a criatividade oriunda desta Bahia espetacularmente musical - muito negra - e resultando, em análise ligeira, na tão falada crise do axé, com a separação de Chiclete, Jamil, Asa, e redução do protagonismo musical (Olodum, Araketu, Gerônimo, etc) até da estrela maior, Ivete, que está longe de sucessos do passado.
Mais do que crise, acho, no entanto, que a queda destes artistas é natural, afinal, são 30 anos de atuação musical e os ciclos de criatividade são finitos. O que devemos observar é se há o surgimento de novos artistas que possam ocupar este espaço, com mais energia, renovando o cenário, criando no padrão da perene Raiz de Todo Bem, de Saulo. Se não detectarmos esta existência, se não viabilizarmos este espaço, e ficarmos presos e dependentes dos velhos ídolos, aí sim, teremos uma crise anunciada e fatal.
Por outro lado, sofrendo o impacto do carnaval de Salvador, Rio e São Paulo, resgataram seu adormecido carnaval de rua. Blocos sem corda, como o Cordão da Bola Preta (mínimo de 1 milhão de pessoas), Sargento Pimenta (180 mil), Bangalafumenga, entre outros, recolocaram a festa para participação popular em um crescimento explosivo.
Em mecanismo inverso de pressão creio que haverá uma nítida necessidade do carnaval de Salvador voltar às ruas. Alguns blocos desceram as cordas, várias estrelas desfilaram para o pipoca e uma administração mais organizada na cidade tenta realinhar o carnaval, embora ainda pareça pouco. Não é a toa que Mano Goes (Alavonté) acaba de dizer que o bloco de cordas acabou e Saulo declara que “é preciso devolver as ruas, porque as ruas sempre deram mais que receberam”.
A mudança, certamente, não deve agradar muito os puramente comerciantes, mas a necessidade é imperiosa para que a alegria do incomparável carnaval da Bahia - e seu axé, ou sucessor - não seja vencida pela comercialização excessiva, que gera um pacto de mediocridade, ainda que lucrativo. É preciso rever as maneiras de financiamento, de viabilização comercial, sim, inclusive com blocos e camarotes, mas nunca mais na dimensão e centralidade que tiveram, para que a festa se liberte e a criatividade musical tão evidente, desta terra, reapareça. Axé. 

Carnaval e política

Com perfeito “feeling” político, ACM Neto marcou uma dentro ao botar Igor Kanário nas ruas. Gostos à parte, faturou com o povão.

Carnavalescos
Neto foi até o chão, no arrocha da sensual Aline Rosa; Ronaldo quase, ao som da Muriçoca. Os vídeos deram o que falar e o povo adora.

Ministro da Justiça que não parece
Diz o aforismo que à mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta. Após negativas o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reconheceu que recebeu advogados dos empreiteiros presos na Lava Jato.
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcus Vinícius Coêlho, defendeu, esta semana, os “direitos e prerrogativas” de advogados serem recebidos pelo ministro da Justiça, mas ponderou que a audiência precisa ser “transparente” e “pública”.  Receber advogados, no mínimo, é uma obrigação de Cardozo, afinal é um servidor público. O que não é concebível é o ministro combinar linha de defesa de réus ou desestimular acordos de delação premiada - o que não deixa de ser obstrução da justiça -, porque, segundo ele, a operação Lava Jato iria mudar seu rumo.  

Ao fazer isto, perde o referencial moral para continuar à frente do ministério, porque com o que fez, ele já não é, nem parece. 
(Publicado no Tribuna Feirense)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Cachorros sabem quando você está mentindo

dog1
Você usa bastante aquela velha artimanha de atrair seu cachorro com comida para conseguir prendê-lo? Bem, se isso ainda funciona deve durar pouco tempo. Segundo estudo japonês (e pesquisa empírica de donos manjados), os cães sabem reconhecer um mentiroso. E param de cair nos truques.
Os japoneses fizeram os testes com 34 cachorros. Eles apontaram um potinho onde havia comida. E os cães correram para lá. Na segunda vez, os pesquisadores apontaram outra vez para um pote, só que dessa vez estava vazio. Os bichinhos acreditaram no golpe e voltaram frustrados. Mais uma vez, os pesquisadores apontaram para um recipiente – e até tinha comida lá. Mas os cães simplesmente ignoraram.
Eles perceberam quem era os mentirosos. Mas, ainda assim, não perderam a fé na humanidade. Quando um pesquisador desconhecido apareceu e apontou para o potinho, os cães voltavam a correr até lá em busca de comida. “Os cães têm inteligência social mais sofisticada do que pensamos”, conclui a pesquisa.
Pois é, eles não são tão bobos assim…

Crédito da foto: flickr.com/linuxlibrarian/

Alex Ferraz

FERRY
Anuncia-se a compra de mais dois ferries gregos, cada um ao custo de R$ 22 milhões. Bem, mais barcos, mais barcos, mas e a atracação? Quando é que serão feitas obras para ampliar a capacidade de ferries atracados e, assim, acabar mesmo com as filas enormes? E as importantes e indispensáveis ampliação e melhoria das estações de embarque?
No Hospital da PM, no Rio, baratas passeiam entre instrumentos e pacientes.

Saúde pública é um caos
Lembro-me quando, em campanha para o segundo mandato, o ex-presidente Lula disse que a saúde pública brasileira estava chegando a níveis de "primeiro mundo".
Esta lembrança me vem à cabeça toda vez que presencio a forma escandalosa como tem sido tratada essa saúde pública no País. Vamos encurtar a conversa com dois exemplos que vieram do Rio de Janeiro, neste final de semana: o Hospital Pedro II, tido como "referência", estava com apenas dois obstetras quando seriam necessários cinco, cinco estes, aliás, que constavam da escala, mas três faltaram. Não havia ar condicionado, gestantes acumulavam-se nos corredores e algumas deram à luz ali mesmo.
Corta para o Hospital da Polícia Militar, também no Rio, onde baratas passeiam sobre os instrumentos e até sobre pacientes, além de diversas outras irregularidades. Como se vê, estamos ainda muito distantes do "primeiro mundo".

Brasília não escapa
A notícia: "O fornecimento de comida está suspenso, mais uma vez, em todos os hospitais regionais do DF. A decisão atinge funcionários e acompanhantes dos pacientes. De acordo com a Sanoli, responsável pela distribuição dos alimentos, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal não quitou os débitos dos meses de novembro e dezembro do ano passado, além de um montante devido desde janeiro de 2014, referente ao reajuste da data-base de seus  empregados. A soma destes valores totaliza R$ 21,5 milhões em dívidas."

Montadoras muito ingratas (I)
Elas foram beneficiadas por sucessivos mimos fiscais do governo federal, ao longo de quase três anos, com redução do IPI. No entanto, desde meados do ano passado começaram a demitir em massa e a situação, hoje, é dramática na maioria das fábricas de automóveis, com reflexos pesados no setor de autopeças.

Montadoras muito ingratas (II)
Aliás, por falar em redução ou isenção de IPI, para diversos ramos da indústria, não gostaria de estar constatando isso, mas, eu não disse? Nós estamos agora pagando os rombos fiscais, com a absurda elevação de taxas, impostos, cortes sociais etc.
Por várias vezes aqui lembrei que alguém iria pagar esta conta. Nós, claro.

Casa de ferreiro, espeto de pau
Mensagem do MEC veiculada nas TVS sobre o programa "Diretor Principal" começa com um erro: fala que "está sendo ELABORADO uma consulta..." Além gerundismo...
Também, com Cid Gomes à frente, querem o quê?

Um auxílio desnecessário
No Paraná, juízes querem auxilio moradia retroativo a cinco anos, o que dará 260 mil para cada, totalizando R$ 211 milhões retirados dos cofres do Estado. Alegam que é legal, foi aprovado etc. E daí? Nem tudo que é legal é justo. Um acinte. Notar que a maioria deles já tem casa. Então, para quê o "auxílio"?

Presidente vem a Feira de Santana mais uma vez entregar casas do Minha Casa,Minha Vida

 Feira de Santana, destaque na gestão do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, vai receber prontas mais 920 unidades habitacionais nesta quarta-feira, 25. A solenidade vai contar com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff; o ministro das Cidades, Gilberto Kassab; o ministro da Defesa, Jaques Wagner; o governador da Bahia, Rui Costa; e o prefeito José Ronaldo de Carvalho.

Os empreendimentos a serem entregues são os residenciais Solar da Princesa III – com 456 unidades – e o Solar da Princesa IV – este com 464, ambas na modalidade de casas sobrepostas, localizadas no bairro Gabriela. Na tarde desta terça-feira, 24, o secretário municipal de Habitação, Sandro Ricardo, e representantes da Caixa Econômica Federal e o do Ministério das Cidades concederam entrevista coletiva no auditório do Hotel Atmosfera.

Na oportunidade eles informaram os detalhes dos empreendimentos que serão entregues. Segundo Helder Melillo, gestor do Ministério das Cidades, a escolha de Feira de Santana para a visita da presidente se dá por conta da boa gestão que o Governo Municipal faz no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

“O Ministério está satisfeito com o desempenho de Feira de Santana, que superou nossas expectativas. E esse é um dos motivos da visita. Encontramos aqui toda infra-estrutura adequada ao redor dos empreendimentos, ofertando para a população os equipamentos públicos de saúde, educação e assistência social”, destacou o gestor.

O secretário municipal Sandro Ricardo ressaltou o compromisso da Prefeitura com o programa. “Já entregamos mais de 11 mil residências. O processo de seleção ganhou mais transparência e lisura. Estamos oferecendo toda estrutura para os beneficiados. Não entregamos empreendimentos sem que esteja de acordo com as normas”, afirma.
 
Infraestrutura
Os moradores dos novos residenciais já vão contar com toda infraestrutura necessária para uma moradia digna. As 920 unidades habitacionais serão entregues na manhã desta quarta-feira, 25.

O local já conta com a pavimentação da avenida Ipanema, principal via de acesso para os empreendimentos. A avenida recebeu nos últimos dias 120 árvores e mais de três mil metros quadrados de grama.
No dia 10 passado foi inaugurada a Escola Municipal Eli Queiroz de Oliveira. O equipamento de educação pública conta com uma estrutura de biblioteca, dez salas de aula, auditório, sala multimídia, sala de informática, sala de recursos, pátio coberto, quadra poliesportiva, diretoria, secretaria, sala de professores com banheiro privativo e armários individuais para os profissionais e ainda cozinha e refeitório.

Os dois residenciais serão entregues com redes de água e esgoto, drenagem, energia elétrica, iluminação pública e transporte público. Na comunidade existem três escolas, três Unidades de Saúde da Família e um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). (Secom)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015


Tempestade em chaleira d’água
         Depois que um técnico em eletricidade afirmou num programa de rádio que os trovões são o resultado do choque entre nuvens, um gaiato me enviou uma mensagem dizendo que ia colocar duas chaleiras com água em cima do fogão, uma de frente pra outra, e acender o fogo. Segundo ele, queria confirmar se os vapores de água se chocando produzem mesmo relâmpagos e trovões.

Comissão
         Cobrar comissão por intermediar negócios é uma prática comercial legal. Às vezes, prestamos algum favor a alguém, e este favor resulta em lucratividade, é comum o beneficiado oferecer algum “agrado” àquele que lhe proporcionou o lucro. Até aí, tudo bem. O crime só acontece quando um membro do poder público se utiliza do seu cargo para beneficiar quem quer que seja e cobra uma comissão pelo “favorzinho”.  As comissões no comércio variam em 10, 20, 30 por cento ou mais, a depender do acordo feito entre as partes interessadas. Mas, no Brasil, os políticos estão cobrando até 500 por cento ou mais. E nós, que pagamos pela corrupção deles, ainda sentimos saudades dos bons tempos em que Delfim Neto cobrava 10 por cento pelos negócios viabilizados pela sua embaixada.

Foi pelo atalho
         Alguém vacilou na estação climática da UEFS e um raio causou um prejuízo estimado em cerca de R$ 100 mil. Além disso, por tratar-se de equipamentos importados e de instituição do poder público, só Deus sabe quando e se a Estação voltará a funcionar. Tudo isso porque colocaram, ao lado de um para raios, uma estrutura metálica mais alta. O raio, é claro, escolheu o caminho mais curto.

Homenagem

Mas, eu disse
         Se há uma constante na minha vida é o fato de que toda vez que defendo uma opinião ou faço uma previsão, até os amigos dizem que sou “radical”, “polêmico”, “exagerado”, entre outros adjetivos. Se com isso eles querem dizer que sou convicto dos meus valores, defendo com firmeza de argumentos as minhas opiniões, e não uso meias palavras e, com isso, desagrado meus interlocutores, estão corretíssimos. Mas, também é verdade que, na maioria das vezes, aqueles que tiveram humildade, reconheceram que eu estava certo, como também eu sempre soube dar a mão à palmatória quando estava errado. Ouço agora no noticiário colegas falando que a inflação está de volta, que os policiais estão desprestigiados pela justiça, e que esta, por sua vez, está com as mãos atadas por leis esdrúxulas e retrógadas, e que o crime organizado é o segundo maior financiador de campanhas políticas. Eu previ isso há mais de uma década e venho sempre alertando sobre estes assuntos. Poucos foram os que me deram razão.
P.S. Eu encontrei o engraçadinho que me recomendou mudar de supermercado quando eu alertei sobre a alta constante do preço dos gêneros alimentícios. Ele não tinha nada para me dizer, então...

Leis
         Ouvi Ronaldo Caiado falando em reforma política que deverá trazer o fim da reeleição, mandato de cinco anos e unificação das eleições. Muito tem se falado também sobre mudanças no código penal, que deverá trazer leis com penas mais severas, redução da maioridade penal, e uma real independência para o poder judiciário. São discussões tão antigas quanto as eleições diretas, que deveriam promover algumas destas mudanças, inclusive, o sempre ventilado mas nunca discutido, fim da polícia militar. E o curioso é que tem gente que acredita que estas coisas irão acontecer. Eu, certamente, não estarei mais aqui, quando e se elas acontecerem.

História
         Estas questões me remetem à história do nosso país. Parece que os historiadores (se é que existem) estão mais ocupados em descontruir heróis e lendas do nosso passado, do que por ordem e verdade na nossa história contemporânea. Se os escribas do passado resolveram transformar em fato histórico qualquer peido soltado pelos nobres da época, não nos cabe perder tempo e dinheiro com isso. Há fatos importantes acontecendo e que não estão sendo registrados com a devida competência e imparcialidade. Isso sim, é temerário.

História II

         Os portugueses adoravam enaltecer qualquer merda para agradar a nobreza. E trouxeram para o brasil este costume. Exemplo típico é o “Dia do Fico” (era até feriado nacional), quando D. Pedro resolveu que não deixaria o Brasil. Ou seja, resolveu que era melhor viver aqui, na esbórnia (a marquesa de Santos que o diga), do que ter obrigações em Portugal. Aqui na Bahia, em Santo Amaro, existia (será que ainda existe?) um tamarindeiro famoso, ponto de visitação turística, porque D. Pedro, de passagem pelo local, desceu do cavalo e mijou no tronco da árvore. Se fosse um cidadão qualquer, sofrendo de incontinência urinaria, poderia pagar pesada multa ou até ser preso por ato obsceno em via pública.

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Por hoje é só que agora eu vou ali fazer xixi numa palmeira imperial


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Poupar e educar: as armas de San Francisco contra a seca

Em San Francisco, na Califórnia, os restaurantes deixaram de servir água aos clientes automaticamente, e agora só recebe um copo quem o pede ao garçom. Nos subúrbios da cidade, moradores começam a trocar seus gramados por plantas nativas que dispensem irrigação ou até por grama artificial.

As duas mudanças de comportamento são os efeitos mais visíveis em San Francisco da grave seca que há três anos atinge o mais populoso Estado americano.
Entre os san-franciscanos, porém, a falta de chuvas parece preocupar bem menos do que entre os paulistanos. Afinal, com o reservatório que abastece a cidade com 56% de sua capacidade, San Francisco lida com a seca numa posição muito mais confortável que São Paulo, onde o sistema Cantareira opera na reserva técnica desde maio de 2014.
O relativo conforto foi conquistado à custa de um esforço após graves estiagens nas décadas de 1980 e 1990, quando San Francisco enfrentou racionamentos e teve de remodelar a gestão de suas águas. Os episódios alertaram autoridades e moradores sobre a importância de poupar o recurso e puseram o tema na agenda das escolas da cidade.

'Políticas agressivas'
Nos últimos 20 anos, o consumo médio de água por pessoa em San Francisco caiu 12% e hoje é o mais baixo da Califórnia.
Mesmo assim, quando em 2013 a seca se agravou e o prefeito Ed Lee pediu aos moradores que reduzissem o uso de água em 10%, a cidade foi além e baixou seu consumo em 14%. A meta só era obrigatória para quem usava água para irrigação; entre os demais consumidores, a redução foi voluntária.
Não houve até agora racionamentos e, como voltou a chover nos últimos meses, acredita-se que a medida será evitada também neste ano.
"Pode parecer simples demais, mas nossa estratégia principal tem sido poupar a água", diz à BBC Brasil Tyrone Jue, diretor de comunicação da Comissão de Serviços Públicos de San Francisco, responsável pelo abastecimento de 2,3 milhões de moradores na região.
Entre as principais medidas adotadas pela comissão nos últimos anos, Jue cita a exigência de que donos de imóveis troquem vasos sanitários e chuveiros por modelos mais econômicos como condição para que possam vender os bens. Os bons resultados dessa política estimularam o governo da Califórnia a adotá-la em 2014.
San Francisco também passou a conceder descontos para os consumidores que substituíssem chuveiros, máquinas de lavar e privadas por equipamentos mais eficientes. E passou a investir na diversificação de suas fontes de água, até então restritas a uma represa no Parque Nacional Yosemite, no leste da Califórnia.
Hoje alguns parques, clubes e campos de golfe da cidade são irrigados com água de esgoto reciclada. San Francisco também começou a explorar um aquífero, que até 2016 deverá fornecer 15% da água potável distribuída aos consumidores.
Em seus esforços para reduzir o consumo, a prefeitura tem ainda dado incentivos fiscais para que novos edifícios instalem tecnologias verdes, como sistemas de captação de chuva e painéis solares.
A própria Comissão de Serviços Públicos de San Francisco se mudou em 2012 para um edifício projetado para ser um dos mais sustentáveis dos Estados Unidos.
Em outra frente, a prefeitura tem contado com suas escolas para baixar ainda mais os níveis de consumo na cidade. Na escola municipal Ulloa, vizinha ao zoológico de San Francisco, alunos irrigam suas hortas com a água da chuva coletada por duas cisternas, construídas há dois anos.

Leia matéria completa no BBCBrasil

Coluna


Especial sobre raios e trovões

Raios! Haja carga d’água.
Um técnico em sistemas elétricos foi a um programa de rádio a convite do apresentador, para esclarecer algumas “dúvidas” dos ouvintes e do próprio apresentador acerca de tempestades elétricas. No que diz respeito à parte técnica sobre os efeitos dos raios sobre os sistemas de distribuição a consumo de energia, ele foi bem didático. Mas quanto às tempestades elétricas ele se perdeu. Chegou ao absurdo de afirmar que “os trovões são o resultado do choque entre nuvens”. Até que me deu vontade de ligar para o programa para desfazer a informação mal passada, mas, cachorro mordido de cobra tem medo de linguiça. Benjamin Franklin deve ter se revirado no túmulo.

Eu, hem!
Toda vez em que me intrometi na conversa alheia e tentei esclarecer alguma coisa, não me deram ouvidos e até me hostilizaram. Certa vez, liguei para um apresentador de programa de rádio que havia passado uma informação errada sobre mitologia grega, um assunto que domino razoavelmente. Disse a ele que não fora o personagem que ele citara o ator de referida façanha. Ele me perguntou quem fora, então, e eu lhe disse que não sabia quem, mas, com certeza não fora aquele por ele citado. Antes que eu me oferecesse para pesquisar e lhe passar o nome do herói, ele me disse, no ar, que se eu não sabia quem foi, que era melhor não dizer nada. Diante de tal demonstração de humildade e gentileza, me recolhi a minha insignificância, e desde então hesito muito em dar opinião para gente que não quer ouvir. Que permaneçam na ignorância.

A bem da verdade
Segundo aprendi, ainda na escola primária, e depois em estudos mais específicos, tempestades elétricas são causadas por turbulências na atmosfera, devido a movimentação das correntes de ar ascendentes e descentes, o que causa a liberação de descargas de energia estática (raios). Um raio risca a atmosfera a uma temperatura de 30 mil graus Celsius (cinco vezes superior à superfície do sol). Neste momento o ar se expande e, logo após se retrai, causando o barulho que chamamos de trovão. Nuvens são formadas por vapor de água, portanto, não se chocam, quando muito se cruzam ou se misturam, quando então há uma troca de energia estática entre elas, causando raios. Um raio pode partir de uma nuvem para outra, de uma nuvem para a terra ou da terra para uma nuvem.

Energia estática
A energia estática é toda energia que não está em movimento, está parada. Quando ela entra em movimento passa a ser energia dinâmica. Uma novem carregada de energia estática positiva, quando se aproxima de uma carregada de energia estática negativa, há uma descarga de energia dinâmica, ou seja, energia em movimento. Neste caso, o raio. O atrito entre corpos gera energia que pode ficar estática em um corpo e descarregar ao se aproximar de outro. Por exemplo: Esfregue uma régua de material plástico no seu cabelo e depois aproxime-a dos pelos do seu braço. Notará que eles ficarão arrepiados, pois está havendo uma troca de energia entre eles e a régua.

Raio bola
Muita gente já deve ter ouvido pessoas mais velhas, principalmente da zona rural, falando em “ouro mudando de lugar”. Trata-se de uma bola luminosa, de cor amarelada, que se desloca no ar, principalmente em regiões montanhosas, e mais frequentemente em dias de calor intenso. Podem se deslocar silenciosamente ou culminar com um estrondo. Não é nada menos que energia estática que brota do solo, pois o planeta é um gerador continuo de energia que precisa ser liberada. E se não há turbulência na atmosfera que possa efetuar a troca de energias entre as nuvens e o solo, a energia simplesmente brota e se desloca no ar. Caso atinja algum corpo sólido, se dará uma explosão. (Ainda há muita controvérsia sobre os raios em bola).

OBS: Quem quiser me contestar, fique à vontade que não vou responder. Sei o que estou dizendo e isso me basta.

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Por hoje é só que agora eu vou ali tomar um banho de chuva

A reencarnação na visão de André Luiz

"A encarnação começa na concepção uterina, mas só se completa aos sete anos de idade".

Há pouco tempo, uma reportagem de Tv mostrou um costume indígena onde crianças, ao nascerem com problemas, eram descartadas pela tribo.
Para entender o teor desse crime vamos fazer um paralelo entre a encarnação e a ciência. Tanto a encarnação quanto a formação do cérebro se dividem em quatro fases.
Na Fase 1 o espírito faz suas primeiras experiências, aprisionado num corpo carnal. É quando o recém nascido começa a formar seu cérebro.
Essa fase começa no nascimento e dura seis meses. Uma falha nessa fase será de alta complexidade e a criança, futuramente, poderá se tornar uma ameaça a sociedade. A correção só seria possível se o espírito pudesse reiniciar essa encarnação.
Se essa criança desencarnar nessa fase, ela retornará ao mundo espiritual como o adulto que era antes e não como criança, pois ela não conseguiu completar sua encarnação.
Fase 2 - Essa fase vai dos seis meses aos quatro anos. Todos os neurônios só se formam até os quatro anos. É nessa fase, a criança começa a desenvolver sua "Memória de Longo Prazo". Se ela não estimular essa habilidade de guardar as lembranças de longo prazo ela poderá se tornar uma forte candidata aos tradicionais "surtos", com transtornos de média a alta complexidade. O tratamento dependente de medicamentos controlados.
Se a criança desencarnar nessa fase, ela retornará a pátria espiritual como adulto, pois sua encarnação só estaria completa aos sete anos.
Fase 3 - Vai até se completar a encarnação. A criança começará a usar seus neurônios, defeituosos ou não, para registrar seus "Relacionamentos Afetivos Motivacionais".
Se esses “Relacionamentos Afetivos” não forem exercitados, essa criança apresentará transtornos de média a baixa complexidade. Esses transtornos podem ser corrigidos com medicamentos e tratamentos psicoterápicos ou terapias vibracionais.
Se essa a criança retornar a espiritualidade será como criança mesmo. Sua encarnação ficou incompleta, porém sua identidade como espírito adulto foi apagada.
Fase 4 - Essa quarta fase se inicia aos sete anos, com a criança totalmente encarnada. Ela usará seus neurônios e "Memória de Longo Prazo" para armazenar informações e imitar pessoas.
Os transtornos nessa fase são de natureza psicológica. Não se faz necessário uso de medicamentos, apenas psicoterapias vibracionais.
Um desencarne nessa fase, o espírito retorna a pátria espiritual com a aparência da pessoa que ele estava encarnada.
A desencarnação é sempre traumática para o espírito e para o seu corpo. A desencarnação de uma criança, antes dos quatro anos, é traumática para o corpo, mas não para o espírito, pois este ainda não está encarnado. Para certos indígenas, o abate de um recém nascido, após seu nascimento, é semelhante ao que, nós civilizados, fazemos com um boi no abatedouro. É doloroso para o corpo, mas não o é para o espírito da criança que nem chegou a se encarnar.
Que essa informação não se transforme em apologia a certas atitudes animalescas entre humanos.

Conrado Dantas

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Copa: Prejuízo de 'elefantes brancos' já supera R$ 10 milhões

Como dissemos varias vezes nesse espaço, o legado da Copa no Brasil não seria positivo...

O prejuízo de três "elefantes brancos" da Copa – os estádios Mané Garrincha (Brasília), Arena da Amazônia (Manaus) e Arena Pantanal (Cuiabá) – para os respectivos contribuintes já atingiu pelo menos R$ 10 milhões desde o fim do Mundial, de acordo com um levantamento feito pela BBC Brasil. 
Os dados, de difícil acesso, são incompletos e portanto a conta é uma estimativa. Após três meses de contato com governos e administração dos arenas, a busca iniciada em dezembro não obteve um resultado exato para o balanço (custo de manutenção x arrecadação mensal) desses estádios desde o fim da Copa do Mundo.
A BBC Brasil procurou obter também informações sobre o quarto "elefante branco" do torneio, a Arena das Dunas, de Natal, sem sucesso.
Manaus, Natal, Cuiabá e Brasília não são cidades com tradição no futebol. Por isso, ao serem escolhidas como sedes da Copa do Mundo, despertaram críticas pelo alto investimento público em estádios que corriam risco de ficar sem uso.
A maior dificuldade na busca pelas informações foi a de conseguir respostas com números exatos. Em Brasília, não se sabia quanto o Mané Garrincha custava por mês; na Arena das Dunas, esse valor é desconhecido até hoje; Cuiabá e Manaus foram os únicos que forneceram a informação algumas semanas depois que ela foi solicitada.
O valor da arrecadação ainda não havia sido calculado até o fim do ano passado pelos governos responsáveis pela construção dos estádios.
Passada a troca dos governadores no início deste ano, a BBC Brasil solicitou novamente as mesmas informações às novas administrações de cada Estado.
Com exceção da Arena da Amazônia, os outros três estádios estão passando por auditoria para investigar possíveis irregularidades nas contas, que pode indicar o valor real do prejuízo.

Veja a situação de cada estádio em matéria da BBCBrasil 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

6 Projetos de Lei ultraconservadores já propostos no Brasil

Por Raquel Sodré

Nas eleições de 2014, os brasileiros elegeram o Congresso mais conservador dos últimos 50 anos – ou seja, desde a Ditadura Militar. A cereja desse bolo com gosto de comida vencida veio no início de fevereiro de 2015, quando o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos representantes da bancada evangélica, foi eleito presidente da Câmara dos Deputados.
Nem 15 dias depois, ele já estava colocando as asinhas de fora: no último dia 11, Cunha autorizou a criação de uma comissão para analisar o Projeto de Lei 6583/2013, carinhosamente apelidado de “Estatuto da Família”. Em seu segundo parágrafo, o PL define “família” como a união entre um homem e uma mulher (ou seja, nada de gays, nem lésbicas, nem pais e mães solteiros, nem crianças criadas pela avó, nem… bem, você entendeu). Em tramitação há quase dois anos, o texto ainda ganhou um adendo que pode dificultar ainda mais a adoção de crianças por casais homossexuais.

O Brasil já teve outros Projetos de Lei ultraconservadores, e agora está na hora de ficarmos de olho bem aberto para conseguirmos segurar o forninho de uma democracia que seja, de fato, um governo para todos – independente de credo, cor, raça, gênero ou orientação sexual. Veja alguns PLs que parecem saídos diretamente da Idade Média, mas foram propostos pra valer no Brasil.


nasicutro
O projeto de lei original é de 2005 e visava garantir o direito integral ao nascituro – ou seja, bebê que ainda está dentro da barriga da mãe. O projeto, dos deputados federais Luiz Carlos Bassuma (PEN-BA) e o já falecido Miguel Martini, defendia que o aborto deveria ser considerado crime hediondo, proibido em todos os casos (inclusive quando fruto de estupro). O PL também proibia a pesquisa com células-tronco, dentre outras coisas. Esse projeto foi arquivado em 2007, mas a batalha ainda não está ganha. Um outro texto muito similar, o PL 478/2007, está tramitando na Câmara dos Deputados. Ele já foi aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação. Agora, deverá passar pela Comissão de Constituição e Justiça e pela Comissão de Cidadania. Depois, deve ser apresentado e votada em plenário.
A luta pela descriminalização do aborto será longa, pois ainda há outros quatro PLs sobre o assunto a serem derrubados. O PL 7443/2006 determina a inclusão do procedimento entre os crimes hediondos. O PL 1545/2011 defende uma pena de seis a 20 anos para o médico que praticar o aborto fora das hipóteses previstas nas leis atuais. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 164/2012 garante a inviolabilidade do direito à vida “desde a concepção”. E, por fim, há o PL 5069, de 2013, que considera crime contra a vida o anúncio de substância ou objeto destinado à interrupção da gravidez. Também é considerado crime contra a vida a orientação de gestantes para o procedimento, e a pena prevista pelo PL é de até dez anos de prisão. Todos esses quatro projetos foram criados e, agora, desarquivados pelo novo presidente da Câmara.

2. Dia do Orgulho Hétero

xorano
É tão difícil ser hétero, cisgênero, branco, de classe média alta, com diploma de ensino superior, ter cabelo liso e votar no PSDB…

Esse é mais um Projeto de Lei (1672/2011) de autoria do próprio Eduardo Cunha. Ele institui nada mais do que a comemoração do “Dia do Orgulho Heterossexual”, a ser celebrado no terceiro domingo do mês de dezembro. Para quem não vê por que isso poderia ser um retrocesso, uma breve explicação: nossa sociedade já é heternormativa – ou seja, ela interpreta que ser heterossexual é a norma. Nesse contexto, pessoas heterossexuais já contam com todos os benefícios de um grupo majoritário, e não precisam lutar para conquistarem nenhum direito relativo ao gênero ou à sua orientação sexual. Podem se casar à vontade (com outras pessoas do sexo oposto maiores de idade), podem adicionar o cônjuge no plano de saúde, por exemplo. Por outro lado, um “Dia do Orgulho”, seja ele qual for, é uma data ativista para lembrar a sociedade de que aquele determinado grupo ainda está anos em desvantagem quando se trata de direitos humanos. Portanto, um “dia do orgulho hétero” não faria nenhum sentido. Mas o mais grave é o fato de que, reforçando a cultura heternormativa, reforça-se, consequentemente, o preconceito contra pessoas com outras orientações sexuais e/ou identidades de gênero (como bissexuais, transexuais, transgêneros e assexuais, só para citar alguns). Esse preconceito, a homofobia, é o responsável por centenas de mortes por ano no Brasil.  A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência registrou um aumento de 460% no número de denúncias do tipo entre 2011 e 2014. Só ano passado, foram 6,5 mil.

3. Criminalização da heterofobia

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- Sabe a Isabel do financeiro? Ouvi dizer que ela gosta de HOMENS!  – Sério? Bem que eu desconfiava. Esse mundo está perdido, mesmo…

Não, nem você leu o título errado, nem nós escrevemos errado. É isto mesmo: o Projeto de Lei 7382, de 2010, prevê que seja interpretado como crime a discriminação contra heterossexuais (!!!). Agora, veja bem: no ano passado, 218 pessoas foram assassinadas por serem gays ou lésbicas em nosso país. O Brasil, aliás, é campeão mundial em número de assassinatos de homossexuais – e olha que estamos competindo com países ultraconservadores, como Afeganistão, Indonésia e Singapura. Por outro lado, NENHUMA foi assassinada pelo simples fato de ser heterossexual. Agora, durma com o barulho de uma lei que propõe criminalizar a “heterofobia” (enquanto isso, o PL 122/2006, que pretende equiparar a homofobia ao crime de racismo, foi arquivada em janeiro deste ano pelo Senado, depois de oito anos em tramitação).

4. Terras indígenas
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Os retrocessos em termos de direitos humanos não ficaram somente no âmbito dos relacionados ao gênero ou à orientação sexual. Os indígenas, outra minoria brasileira amplamente negligenciada, também estão sendo (ainda mais) ameaçados. Está em tramitação a PEC 215, proposta no ano 2000, que pretende mudar de forma radical o modo como as terras indígenas são demarcadas no país. Se aprovada, a PEC tirará das mãos da Funai (Fundação Nacional do Índio) o poder de pedir ao poder Executivo a demarcação das terras. Essa decisão passaria a ser tomada pelo Congresso – que, surpresa, está infestado por deputados da bancada ruralista que defendem os interesses dos grandes proprietários de terras e do agronegócio. A medida também afetaria as comunidades quilombolas do país e, segundo representantes dos grupos minoritários, seria a responsável pelo extermínio dessas populações.

5. Criacionismo nas escolas
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Um dos mais famosos parlamentares conservadores do Brasil, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) também tem sua cota de Projetos de Lei absurdamente conservadores. Um deles, o PL 8099/2014, quer obrigar todas as escolas brasileiras (tanto as públicas como as privadas) a incluírem, em sua grade curricular, aulas sobre o a teoria do Criacionismo. Assim, as crianças passariam a aprender como Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo. O PL 8099 está tramitando apensado ao PL 309/2011, que dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas do país. Vale lembrar: o problema não é o ensino religioso e nem mesmo qualquer outra forma de expressão de religiosidade no país. O que pega é a obrigatoriedade desses conteúdos no currículo.

6. Lei Antiterrorismo
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O Projeto de Lei 499 surgiu em 2013 – não coincidentemente, depois da onda de protestos daquele ano. Segundo o texto do PL, será considerada “atos de terrorismo” qualquer conduta que “provocar ou infundir pânico generalizado mediante ofensa ou tentativa de ofensa à vida, à integridade física ou à saúde ou à privação de liberdade de pessoa”. Com uma descrição tão ampla, bastaria um piscar de olhos para que movimentos sociais e até grupos de oposição política sejam subitamente considerados terroristas. Se formos seguir a definição do PL, uma ocupação de terras pelo MST poderia ser considerada terrorista, por exemplo. Pessoas que se recusam a sair de casas ocupadas no Centro de São Paulo também. Esse retrocesso na luta por direitos sociais que está tramitando no Senado.

Fonte: http://super.abril.com.br/ 

Alex Ferraz

IRRISÓRIO
Em quatro anos, o governo Dilma gastou cerca de R$ 10 milhões no combate a casos de corrupção como o Petrolão. Esse valor é irrisório se comparado, por exemplo, aos R$ 65 milhões gastos com cartões corporativos em 2014. Ou seja, caros leitores, em apenas UM ANO torraram R$ 65 milhões dos nossos impostos em compras com cartões cujos gastos são mantidos em sigilio, mas que se sabe que já pagaram  motéis e até pinga. Haja!

"Só pagam impostos os que não têm com que pagá-los." (Sofocleto)

Mais impostos, menos serviços
A notícia: "Nesta quarta-feira de cinzas, o governo federal chegou a R$ 280 bilhões arrecadados em impostos. Se 2,3% vão para corrupção, como estima a Fiesp, então já nos surrupiaram até agora R$ 6,2 bilhões."
O comentário: em apenas 48 dias, os cofres públicos recolheram R$ 280 bilhões dos nossos bolsos, direta e indiretamente, e vêm aí mais medidas para que esse assalto cresça. Chamo de assalto, porque praticamente nada disso volta para nós em serviços. Vide saúde, educação e segurança públicas. Vide também, por exemplo, as estradas federais saturadas e aeroportos idem, a ponto de o governo vendê-los para a iniciativa privadas. O Estado brasileiro não tem dinheiro para nada, a não ser para sustentar a si próprio e seu imenso de cabide de empregos, e a roubalheira generalizada.

E agora, senhores? (I)
Entramos, finalmente, no ano de 2015. E aqui vai uma pergunta que, com certeza, ficará no ar, como vem acontecendo há anos: quando os legisladores brasileiros, que custam, no Senado e Câmara, R$ 9 bilhões por mês, finalmente modificarão o Código Penal de 1940, tornando mais realista e realmente punitivo?
Incluindo aí a indispensável redução da maioridade penal.

E agora, senhores? (II)
Quando, finalmente, vão fazer a tal reforma política? A meu ver, enquanto o espírito da coisa for o que está aí há anos, não vão mexer no Código Penal e muito menos fazer reforma política. Mexe em situação que facilitam a vida dos condenados e a roubalheira com partidos de aluguel etc. etc. Ou seja, por que eu vou mudar aquilo me favorece? É a lei do gosto de levar vantagem em tudo, a única cumprida à risca neste país.
Pelo visto, não tem jeito (I)
A notícia: "Uma quadrilha explodiu cinco caixas eletrônicos em Pojuca, Região Metropolitana de Salvador (RMS), na madrugada desta quinta-feira (19). Segundo informações da Central de Polícia, pelo menos 10 pessoas participaram da ação que ocorreu por volta das 4 horas da manhã. Uma testemunha relatou que o grupo estava vestido de preto, com lanternas na cabeça. Na ação, os bandidos fecharam a Rua JJ Seabra, no centro da cidade, e explodiram os terminais de autoatendimento da Caixa Econômica Federal."

Pelo visto, não tem jeito (II)
O comentário: não vejo solução à vista para essa onda de ataques a caixas eletrônicos. Os bancos silenciam completamente, como se não tivessem nada a ver com isso, enquanto as autoridades de segurança pública seguem fazendo anúncios midiáticos de "operações", que sempre têm resultados pífios. Controlar o uso da dinamite, que é bom, ninguém consegue. É demais!

Pelo visto, não tem jeito (III)
É por essas e outras que devemos a continuar nos acostumando a ser um país onde não se pode usar um caixa eletrônico com tranquilidade, não se pode atender a um celular na rua, não se pode receber correspondência dos Correios em certos bairros e onde os turistas são aconselhados, pasmem, a não carregar máquinas fotográficas nem filmadoras. Uma piada de mau gosto.

O e-mail está em vias de extinção?

Para quem teve o e-mail como primeira experiência de comunicação online, a ferramenta parecia uma forma mágica de se conectar com o mundo.

Anos depois, a tecnologia já soa ultrapassada. Entre os adolescentes, aplicativos como Snapchat e WhatsApp fazem mais sucesso e talvez os mais jovens nem lhe respondam se você tentar falar com eles por e-mail - algo que posso confirmar a partir de minhas experiências pessoais.
No ambiente de trabalho, o e-mail também é uma ferramenta útil mas muitas vezes irritante. Uma razão é o imenso volume de mensagens. Outra, a etiqueta de como escrever um e-mail ou quem deve estar copiado nele.
Mas há uma pergunta que não quer calar: é possível abrir mão do e-mail?
Como sinto que passo a maior parte do dia só apagando e-mails, decidi que deveria fazer um teste a partir da minha própria caixa de entrada. Quão útil são os e-mails que eu recebo - para mim e para quem me escreve?

Irritação
O dia escolhido não foi muito movimentado, mais ainda assim recebi 275 e-mails. Destes, 70 eram mensagens internas da minha empresa, muitas delas enviadas para grupos.
Nada menos do que 19 envolviam uma discussão sobre se este é o Ano Chinês da Ovelha, Cabra ou Carneiro. O que era divertido passou a irritante conforme cada um copiava todos os outros nas suas divagações.
Até que três pessoas enviaram a todos mensagens pedindo o fim daquela discussão - um caso clássico de falta de etiqueta.
Dos cerca de 200 e-mails recebidos de fora de minha companhia, muitos haviam sido distribuídos por listas de destinatários nas quais me inscrevi num passado remoto. Não creio que ainda precise do Informe Diário da Organização dos Países Exportadores de Petróleo ou do boletim do site Music Ally sobre a indústria musical.
Ficou claro que eu precisava fazer uma faxina para reduzir o fluxo de mensagens.
Mas mesmo excluindo as listas de e-mail, sobra a torrente de sugestões de pauta de assessorias de imprensa sobre histórias que eles acreditam que o público da BBC precisa conhecer.
Contei 50 e-mails deste tipo, muitos deles relacionados a uma feira de tecnologia que será realizada em março em Barcelona. Minha impressão geral é de que alguns assessores precisam voltar para a escola do e-mail.
"Caro Senhor ou Senhora" nunca é um bom começo. E quando o e-mail continua com "uma fornecedora de infraestrutura COTS para redes de telecomunicação e de nuvem está demonstrando novas e revolucionárias soluções baseadas em NFV e SDN em colaboração com parceiros da indústria durante o Congresso Mundial de Telefonia Móvel", a única reação possível é recorrer ao dicionário.
Um e-mail me perguntava se eu estava "interessado em falar sobre soluções corporativas de mensageiros"; outro prometia novidades sobre uma companhia que provê uma "orquestração de políticas de segurança por meio de uma abordagem automatizada e unificada de gerenciamento de políticas de segurança através de plataformas heterogêneas".
Num dia normal, eu teria apagado essas mensagens sem sequer bater o olho nelas.
Em suma: para estas assessorias de imprensa e seus clientes, o e-mail é uma ferramenta ineficiente de comunicação. Em geral, considero telefonemas, redes sociais e, acima de tudo, encontros pessoais uma forma melhor de me conectar com empresas e indivíduos que têm histórias para contar.

Abandonar ou abraçar?
Então a solução seria desistir completamente do e-mail? Não no curto prazo.
Há certamente uma série de alternativas. Na minha empresa, por exemplo, experimentamos diversas novas formas de comunicação. A rede social corporativa Yammer fez um certo sucesso por um tempo, mas não entro nela há dez anos.
Às vezes, compartilhamos arquivos do Google ou do Evernote para coordenar reportagens específicas, e as mensagens enviadas por nosso sistema interno são a melhor forma de entrar em contato com uma pessoa imediatamente.
Nas últimas semanas, também estamos testando um aplicativo chamado Slack, descrito como "a plaforma para comunicação em equipe", apesar de minha impressão inicial ser a de que me chegariam ainda mais mensagens diariamente.
Quanto ao velho e bom e-mail, ainda há mensagens valiosas em meio a todo o lixo eletrônico, sugestões de pauta mal escritas e mensagens incompreensíveis. E a ferramenta ainda é essencial para a maioria dos negócios, então não se pode simplesmente ignorá-la.
A solução pode ser não abandonar o e-mail, mas aperfeiçoá-lo.
De sua parte, algumas empresas vêm tomando medidas para reduzir o grande fluxo de correios eletrônicos: a montadora alemã Daimler interrompe o recebimento de mensagens por funcionários que estão de férias, por exemplo.
Nós, usuários, também podemos fazer a nossa parte. Mensagens de e-mails precisam ser curtas, com a linha de assunto tratada como se fosse uma manchete pela qual o destinatário avaliará se vale a pena ler a mensagem.
Acima de tudo, precisamos parar e pensar antes de enviarmos um e-mail para todos os funcionários de nossas companhias ou a todos os jornalistas de uma lista de contatos.
E após estas considerações tenho de parar de escrever este artigo - um alerta no meu computador avisa que um novo e-mail chegou.O sinal vermelho em minha caixa de entrada às 7h28 diz que tenho 190 mensagens não lidas, e tenho certeza de que ao menos uma delas contém uma informação vital.
Mãos à obra.