quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal a todos

E com estas postagens encerramos 2008. Prometemos voltar em janeiro com as baterias recarregadas.
Neste Natal, divirtam-se, mas não se esqueçam do aniversariante do dia 25.

Um abraço!

Previsões (in) previsíveis


Tamos aqui outra vez, com as imprevisíveis previsões do Professor Alicate, o homem que sabe o que corta e corta o que sabe.



1 – De “porre” desde as eleições de 2006, Jaques Wagner vai continuar sem saber que é ele o governador da Bahia. Maria Del Carmem vai continuar representando ele no cargo.

2 – Como o estádio de Pituaçu não vai ficar pronto antes de 2010, o Esporte Clube Bahia continuará mandando seus jogos em Feira de Santana. Como ele vai cair para a terceira divisão, vai se mudar definitivamente para esta cidade, onde, depois de cair para a quarta divisão, disputará o campeonato de Bairros.

3 – Após implantar o “Campo de Nudismo” de Feira de Santana, às margens do rio Jacuípe, o fotojornalista Reginaldo (Tracajá) Pereira, será processado por Franklin Maxado e João Borges, por não permitir que os dois entrem no campo.

4 – O cangaceiro e revolucionário Jânio Rego vai proclamar a independência de Mossoró e se eleger governador do novo estado brasileiro.

5 – Após bater o recorde de encalhe com o livro “Política e Corrupção na Saúde”, o Dr. Eduardo Leite vai tentar entrar para Guiness (o livro dos recordes), com o “Maior Encalhe do Mundo” com o livro “Quem é Quem na Saúde do Piauí”.

6 – Depois de construir quatro pontes de safena e cinco viadutos em Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, eleito governador, vai construir uma ponte entre Salvador e a ilha de Itaparica. A oposição vai protestar, alegando obra em benefício próprio, porque ele tem uma casa na ilha.

7 – Inspirado nas obras do metrô de Salvador, o vereador Lulinha vai propor ao prefeito Tarcízio Pimenta a construção do “Centimetrô” de Feira de Santana.

8 – O Papa (Chico) Bento XVI vai liberar os padres para casar. Muitos vão preferir deixar a batina.

9 – Também ainda não será desta vez que o Fluminense de Feira será campeão baiano. O campeão será o Redenção de Brotas, tendo o Mecânico como vice.

10 – Provocado pelos governos da Venezuela, Paraguai e Equador, o presidente Lula vai aproveitar a deixar para treinar as forças armadas nacionais, declarando guerra a estes países. Como é muito precavido, o presidente aconselhará aos brasileiros que aprendam a falar espanhol.

11 – A cantora Amy Anyhouse vai entrar para um convento, a convite de Maddona.

12 – Cansado de ser chamado de “Bocão”, o prefeito eleito Tarcízio Pimenta vai fazer uma plástica para diminuir o tamanho da boca. Será pelo SUS, que é para a oposição não dizer que ele usou dinheiro da Prefeitura.

13 – Zico Sena vai montar um circo. A dificuldade será a escolha dos palhaços, devido a grande quantidade de candidatos.

14 – O médico, compositor e poeta, Outran Borges, deixará a provedoria da Santa de Misericórdia, mas, não assumirá a presidência do Fluminense de Feira este ano. Isso só ocorrerá depois das eleições de 2010.

15 – O jornalista Cristóvam Aguiar vai finalmente tomar juízo, cortar o cabelo, vestir paletó, botar uma gravata, e vai trabalhar num banco.

O Natal *

Alto falantes berrando as vantagens de casas comerciais que disputam o dinheiro dos fregueses em prestações as mais módicas. Vitrines artificiais ostentando cactos de agressiva secura nordestina, cobertos por neve de suave paisagem européia. Um cara vestido de tafetá vermelho, chega de avião, de helicóptero, de automóvel ou mesmo arrastando os pés cansados e acena, sem nenhuma graça, para a multidão indiferente. Rosto coberto p9or uma barba mal feita, de algodão. De vez em quando ele se põe a espirrar danadamente, que um fiapo teimoso entendeu de lhe explorar os ínvios caminhos das narinas. Às costas, carrega um saco onde brinca de ter brinquedos. Em pouco tempo a turma está cheia do velho e ele próprio, de saco cheio, se resolve a esvaziá-lo no primeiro botequim.
Andam dizendo que é isto o Natal. As coisas embaralhadas, confundidas de tal maneira que você fica sem saber se comemora o nascimento do Cristo ou de Mercúrio... Os ruídos comerciais da cidade são imperativos; a pressa dos fregueses na ânsia de comprar chega a ser angustiante. É um tal de correr, de vambora, de toca-pra-diante, de preceitos e preconceitos a que se impôs uma sociedade de consumo às beiras da insolvência. Ainda porém, não faz medo o Natal de ir embora. Enquanto tiver dentro de si um pouco de ternura, enquanto carregar consigo o espírito da criança eterna que traz bem cultivado, enquanto for possível conservar no coração o mínimo amor, o bicho-homem far-se-á alegre e feliz e buscará tornar alguém alegre e feliz no dia do nascimento do Menino. Porque Belém não é só um símbolo; é muito mais um estado de espírito. Nada poderá mudar fazer surdos os nossos ouvidos, às coisas que Aquele pobre e desprezado Galileu – que veio a ser tão amado – nos ensinou. E é o Seu espírito que faz, na época das contestações, pais e filhos se reunirem para trocar palavras de afeto e carinho, amigos se abraçarem para se fazer mais unidos. E a gente fica feliz porque crê num Deus que para nos amar ainda mais se fez homem e por nós morreu; um Deus que se fez homem e como nós andou, alimentou-se, sofreu, teve amigos e inimigos mas, sobretudo, como nós, amou e foi amado. Este é um Deus pra frente, um Deus bacana, ao qual vale a pena seguir. A gente consegue entende-lo. Ele fala a mesma linguagem da gente. Não se pode, portanto, sufocar ao espírito de amor do Natal, deste Deus que quis ser igual a nós. 25 de dezembro será sempre um ponto de união entre Cristo e todos nós.

· Carlos A Kruschewsky in “Memórias de Saulo Daqui”.

N.E. Esta crônica foi escrita nos anos 60 e publicada no jornal Feira Hoje.

Artigo

Neste Natal que se aproxima chego, novamente, até vocês.

Recosto-me na poltrona da sala.
Olho para meus dois filhos pequenos.
Aparto a disputa para resolver qual será o primeiro a tomar a mamadeira.
São duas.
A da tampa branca pertence ao maior.
A da tampa azul é do menor.
Propositadamente as troco.
O maior dispara: “A minha é a branca”.
Dou partida ao intraduzível prazer de amamentá-los sem ter tetas. E vejo neles a presença do Criador na terra.
Deus que espero, esteja consigo agora e sempre. E de modo particular neste Natal, redivivo na intimidade do seu lar, trazendo esperanças de novos tempos, atendendo suas melhores esperanças e como um presente, presente.
Transfigurado naquilo que o seu olhar, olhar; a sua boca, provar; o seu ouvido, ouvir; a sua mão, tocar. Na sua mulher, no seu marido, nos seus filhos, nos demais parentes, nos seus amigos, não importa.
Todos são feitos à imagem e semelhança do Renascido.
E se estão na terra consigo, não é por acaso.
É para dizer-lhe que, se Deus não existe como afirmam alguns, ele precisa ser inventado.

Feliz Natal e ponto final.

Hugo Carvalho

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Hospital
Entusiasmado, o deputado José Neto (PT) anunciou o início das obras do Hospital da Criança por parte do governo do Estado. Prometido em Campanha, lançado o edital um ano depois, com festa, parece que, finalmente, a obra vai começar. Mas, conhecendo a Wagarreza deste desgoverno, é melhor esperar para começar a soltar os foguetes.

E o nu, sifu...
Foi o maior bafafá na cidade por causa da nudez nada artística do jornalista, cordelista e, nas horas vagas, compositor e cantor, Franklin Maxado. Ele argumenta ter ficado nu na final do festival “Vozes da Terra”, em protesto contra o que ele considera discriminação contra ele, por parte dos organizadores do evento. Poucos entenderam, alguns defenderam e muitos espinafraram e até ameaçaram. A verdade é que com ou sem protesto, o artista nu “sifu”, como diria o nosso populista, e agora (i) moralista, presidente Lula Marolinha.

Cachaça
Em artigo publicado esta semana no jornal Tribuna Feirense, o jornalista e economista, André Pomponet, questionou as razões pelas quais Feira de Santana não produz cachaça. E eu concordo com ele. A Bahia já produz hoje pelo menos cinco marcas de cachaça tipo exportação, que não ficam devendo nada às melhores cachaças de Minas Gerais. Lembra Pomponet, que temos nas proximidades grandes e excelentes canaviais e, portanto, matéria prima não nos falta. Mas eu creio meu caro colega, que o problema é que o feirense é mais propenso a ser consumidor do que produtor. Talvez esteja aí o xis da questão.

Cidadão Jacuipense
Nesta sexta-feira (12), à noite, o tenente-coronel Geová da Silva Borges estará recebendo o título de Cidadão Jacuipense na Câmara Municipal de Riachão de Jacuípe. Daqui de Feira de Santana seguirá uma grande comitiva para prestigiá-lo. Estive com Geová no domingo passado, quando da realização da “6ª Feijó Bode”, a feijoada dos maçons de Riachão do Jacuípe. Ao lado da sua Irene, Geová continua o mesmo, alegre e de bem com a vida. Daqui, os nossos parabéns.


Subvenções Sociais
Falei outro dia aqui que alguém deveria tomar uma providência e fiscalizar para onde vão as verbas de subvenções sociais disponibilizadas pelos vereadores. Questionei sobre a prestação de contas destas verbas. O Ministério Público se mexeu e agora vai cobrar a fiscalização, a prestação de contas e o ressarcimento aos cofres públicos das verbas mal aplicadas. Resta ainda questionar se as entidades que recebem tais verbas são, realmente, de utilidade pública. É sempre bom lembrar que já teve vereador tentando emplacar bloco de Micareta como sendo de “utilidade pública”. Tô com o Ministério e não abro.

Mendicância
Está chegando o Natal, a época em que os corações amolecem e as esmolas rolam soltas, com se com este único ato a pessoa pudesse se redimir dos males que praticou durante todo o ano. E dessa hipocrisia (ou burrice, sei lá), se aproveitam os mendigos profissionais para “fazer a mala”. Leio no jornal que já aumentou o número de barracos e de mendigos ao longo das avenidas da cidade.

Santa Catarina X Nordeste
E por falar em hipocrisia, me vem à mente a imagem de uma mulher que encontrei na recepção da Rádio Povo. Ela vestia sobre a roupa um colete vermelho, de alguma instituição filantrópica, talvez, e me perguntou se eu já teria feito a minha doação para o povo catarinense, afligidos por uma das piores enchentes que se tem notícia neste País. Diante da minha negativa, perguntou se eu gostaria de fazer naquele momento. Respondi-lhe que não, pois gostaria de dirigir meus esforços aos flagelados das secas do Nordeste, que são quase permanentes. Podem ter certeza: hipócrita, eu não sou.

Catálogo de Canções
Acontece nesta sexta-feira (12), a partir das 20 horas, o show de lançamento do CD “Catálogo de Canções”, do publicitário e músico, Antonio Miranda. Será na “Cidade da Cultura” (leia-se, Asa Filho), com participações de Cescé, Asa Filho, Beto Pitombo, Dionorina, Timbaúba, entre outros.

Cafeína
Na próxima quinta-feira (18) o publicitário feirense (e agora também escritor) Victor Mascarenhas, estará lançando seu livro Cafeína. Será às 20 horas, no foyer da CDL. Já li o livro, que já foi lançado em Salvador, e garanto que é muito bom. Victor pegou pesado na hipocrisia dos ricos e no exercício dos pequenos poderes por parte dos pobres. Escancarou a guerra surda entre o capital e o trabalho, com este último quase sempre se dando mal. Imperdível.

Troféu Tracajá
Neste sábado acontece, a partir da 11 horas, no restaurante Ki-Mistura, na Avenida Getúlio Vargas, a 6ª edição do “Troféu Tracajá”. Uma promoção das Organizações Tracajá (leia-se, Reginaldo Pereira) tem presenças confirmadas de Carlos Pita, Beto Pitombo, Dionorina, Timbaúba, Cescé, Antônio Miranda, Dito Leopardo, Fernando dos Teclados, Del Feliz, entre outros artistas. Diversão garantida, e a entrada é franca.


Artecapital
Foi nesta quinta-feira (11) o evento que marcou os 18 anos da Artecapital. Fundada por Antônio Miranda e Antônio José Laranjeira. Hoje, tendo à frente André Mascarenhas e Adriano Martins, a agência feirense hoje já atua em todos os estados do Nordeste, alguns do Norte e Centro Oeste, e até Minas Gerais. Também mantém uma base de operações em São Paulo.


Mamulengo
Foi nesta sexta-feira (12) pela manhã que as Organizações Tracajá entregaram oficialmente ao prefeito José Ronaldo o boneco (caricatura) que era utilizado no Bloco Tracajá, que desfila aos domingos de Micareta. Desta vez, se o prefeito quiser ver o boneco desfilando, terá que ele mesmo ser o carregador do “mamulengo”, como são chamados estes bonecos. Ou então convidar Deraldão, que é mais forte, para assumir a empreitada. Brincadeiras à parte, o prefeito ficou satisfeito e riu muito do gesto de Reginaldo Tracajá, que foi até à Secom (onde aconteceu o ato), acompanhado de uma comitiva de amigos.

Isto é Feira de Santana



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Por hoje é só, que agora eu vou ali na Cidade da Cultura, participar do lançamento do CD de Antônio Miranda.

“Enquanto tiver dentro de si um pouco de ternura, enquanto carregar consigo o espírito da criança eterna que traz bem cultivado, enquanto for possível conservar no coração o mínimo amor, o bicho-homem far-se-á alegre e feliz e buscará tornar alguém alegre e feliz no dia do nascimento do Menino. Porque Belém não é só um símbolo; é muito mais um estado de espírito. Nada poderá mudar, fazer surdos os nossos ouvidos, às coisas que Aquele pobre e desprezado Galileu – que veio a ser tão amado – nos ensinou”. (Carlos A Kruschewsky in “Memórias de Saulo Daqui”)





































Artigo


O Rei está nu

Creio que todos conhecem a história dos vendedores picaretas que venderam a um Rei um tecido invisível aos olhos dos desonestos e mentirosos. Ninguém via o tecido, mas ninguém admitia. Nem o próprio Rei quis admitir que não estava vendo o “tecido” e o comprou para fazer uma roupa digna de um Rei. Quando saiu às ruas para mostrar a sua roupa nova, um garotinho gritou: “O Rei está nu”. Diante da afirmação de um inocente, todos deixaram cair as suas máscaras de hipocrisia.
Em que pese eu condenar a nudez pública de quem quer que seja, no caso do jornalista e cordelista Franklin Maxado, que ficou diante da platéia do festival “Vozes da Terra”, eu vejo (e ouço) um festival de hipocrisias. Pessoas que condenam o seu ato de protesto (equivocado) por pura maldade, inveja, despeito ou sei lá mais que sentimentos vis.
A verdade é que a nudez pública nos é imposta diariamente pelos canais de televisão e publicações penduradas nas bancas de revista. Mas, são celebridades, muitas delas sem nenhum mérito para gozarem da fama que gozam. Bastou a uma mulher, apenas atirar um rojão num jogador chileno, para na semana seguinte estar posando nua numa revista masculina e ganhando rios de dinheiro para isso. O mesmo ocorreu com a Ana Paula bandeirinha de Futebol, ou a Sem Terra, Débora.
O Brasil é assim. Um país de hipócritas, invejosos, despeitados, que aceitam a transgressão de mais comezinhas normas de boa conduta, respeito, moral e ética, desde que não sejam praticadas por pessoas comuns, vivendo muito próximas delas. É algo tipo assim: Se eu não posso, meu vizinho também não pode. Mas se a mídia aprovar, todo mundo segue a onda.
John Lennon dizia: “Vivemos num mundo onde a violência é praticada em plena luz do dia, mas temos que nos esconder para fazer amor”. Não quero discutir o mérito da questão, mas alertar para a mesquinhez que praticamos diariamente em nome de uma moral altamente questionável. Eu já disse que uma das causas da roubalheira e da violência generalizada no Brasil, está na nossa conivência com os bandidos de colarinho branco, na nossa aceitação passiva de tudo quanto se faz de errado no governo, na impunidade. “Se não dá em nada, eu também vou fazer que eu não vou ficar de otário”. Esse é o pensamento geral.
Maxado quis fazer um protesto, e com justa razão, mas, ao meu ver, escolheu a forma, o tempo e o lugar errado. Como homem de letras, intelectual, ele deveria escolher outra forma de fazer vibrar e bater com mais profundidade o seu protesto. Sozinho, meu caro colega, não somos nada. Por isso alguém disse um dia: “Eu não quero ser herói de nada, mas sim a companhia de outros braços”.
Creio ser este o melhor caminho.

Crônica


O trote que deu certo

Há “trotes” e “trotes”. Um trote sadio, bem bolado, que não faz mal a ninguém, diverte até quem caiu nele. Foi o que aconteceu certa vez comigo, que ao passar um trote para um amigo, acabei por beneficiá-lo. Ele havia completado 18 anos, e vivia a expectativa de ter sua primeira carteira de motorista. Ele estava preparado, passou no exame de rua, exame médico, mas perdeu na prova escrita.
Chateado, ele me contou que tudo ia muito bem, até que um indivíduo de caráter suspeito, que andava rondando a Ciretran, dizendo-se íntimo de diretores e funcionários, e “facilitador” dos tramites legais, se aproximou dele e, cheio de gestos largos e demonstrando uma intimidade que não tinha, disse que ele ficasse tranqüilo que ele iria “ajeitar” as coisas. O chefe da banca examinadora que andava por perto, ouviu e não gostou.
Segundo Del (esse o nome do meu amigo), o chefe, na hora da prova escrita, ficou o tempo todo ao lado dele, dando “marcação”, e isso o deixou nervoso. O resultado é que ele se atrapalhou, errou algumas respostas, inverteu outras e acabou por ser reprovado, tendo um novo teste marcado pra dali a um mês. O pior, é que se aproximava a Micareta (o maior Carnaval do interior da Bahia), e ele queria muito já ter a sua carteira de motorista, pra poder circular sem medo pelas ruas da cidade.
Eu ouvi tudo, demonstrei minha solidariedade e, saindo dali, fui pra casa de um outro amigo, ao qual relatei o fato. Foi aí que tivemos a idéia de passar o trote. Liguei pra Del e, mudando a voz, disse pra ele que quem estava falando era o capitão Jesus, chefe da Ciretran, e que desejava lhe dar nova oportunidade naquele mesmo dia. Pedi que ele fosse à Ciretran à tarde, e que procurasse “Dona Graça” (primeiro nome que me veio à cabeça), que ela lhe instruiria sobre os procedimentos.
Soltei a “bomba” e fiquei ali, rindo dos resultados, imaginando a confusão que ele ia fazer na Ciretran, usando o nome do Capitão Jesus, e as pessoas sem saber de nada. E se não existisse nenhuma dona Graça por lá?
No final da tarde, estava eu novamente na casa do amigo, de onde havia passado o trote, quando chegou uma prima de Del, dizendo que ele havia conseguido tirar a carteira de motorista. E me contou toda a história que eu havia inventado. Que o capitão tinha ligado pra ele, que mandou ele procurar Dona Graça, e todos aqueles babados.
Eu pensei que ela, e ele, tendo descoberto o trote, estavam querendo virar o jogo e me sacanear. Mas ela falava com tanta convicção, que eu resolvi investigar e liguei pra Del. Ele me repetiu toda a história. Disse que quando chegou à Ciretran acompanhado do pai, procurou Dona Graça. Havia três na Ciretran. Quando ele disse do que se tratava, conduziram-no à Dona Graça que era secretária do Capitão Jesus que, inclusive, havia viajado pela manhã. A Dona Graça estranhou o fato, mas não acreditou que Del estivesse inventando e, pelo sim, pelo não, levou ele até o chefe da Banca Examinadora (o mesmo da manhã), e disse que o Capitão havia autorizado novo exame para o rapaz.
O chefe, diante disso, botou as barbas de molho (sabe-se lá quem é este fedelho?), e tratou de fazer a “média”, pedindo desculpas pelo que aconteceu pela manhã, explicando que não gostava do sujeito que chegou lá com ele, dizendo que iria ajeitar tudo, etc e tal. E assim dizendo, foi tratando de providenciar novo exame pra Del, e até o ajudou em algumas respostas.
Del passou, com louvor, e recebeu a carteira no final da tarde. Antes de deixar a Ciretran, ele e o pai ainda passaram pela sala do Capitão Jesus (que já havia chegado da viagem) e, da porta mesmo, sem entrar, agradeceram. O capitão, sem saber do que se tratava, mas fazendo a política de boas relações, respondeu, delicadamente, que não foi nada demais, que contasse sempre com ele, e todos esses babados.
E foi assim que Del pode dirigir seu carro na Micareta, passeando com suas gatas e cheio de moral com junto à Ciretran.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Coluna

Drogas I
“Quando a gente está no vício não está ligado muito no risco que corre, até mesmo de ser morto”. Júnior Francisco dos Santos, 20 anos, pedreiro, viciado em Crack. Pra que pegar um pobre coitado desses e jogar no presídio, junto com marginais perigosos? Isso irá recuperá-lo? Continuo dizendo: As drogas precisam ser liberadas pelo governo, como o fumo e o álcool o são, regulamentando-se a comercialização e uso. Os viciados precisam ser assistidos pela rede pública de saúde, como um portador de patologia. Por fim, o governo precisa fazer uma ampla pesquisa para saber por que os jovens estão se drogando, e combater o mal na raiz.

Drogas II
Imaginemos um jovem entre 14 e 25 anos. Ele tem escola pública onde passa onze anos, e na maioria das vezes, sai sem ter aprendido nada e sem uma profissão (acabaram os cursos técnicos profissionalizantes). Ele não tem emprego, porque não é qualificado. Mas ele quer se vestir bem, ir a festas, beber com os amigos, namorar, casar, constituir uma família. Mas não tem dinheiro para nada disso. Ele não tem nenhuma perspectiva de uma vida melhor. Esse é o perfil do jovem drogado.

Já ia
Eu nasci Bahia e vou morrer Bahia. Mas não dá pra suportar tanta incompetência da atual diretoria. Os caras não entendem nada de futebol e de administração muito menos. Depois de prometerem apoiar um candidato de consenso para a presidência do clube, tiraram da cartola o filho do incompetente Marcelo Guimarães e vão para o bate chapa com a oposição. De quebra, ainda estão anunciando que, vencendo as eleições, vão contratar Paulo Carneiro para ser o gerente de futebol do clube. Vá ser burro assim na puta que o pariu. Assim não dá!

Quem fala o que quer...
Meu amigo vereador Beto Tourinho entrou numa roubada. Ele foi na onda de Jânio Rego e botou falação na Câmara Municipal, dizendo que a Prefeitura está com uma dívida de R$ 130 milhões e exigiu explicações do governo municipal. O prefeito não se negou a dar as explicações. Disse que a dívida existe sim, está há oito anos sendo administrada e paga parceladamente, e que é oriunda dos governos passados, desde os anos 60 até os anos 90. Ele foi mais além, e disse que vai fazer o levantamento e revelar ao público quem foram os prefeitos que deixaram essa dívida.

Meio Ambiente
Qualquer pessoa antenada na natureza já percebe as mudanças climáticas. E elas são oriundas das agressões que temos feito à natureza ao longo dos anos. Se não tomarmos logo uma providência para conter e reverter o mal causado, vamos acabar como disse Raul Seixas: “Carrascos e vítimas do mecanismo que criamos”. É válido lembrar também das palavras do bispo Dom Luis Cappio: “Deus perdoa sempre; o ser humano, às vezes; a Natureza, nunca”.

Show I
Terça e quarta-feira próximas (09 e 10) o grupo musical “Amigos do Arauá” apresenta no teatro Margarida Ribeiro o show “Tributo a Jacob do Bandolim). Ingresso, R$ 10,00. Imperdível.

Show II
Na sexta-feira (12), na Cidade da Cultura, o compositor, poeta, músico e publicitário, Antônio Miranda (ex-Arte Capital), apresenta, a partir das 20 horas, o show “Catálogo de Canções”. Cescé, Timbaúba e Asa Filho, entre outros, farão participações especiais. Imperdível! (alô prefeito Asa Filho, sei que sou um vereador relapso, mas, essa sessão não vou perder).

Kits
O Conselho Nacional de Transito proibiu o uso de Kits de faróis de Xenônio. Já não era sem tempo. Mas, e os kits se som, quando serão proibidos?

Tragédia anunciada
O aumento da entrada e saída de veículos no Hospital Dom Pedro de Alcântara, em conseqüência do aumento do número de serviços prestados naquela unidade de saúde, fez daquele trecho da Rua Edelvira de Oliveira um lugar de alto risco para o trânsito de veículos e pedestres. Avisado, o superintendente municipal de trânsito, Antônio Carlos Machado, foi até o local, observou e não colocou o necessário quebra-molas no local. Preferiu pintar uma simples faixa no chão. A tragédia está anunciada.

Leilão
Em breve estarei colocando em leilão pela Internet alguns discos de vinil, verdadeiras raridades para colecionadores. São discos da década de 70 para trás. Entre as preciosidades estão um compacto simples com Barbra Streisand interpretando “Mother” de John Lennon, e um outro com Riccardo Cocciante, interpretando “Bella Senz’ anima”. Tem ainda um álbum duplo de Emerson, Lake e Palmer, uma coletânea de John Lennon, outro de Paul Mac Cartey com o Wings, e outro com Michael Jackson, quando era um garoto negro, cantando “Happy”, “Ben” e “One Day in Your Life”, entre outros sucessos. Logo estarei divulgando a relação completa dos discos que irão a leilão.

Lennon
Segunda-feira próxima (08) John Lennon completará 28 anos de morto. Convidado por Dilton Coutinho, nesta sexta-feira, das 08:30 às 09 horas estarei apresentando um trabalho sobre a obra e o pensamento do ex-Beatle.

Cobras & lagartos I
Com a fome grassando por aí eu não me surpreenderia se alguém roubasse uma Jibóia do serpentário da UEFS. Afinal, moqueca de Jibóia é uma delícia. Mas, roubaram uma cobra Coral. Eu li uma dessas estatísticas que pululam na Internet, que de cada 1.000 (eu disse, mil) pessoas picadas por cobra Coral, apenas uma escapa com vida. Então, pra que diabos roubar um bicho desses? Quando eu digo que o mundo tá doido, ninguém me dá ouvidos.

Cobras & lagartos II
Eu tive um vizinho que era professor da UEFS e criava cobras dentro de casa. Por diversas vezes o vi rondando os terrenos ao redor para capturar ratos e lagartixas para alimentar seus bichinhos de estimação. É bem verdade que ele adorava cobras de todos os tipos e tamanhos (eu disse, todos). Eu não sei se ele já se aposentou, mas seria um suspeito em potencial. Quem sabe ele não queria a pele da bicha pra fazer uma camisinha. Só assim ele poderia ver uma camisinha colorida.

Philosopher
“Mulheres são como moedas: ou são caras ou são coroas”. (anônimo)

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Por hoje é só, que agora eu vou ali saber se alguém já viu rastro de cobra e couro de lobisomem.

“Enquanto tiver dentro de si um pouco de ternura, enquanto carregar consigo o espírito da criança eterna que traz bem cultivado, enquanto for possível conservar no coração o mínimo amor, o bicho-homem far-se-á alegre e feliz e buscará tornar alguém alegre e feliz no dia do nascimento do Menino. Porque Belém não é só um símbolo; é muito mais um estado de espírito. Nada poderá mudar, fazer surdos os nossos ouvidos, às coisas que Aquele pobre e desprezado Galileu – que veio a ser tão amado – nos ensinou”. (Carlos A Kruschewsky in “Memórias de Saulo Daqui”)

Crônica


Os motoristas

Ser motorista já foi uma boa profissão. E ainda seria, não fossem o péssimo estado de conservação das estradas e os constantes assaltos seguidos de assassinato dos motoristas. É uma vida dura e solitária, é verdade, mas também é aventureira, romântica. Os motoristas de caminhão, em particular, são sujeitos curiosíssimos. Eles cortam o país de cima abaixo e de baixo pra cima, diariamente, comendo poeira, arriscando a vida dormindo mal, e nem sempre são bem remunerados. Mas sua solidariedade e bom humor são lendários.
Eles são narcisistas, vaidosos, consideram-se excelentes amantes, falam com sotaques diferentes, mas não negam ajuda um ao outro. Mas se tem uma coisa que um caminhoneiro preza, é o seu veículo. Um bom motorista de caminhão é como um bom vaqueiro, que cuida melhor do seu cavalo do que de si mesmo. Um caminhoneiro sabe que sua vida depende do bom estado de conservação do seu carro, e por isso tem para com ele mil cuidados.
Eu conheci um motorista que tinha uma caminhonete F 4000, com a qual ele fazia fretes entre Feira de Santana e Santo Estevão. Carregava de tudo. Leite, feijão, farinha, milho, porco, galinha, carneiro, etc. Ele levava também alguns passageiros. Mas deste dinheiro dos passageiros ele não gastava um centavo. Depositava tudo numa conta bancaria que só era movimentada para manutenção do caminhão. “Tá uma belezura, minha azulzinha”, gabava-se ele.
Já um outro conhecido nosso, tinha uma Kombi tão velha e descuidada, que quando o pessoal avistava ele vindo pela estrada, se escondia no mato, pois sabia que, se embarcasse, a qualquer momento teria que descer para empurrar a Kombi. Mas deixemos de lado os maus motoristas, e cuidemos dos bons.
Havia um cidadão que possuía uma F 4000 que ele utilizava para levar mercadorias para as feiras-livres nas cidades da sua região. Ele tinha o maior cuidado com o veículo que só ele mesmo guiava. Nem aos seus filhos ele confiava sua caminhonete. Ele também tinha um ajudante que era “tato”. Pra quem não sabe, “tato” é essa espécie de gago que fala “atim”. Deu pra entender? Por exemplo: Chofer, ele chamava de “toté”. Sacaram?
Pois é. Lá um belo dia o dono da caminhonete ficou adoentado e não poderia perder uma feira-livre de uma grande cidade das redondezas. Mandou o ajudante carregar a mercadoria e chamou seu filho mais velho, fazendo mil recomendações, para que ele fosse dirigindo o veículo. Saíram, o rapaz e o ajudante, com o dia ainda clareando. Cheio de cuidados, lembrando as recomendações do pai, o rapaz dirigia numa velocidade segura.
O ajudante, porém, sentindo que poderiam chegar tarde, começou a pressionar: “Toté, ramo andá, qui nóis tá atadado”. O rapaz começou a apertar o pé no acelerador, e ajudante foi se animando: “É isso aí toté! Bota pá lá toté! Isso é qui é toté”. Incentivado pelo ajudante, o rapaz apertou o pé ainda mais. Porém, numa curva mais difícil ele perdeu as contas e saiu da estrada, indo parar dentro de um brejo, atolando o veículo.
Quando o carro parou, o rapaz ainda pálido, assustado com a besteira que tinha feito, olhou pro lado e ouviu o ajudante protestar com sarcasmo:
“Tu é lá toté, fi da pé!”

Artigo


Cutucando o cão com vara curta

Useiro e vezeiro em jogar barro na parede para ver se cola, o jornalista Jânio Rego publicou em seu “Blog da Feira” que a dívida da Prefeitura Municipal havia aumentado de R$ 40 para R$ 130 milhões. Foi o suficiente para a oposição se alvoroçar e levar, como sempre sem verificar a veracidade da informação, o assunto para a Câmara Municipal e, consequentemente, para a Imprensa.
O vereador Roberto Tourinho (PSB) foi quem levantou a lebre e pediu explicações ao governo municipal sobre a origem do débito. No bate boca que se seguiu o líder da bancada governista na Câmara, vereador Ribeiro (DEM) disse que “Problema existe quando esse débito não é honrado. Aqui em Feira, ninguém vai apresentar uma parcela sequer de dívida da Prefeitura que esteja em atraso”. Para ele, a dívida constituída pelo governo municipal seria preocupante se “estivesse fora de controle”, o que “em Feira de Santana, não existe”.
Divulgar informações sem verificar a sua origem tem sido prática comum de alguns políticos oposicionistas, em todas as esferas do Legislativo brasileiro. Em Feira de Santana não é diferente. O ex-vereador Messias Gonzaga, por exemplo, passou cerca de 20 anos na Câmara Municipal fazendo denuncias sem provas, causando polêmica, jogando para a torcida, mas sem resultados práticos para a comunidade.
Dentro da Imprensa, também, existem profissionais que, na ânsia de dar a notícia em primeira mão (furo), divulga informações sem verificar a veracidade. É notório na cidade, um radialista conhecido entre os seus pares como “morde língua”, por conta de tanta denuncia vazia que publicou. Editores com ânsia de publicar manchetes sensacionalistas para vender jornal, chegam ao cúmulo de inverter a realidade dos fatos, confundindo os seus leitores.
Eu tenho repetido reiteradas vezes que informação é uma coisa muito perigosa e que o profissional de Imprensa tem que avaliar muito bem a informação recebida porque, em alguns casos, mesmo sendo verdadeira ela poderá trazer mais malefícios que benefícios para a comunidade. Antigos mestres diziam que uma informação, antes de ser divulgada, deve passar pelas peneiras da “Verdade”, “Bondade” e “Necessidade”. Verdade, por ser verdadeira, Bondade, para saber que benefícios ela pode trazer, e Necessidade, porque, em algo casos a comunidade pode muito bem passar sem ela, não fará diferença alguma.
Somente pessoas comprometidas com os interesses da comunidade em que vivem, comportam-se assim. As demais são pessoas irresponsáveis e inconseqüentes, que se utilizam das informações recebidas para causar discórdias e conquistar benefícios pessoais a qualquer preço, mesmo que isso signifique maledicência, agressões, tumulto, confusão. Felizmente
, em Feira de Santana, a maioria age com responsabilidade. Melhor para todos nós.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Coluna















A Zona
Parece que desta vez a tal da Zona Azul vai ser implantada de forma correta. Ou seja, com prazo determinado para permanência do veículo estacionado, o que permite a rotatividade. Vai acabar aquele negócio de estacionar pela manhã e sair somente à noite. De quebra, ordenará a carga e descarga de mercadorias no centro da cidade. Só espero que o valor cobrado esteja dentro da realidade do bolso dos motoristas e que a gente saiba para onde estará indo o dinheiro arrecadado. Se não for assim, a Zona vai ser uma “Zona”.

(in)utilidade pública
Eu gostaria de saber a quem compete fiscalizar a correta aplicação das verbas de subvenção social que são encaminhadas para organizações consideradas como de “Utilidade Pública”, pela Câmara Municipal. O que não falta e “picareta” montando ONGs e entidades ditas “filantrópicas” para receber verbas públicas sem ter que prestar contas. Aqui em Feira, um vereador já tentou dar o título de “Utilidade Pública” para um bloco de Micareta. Fico sabendo agora que a Câmara aprovou mais uma leva de títulos de “Utilidade Pública” para diversas entidades. Acho que tá na hora de alguém (alô, Ministério Público) começar a cobrar a prestação de contas destas verbas.

John Lennon
Na próxima sexta-feira (5) estarei na Rádio Sociedade de Feira de Santana, no programa “Acorda Cidade”, de Dilton Coutinho, onde apresentarei um pouco da obra musical e do pensamento de John Lennon, que na segunda-feira (08/12) completara 28 anos de falecido. Lennon foi assassinado a tiros por Mark David Chapman, na porta do edifício Dakota, em Nova Iorque, onde o ex-Beattle residia com a artista plástica, Yoko Ono.

Transposição
O bispo da cidade da Barra, Dom Luiz Cappio, fará uma palestra sobre “Transposição do rio São Francisco”, na próxima quarta-feira (3), às 09 horas, no auditório da Secretaria de Saúde, na Avenida João Durval. O evento marcará a entrega dos prêmios Guardiões do Meio Ambiente, promovido pelo governo municipal, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais. Essa transposição poderá ocasionar um dos maiores desastres ecológicos do planeta. Anotem aí.





“Picaretas”
Assim podem ser chamados os prefeitos e secretários de saúde de diversos municípios baianos, principalmente da região de Feira de Santana, que insistem em desviar a verba que recebem para aplicar em saúde, e mandam seus pacientes para cá. Eu soube a Prefeitura de Itaberaba, que é credenciada para gestão plenas dos recursos que recebe do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde, mandou para cá uma paciente para fazer uma simples curetagem. É caso de polícia. Esses caras eram para estar presos, mas não são sequer cassados.

Birra política
Está completando um ano que a Santa Casa de Misericórdia e o Instituto Cardiologia do Nordeste da Bahia (INCB) remeteram para a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) toda a documentação exigida para pleitear o Credenciamento da Cardiologia do Hospital Dom Pedro de Alcântara junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). A Sesab (leia-se Dr.Jorge Solla), entretanto, nunca remeteu a documentação ao Ministério da Saúde. Todos os procedimentos cardíacos feito pelo SUS no HDPA tem sido bancados pelo governo municipal, que disponibilizou uma verba de R$ 75 mil para a realização de cateterismos, angioplastias e cirurgias cardíacas em paciente referenciados pela Secretaria Municipal de Saúde. Tudo isso porque o Dr. Jorge Solla não gosta do prefeito José Ronaldo de quem se considera adversário político. Enquanto isso, pessoas estão morrendo. Será o Dr. Solla dorme bem?

Parceria
A partir desta segunda-feira (01) o Hospital Dom Pedro de Alcântara estará recebendo médicos, medicamentos e material cirúrgico do Hospital Clériston Andrade para realizar partos em pacientes que serão referenciados pelo Clériston para o Dom Pedro. O motivo é a reforma que está sendo realizada no setor de Obstetrícia do Clériston, que deverá durar cerca de seis meses. O diretoria do HDPA, entretanto, salienta que não está substituindo o Clériston, até porque não tem tal capacidade de atendimento. “Nós somos apenas mais uma unidade a dar apoio ao Clériston, somando com outras unidades de saúde da cidade que também entraram neste processo”, diz a diretora Sandra Peggy. Por sua vez, o provedor da Santa Casa, Dr. Outran Borges, faz um apelo aos prefeitos da região, para que evitem enviar para Feira de Santana pacientes cujo atendimento pode ser feito em seu próprio município, a fim de não sobrecarregar as emergências dos hospitais e clínicas de Feira de Santana.

AIDS
Segunda-feira (01) é o Dia Mundial da Luta Contra a AIDS. O arcebispo metropolitano, Dom Itamar Vian, eu seu artigo semanal, publicado em diversos jornais e blogs da cidade, questiona sobre “como parar a AIDS”. Como parar não sei, mas, sei como poderia diminuir a incidência da doença. Basta a igreja Católica para de combater e passar a estimular o uso da camisinha. Século XXI, Dom Itamar, século XXI.

Feiroeste
O sujeito era caçado por todas as polícias do Norte e Nordeste. Tido como um indivíduo violento e perigoso. Morreu em troca de tiros com a polícia de Feira de Santana. Parabéns aos policiais pela bravura e habilidade. Esse não sabia que aqui é Feiroste. Bandido aqui, morre.

Praga
Quando não estão se matando entre si, os bandidos de Feira de Santana morrem em troca de tiros com a Polícia. A média é de um por dia. E nem assim acaba. Parece praga.

Como não amar esta cidade?






















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Por hoje é só, que agora eu vou ali no apreciar o por do sol do coreto da Catedral de Santana. De hoje a 15 dias tem lua cheia de verão.

“Enquanto tiver dentro de si um pouco de ternura, enquanto carregar consigo o espírito da criança eterna que traz bem cultivado, enquanto for possível conservar no coração o mínimo amor, o bicho-homem far-se-á alegre e feliz e buscará tornar alguém alegre e feliz no dia do nascimento do Menino. Porque Belém não é só um símbolo; é muito mais um estado de espírito. Nada poderá mudar, fazer surdos os nossos ouvidos, às coisas que Aquele pobre e desprezado Galileu – que veio a ser tão amado – nos ensinou”. (Carlos A Kruschewsky in “Memórias de Saulo Daqui”)

Artigo


É, ou deveria ser, proibido proibir!

Os sucessivos governos brasileiros sempre foram pródigos em proibições e imposições. Antes mesmo da ditadura militar, lá pelos anos 50, Jânio Quadros proibiu “Briga de Galos”. Também são proibidos jogo do bicho, consumo de drogas, uso de armas de fogo, máquinas Caça-Níqueis, jogo de cartas, roletas, e sabe Deus mais lá o que.
O governo proíbe o jogo, mas estimula aquele que ele mesmo banca. Tira as armas dos cidadãos, mas deixa os bandidos armados. Proíbe e combate (?) briga de galos, consumo de drogas, eutanásia, e impõe o uso do cinto de segurança. Neste último caso, a alegação é o alto custo do socorro aos acidentados do trânsito. Isso eu até entenderia, se tivéssemos boas estradas e o governo praticasse, realmente, a medicina preventiva.
A Bíblia traz, já no seu primeiro livro, a história da maçã. Uma parábola para mostrar que tudo que é proibido é desejado, e gera desgraças. No caso específico da proibição do consumo de drogas, o resultado é a corrupção de policiais, delegados e juízes, por parte de traficantes milionários. Se o governo, como fez com os jogos de azar, regulamentasse a produção e o consumo, acabaria o problema.
O uso do cinto de segurança eu entendo que deveria ser estimulado nas estradas e livre nas cidades. Afinal, a vida é minha e eu faço dela o que quiser. Como no caso da Eutanásia. Se eu decido morrer, quem haverá de me impedir. Tenham certeza. Se eu contrair uma doença fatal, não vou dilapidar o patrimônio da minha família tentando uma cura improvável, nem vou ocupar meus amigos com choradeiras. Vou morrer com dignidade e feliz. Não pedi pra vir, também não vou reclamar na hora de voltar.
Mas eu estou falando disso tudo, por conta da recente prisão, por parte da Polícia Federal, de membros de duas “quadrilhas” que agenciavam prostitutas brasileiras para trabalhar na Espanha e na Itália. Se as meninas fossem menores de idade, eu seria contra. Mas, pelo que sei, são maiores, profissionais conscientes, que até já contam hoje com um sindicato só delas e até uma boutique, a Daspu. Qual é o problema? A prostituição, todos sabem, exceto talvez os hipócritas e os falsos moralistas, é reconhecida como “a mais antiga profissão do mundo”.
Que me perdoem as donas de casa, as mães de família, mas, não podemos esconder que existem mulheres que escolheram outro tipo de vida para elas, que não tomar conta de casa, marido e filhos, e estão muito felizes assim. Muitas estão milionárias.
Volto a repetir: A vida é minha, e dela faço o que quiser. Deus me deu a vida, e me deu o direito de escolha. Se escolher bem ou mal, é problema meu. Depois terei que prestar contas a Ele. Quanto ao governo, pelo que sei, é composto por pessoas para as quais eu pago para executar ações e serviços que eu não tenho tempo para executar. O resto é conversa fiada.

Crônica


O Circo

Eu creio que não exista alguém da minha geração que nunca tenha ido a um circo. Era a alegria da meninada. Sair atrás do palhaço da perna-de-pau, respondendo ao refrão: Hoje tem marmelada? Tem sim senhor! Hoje tem goiabada? Tem sim senhor! Arrocha negrada! Ô raia o sol suspende a lua, olha o palhaço no meio da rua... Sim senhor! Infância, alegria plena e inocente. Às vezes, nem tão inocente assim, mas, desprovida de maldade.
O circo, seus animais, artistas, bandas de música. A mulher barbada, a outra que vira bicho, o ousado trapezista, o valente domador, o misterioso mágico e as lindas mulheres rumbeiras, estarão sempre nos sonhos e lembranças das crianças da minha geração.
Depois o circo ficou... diferente. Perdeu o glamour e a magia que encantava a crianças e adultos, e passou a ter outros objetivos. Em Salvador tinha o Circo Voador, onde havia peças de teatro e shows de MPB. O jornalista e produtor artístico, Paulo Norberto, montou um circo em Cabuçu para realizar shows musicais para os veranistas feirenses. O circo de verdade, na sua versão original, perdeu espaço e hoje, muito raramente, algumas imagens suas ainda aparecem nas frias telas dos receptores de TV.
Alguns poucos remanescentes permaneceram numa inútil luta pela sobrevivência, com suas lonas rasgadas simbolizando a sua irreversível decadência. Lembro-me que morava em Itaberaba quando por lá apareceu um circo próximo onde eu morava e, como a cidade não oferecia muitas opções de lazer, inventei de inventar de ir ao circo. Levei todo mundo, inclusive um casal amigo que estava nos visitando. Não foi, realmente, uma boa idéia. Até hoje Madalena de Jesus, quando quer me sacanear, pergunta: De quem foi mesmo a idéia de ir ao circo?
Mas mesmo os circos mambembes, os chamados “tomara que chova”, em priscas eras, tiveram seus momentos de glória. Foi em um destes circos pequenos que assisti ao show de um palhaço que até hoje, quando me lembro, começo a rir. Falava ele sobre a diferença entre o rico e o pobre. O tema é recorrente, mas continua atual. Segundo o palhaço, quando o filho do rico começa a chorar, a madame diz à babá: “Clemilda. Veja por que o neném está chorando. Dê uma chupetinha pra ele.” Já a mulher do pobre, quando o filho chora, a reação é mais ou menos assim: “Cala boca, diabo, tu nasceu pra me atentar...”.
Se o marido está no trabalho, a mulher do rico lhe telefona: “Meu bem. O que você quer comer hoje? Posso fazer uma lasanha, um filé com trufas, ou lagosta com molho de camarão?” Já a mulher do pobre, quando dá meio-dia o marido ainda está trabalhando no roçado, quando ela chega até a porta da tapera e grita: “João! Anda logo hôme! Sinão os minino come tudo!”
Mas quem me fez rir mesmo foi Canelinha, um palhaço que se apresentou num circo lá no sertão, na cidade de Novo Amparo, hoje chamada Heliópolis. Naquele tempo, o circo ainda era uma grande atração, e naquele fim de mundo, a chegada de um circo, ainda que mambembe, era motivo de alvoroço em toda a cidade.
Lá morava dona Maria, senhora recatada que criava uma jovem adolescente, a qual mantinha guardada a sete chaves, livre do alcance dos moleques mal intencionados. Acontece que dona Maria era tarada por um circo, e logo se animou a comparecer ao espetáculo daquela noite. O circo era tão mambembe, que os espectadores que quisessem assistir à função, sentados, teriam que levar seus respectivos assentos.
À noite, dona Maria chegou cedo com a filha, levando seus banquinhos e se assentaram no melhor lugar, bem perto do picadeiro. Numa bodega próxima, Antônio Soldado enchia a cara de pinga, esperando o espetáculo começar pra ele se achegar.
Começa a função. Bailarinas, trapezistas, mágicos e, é claro, palhaços. Dona Maria e sua formosa filha à tudo assistiam, extasiadas, batendo palmas e pedindo mais. Canelinha começou seu show fazendo perguntas do tipo: Por que o cachorro entrou na igreja? Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Quem é o pai do filho de Zebedeu?
Tava tudo muito bem, até que ele apelou, perguntando: “Onde é que a mulher tem o cabelo mais duro”. Dona Maria fechou a cara, levantou-se, pegou o banquinho a filha e foi saindo, dizendo revoltada: “Vambora, minha fia. Qui esse negocio não vai prestar”.
Quando ela ia saindo, deu de frente com Antônio Soldado que ia entrando, ainda com uma garrafa na mão, que lhe perguntou: “Oxênte dona Maria. Já vai embora? O espetáculo já terminou?
– Terminou não Antonhe. É que o palhaço tá começando a dizer imoralidade. Nem respeitou minha fia dimenó. Imagine que ele tá perguntano onde é que a muié tem o cabelo mais duro.
Antônio Soldado não se fez de rogado, para defender a moral e os bons costumes da família amparense. Pegou dona Maria pelo braço e disse.
– Oxente, dona Maria. Se avexe não. Vamo vortá lá pra dentro. E se ele disser que é na buceta, eu encho ele de bala...

Texto de um colaborador

O que é isso, companheiro. Triste Bahia...

Johnny Souza

Quando me disseram que você seria o candidato a governador eu disse que a Bahia teria, caso você ganhasse, a oportunidade de ser governada por um cara sério. Uma pessoa que tinha princípios. Um homem que tinha um passado de lutas e tal. Um idealista. E sem aquele papo de petista xiita. Se bem que deixei de ser petista quando Lula fez aquela sacanagem comigo. Comigo e com a nação toda.
Você ganhou e eu fiquei esperando. Seis meses de governo e nada. Tudo bem. Seis meses é pouco tempo. Ainda mais para assumir um governo que vinha de uma dinastia. Um nó da zorra pra desatar. Era uma herança pesada retada. E foi aí que seu governo começou a desandar. Sua turma passou a justificar qualquer coisa com esse papo de "herança maldita". Se a Bahia não andava era a tal da herança maldita a culpada. Pongaram nessa justificativa e não queriam largar mais.
Só que o tempo foi passando e eu ainda não via nada mudar. Só a panelinha virando de lado. Ou vai dizer que colocar Beth Wagner no CRA e Leonelli no Turismo foi considerando a experiência dos dois? E Maria Del Carmem na CONDER? Essa daí vamos deixar mais pra frente.
Tudo bem que você já chegou recebendo nos peitos a tragédia da Fonte Nova. Só que ao contrário do que imaginei, ao invés de você mostrar que seria o governador que a Bahia esperava e que iria descascar esse pepino enorme com maestria, de cara, sem estudo nenhum, você anunciou logo que Fonte Nova seria demolida. E o pior que isso foi numa tentativa de abafar o caso. E o pior é que deu certo, porque todos esqueceram das vítimas e dos mortos e passaram a discutir se era melhor demolir e fazer tudo novo ou reformar o que já estava aí, o impacto da demolição, os custos de um estádio novo, a história da Fonte e ao sei mais o que. Até o impacto da implosão nos prédios vizinhos foi discutido.
Pô, velho. Quem fazia isso eram os carlistas que você tanto combateu. Essa tática eu nunca imaginaria que você usaria. Mas usou. Usou sim. E o que aconteceu de lá pra cá? A Fonte Nova continua lá. Caso o estádio seja realmente sede dessa copa furada de 2014, o que eu não acredito, o cronograma já está muito atrasado. Só agora é que o projeto foi escolhido e sem previsão de início. O que é que foi feito? Cercaram a Fonte Nova com dezenas de metros de grade e mesmo assim os mendigos, viciados, marginais e traficantes estão fazendo a festa por lá. Um fedor de mijo, merda e maconha da porra.
E as famílias dos mortos? Agora é que a segunda família das cinco está recebendo a indenização devida. Depois de mais de um ano. O que é isso Wagner?
Aliás, o desabamento da Fonte Nova fez aparecer uma das maiores trapalhadas e quero acreditar que foi apenas incompetência, que já se viu nesta cidade. A reforma do estádio de Pituaçú. A justificativa era a de dar uma casa ao meu Bahia. Fiquei numa felicidade retada quando vi várias faixas das torcidas espalhadas pela cidade agradecendo ao governador pela nova casa do tricolor. Começaram as obras com pressa e dispensa de licitação, porque era urgente e deram logo o mês de julho como data para inauguração. Julho veio e nada. Depois agosto, setembro e nada. Aí veio outubro e essa sacanagem de "marca e desmarca" continuava. Até jogo com o Corinthians foi programado.
Que porra é essa Jacques? Chegou uma hora que eu pensei que vocês estavam de sacanagem com a gente. O pior é ver Maria Del Carmem fazendo tanta lambança e você mantendo a mulher no cargo só por causa do meu brother Pellegrino? Como é que a presidente da CONDER manda reformar um estádio e esquece do placar, maluco? Do sistema de combate a incêndio? Como é que iniciam uma obra daquela sem pedir autorização do IBAMA? Sem sistema de informática. Iriam transmitir o jogo como? Por sinal de fumaça?
Essa reforma parecendo até com aquelas batidas de laje que a galera faz a culhão lá em Plataforma...
E o pior é que a reforma que era com toda a pressa está mais lenta do que fosse feita no período normal com licitação e tudo. E o valor da zorra só aumenta. É aditivo disso, aditivo daquilo e a zorra não acaba.
E nem me venha com esse papo de que foram as chuvas. Desde o início do ano que eu levo meu pai pra fazer fisioterapia que fica do lado do estádio, na Universidade Católica dois dias na semana e venho acompanhando cronologicamente a obra toda e vi que a chuva do período não atrapalhou nada. E que coisa foi aquela da greve de operários? Que falta de pulso da CONDER. Aliás, já roubaram fiação do estádio novo. E o gramado novo já está cheio de formiga. Pode uma coisa dessas?
Falando nisso, porque é que depois de mais de um ano de Fonte Nova fechada, o gramado continua sendo regado? Tá sobrando água ou fizeram um gato puxando água do Dique? Vão vender o gramado, colocar em outro estádio? Vão usar onde esse gramado? Na verdade, porque não utilizaram este gramado em Pituaçú, hem? Já que o gramado da Fonte sempre foi referência nacional? Precisava gastar aquela grana toda pra comprar gramado se já tínhamos um sem uso? É só cagada atrás de cagada.
Outra coisa. A Polícia Militar comprou uma cacetada de viaturas novas, juntou com as carniças que já estavam na frota e pintou a porra toda de azul por ordem do Ministério da Justiça, fizeram até aquele desfile que acabou em engavetamento na Pituba. Vamos pra frente. Só que aí o pessoal da RONDESP impombou a idéia de andar de carro azul, exigindo que fosse mantida a pintura marrom, já que eles não queriam ficar parecidos com a VITALMED e porque a pintura marrom passa uma imagem de cavalos de cão e tal. Isso quem me disse foi um puliça.
Aí algum maluco do seu governo resolve que as viaturas da RONDESP poderiam ser predominantemente marrons mas teriam de ter azul em alguma parte do veículo. Para resolver a lambança, fizeram uma cagada do retada. Agora as viaturas são todas marrons, mas com o capô, o teto ou os pára-lamas azuis. Ficou feio pra burro. Sabe pobre quando bate o carro, troca a peça na sucata porque é mais barato e não tem dinheiro pra mandar pintar? Tá igualzinho. Parece que as viaturas novas já estão todas remendadas.
Agora meu amigo, essa da nomeação de Roberto Muniz de Lauro de Freitas para ser seu secretário, só pra ter o apoio do PP foi demais. Colé velho? Essa foi de lascar. Não foi esse mesmo, agora secretário, que triturou sua amiga e prefeita petista Moema Gramacho na recente campanha eleitoral? Não foi ele quem disse segundo li nos jornais que o PT causava assassinatos? O cara só faltou xingar a mãe de Moema e a sua (se é que não xingou) e você ainda nomeia ele pra um cargo tão importante? Me desculpe a sinceridade, mas se eu fosse do seu partido, mandaria você ir a PQP, cairia fora e nunca mais trocaria uma palavra contigo. O mais constrangedor é que Moema vai ter que pedir audiência para falar com Roberto Muniz?
Não faltasse isso tudo, agora seu secretário de turismo Leonelli me vem com esse papo furado de construção de um autódromo em Baixios? Quem é que vai sair de Salvador ou Lauro de Freitas ou Camaçari pra assistir uma corrida lá na da Linha Verde? Caso você não saiba, são 120 km de distância, maluco. E tudo isso pra ficar pronto depois de 2017? Vocês estão de sacanagem com a cara da gente, né velho? Porra Wagner. Eu até tento te defender, mas com tanta cagada fica difícil. Não é à toa que fazem a gozação dizendo que seu governo é de "Todos os nós".
Se liga brother!

N E – O texto me foi enviado por E-mail, e não tenho comprovação da autoria. Contudo, considerei que todas as observações e questionamentos contidos no texto, são pertinentes e não ofensivas a ninguém.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Painel
Disseram-me que o painel eletrônico da
Câmara Municipal é um equipamento alugado. Não entendi, mas, se for verdade, menos mal, porque no próximo ano ele terá que ser trocado. Isso porque só há espaço para os nomes dos 19 vereadores, e na próxima Legislatura serão 21.

Forró com Cescé
Nesta sexta-feira, a partir das 19 horas tem forró no Cuca, com Cescé e a Banda Pé de Lajedo. Tem ainda participação de Timbaúba, Jurandi da Feira e outros artistas. Imperdível!


Lobby
O lobby por cargos no futuro governo de Tarcízio Pimenta está mesmo que fogo de monturo. Ninguém vê, mas tá queimando. Na parte que me toca, eu bem que gostaria que fosse feita justiça na escolha do secretário de Comunicação. Justiça, para mim, seria o reconhecimento por parte do deputado Tarcízio Pimenta do trabalho daquele que sempre esteve ao seu lado, comendo poeira e sal. É que eu soube que tem gente, que vivia xingando o deputado, e hoje não desgruda, movendo céus e terras para ser indicado. Se algum desses for indicado, a terra vai tremer. Vocês, colegas, que trabalham para e com a Secom, cuidem-se. Não fiquem alheios ao processo. Depois não digam que não avisei.

Representatividade
Rapaz! Onde é que eu fui amarrar meu jegue? Feira de Santana nunca esteve tão fraca em representatividade política. A cidade, que já teve cinco deputados federais, hoje tem apenas os deputados Colbert Martins do PMDB e Fernando de Fabinho do DEM. (Sérgio foi eleito por Salvador, e está aqui há pouco mais de um ano). Na Assembléia Legislativa temos apenas o deputado José Neto (PT), e o deputado Fernando Torres (PT do B), Tarcízio Pimenta (DEM) agora governará Feira. No próximo ano teremos a deputada Eliana Boaventura (PP), mas, pelo andar da carruagem, eu já não sei se ela fica em Feira, já que a cidade não tem sido muito generosa com ela em termos de votos. No senado, apenas João Durval Carneiro.

Amadurecimento
O povo feirense tem dado sinais de amadurecimento político. Temos visto notórios farsantes sendo derrotados nas urnas, em que pese o derrame de dinheiro que promovem para obter votos. Contudo, boa parte dos eleitores ainda peca por votar em pára-quedistas, que são aqueles candidatos oriundos de outros municípios, que só aparecem aqui em época de eleições. Eles levam os votos que poderiam eleger nossos representantes mais legítimos, e depois somem, pois não têm nenhum compromisso com a cidade nem com o nosso povo. Nós, formadores de opinião, temos o dever de estar sempre alertando a população, mostrando que essa prática tem diminuído a nossa representatividade política no Legislativo e, por isso, perdemos importantes obras, verbas e ações para outros estados e municípios. Sugiro até um slogan: “Vote por Feira! Vote em quem vive em Feira”.

Troféu Tracajá 2008
Será no dia 13 dezembro, a partir das 11 horas, no Restaurante Kimistura, na Avenida Getúlio Vargas, que os feirenses ilustres, nativos ou não, mas que trabalham, realmente, por esta terra, serão homenageados com o Troféu Tracajá (o Oscar do Sertão). A festa acontece em ritmo de descontração e clima de cordialidade e alegria. Porque as Organizações Tracajá tem como meta o sorriso acima de tudo. Pode até perder o troféu, a piada, nunca.


Tirano de aldeia
O Dr. Jorge Solla é mesmo um tiranozinho de aldeia. Ele acaba de desabilitar o município de Itabuna da Gestão Plena da Saúde, sem que nada ficasse comprovado de que houve as irregularidades que ele alega na aplicação das verbas destinadas àquele município. Ele carreia tudo para os municípios governados por seus aliados, e deixa os demais ao léu. Mas ainda, assim, em seu próprio município, Vitória da Conquista, a Saúde em nada é diferente do resto do Brasil. Eu estive lá e vi com meus próprios olhos. Aqui em Feira de Santana, apesar da Santa Casa de Misericórdia e o Instituto de Cardiologia do Nordeste ter enviado todos os documentos exigidos pelo Ministério da Saúde, o Instituto ainda não foi credenciado a fazer procedimentos cardíacos pelo Sistema Único de Saúde. A prefeitura continua bancando tudo.

Deu no Cláudio Humberto
Questionado por Nelson Jobim sobre como sabia o momento certo para colocar em votação e aprovar matérias polêmicas, Ulisses Guimarães teria respondido: “eu aguardo fim das sessões. É a hora em que os velhos têm fome e os jovens querem namorar”.

Provérbios e ditos
O arcebispo metropolitano, D. Itamar Vian, publicou na semana passada um texto sob o título “Isso Também Passará”. É muita sabedoria contida numa única frase. Se prestarmos atenção, todos os momentos e situações vividas passam. As alegrias, as tristezas, as vitórias as derrotas, as sortes, os infortúnios, tudo passa. Não por acaso o ex-ministro da Educação, o feirense Eduardo Portela, disse a um repórter: “Eu não sou ministro, eu estou ministro”. Na sua sabedoria, Portela sabia que o cargo passaria, mas que ele sempre seria professor. Há outros provérbios e ditos populares que nos remetem a essa reflexão, como “Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe”. Aproveitemos, pois, o dia, o momento, pois eles passam, e tudo que restará é o que somos, e não o que temos.

Ciclos
Eu já manifestei aqui a saudade que eu tenho dos decotes ousados e saias um pouco acima dos joelhos. É que, com estas roupas sumárias que se usa hoje em dia, os mistérios do corpo feminino perderam a graça. Mas, leio nos jornais que, neste verão, os biquínis mais comportados estarão de volta. “São mais confortáveis”, comentou uma usuária da peça. Como diz o meu amigo Dr. Outran Borges, “tudo é cíclico”. Ele defende a tese de que a música popular brasileiro atingiu um nível tão baixo de qualidade, que a tendência agora é subir o nível. Eu acredito. Pode até demorar cem anos, mas, pior do que está não fica.

Bikini
Sempre Livre também é cultura. O nome desta peça feminina para praia, dividida em calcinha sutiã, lançada nos anos 50, foi uma alusão ao atol das ilhas Bikini, onde foram realizados os primeiros testes com bombas nucleares. Ou seja, o traje era considerado “explosivo”.

Educação
Nos testes realizados pelo Enem, os estudantes brasileiros ficaram com média abaixo de 50%. Em resposta, o Congresso Nacional aprovou mais cotas para estudantes de escolas públicas e as etnias. Estamos brincando de fazer Educação.

Educação I
O estudante Vinícius Lima, de um colégio particular de Feira de Santana, ficou em segundo lugar no Brasil, nos testes do Enem. O primeiro lugar coube a um estudante de um colégio público do Sul do País. Somos ou não divididos em dois Brasis?

Philosopher
“Jesus é o caminho. Edir Macedo, o pedágio” (anônimo)

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Por hoje é só, que agora eu vou ali no forró de Cescé.


“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida... mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure sempre...” Vinícius de Moraes.

Crônica da Semana


Os paqueras

Coisa boa é namorar, já dizia o poeta. Mas, esse negócio de paquerar tem lá os seus momentos de risco, principalmente, quando o alvo da paquera já tem compromisso, ou quando o pai é uma fera. Eu mesmo já tive que sair de fininho pra não topar com o pai da moça. Não sou saudosista, mas o jogo da sedução já foi mais interessante. Eu sinto saudade, sim, do tempo em que apenas vislumbrar um decote mais ousado ou uma saia um pouco acima do joelho, já era uma coisa maravilhosa. Com as meninas vestindo blusas e saias ousadíssimas, a coisa ficou meio que sem graça. Talvez seja a falta do mistério. Afinal, mulheres são como circos, por baixo dos panos é que está o espetáculo. E quem de nós já não passou por baixo da lona para não perder o espetáculo? O risco era topar com um mata-cachorro, mas, e daí? Valia a pena.
Voltando ao namoro, antigamente não tinha esse negócio de “ficar”. A gente namorava era no portão mesmo, sem direito de entrar em casa (“entrar” aí, subentende-se. “Casa”, também). E depois do namoro a gente ficava mesmo era não mão, literalmente, na base do cinco contra um. Os mais afortunados tinham amantes, e geralmente eram casadas, o que nunca foi o meu forte. Nada de virgens ou casadas para mim. A única virgem com a qual me envolvi, casei. Todo castigo pra otário é pouco.
Eu tenho um amigo que namorava no portão. Só que o malandro, depois do namoro, dava a volta por trás da casa e ficava no pé da janela do quarto da moça, esperando ela abrir pra ele entrar. Tava tudo muito bom assim. Só que, um belo dia, em vez dela, quem abriu foi o pai, gentilmente, com um revólver na mão, o convidou a entrar. Sem violência, apenas foi negociado o dia, a hora e a igreja para realizar o casamento.
Já o meu amigo Zé Bidé, foi se meter com a filha de um general, em plena ditadura militar. Ela e algumas amigas voltavam de uma festa e o pneu do carro em que se encontravam, furou. Zé Bidé se ofereceu para ajudar, mas dirigiu algumas cantadas pra moça. No dia seguinte, já no trabalho, entrou o general na loja perguntando: “Quem é um tal de Zé Bidé aqui”? Apresentado, o general disse: “Então, é o senhor o engraçadinho que mexeu com minha filha ontem”. Bidê só teve forças para dizer: “General, me dê uma licencinha que eu estou todo cagado”, e correu pro sanitário da loja.
Eu já levei meus sustos também. O maior deles foi quando eu descolei uma amante, solteira, mas que tinha o mau (ou bom, sei lá) hábito de dividir o seu amor com outras pessoas. Eu, que não era ciumento, fazia vistas grossas, e só queria mesmo era o meu “dicumê”.
Um belo dia, lá fui eu, todo fagueiro, pra casa dela, que ficava numa viela no bairro Kalilândia. Só que, quando eu entrei, um amigo meu, muito moleque, viu, e ficou esperando num bar próximo até que eu saísse. Por volta das 22 horas, já aliviado das tensões do estresse diário, vou saindo, andando pelo passeio, que se encontrava semi-alagado, margeado por uma extensa poça d’água.
Um sujeito numa bicicleta começou a me seguir, e de repente ouvi a voz ameaçadora: “Espera aí, seu moleque, que eu vou lhe ensinar como é que se faz com quem mexe com a mulher dos outros”! Rapaz, eu que tenho pernas curtas, ainda assim dei um salto espetacular, pulando do passeio para o meio da rua, sem tocar na água da poça. Com o coração aos pulos, ouvi a risada de Inácio, colega de trabalho. Isso não se faz com um amigo, pô!
Mas a paquera é assim, começa em motel e termina em pensão. O paquerador não obedece a limites. Pensa com a cabeça de baixo. E aí é que mora o perigo. Duas coisas, entretanto, um paquerador tem que ter: ousadia e cara de pau. Neste jogo não há lugar para timidez. A única exceção é quando as duas partes envolvidas sofrem de timidez. E aí há o risco de nunca se encontrarem.
Tem uma estória, não sei se verdadeira ou fictícia, de um sujeito que, surpreendido pela esposa, numa mesa de bar, abraçado a uma bela mulher, virou o jogo e convenceu a esposa que ela estava maluca. Disse que ele nunca a tinha visto, não sabia quem era ela, e que a moça com quem ele estava era sua noiva e o casamento já estava marcado. Confusa, a esposa foi pra casa contar pra ele o ocorrido.
Outra estória de cara de pau, essa verdadeira, ocorreu com um amigo meu, daqui, de Feira de Santana, que andava saindo com a mulher de um garçom, seu amigo e compadre. O garçom soube da estória e, avisado por um amigo, foi bater na porta do motel onde o compadre se encontrava com a sua esposa.
Na portaria, identificou-se como sendo funcionário do hospital onde o compadre, que era médico, trabalhava, e disse ao porteiro que se tratava de uma emergência, que avisasse o médico, pois ele sabia que ele estava lá dentro. Constrangido, mas com medo de acontecer algo grave, ligou para o apartamento, e o médico mandou que o “funcionário” entrasse.
Quando ele abriu a porta, com uma toalha em volta da cintura, deu de cara com o compadre, que viu a sua esposa, na cama, também enrolada em uma toalha. A sua única reação foi dizer: “Não é nada do que você está pensando”. Só faltou dizer ao compadre que o consultório estava muito cheio e que ele precisava fazer, urgente, um exame mais acurado na comadre.

Um dia a casa cai

Há alguns anos a população brasileira tem acompanhado pelos veículos de comunicação cenas espetaculares das polícias realizando prisões antes inimagináveis. Tubarões, bandidos de colarinho branco, estão sendo caçados, presos e levados para delegacias. Isso passa para as pessoas uma sensação de que acabou a impunidade. Bandidos estão sendo tratados como bandidos, sejam eles de baixo ou alto coturno.
Aqui em Feira de Santana, empresários muito ricos têm sido presos, alguns passando até alguns dias no presídio Regional. Por força de fianças, habeas-corpus e outras mumunhas da Lei, estão em liberdade, respondendo processos ou aguardando julgamento.
Esta semana o prefeito de São Gonçalo dos Campos, José Carlos Lacerda, foi preso sob as acusações de improbidade administrativa e crime ambiental. Lacerda alega inocência e, para não parar na cadeia, é possível que tenha dado o que no futebol se costuma chamar de “Migué”, que é quando o jogador simula uma contusão para não entrar em campo. Assim, o prefeito poderia ter simulado um mal súbito para ser internado num hospital. Enquanto isso seus advogados trabalham para pagar uma possível fiança ou obter um habeas-corpus, livrando-o assim da cadeia.
Eu tenho dito insistentemente que tudo isso, todo esse trabalho demonstrado pelas polícias não me satisfaz. Porque elas prendem os bandidos e eles são soltos pouco tempo depois, quando não imediatamente após a prisão. Daí, os rumores entre a população de que é a própria Polícia quem está executando bandidos nas ruas de Feiras de Santana. Segundo se comenta, policiais, cônscios das suas funções, não suportando mais prender bandidos para vê-los soltos ao sabor das ações de advogados, juízes e promotores, resolveram tomar a atitude de eliminá-los de uma vez.
Mesmo que parte das nossas forças policiais estejam, digamos assim, “jogando para a torcida”, fazendo encenações para dar uma satisfação à sociedade, alguns setores ainda agem pra valer, e é isso que pode fazer a diferença. Os “espertos”, os ladinos, podem até achar que podem continuar agindo sem o risco de que lhes aconteça qualquer coisa, pois a impunidade no Brasil é histórica. E é essa certeza de impunidade que produz o caos na sociedade.
Porém, aqui ou ali, a justiça prevalece, não na forma em que foi concebida, mas na sua essência. Ou seja, pode-se até enganar as pessoas, usar a Lei a seu favor e receber os privilégios que ela faculta aos poderosos e abastados. Contudo, algum dia a casa pode cair. Algo pode dar errado e a justiça ser aplicada. Mas nada tira a vergonha de ser preso, algemado e ir parar na cadeia.
Não por acaso já proibiram o uso de algemas em algumas situações.

terça-feira, 18 de novembro de 2008










Comunicação I
“É preciso recuperar a reportagem de uma forma que só os veículos impressos conseguem oferecer. Ela praticamente desapareceu dos jornais. Hoje se faz reportagem pelo telefone. Onde está aquela figura do repórter que saía pelas ruas da cidade, buscando uma grande história? A falha está na falta de qualidade do conteúdo que se publica, no burocratismo que tomou as redações e na incapacidade dos jornalistas e dirigentes das empresas em atualizar seus produtos. É preciso também reequilibrar a importância das redações entre o comercial e o marketing. Que se faça a principal revolução que ainda não foi feita na mídia brasileira, que é a revolução dos conteúdos”. (Carlos Alberto Di Franco, professor doutor em Comunicação, diretor do curso Máster em Jornalismo para Editores, do Centro de Extensão Universitária, São Paulo).

Comunicação II
“Colocamos a culpa pela perda de leitores da mídia impressa, primeiro na televisão, agora na internet, nos blogs, mas, os jovens lêem livros (Harry Potter, Senhor dos Anéis, de 900 páginas) por que não lêem jornais”? (Ainda, Carlos Alberto Di Franco)

Livro
No próximo dia 27, às 19 horas, no foyer da Câmara de Diretores Lojistas, acontece o lançamento do livro “Contos, Crônicas... E Uma História de Vida”, do acadêmico Eduardo Kruschewsky.

Lia Sérgia
Aproveito o espaço para informar aos colegas e amigos que minha filha, Lia Sérgia, já está estudando e trabalhando em São Paulo, cidade onde se casou e está vivendo. Luisa, minha netinha de três anos, embarcou na semana passada, deixando nossa casa cheia de saudades. Mas é isso aí. Filho é como passarinho. Quando cria asas ganha o mundo.

Sinais
Sei que pode ser obra de quem não tem o que fazer o que aconteceu em Santa Catarina. Afinal, já aconteceu em outros países, onde estudantes usando cordas fizeram marcas em plantações de milho, trigo e similares, que deixaram a nítida impressão de que uma pesada nave havia pousado ali. Mas, o que me inquieta, é que os Maias previram para este tempo a chegada dos “Irmãos Maiores”. Eles não erraram uma profecia ainda. Pelo sim, pelo, não deixo minhas barbas de molho. Afinal, só um idiota pode acreditar que estamos sós no universo. E é sempre bom lembrar o que Einstein respondeu sobre o que ele achava da existência de alienígenas entre nós. “Tudo bem – disse ele – desde que eles não nos achem deliciosos”.





















Aniversários















Sexta-feira passada foi aniversário de minha amiga Sandra, que comemorou com amigos e familiares, no seu box, na Praça do Tropeiro. Domingo foi a vez de Milena, que comemorou no quiosque do Condomínio São Bartolomeu, com familiares e amigos, com direito a bolo, karaokê e muita cerveja. Estive presente em ambas as oportunidades.

Padres casados
Creio que a Igreja Católica vai ceder e, finalmente, os padres poderão constituir família. Já não é sem tempo. Esse negócio de padre solteiro, casto, vivendo em grupos homogeneos, não pode dar certo. É contra a natureza essa tal de castidade. O resultado são essas taras e deformações de caráter que se vê a todo momento. Se uma pessoa que ser casta, viver no celibato, eu até aceito, mas forçado, não. Aliás, nada imposto, forçado, presta. Nem aquilo.

Besteirol
A nomeação do secretáriado de Tarcízio Pimenta continua rendendo conversas e especulações. Jânio Rego, que gosta de ver o circo pegar fogo, bota lenha na fogueira, joga a isca e a galera engole com anzol e tudo. Por baixo, como fogo de monturo, fica um monte de gente pongando na conversa na tentativa de emplacar o próprio nome ou até mesmo dos amigos e parceiros. O resultado é um besteirol irritante, principalmente de quem anda doido para intrigar José Ronaldo com Tarcízio. O certo é que nada disso é bom para a população, que ouve informações erradas e truncadas, nem para a cidade, que precisa de uma boa equipe para continuar o excelente governo de Ronaldo, agora, com Tarcízio à frente.

Crime ambiental
A prisão do prefeito de São Gonçalo dos Campos, por conta um suposto crime ambiental que ele teria praticado, alvoroçou os ecologistas de plantão. Ocorre que, muitos outros crimes ambientais estão sendo praticados naquele município e a gente não vê ninguém sendo preso. No caso da prisão de um prefeito, isso rende ibope, levanta a bola da polícia. O crime que Lacerda teria praticado foi o desmatamento de uma área de preservação ambiental. Eu tenho notícia que um tal de Ernani teria praticado o mesmo crime, mas não foi preso. É peixe pequeno, e defunto sem choro. Não dá ibope.

Sincol
Desmoralizado em Feira de Santana, o Sincol foi buscar em Salvador policiais para prender pessoas que comercializam vale-transporte e passar para a população a imagem de que foi desbaratada uma perigosa quadrilha de falsificadores. Tudo isso na tentativa de enfraquecer a votação na Câmara Municipal do projeto que objetiva dar ao trabalhador a opção de escolher entre o vale impresso e o cartão magnético (smart card). E, pelo visto, já consegue algum sucesso junto aos vereadores, pois o projeto foi aprovado em primeira discussão, mas, a partir da segunda e definitiva votação, passou a receber emendas e está travado na Câmara desde 2006. E assim, as empresas de transporte coletivo da cidade continuam prestando um péssimo serviço e impondo sua vontade, com a conivência de algumas autoridades locais.

Meu “irmão”
Semana passada encontrei com Carlão, da Artzorra. Muitas pessoas nos confundem, chamam ele de Cristovam a me chamam de Carlão (talvez por causa dos cabelos), daí que resolvemos que somos “irmãos”.











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Por hoje é só, que agora eu vou ali no casamento de um padre.


“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida... mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure sempre...” Vinícius de Moraes.

Sou Reacionário

Não gosto dos sem terra nem de todos os outros sem. Dizem que isto é ser reacionário, mas não gosto de vê-los invadindo fazendas, indústrias, supermercados, Congresso Nacional, Assembléias Legislativas, Câmaras de Vereadores, Palácios do Executivo, parando ruas e estradas, ocupando linhas de trens, quebrando repartições públicas, tentando parar o lentoprogresso do Brasil.
Sou Reacionário.Não gosto dos congressistas que aprovam a demarcação de áreas indígenas nas fronteiras de nosso país, maiores do que muitos países europeus, para meia dúzia de índios aculturados e (muito bem) preparados no exterior, para formar uma nação ou várias, desmembradas do Brasil.
Sou Reacionário.Não gosto de índios insuflados por interesses obscuros parando explanação de engenheiros de estatais com facões, para parar o lento andar do progresso na construção de usinas hidrelétricas para geração de energia que tanto necessitamos (já tivemos apagões e teremos outros se não agilizarmos as novas construções).
Sou Reacionário.Não gosto de bufões que gritam contra governos estrangeiros e vendem petróleo a eles. Não gosto de cocaleiros que estatizam empresas brasileiras sem o devido ressarcimento dos investimentos feitos em seus países. Não gosto de esquerdistas eleitos em seus países, que querem discutir contratos firmados há mais de 30 anos, em hidrelétricas construídas com dinheiro tomado emprestado pelo Brasil, e, que nós estamos pagando com juros altíssimos.Sou reacionário.Não gosto de governantes frouxos que não tomam atitudes enérgicas para impedir a espoliação de nossos investimentos externos, que compram aviões de empresas estrangeiras em detrimento das nacionais. Não gosto de governantes semi-analfabetos que acham que instrução e educação não são importantes para o povo. Não gosto de governantes que pouco trabalharam na vida, aposentados como perseguidos políticos, tendo ficado menos de 24 horas detidos, que cortam o próprio dedo para conseguir indenização e que moram ou moraram em casas emprestadas por 'compadres'...Sou Reacionário.Não acredito em cotas para negros e índios. Dizem que sou racista. Mas para mim racista é quem julga negros e índios incapazes de competir com os brancos em pé de igualdade. Eu acho que a cor da pele não pode servir de pretexto para discriminar, mas também não devia ser fonte para privilégios imerecidos, provocando cenas ridículas de brancos querendo se passar por negros.Sou Reacionário.
Não gosto da farta distribuição de Bolsas tipo Família, vale gás, vale isso, vale aquilo, que na realidade são moedas de troca nas eleições, para que certos partidos políticos com seu filiados corruptos, possam se perpetuar no poder.
Sou Reacionário.Não gosto das bases de sustentação de governos eleitos de forma minoritária, com loteamento de cargos públicos e desvios de dinheiro público para partidos e seus filiados, como nos casos do mensalão e Detran.Sou Reacionário.Hoje não se pode mais deixar os filhos trabalharem com idade inferior a 18 anos, mas podem roubar e até mesmo matar, sem serem devidamente punidos pelas faltas (somente medidas sócio-educativas) cometidas.Sou Reacionário.Querem me culpar por não ser pobre, por ter casa, carros e outros bens, todos adquiridos com honestidade e muito trabalho (mais de 12 horas por dia, seis dias por semana), por ser amado por minha mulher.Bem, sou um brasileiro 'Reacionário’ indignado com as sacanagens e roubalheiras deste país. E você ???PENSE !!!
O melhor da Democracia não é eleger os melhores, é derrotar os corruptos, os demagogos, os mentirosos.* O autor é desconhecido, mas eu assino em baixo.

sábado, 15 de novembro de 2008

Coluna

A coluna Sempre Livre estará disponível amanhã.

Por hoje é só que eu vou ali curtir o feriado.

Sorry, rapeize...

Dionorina in concert


Um som diferente daquele que o público feirense está acostumado a curtir. Dionorina in Concert – De Villa-Lobos a Bob Marley é o título do show que o consagrado reggaeman feirense apresenta no dia 20 de novembro, às 20:00, no teatro de arena do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), numa realização da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), com entrada franca. Os fãs do artista vão entrar em contato com novas possibilidades sonoras desde a música erudita aos chamados ritmos populares.
“Este show é minha trajetória”, revela Dionorina. O repertório foi preparado com base no que ele diz que aprendeu a partir dos estudos feitos no Seminário de Música de Feira de Santana. Antes de eleger o reggae como a referência mais expressiva de sua musicalidade e consciência política, o artista percorreu outros caminhos, transitando do clássico à música popular.
É neste contexto que Dionorina mostra ao público feirense essa experiência inédita vista apenas uma vez há quatro anos, durante temporada de oito meses realizada na Europa. O show que estréia em Feira de Santana é o mesmo que será apresentado em Portugal em maio de 2009, no Festival de Arte, Criatividade e Recreação, que acontece em Funchal, capital da Ilha da Madeira.
Dionorina receberá convidados para participações especiais, como o internacional percussionista Sérgio Otanazetra, atualmente radicado na França, além do compositor Jorge Papapá, autor de sucessos de nomes consagrados da axé music, como Ivete Sangalo e Daniela Mercury. Outra presença anunciada é a do guitarrista Kiko Nascimento, diretor musical do artista.
Ao contrário do que vinha acontecendo, o artista decidiu investir em jovens músicos locais para acompanhá-lo nessa nova temporada no exterior. A banda é formada por Dionorina (voz e violão), Tito Pereira (teclados), Sérgio Canhoto (baixo) e Zé das Congas e Pingo (percussão).
“Descobri alguns músicos que valem a pena a gente acreditar, os novos têm que ver também uma música de qualidade. Estou convidando músicos como Zé das Congas, um percussionista nato, além de ser músico é um artesão. Então eu vou ficar muito grato para pegar energia dessas pessoas e colocar na minha música” diz.
Também vão participar do show mães-de-santo, os afoxés Pomba de Malê e Filhos da Luz e representantes de entidades do movimento negro. Aproveitando a passagem do Dia Nacional da Consciência Negra – 20 de novembro –, Dionorina pretende realizar “não um protesto, mas uma afirmação de que todas as religiões falam de Deus. Portanto, o respeito é necessário para que todas sejam respeitadas”. “Não é discurso de esquerda ou de direita, mas da conciliação, do amor, do bem”, proclama.
Além de composições de sua autoria e em parceria com Jorge Magalhães, Mathias Moreno e Manuca Almeida, Dionorina interpreta o Estudo Nº 1, de Heitor Villa-Lobos, e músicas de Jorge de Angélica, outro feirense, Gilberto Gil, Itamar Assumpção, Jorge Papapá, Sérgio Passos, J. Anderson, Edu Casanova, a banda italiana Ganja Mama e Bob Marley.
De acordo com o artista, trata-se de um show mais informal, cultural, cujo objetivo é informar. Por isso, pretende expor mais o seu trabalho em espaços como teatro, “onde possa haver mais interação, uma maior assimilação da mensagem”, o que não é possível em ambientes abertos, em clima de festa.
“Ultimamente tenho tido essa preocupação de que o trabalho do artista é informar, educar, conscientizar e é entretenimento também. Nesse momento, eu estou preocupado em informar ao público de onde vem a música, aquela mensagem, aquele personagem da nossa cidade que a gente canta e às vezes as pessoas não sabem quem é, por quê nós estamos fazendo aquela música”. Além de preparar o show, Dionorina acaba de gravar o seu quarto disco, Sucesso nacional, cujo lançamento ainda não tem data definida.

Crônica da Semana


Lembranças da Pautaria

Quando o Zero Hora ainda um bloco de jornalistas e radialistas, eu adorava participar. Estava sempre na linha de frente das decisões e realizações dos eventos. O primeiro baile pré micaretesco que fizemos, caiu num dia 31 de março, e, por motivos óbvios, foi intitulado como “A Noite da Gloriosa”. Lembro-me que um milico do 35º BI chegou a ligar para o jornal Feira Hoje, pra nos tirar satisfações sobre o porque daquele nome.
No ano seguinte, mudamos o nome do baile para a “A Noite da Pautaria”. Sabe como é, né? Todo jornalista é um “filho da pauta”. Tinha (ou ainda tem) um bloco carnavalesco em Salvador, com este nome. Explico, para os não iniciados, que todo repórter antes de sair para colher notícias na rua, recebe uma “pauta”, com informações sobre as matérias que ele deve abordar. Daí, que somos todos “filhos da pauta”.
Coube a mim, compositor temporão, compor a letra da música do baile da “Pautaria”. E ficou assim: “Rebuceteio na noite da pautaria/ e quem é filho da pauta/ tem que ter muita alegria. / Eu faço texto, faço foto e gravação / diagramo a porra toda / para a próxima edição. / Já bem cansado, quando chega o fim do dia / encho a cara de cachaça e caio na pautaria”. Sucesso absoluto, mas nunca recebi um tostão do Ecad por isso.
Foram muitas alegrias, brincadeiras e porres homéricos, que nos fizeram felizes por alguns momentos. Mas a minha “Noite da Pautaria” inesquecível foi a que deu o maior rolo. Naquela época, eu estava na academia de Judô e ainda era faixa azul, ou seja, estava ainda no segundo estágio. E lá havia um judoca que era faixa roxa, ou seja, faltando apenas dois exames para chegar a faixa preta. Mas o cara era meu amigo (ainda bem). Era meu amigo, mas não do fotógrafo Reginaldo Pereira, que também é meu amigo.
A coisa começou quando o judoca quis entrar sem pagar, alegando ser alguma espécie de autoridade, e foi barrado por Reginaldo, que estava na portaria. Quando eu vi que ia dar confusão, eu me aproximei e comecei a regular os dois, tentando evitar a briga. A coisa já ia acalmando, quando o judoca resolveu encher Reginaldo de desaforos. Eu já ia argumentar quando vi passar, zunindo pelo meu ouvido, uma mão que acertou um espetacular soco no queixo do judoca. Ao mesmo tempo, vi um dente voando. Pulei na frente a abracei o cara pedindo que, pelo amor de Deus, não acabasse com a nossa festa. O cara dava dois de mim, três de Reginaldo, e eu ali, tentando domar a fera. Senti-me um autêntico peão de rodeio, grudado no pescoço do cara e ele corcoveando.
Quem bateu nele foi um sobrinho de Reginaldo, que não agüentou ver o tio sendo destratado e resolveu agir, sem saber o tamanho da encrenca em que estava se metendo. O resultado disso, é que eu passei o resto da noite tentando convencer o judoca a não massacrar o rapaz, ao tempo em que Maura buscava um jeito de tirá-lo da festa, sem que ninguém percebesse (o que foi feito por uma janela da cozinha), evitando-se assim um massacre.