segunda-feira, 30 de março de 2009

Quero voltar a confiar

Arnaldo Jabor*

Fui criado com princípios morais comuns: Quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto.
Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades. Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade. Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror.
Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos.
Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão. Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos. Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Trabalhador digno e cumpridor dos deveres virou otário. Pagar dívidas em dia é ser tonto. Anistia para corruptos e sonegadores.
O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula,
comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas.
Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Filhos esquecendo o respeito, no trato com os pais e avós. No lugar de senhor, senhora, ficou oi cara, como está coroa. Celulares nas mochilas de crianças. O que vais querer em troca de um abraço?
A diversão vale mais que um diploma. Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale uma maquiagem que um sorvete. Mais vale parecer do que ser. Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo? Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho. Quero sair de casa sabendo a hora que estarei de volta, sem medo de assaltos ou balas perdidas Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Onde uma palavra valia mais que qualquer documento assinado. Quero a esperança, a alegria, a confiança de volta! Quero calar a boca de quem diz: “temos que estar ao nível de…”,
ao falar de uma pessoa.
Abaixo o “TER”, viva o “SER” e viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como o céu de primavera, leve como a brisa da manhã. E definitivamente bela, como cada amanhecer. Quero ter de volta o meu mundo simples e comum. Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. Vamos voltar a ser “gente”. A indignação diante da falta de ética, de moral, de respeito. Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe? Precisamos tentar. Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão! Quem sabe começando a encaminhar ou transmitindo essa mensagem, teremos de volta nossa dignidade, nosso respeito, nossos direitos, nossas vidas.

*Arnaldo Jabor é crítico, cineasta e jornalista carioca.

Feministas vão monitorar imagem da mulher na mídia

Cerca de 150 integrantes de movimentos feministas reunidas em São Paulo decidiram criar uma rede para monitoramento e controle da imagem da mulher na mídia. As militantes participaram do seminário Controle Social da Imagem da Mulher na Mídia, encerrado no domingo passado (15). Elas concluíram que é preciso reunir evidências e cobrar do Estado mudanças sobre a forma como a população feminina brasileira é retratada pelos meios de comunicação.
“A mídia dissemina valores ideológicos que acabam transformando as mulheres em consumistas fúteis, em pessoas submissas e dependentes de seus maridos”, criticou Terezinha Vicente Ferreira, uma das participantes do seminário e também integrante da Articulação Mulher e Mídia em São Paulo.
Em entrevista à Agência Brasil, Terezinha afirmou que a maior parte do material veiculado pelos meios de comunicação não transmite as informações necessárias e verdadeiras sobre o mundo feminino. Desta forma, acaba contribuindo com a desigualdade de gênero e de oportunidades existentes no país.
“A mulher que aparece na TV não é a mulher real. Ela segue um padrão de beleza, tem um discurso padrão. Os programas que passam à tarde ensinam a mulher a fazer crochê, artesanato e não a ser protagonista de sua vida social, econômica e política”.
Para a integrante da Liga Brasileira de Lésbicas (LBL), Lourdinha Rodrigues, o seminário sobre a imagem da mulher foi um marco para o movimento feminista e para o controle social da mídia. Segundo ela, estiveram representadas todas as classes e movimentos feministas - sindicalistas, lésbicas, camponesas, negras - com o objetivo de mudar a visão da mídia sobre o sexo feminino.
“A criação da rede de controle da imagem da mulher foi o ponto alto do encontro”, afirmou Lourdinha, explicando que todas as participantes se comprometeram a acompanhar o que é veiculado para cobrar das autoridades as mudanças necessárias.
De acordo com ela, os dados coletados pela rede devem ser apresentados pelas feministas na Conferência Nacional de Comunicação, prevista para o fim do ano, e até mesmo orientar ações quanto à política de concessões na radiodifusão, por exemplo.
“As concessões são públicas. As rádios e TVs que não tratam a mulher de forma correta devem ser penalizadas”.

Agencia Brasil

sexta-feira, 27 de março de 2009

O palanque de Dilma


Deu no blog Claudio Humberto

Direitos e deveres
O projeto que objetivava a redução do recesso parlamentar não foi aprovado pela Câmara Municipal. Por sua vez, o vereador David Neto (PMN) quer receber 13° salário, como qualquer trabalhador comum. Os vereadores só “trabalham” três dias por semana, em apenas um turno, e têm três meses de férias por ano. Segundo Marialvo Barreto (PT), a cada quatro anos, um vereador só trabalha, efetivamente, três. Se for para ter os mesmos direitos dos trabalhadores comuns, que também sejam impostos aos vereadores os mesmos deveres.

Frei Cal
Enquanto David Neto anda na contramão da história, o frade vereador, Frei Cal, vem a publico dizer que se sentiu envergonhado quando seus pares votaram contra a redução do recesso parlamentar para 30 dias ao ano. É assim que age quem defende os interesses da sua cidade e dos seus eleitores. Está de parabéns o Frei Cal.

Quase uma tragédia
Segunda-feira passada, quando retornava de Salvador, onde esteve reunido com o secretário estadual de Saúde, Jorge Solla, o prefeito Tarcízio Pimenta levou um baita susto. O veículo em que ele viajava, levando de carona o provedor da Santa Casa de Misericórdia, Dr. Outran Borges, quase bate no fundo de um veículo que estava estacionado sobre a pista. Segundo informações, a perícia do motorista livrou a todos de uma morte certa. O ocorrido foi próximo à cidade de Amélia Rodrigues.

Quase uma comédia
O secretário estadual de saúde, Dr. Jorge Solla, está disponibilizando para o Hospital Dom Pedro de Alcântara 12 cadeiras para re-hidratação de contaminados pela Dengue. Até aí, tudo bem, pois todo apoio, ainda que pequeno, será bem vindo. Mas a tragicomédia está no fato de que o secretário, no melhor estilo Odorico Paraguaçu (O Bem Amado), virá a Feira de Santana para “inaugurar” as 12 cadeiras. Só rindo, para não chorar. Triste Bahia.

Bem na foto
Deu no Claudio Humberto: Lula quer entrar em grande estilo na posteridade: a Presidência da República reservou R$ 14 mil para ampliar 33 fotos digitais mensais dele com autoridades estrangeiras, tamanho 30x45cm.

Patacoada petista
“A tragicomédia dos governos petistas teve um dos melhores palcos do País, quiçá do mundo (o TCA). Lula prometeu mais R$ 2 bilhões para a Bahia (apesar de ser jornalista e anotar as coisas todos os dias, confesso que perdi a conta de quanto já foi prometido para a Bahia. Deve estar perto da casa do trilhão, sei lá!), fez metáforas patéticas da crise, relacionando-a com gripe e futebol, trocou salamaleques com Wagner, exorbitou na campanha fora de hora e ilegal para Dilma Rousseff e tchau e bênção!
Certamente o palco do TCA já abrigou encenações muito melhores e mais bem produzidas”. (Alex Ferraz, jornalista)

Perseguição
“Há muito tempo eu joguei a toalha de disputar espaço no governo do Estado, no entanto, tem um órgão público em Feira de Santana que resolveu perseguir os meus amigos, eu estou passando o maior aperto porque se for amigo de Marialvo está com tudo fechado e levando prejuízo”. O desabafo é do vereador Marialvo Barreto (PT) que promete reagir com rigor caso as providências não sejam tomadas. “Eu disse hoje a um deputado, se essa situação não se resolver eu não sei como vão me segurar aqui, pois eu estou uma “fera ferida”, não admito que me destruam dessa forma”, disse o vereador sem, contudo, revelar o nome do órgão público ou de supostos responsáveis pela perseguição. “Não subestime minha capacidade também porque eu posso não deixar pedra sobre pedra”, ameaçou.

Paroano sai milhó
Na missa solene celebrada na Catedral Metropolitana de Santana, quarta-feira passada (25), em Ação de Graças pelos 150 anos da Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana, não apareceu um deputado sequer.Nem da esquerda, nem da direita, nem de cima nem de baixo. Escafederam-se. Justifica-se a ausência dos vereadores e secretários municipais que estavam reunidos com o prefeito. O presidente da Câmara, Carlito do Peixe e o frade vereador, Frei Cal, fizeram-se presentes. Mas, 2010 será um ano eleitoral, e aí até em festa de aniversário de cachorro de madame vai ter deputado saindo pelo ladrão (!?).

Ruim de gestão, bom de urna
O prefeito João Henrique (PMDB) é o último lugar na primeira pesquisa Datafolha sobre o desempenho dos prefeitos no atual mandato. Também é o único prefeito dos pesquisados cujo desempenho ruim/péssimo (33%), supera o bom/ótimo (28%). Isso não é novidade para quem acompanha o desempenho administrativo do prefeito. O difícil de entender é como o prefeito, tão ruim de gestão, é bom de campanha e excelente de urna. Tanto assim que foi reeleito.

Banco de esperma
Depois das provas com publicidade em uma escola norte-americana, agora foi a vez de um banco de esperma nos EUA, o Xytex, que anunciou uma promoção para tentar estimular a demanda. Os descontos sobre as amostras de sêmen podem chegar a US$ 200. As informações são do site de notícias G1. "Todos sentem os efeitos da crise. E, para as famílias que estão buscando soluções para ter um filho, cada dólar faz a diferença", disse Danielle Moores, porta-voz do banco de esperma Xytex. O sêmen em promoção oferecido pelo Xytex é o de doadores selecionados, já que o banco possui um número grande de amostras.

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Por hoje é só que agora eu vou ali doar o meu esperma para a posteridade.

Dionorina volta ao palco dias 2, 3 e 4 de abril no teatro da CDL


Depois do sucesso da apresentação realizada em novembro do ano passado, na área externa do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), o cantor e compositor feirense Dionorina volta a cartaz com o show “Dionorina in Concert – De Villa-Lobos a Bob Marley” em curta temporada, nos dias 2, 3 e 4 de abril, no Teatro da CDL.
Depois de Feira de Santana, o show segue para a Itália, onde se apresenta na cidade de Torino como convidado do Festival Internacional de Teatro de Rua, de 11 a 20 de junho. Será acompanhado por uma banda formada pelos músicos feirenses Tito Pereira (teclados), Sérgio Canhoto (baixo) e Zé das Congas (percussão).
No show, que também contará com a participação de percussionistas e dançarinos do afoxé Pomba de Malê, Dionorina faz um retrospecto de sua trajetória no mundo da música, que vai além do reggae, ritmo que o notabilizou e foi consagrado pelo público. Desta feita, ele mostra os conhecimentos que colheu do erudito à música popular.
O repertório inclui músicas em parceria com Jorge Magalhães, Mathias Moreno e Manuca Almeida, além de composições de Gilberto Gil, Itamar Assumpção, Jorge Papapá, Sérgio Passos, Heitor Villa-Lobos, Jorge de Angélica, a banda italiana Ganja Mama e Bob Marley.
Esta curta temporada é uma realização da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), com o apoio da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), através do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca).

13ª Vergonha


Num momento em que toda população brasileira assiste, indignada, a proliferação dos escândalos envolvendo políticos, um momento em que toda a classe política encontra-se em xeque por conta dos descalabros cometidos contra os interesses dos cidadãos, vem o vereador David Neto (PMN) trazer para a Câmara Municipal uma proposta indecente. Quer o referido vereador, receber 13° salário.
Tentando justificar um erro com outro, ele diz que o 13° salário para vereadores “é constitucional e adotado em diversos municípios brasileiros”. O vereador talvez não saiba que nem tudo que é legal é moralmente correto. Se for para exigir direitos trabalhistas, previstos na Consolidação das Leis do Trabalho, o vereador deveria ter defendido também, com unhas e dentes, o dever de ter folga apenas 30 dias por ano, como qualquer trabalhador comum.
Ele também deveria pleitear que os vereadores trabalhassem oito horas por dia, e abdicar de benesses como auxílio isto, auxílio aquilo, verba A ou verba B, que sai pelo ralo dos cofres públicos já tão explorados, roubados mesmo, por políticos gananciosos e desonestos. Eu não tenho conhecimento, e vou ficar atento, sobre qualquer projeto ou atitude do vereador David Neto, em prol daqueles que o elegeram e dele esperam mais do que propostas indecentes.
É claro que a Câmara Municipal é composta, em sua maioria, por pessoas decentes, e que certamente não irão compactuar com essa vergonha. Caso contrário, corremos o risco de ter aprovados pela Câmara Municipal a nomeação de diretores de garagem, a exemplo do Senado Federal, que recentemente indignou todo o País.
O que se espera da Câmara Municipal são projetos e ações que beneficiem a cidade e defendam os interesses da população. Essa mesma população que paga os salários dos excelentíssimos vereadores. Mas, em regra geral, não é o que tem acontecido. A Câmara derrubou o projeto que preservava o vale transporte de papel. A Câmara rejeitou o projeto que reduzia o recesso parlamentar. Como se não bastasse, vem o vereador David Neto propor mais essa vergonha.
O vereador David Neto é novato no Legislativo, e talvez, deslumbrado, não esteja lembrando que o mandato dura apenas quatro anos. Nestes meus 30 anos de jornalismo vi passar pelo Legislativo feirense dezenas de vereadores que, por não se lembrar disso, não foram reeleitos. São os vereadores de um mandato só. Talvez seja o caso do vereador David Neto.
Em todo caso é bom lembrar que o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) caiu drasticamente este ano, o que tem deixado muitos prefeitos de cabelo em pé e sem dormir direito. Não é hora de gastar dinheiro para alimentar vereadores gananciosos.

Os Chatos


Imagine um dia perfeito. Você está num lugar bastante agradável e não tem nenhum motivo para se aborrecer. Este é o ambiente propício para ele se manifestar. À sua simples aproximação o céu fica nublado, o vinho fica acre e a feijoada azeda. Então ele aparece. O Chato. Talvez seja ele o responsável maior por todos os males que afligem a humanidade. Ele Se manifesta das mais diversas formas. Pode ser aquele amigo inconveniente e pidão, aquele parente distante, um político, um gaiato, ou simplesmente sua sogra.
Um detalhe curioso é que o Chato, às vezes, nem sabe que é chato. Mas chateia. Já outros, sabem que são chatos e têm prazer em manifestar sua chatice. E quando ele percebe que está chateando, aí é que sua chatura cresce e se exibe qual uma cauda pavão. Nesse momento ele tem orgasmos de chatice.

Em criança já se conhece um Chato. O Chatinho é aquele que pede suas revistas em quadrinhos emprestadas, não devolve e ainda vem buscar mais. Na escola, quando ele consegue as notas mais altas, se diverte chateando os que tiveram notas inferiores às suas. O Chatinho não pratica esportes, não vai ao cinema, nem freqüenta locadoras ou lan houses. O Chatinho não namora, ele se diverte chateando as meninas. Seu habitat preferido é a sua casa, onde ele tem por prazer chatear as visitas.
Quando adulto, o Chato é mais refinado. Sua Chatice já está bem amadurecida. E ele sabe como, quando e a quem chatear. Eu imagino que os Chatos têm uma agenda, assim como nós homens, quando solteiros, temos com endereços e telefone de garotas, que podem estar disponíveis para encontros nos finais de semana. O Chato pega sua agenda e procura: “Vamos ver quem eu vou chatear hoje”.

Há, em Feira de Santana um célebre caso, envolvendo dois amigos, Falcão e Esquivel. Estavam por aí, pela noite, “comendo água”, quando apareceu um assaltante. Eles chatearam tanto que o assaltante não agüentou e desistiu de assaltá-los. “Mas que dois velhos chatos”, teria comentado o assaltante, muito chateado.
Luiz e Jaime são dois chatos famosos. Estavam um dia bebendo em bar, quando alguém disse a Jaime: “Ora, Jaime, vá pro inferno”! De imediato Luiz retrucou: “Não vá pro Inferno não Jaime, que eu não vou deixar você entrar. Já lhe aturei demais”.
Há diversos tipos de Chatos. Tem o “Chato Tagarela”, que não deixa ninguém falar; “Chato Sapiente”, que sabe mais que qualquer pessoa, sobre qualquer assunto; “Chato Galã”, que chateia as mulheres com cantadas velhas e chatas; “Chato Futucador”, que só conversa futucando o interlocutor, ou dando tapinhas nos braços, barriga ou ombros; “Chato Bebum”, que, curiosamente, só se torna Chato quando bebe. Há ainda um caso raro, do cara que só é chato quando está sóbrio.
Tem ainda o “Chato Mentiroso”, que conta mentiras achando que todo mundo acredita; “Chato Político”, que tem a solução certa para todos os problemas da administração pública; “Chato Religioso”, que bate à porta nas horas mais impróprias, para dizer que sua religião é a melhor de todas e que se você não se converter, vai queimar no fogo do inferno.
Tem também o “Chato Cri-Cri”, que, para mim, é o pior de todos os chatos. Ele não faz nada, não ajuda em nada, mas está sempre pronto a apontar defeitos no que está feito e dizendo que se ele tivesse feito, não haveria erros. É comumente chamado de “engenheiro de obras prontas”.
Por fim, se você estava esperando um final engraçado para esta crônica, olhe-se num espelho. Veja com que cara você está depois que eu chateei você o tempo todo com essa conversa.

RAPOSA SERRA DO SOL

Erro de lesa-pátria Doc. Nº 61/2009 www.fortalweb.com.br/guararapes

É, hoje, a notícia que mais preocupa os brasileiros que têm sentido na Soberania do País: o STF manteve válida, por expressiva maioria – somente um voto contrário - a demarcação, em terra contínua, decretada pelo presidente da República, em abril 2005, da terra indígena RAPOSA SERRA DO SOL. O mal está feito, embora as pretensões dos índios ficassem restringidas pelas 19 condições estabelecidas pelo Tribunal.
O Supremo determinou, também, a saída dos arrozeiros e outros não-índios, quetrabalhem ou vivam na área da reserva. O presidente do STF, acanhado, diz que "a utilização das terras deve ser limitada, com respeito ao meio ambiente e às riquezas naturais, e também com a presença de forças, policiais e Armadas".
A saída dos não-índios não está ainda definida, ficando incumbido de fazê-lo o ministro relator da ação, Carlos Ayres Britto, que, ao que também se noticia, acertará prazos e detalhes com o ministro da Justiça, este que foi o grande defensor da reserva contínua e até irritantemente parcial quanto à condução das ações da Polícia Federal e de sua outra polícia, uma "polícia especial", a chamada Força Nacional de Segurança.
Preocupado, decerto, ele já teme, em suas declarações recentes sobre o assunto, uma "postura de insurreição contra o Estado que seria promovido pela violência" se a desocupação não for pacífica. (Folha de S. Paulo, 19.03.2009).
Mas, cinco considerações precisam ser feitas sobre a decisão, no mínimo,impatriótica:
1ª.) O Brasil abandona, de vez, sua tradicional política de integração dosindígenas à comunidade nacional, preconizada e praticada pelo grandebrasileiro - um índio-descendente integrado - o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon; e defendida pelo Presidente Médici, com a convicção de um elevado sentido de Pátria soberana, quando repetia - e praticava - o que se tornou o lema do PROJETO RONDON : "Integrar para não entregar".
2ª.) A decisão atendeu, servilmente, aos objetivos de países hegemônicos, que, sempre, desde a colonização, pretendem, sem disfarces, apossar-se da AMAZÔNIA ou, pelo menos, das riquezas que ela encerra, necessárias à sua manutenção de Poder; e, simultaneamente, evitar o surgimento de um novo Poder concorrente, um Brasil desenvolvido, principalmente no aproveitamento sustentável daquela mais rica região do mundo. A demarcação da reserva foi conseguida pelo trabalho insólito de ONGs estrangeiras, à frente a Survival International, criada pelo Príncipe Phillip, na Casa de Windsor, inicialmente para conseguir o absurdo sem nome da demarcação da reservadita Ianomâmi, e depois continuar para conquistar, como agora o fez, a RAPOSA SERRA DO SOL. Ação esta reforçada com a ameaça que foi a presença do Príncipe Charles no Brasil, inclusive na AMAZÔNIA, justamente no momento em que o STF iria decidir a matéria. Vitória completa, à traição do Poder Judiciário, submisso a um presidente sem visão estratégica, mas que foi quem nomeou, em maioria, os gratos ministros para o rendoso posto.
3ª.) Indica-se necessário modernizar a nossa Constituição Federal, acabando-se com a nomeação dos ministros do STF pelo presidente da República, passando a serem eleitos por magistrados, do próprio Poder Judiciário, conforme regulamentasse o Congresso Nacional.
4ª.) Registre-se que as Forças Armadas - maiores responsáveis pela integridade do território - sempre se mostraram contrárias à demarcação como foi feita, fieis ao seu destacado papel na formação histórica da Nação Brasileira e na defesa da sua Soberania.
5ª.) A solução do STF, a nosso ver, foi um crasso erro de lesa-pátria. A História certamente julgará, pelo que poderá decorrer, que não foi somente um ERRO, mas sim um imperdoável porque irreparável CRIME DE LESA-PÁTRIA.

24 DE MARÇO DE 2009

VIDA À VERDADE! MORTE À MENTIRA!

Cientistas planejam criar sangue artificial com células-tronco

Cientistas britânicos lançaram na segunda-feira (23) um projeto para tentar criar sangue artificial a partir de células-tronco de embriões.

O estudo, previsto para durar três anos, será coordenado pelo Serviço Nacional de Transfusão de Sangue da Escócia. Os pesquisadores afirmam que a pesquisa poderá abrir caminho para uma fonte ilimitada de sangue para transfusões de emergência.
O sangue artificial seria livre de contaminações por doenças difíceis de serem detectadas em exames nos sangues de doadores, como o mal da vaca louca (vCJD, que é a variante humana da encefalopatia espongiforme bovina).
Os pesquisadores testarão embriões humanos descartados após tratamentos de fertilização in-vitro para encontrar aqueles destinados a se desenvolver no grupo sanguíneo O-negativo, o grupo de doadores universais.
O sangue do tipo O-negativo pode ser doado para qualquer pessoa sem riscos de rejeição e é a única opção segura quando o tipo sanguíneo do paciente é desconhecido ou não pode ser determinado imediatamente.
Esse tipo de sangue tem uma fonte de doadores limitada, porque somente 7% da população está dentro desse grupo sanguíneo.

Financiamento
O projeto será financiado pelos bancos de sangue da Escócia, da Inglaterra e do País de Gales, pelo governo da Irlanda e pela ONG médica Wellcome Trust.
Segundo Marc Turner, da Universidade de Edimburgo, que está coordenando o projeto, as pesquisas deverão começar nas próximas semanas.
As células-tronco são células capazes de se desenvolver para criar qualquer tipo de tecido humano.
Cientistas já demonstraram que é possível tomar uma única célula-tronco de um embrião humano em estágio inicial e levá-la a se desenvolver em células sanguíneas maduras em laboratório.
Uma empresa americana também já conseguiu produzir bilhões de glóbulos vermelhos a partir de células de embriões, mas as pesquisas foram paralisadas após a proibição de pesquisas com células-tronco no governo George W. Bush, revista pelo novo governo americano.
O desafio dos cientistas agora é como produzir as células sanguíneas em grande escala e transportar a técnica do laboratório para a beira dos leitos hospitalares, o que pode levar vários anos.
"Devemos ter alguma prova do princípio nos próximos anos, mas estamos provavelmente entre cinco e dez anos de distância de um tratamento realista", diz Turner. "Em princípio, poderíamos garantir um suprimento ilimitado de sangue desta maneira."

Críticas
Apesar do potencial, o estudo também é alvo de críticas de grupos contrários ao uso de embriões para pesquisas.
"Assim como várias das afirmações associadas com as céulas-tronco, estes são os primeiros passos de uma pesquisa, em vez de uma cura logo ali na esquina, e tão hipotética quanto o resto das afirmações que tentam justificar a destruição de um embrião humano pelo benefício da humanidade", afirma Josephine Quintavalle, da ONG Comment on Reproductive Ethics.
Para Quintavalle, a associação de bancos de sangue britânicos à pesquisa pode ter um efeito contrário, ao levar pessoas "que defendem o direito à vida do embrião humano" a relutar em doar sangue.
http://www.bbc.co.uk

A dor de um cidadão general (V e última parte)

Ao terminar, só poderei dizer o seguinte: na marcha em que vai o Brasil, chegaremos a uma revolução social com sangue, a não ser que os homens de bem reajam ou todos nós iremos sofrer a desgraça das paixões desenfreadas das massas. Já ia terminar quando chega ao fim o tão falado reajuste dos militares. Uma vergonha e uma humilhação. Foi dado um reajuste parcelado, como uma esmola e todos calados. A segunda parcela, dos 10% restantes, só será dada em agosto de 2006, ano de eleição – e, por causa disso, alguém vai jogar a lei em cena, para impedir a consumação da segunda parcela.
Parece que estou vendo se aproximar o fim do ano. Estarão pensando no almoço dos Oficiais-Generais das três Forças Armadas que se sentirão constrangidos com a presença de um presidente da República contrafeito, que, na sua verbosidade de boquirroto, poderá usar outro nome, também pejorativo, para qualificá-los, que não de bando? O pior é que o almoço será pago com dinheiro público, quando deveria ser por adesão, se precisasse haver e houvesse pejo de proporcioná-lo, só porque é uma tradição. Vamos aguardar.
Conclamo a que, onde estivermos, tenhamos a coragem de gritar. Não podemos ficar esperando que só os camaradas da ativa sejam responsabilizados. Nós estamos vivos e pertencemos às Forças Armadas. Chega de tanto comodismo. É a hora da luta, de mostrarmos que temos vergonha na cara. Lembre-se que os camaradas da reserva estavam vivos em 64. Ficar em casa é um crime de lesa-Honra, quem sabe, até de lesa-Pátria. Não podemos aceitar que o nosso País seja governado por incompetentes e marginais e mentirosos. É fundamental que os nossos Brados não sejam esquecidos. Não há do que nos envergonharmos.
Estou me dirigindo, portanto, aos homens de bem de meu País e às minhas queridas forças armadas.
A Marinha diz: sustentar o fogo que a vitória é nossa! O Exército fala: sigam-me os que forem brasileiros! A Aeronáutica exclama: bandeirantes altivos do ar! Não preciso dizer mais nada. Acredito na verdade e honra da farda .

Fortaleza, setembro de 2005
General de Divisão Reformado Francisco Batista Torres de Melo.

NOTA: O Grupo Guararapes, reunido dia 30.08.2005, tomou conhecimento deste documento-desabafo de nosso Coordenador Geral, Gen. Francisco Batista Torres de Melo, e considera que não pode fugir ao dever de se juntar a essa incontestável liderança, com total apoio ao que disse e condenou, na triste contingência da mais enlameada crise política por que este País já passou, que acaba por atingir, por ação ou omissão, os três Poderes da República.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Clínica nos EUA oferece escolha de cor de olhos de bebês

Antigamente os pais passavam nove meses imaginando como seria o filho que estava pra nascer. Qual seria o sexo, a cor da pele, dos olhos. Com o avanço da ciencia e da tecnologia já se sabe o sexo da criança nos primeiros meses da gestação. Já se fabrica bebês em laboratórios ou em barrigas de aluguel. Está ficando tudo muito artificial. Agora uma clínica dos Estados Unidos iniciou uma polêmica ao oferecer a casais que querem ter filhos a chance de escolher características como cor do cabelo ou dos olhos do bebê.

Segundo matéria publicada no site da BBC – Brasil, a clínica Fertility Institutes, de Los Angeles, dirigida por um dos pioneiros dos tratamentos de fertilização artificial na década de 70, Jeff Steinberg, espera para 2010 o nascimento do primeiro bebê com características escolhidas pelos pais. A clínica de Steinberg também oferece a escolha do sexo dos bebês.
Especialistas britânicos criticam a clínica americana e afirmam que o serviço vai desviar a atenção das pessoas de como a mesma tecnologia pode proteger crianças de doenças herdadas dos pais. A ciência que envolve as escolhas nos bebês é baseada em uma técnica de laboratório chamada de pré-implantação de diagnóstico genético (PGD, na sigla em inglês).
A técnica envolve a retirada de uma célula de um embrião muito novo, antes que ele seja implantado no ventre da mãe. Os médicos então selecionam um embrião que seja livre de genes indesejáveis - ou, neste caso, um embrião com os traços físicos desejados como cabelo loiro e olhos azuis - para continuar com a gravidez e descartar outros embriões.

Seleção cosmética
Um casal pode querer um bebê com a pele mais escura para ajudar na prevenção de câncer de pele, se já tiver um filho que tenha desenvolvido o melanoma. Mas outros pais podem simplesmente querer um menino com cabelos loiros. A clínica de Steinberg oferece a seleção cosmética para pacientes que já passaram por exames genéticos para problemas gerados por cromossomos anormais em seus embriões.
"Nem todos os pacientes serão qualificados para esses exames e não damos garantias de uma 'previsão perfeita' de coisas como cor do cabelo ou dos olhos", afirma o site da cínica. Steinberg, por sua vez, diz que a capacidade de oferecer este tipo de serviço para casais que querem ter filhos já existe há anos, mas foi ignorada pela comunidade médica. "É hora de todos tirarem a cabeça da areia", afirmou o médico. "Eu não diria que é um caminho perigoso. É um caminho desconhecido."


Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese

A dor de um cidadão general (parte IV)

E fico espantado com a hipocrisia de tudo o que acontece. Estamos no estado democrático de direito? Quando falam nos meandros jurídicos, chegam a babar de gozo. Pode a Comissão de Ética da Câmara julgar mais de um deputado de uma única vez ou só um de cada vez? Para onde mandar o pedido de Cassação? Deve ser para o presidente do Congresso ou para o presidente da Câmara? E outras “preciosidades” são ditas e ouvidas e alguns procuram nos brocados latinos a sabedoria do direito romano ou citam os direitos constitucionais alemães, italianos e de Bostzuana.
É uma graça. Não ouvimos nenhuma pergunta se os mentirosos deveriam de logo ser presos? Se os que tomaram parte na CPMI do Banestado deveriam ser também cassados pelo não cumprimento do dever. Ninguém pede a falência dos Bancos envolvidos nas bandalheiras. O caso Banestado está com uma pedra em cima. Como só tem bandido grande ninguém arromba o cofre. Se envolvesse um militar, o mundo viria abaixo e ele seria execrado. Todos correriam para dizer que estamos no estado democrático de direito, quando todo povo sabe que estamos no estado democrático dos canalhas, dos mentirosos, dos sem caráter.
Para alegria dos comunistas, dos trotskistas, dos maoístas, dos castristas e outras desgraças mais, irei terminar a minha revolta com o que escreveu Trotski, quando ainda sonhava na sua juventude: “Enquanto eu respirar, lutarei pelo futuro, aquele futuro radiante no qual o homem, forte e belo, será o senhor do curso inconstante da história e o dirigirá para o horizonte ilimitado da beleza, alegria e felicidade”!
Não vou perder a minha esperança. Um dia, ainda antes de morrer irei ver na cadeia esses ladrões – não venham dizer que estou abusando de adjetivos, pois, o Carlos Lacerda gostava deles e o estou imitando - os abjetos, os abomináveis, os amorais, os biltres, os canalhas, os crápulas, os cafajestes, os caras-de-pau, os covardes, os cretinos, os cínicos, os debochados, os descarados, os desmoralizados, os depravados, os desprezíveis, os desavergonhados, os devassos, os execráveis, os gatunos, os infames, os falsos, os idiotas, os imorais, os indignos, os impudentes, os larápios, os ladrões, os libertinos, os mentirosos, os mentecaptos, os obscuros, os patifes, os pusilânimes, os poltrões, os pornográficos, os pulhas, os ratos, os reles, os safados, os tratantes, os velhacos, os vis.
Estes adjetivos são até inocentes diante de outros que ainda não foram codificados nos dicionários da língua portuguesa. Um ministro de Estado classificou-os como “corruptos e f.d.p” o que não posso, também, fazer por ser um oficial general. Estou me referindo aos criminosos que estão ligados aos crimes apurados pelas diversas CPMIs, onde ressalto a dos Anões, Banestado, Correios, Mensalão, e Bingos.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Barulho leva mulher a prisão

Uma dona de bar na cidade espanhola de Barcelona foi condenada a cinco anos e meio de prisão por causa do barulho do seu estabelecimento.
Os juízes do caso decidiram que a música alta que saía do bar Donegal teria causado danos físicos e psicológicos a três pessoas que moravam em residências vizinhas.
O sistema sonoro não licenciado de Maria del Carmen Ahijado costumava tocar, entre abril de 2005 e maio de 2006, diariamente, das 9 da manhã às 3 da madrugada. O bar foi fechado em 2006. Os juízes descreveram o alto volume da música como uma forma de tortura. Um dos vizinhos procurou tratamento para ansiedade, depressão e insônia. Além da prisão, ela recebeu uma multa de 17 mil euros (equivalente a cerca de R$ 50 mil).

Feira de Santana precisa de uma justiça assim. Não há tortura maior do que estarmos em nossa casa e sermos obrigados a ouvir estas coisas que chamam de música, num volume insuportável, imposto por esses malucos que transformam os porta-malas dos carros é um trio elétrico. Essas pessoas deveriam ser condenadas a permanecerem um determinado tempo trancadas em uma sala com essas jeringonças ligadas com uma música de qualidade para aprenderem a ouvir o que presta.

A dor de um cidadão general (parte III)

Acabaram com a LBA por lá campear o roubo. Os ladrões estão soltos e o órgão, que era uma realidade, deixou de proteger os miseráveis. No Brasil é assim. Os que ocupam os cargos roubam e os órgãos mudam de nome. Mudaram o nome do DNER. Acabaram com a SUDENE e SUDAM e os ladrões gozando a vida e nos chamando de imbecis. Falsidade, Fingimento, Hipocrisia.
Volto para casa. No caminho paro num sinal vermelho de trânsito e vejo uma mulher sentada na calçada e uma criança magra, com os seus 5 anos, correndo e ainda rindo na sua doce ilusão; e na sua fome evidente. Na carreira que deu ficou atrás de um poste de luz, baixou sua calcinha e fez xixi. Procurou se proteger. Levantou-se e correu, novamente. Tirei alguns trocados e lhe entreguei. O sinal abriu e fui embora.
A revolta pulava no peito. O meu povo não merece isso. Um presidente da República incapaz e que não tem a coragem de mandar investigar, e ainda encoberta criminosos; e uma Sociedade que não tem a coragem de gritar e pensa que se salvará na hipocrisia do dinheiro.
Não sou esquerdista, direitista, centrista ou algum “ista” qualquer. Sou um brasileiro que trabalhou e trabalha para melhorar o seu País, em benefício de seu Povo. Mas vejo que tudo piora. Cueca com dólares, malas com dinheiro, banco que faz empréstimos para partido político com fiadores duvidosos. E um desgraçado aposentado, para comprar remédio e sobreviver, toma empréstimos de pura demagogia pagos com desconto em folha.
Para manter a Santa Casa de Fortaleza, quase que sucumbo. Não chegava o dinheiro. Um dia aparece um fiscal do INSS nos fazendo uma intimação. Só fiz rir e ele também e foi embora. Não recolhia o INSS para comprar remédio, esperando fazê-lo com atraso, embora quando recebesse os minguados recursos governamentais que sempre atrasavam. Ainda é assim. E o dinheiro saindo aos jorros para os Valérios da vida. Chega-se ao cúmulo do Ministro da Justiça orientar o advogado dos ladrões do PT (deu nos jornais e não teve desmentido), quando deveria defender a Sociedade e a Nação. Terrível é que continua ministro e o presidente da República, por ele tutelado, fazendo comício em porta de fábrica com medo de perder o mandato.
Eu fico a imaginar o que estão pensando de nós no Exterior. Eles não entendem que o Banco Central seja dirigido por um cidadão que tem processo no STF a pedido do procurador geral da República, bem como um ministro que só saiu quase que a força. Pode ser uma coisa desta?
Poderia continuar nessa lengalenga, nessa ladainha ou nessa conversa de lamentações que não teria fim e ainda receber de meus correspondentes uma pergunta: “E Daí”? Só posso dizer que não vou me calar. Vou gritar e estou gritando. Quando na rua me perguntam: E agora general: o que diz? Eu grito bem alto: Sabia-se que eles, em 64 eram bandidos consumados: guerrilheiros, assaltantes de banco, seqüestradores, mas da coisa pública, não. Falo o mais possível alto para que todo mundo possa ouvir. E, sempre, ouço palmas.

segunda-feira, 23 de março de 2009

A dor de um cidadão general (Parte II)

Lutei no governo FHC para que o Brasil fosse um país sério. Vi um governo roubando, esfacelando, alienando uma nação e tentando acabar com as Forças Armadas. Ele queria ser, no futuro, Secretário Geral da ONU e para isso seria até capaz de vender o seu País. Na minha ótica, nunca um governante brasileiro foi tão nocivo aos interesses de nossa Pátria.
Depois, no governo Lula, em quem a Nação depositou tantas esperanças, começou a surgir o lamaçal do Mensalão, dos Correios, dos desprezíveis Delúbios, Zés Dirceus, Genuínos, as revelações dos bordéis e cafetinas, etc, deixando-me a pensar em que a minha geração fracassou. Jamais poderia imaginar que a Sociedade Brasileira estivesse tão podre. Lutei e gritei o que pude e vou morrer sem ver o meu País voltar a ser governado por homens sérios e dignos como os formados pelo chamado período militar, dos benditos “anos de chumbo”.
A minha revolta chega, quase, às raias da loucura. Quando o Grupo Guararapes, todas terças-feiras, às 1700 horas, reúne-se, tenho vontade de gritar todos os nomes extravagantes que aprendi vivendo essa vida feia que aí está. Sou contido por ser um general do Exército Brasileiro, que não pode perder a calma. Mas, como ser calmo se no dia 26 de julho tive um momento de pura dor e hoje me envergonho de pertencer a uma sociedade que está insensível. Milhões de Reais e Dólares roubados e eu lutando, desesperadamente, para salvar vida dos brasileiros de bem e os bandidos soltos, gargalhando felizes na sua impunidade. Pode uma coisa destas?
Ontem, encontrei um amigo. Conversamos e, ao nos despedirmos, comentei com ele a concessão de Habeas Corpus aos criminosos que estão à larga na mídia. Ele me perguntou se eu não tinha tomado conhecimento que o instrumento havia mudado de nome. Eu fiquei perturbado. – Agora, general, é Habeas Porcus. Tinha sido dado aos nobres criminosos: Delúbio, Valério e Sílvio e negado à senhora Renilda. Era a mais fraca e, talvez, a que mais precisasse. É a inversão de tudo. Foi preciso que o presidente e o relator da CPMI fossem até ao STF para pedir que não mais se dessem Habeas Corpus (Porcus). Justiça não se pede. Justiça será um direito, quando esse direito tem sentido, na Lei e na Ética.
No dia 27 de julho, fui à Instituição de Idosos que presido e lá encontro duas senhoras. Uma desgraçada chorando e a outra que a tirou da rua. Quando tomei conhecimento da desgraça daquela mulher, produto do roubo dos Delúbios da vida e que têm direito ao tal Habeas Porcus, fiquei traumatizado. Quanto sofrimento. Resolvi o caso dela e no dia seguinte a encontrei passeando e me perguntou: “eu sou aquela” e riu. Ri também e mais revoltado fiquei, pois os canalhas da República estão soltos.

sábado, 21 de março de 2009

A dor de um cidadão general (parte I)

Recebemos este texto por email e decidimos publicá-lo, para que mais pessoas tomem conhecimento do desabafo deste cidadão. Como é muito longo, vamos dividí-lo em capítulos e publicar um a cada dia.

Peço desculpas, mas a reflexão vem de dentro de minha alma. Pensei muito para encaminhá-la. É um grito de dor e de vergonha de um cidadão de 81 anos de idade. Acabava de ver à senhora Renilda Santiago, esposa desse Marco Valério, chorar na TV. Fiquei chocado. Uma brasileira humilhou-se e foi humilhada perante toda a Nação. Imagino os filhos vendo a mãe derramar lágrimas, em público, e, pela fisionomia dela, senti que o seu rosto era de uma mãe amargurada. Sou de uma época em que a mulher, como norma, era considerada Deusa.
Sou o General Reformado Francisco Batista Torres de Melo. Sou um cidadão brasileiro. Tenho 81 primaveras e na minha vida de militar comandei durante 18 anos. Vi de tudo e inclusive enterrei filhos de soldados meus, mortos pela fome, quando eu estava no comando da Polícia Militar do Piauí.
Comandei a Polícia Militar de São Paulo de 1974 até 1977. Lá, vi o pior, que é a família paulista correndo o risco de ser destruída pela droga. No comando do CPOR de Fortaleza (1970 – 1972) apoiei a UFC em tudo que era possível, desde a arte até ter universitários morando no quartel, pois não tinham o que comer. Fui para a reserva em 1988. Logo depois, fui candidato a prefeito de Fortaleza. Pediram que eu negasse a minha qualidade de militar e de general. Não aceitei. A coisa que mais me honra é ser General do Exército Brasileiro. Perdi, mas lutei com dignidade e vi fatos que degradam a pessoa humana. Fui vereador de minha cidade e ao término merecia respeito de todos, inclusive de adversários políticos de esquerda.
No início do governo Collor (Outubro de 1991) criamos o Grupo Guararapes visando a defesa da soberania e da unidade nacionais, com ordem e progresso, asseguradas por Forças Armadas fortes e unidas, como nossos objetivos. De lá para cá é o que temos feito. Fui nomeado para tomar parte na Comissão Especial de Investigação no governo Itamar Franco. Grandes bandidos foram protegidos dentro e fora do governo, ao final. O novo governo de FHC começou assinando o primeiro decreto, acabando com a Comissão e dando fim aos papéis. Os ladrões salvaram-se, graças ao seu indigno salvador.
Durante quatro anos fui Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza. Temos o orgulho de afirmar que a salvamos do desastre total. Hoje, sou Presidente da Instituição Lar Torres de Melo, (nome dado em honra ao meu pai), que toma conta de 250 idosos, sendo que mais da metade vive em cima de camas, sem mais saber de nada. Temos, ainda mais, a responsabilidade de 93 idosos do programa Conviver. É uma luta de “louco”. Eu sou isso.

sexta-feira, 20 de março de 2009


Crise
A tal da crise financeira mundial tem servido de desculpa para tudo. Em qualquer transação financeira, quando um indivíduo não quer gastar dinheiro, culpa logo a crise. Já tem gente dizendo que não vai pagar a conta no boteco por causa da crise.

Genial
Um amigo meu, que não é muito afeito a estes modismos, me disse que a crise não existe, e se vier a existir, a solução é tirar o S do nome crise. Crie! Aliás, alguém já disse que a crise é a mãe da criatividade.

Ditadura
Não é de agora que venho alertando para a ditadura que o PT está implantando no Brasil. Aqui na Bahia, a todo o momento o governo Wagner dá mostras disso. Agora, está afastando diretores de escolas eleitos democraticamente, e nomeando outros, sem maiores explicações. Se isso não um ato ditatorial, não sei mais o que é.

Guerra
Seria cômico se não fosse trágico. As Forças Armadas convocadas para a guerra contra o mosquito da dengue.

Solla furada
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, não poupou críticas ao governo da Bahia pela explosão da Dengue no Estado. “A Bahia ignorou os alertas do Ministério, no ano passado, e não faltou apoio da União”, disse ele. Com a palavra o secretário estadual de Saúde, Dr. Jorge Solla Furada. E não adianta jogar a culpa nos municípios, pois se eles têm culpa, o governo tem mais, pois não os fiscalizou.

“Críticas desmedidas”
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) manifestou na segunda-feira (16), em relatório, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “continua atacando a Imprensa brasileira” por meio de “críticas desmedidas” e desqualificações. “O presidente brasileiro sempre ataca a Imprensa e lança críticas desmedidas quando o enfoque do noticiador ou de um comentário não lhe agrada”, diz a SIP no trecho do relatório sobre liberdade de expressão que fala sobre o Brasil. Aliás, o presidente já demonstrou diversas vezes a sua vontade de calar a Imprensa.

Barulho
Uma dona de bar na cidade espanhola de Barcelona foi condenada a cinco anos e meio de prisão por causa do barulho do seu estabelecimento.
Os juízes do caso decidiram que a música alta que saía do bar Donegal teria causado danos físicos e psicológicos a três pessoas que moravam em residências vizinhas. Os juízes descreveram o alto volume da música como uma forma de tortura. Um dos vizinhos procurou tratamento para ansiedade, depressão e insônia. Além da prisão, ela recebeu uma multa de 17 mil euros (equivalente a cerca de R$ 50 mil).
Feira de Santana precisa de um juis desses.

Nosso 28º Estado
Deu no Cláudio Humberto: “O governo está transportando para a Bolívia, nas asas da FAB, dez toneladas do praguicida Temefós, para combater o mosquito da dengue no país do companheiro Evo Morales. Já para a Bahia infestada...”

Corporativos
O jornalista Claudio Humberto informou em seu Blog que as faturas dos cartões corporativos utilizados pela Presidência da República entre janeiro e março de 2009 aumentaram 405,8% sobre as despesas do primeiro trimestre de 2008, Segundo a Casa Civil, o aumento das despesas com cartão corporativo em 2009 é reflexo das viagens do presidente Lula realizadas ainda em 2008 e de eventos organizados pela Presidência, que têm a presença de delegações estrangeiras, como, por exemplo, a Cúpula em Sauípe e o Fórum Social em Belém. Ao final do trimestre, os gastos deverão fechar com um aumento de mais 2%.

O que é que a baiana tem com Chávez?
O questionamento é também de Cláudio Humberto que diz: “Quem pode responder é o governador petista Jaques Wagner, que volta à Bahia após um final de semana de acordos para o “desenvolvimento do turismo” com o governo bolivariano tresloucado de Hugo Chávez - compromisso acertado na visita de Lula, em janeiro. Na pauta, voos diretos Caracas-Salvador e cooperação técnica do Estado com a Venezuela. A capital baiana agora é “irmã” da província de Aragua. Chávez vem à Bahia em maio, para a cúpula Brasil-Venezuela”.

Turistas
O governador Jaques Wagner foi à Venezuela para, segundo as informações oficiais, fazer acordos para o desenvolvimento do turismo. Enquanto isso, os mosquitos Aedes Aegipty saíram das florestas equatoriais (zona onde está situada a Venezuela) e voaram para a Bahia, num verdadeiro intercâmbio turístico.

Frase da semana
“Na marcha em que vai o Brasil, chegaremos a uma revolução social com sangue, a não ser que os homens de bem reajam ou todos nós iremos sofrer a desgraça das paixões desenfreadas das massas”. (General Torres de Melo)


Se a moda pega...
Como se não bastasse uma ambulância UTI ter sido desviada do hospital Clériston Andrade para dar plantão numa festa particular em Nova Fátima (fato que Jorge Solla Furada considerou “normal”), o deputado Sérgio Carneiro (PT) foi flagrado indo à festa de aniversário de José Dirceu num carro oficial, cujo uso é exclusivo em serviço. Questionado, o cara de pau deu uma de João Sem Braço: “Ué! Não pode”? E no melhor estilo Lula disse que não sabia.

Deu a louca na polícia
Mais de 700 pessoas reprovadas no psicoteste num concurso da Polícia Militar foram incorporadas e estão nas ruas “trabalhando”. Para quem não sabe, o psicoteste revela se a pessoa tem a mente sã e equilíbrio emocional, o que não é o caso dos policiais reprovados. É por isso que ocorre fatos como aquele do estádio de Madre de Deus.

Malandragem antiga
Descobriram que o Senado é um antro de mordomias e malandragens. Tem diretoria funcionando até em garagem subterrânea, e na maioria dos casos, os diretores são chefes de si mesmos. É tudo malandragem para dar emprego e bons salários a apaniguados políticos. Mas isso não é novidade, já vem de longe. Lembro que nos anos 80 um deputado federal querendo melhorar o salário de um ascensorista que era seu protegido, o promoveu a “técnico em ascensão vertical”.

Philosopher
“Ladrão que rouba ladrão vive no Distrito Federal”.

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Por hoje é só que agora eu vou ali ver a briga dos soldados das Forças Armadas contra os mosquitos da dengue.

Galinhas, perus e patos


Das coisas boas do passado, que ainda podemos encontrar aqui ou acolá, estão a galinha caipira, um pato ou um peru assado. Nos tempos do jornal Feira Hoje, por sugestão de Dimas Oliveira, criamos o Clube do Frango, que funcionava assim. A cada sábado nos reuníamos num bar e um dos comensais era responsável pelo frango assado. Os demais dividam a conta das bebidas.
Tudo ia muito bem até que chegou a vez de Reginaldo Pereira patrocinar os frangos. Ele não cumpriu com a parte dele e o Clube se dissolveu. Não sem antes descarregar sobre o negão todos os piores adjetivos que vieram às nossas mentes. O menor deles foi “irresponsável”, adjetivo esse que ficou associado ao seu nome pelo resto dos tempos. Afinal, não se acaba com a farra de um monte de amantes do álcool, assim, impunemente.
Quando eu tinha cerca de dez anos, alguém teve a triste idéia de me mandar dar cachaça a 14 perus que estava no quintal da nossa casa, que seriam abatidos para um casamento. Eu cumpri com a tarefa, mas soltei todos os perus. Quando os responsáveis pela matança chegaram, me encontraram no chão, rolando de rir, e 14 perus bêbados fazendo piruetas engraçadíssimas.
O médio Outran Borges recebeu de um paciente a promessa de lhe dar de presente um peru. Como a promessa foi feita numa mesa de bar, o dono de uma padaria em frente ao referido bar, disse que assaria o peru no forno da padaria, colocaria alguns aviamentos e levaria para ser comido de tira-gosto no bar, com a presença dos amigos ali presentes.
O peru veio. Pequeno, mas veio. E foi devidamente abatido e assado, recheado com farofa e outros aviamentos. Os amigos sentados à mesa esperavam o doador do peru para começar a festa. Mas ele demorou e a impaciência reinou, com o peru sendo inteiramente devorado. Quando os ossos ainda estavam no prato, parou uma Kombi na frente do bar e dela desceu o doador do peru com toda a família (uma 15 pessoas), convidadas para comer o bendito peru.
Nas minhas caçadas com Pipiu Bahia eu matei um pato enorme. Pesava, aproximadamente, cerca de três quilos. Aliás, foi o único pato daqueles que eu vi. Era todo branco, com as pontas das asas pretas, e sobre o bico uma crista formada por uma cartilagem dura. Levamos o pato para a casa da fazenda, pertencente a um amigo, e pedimos ao vaqueiro que desse a alguém para tratar o bicho.
Mais tarde, já sentados na varanda, conversando com o capataz, fomos informados que as mulheres da casa vacilaram e um cachorro havia abocanhado o pato e sumido mato adentro. Tudo bem. Fazer o que. No dia seguinte, já conformados com a perda do pato, fomos convidados a ir, à noite, à casa do vaqueiro, cuja filha havia casado e estava dando um festinha em família.
Quando nós entramos na casa, apertada e cheia de gente, Pipiu me cutucou e cochichou no meu ouvido: “Cristóvam, olha onde está o nosso pato!” Era o “peru” da festa do casamento.
Numa pequena cidade do interior da Bahia, durante o carnaval, Dr. Outran Borges foi convidado a comer um pato assado na casa de um amigo. Lá pelo meio dia, após muita cerveja e pinga da boa, entrou numa caminhonete com o amigo que o havia convidado se seguiram para casa para comer o pato.
O problema é que na carroceria da caminhonete iam os irmãos de Outran e mais alguns amigos. Seguindo a caminhonete de Outran, outros cinco carros lotados de gente. Quando pararam na porta da casa, que já estava cheia, o único que conseguiu entrar foi Teco, irmão de Outran, que ainda conseguiu abiscoitar a metade de uma asa de pato.

Uma proposta de manifestação pública “Por Um Brasil Melhor”

“Temos entre os seres humanos duas correntes de pensamentos contraditórias e distintas: Os Otimistas e os pessimistas, Não é necessário escrever sob estes, mas é bom que todos conheçam-nos.
Os pessimistas colocam desânimos e dificuldades em tudo o que pode ser realizado, concorrendo em grau e grandeza com os sabotadores, de suas ajudas somente o desserviço. Já os otimistas prontificam-se em contribuírem para a causa, não medindo esforços para que tal realização seja no mínimo marcante, e que possa dar o ar de vida.
Um ato cívico e político (sem vexatoria a partidos polticos, CUT, CGT, MST e demais que dão apoio a gangue), seria para a consagração de um “Dia Nacional da Liberdade”. Devemos, entretanto, nos atermos à Liberdade Cívica, com o direito de manifestação de pensamentos, com homenagens a aqueles que deram o sangue e a vida por um país livre do Comunismo. Mas se houver manifestação política, coisa desaconselhável no momento, então pode haver desentendimentos grosseiros, que em hipótese alguma é recomendado. Por tal coisa é bom que os pavios curtos, aqueles que desejam causar confusão, sejam contidos e, se possível, de maneira gentil os impedir de participarem do Ato.
Esta manifestação é para cidadãos civilizados, e não para terroristas, meliantes comunistas, e desagregadores. Vamos pensar com carinho, há de se mostrar a todos que desejamos um Brasil melhor”.
(Texto anônimo sobre uma possível manifestação pública da sociedade por um Brasil melhor).

sábado, 14 de março de 2009



Desempregados
Segundo o secretário de Serviços Públicos, Luiz Araújo, com a limpeza eficiente da cidade, até os urubus sumiram daqui. Já tem político de plantão querendo fundar uma ONG para proteger os urubus desempregados, exigindo indenização por parte da Prefeitura e a criação de uma “Bolsa Carniça” pelo governo Lula.

Poesia
Ouvi no rádio um “cantor” de um grupo denominado “Motumbá”, entoando os “versos” de uma “música” que ele compôs: “Quero ver você descer/quero ver você subir/quero ver você molhada de suor/quero você pra mim”. É poesia para envergonhar qualquer Chico Buarque.

Poesia I
Os versos do tal do Motumbá (será que essa palavra tem algum significado?) me lembram as “Loas” do Ceará. Tipo assim: “Lá vem a lua saindo/redonda como um facão/traíra não tem pescoço/que dirá corró”. Porém, nas Loas cearenses, os versos de pé quebrado são propositais e objetivam divertir as pessoas.

Dengue
Quando um governo perde para um mosquito, muita coisa está muito errada neste governo.

Caminhada
Neste domingo tem caminhada pelo combate ao câncer. A saída e a chegada será na praça de alimentação da avenida Getúlio Vargas. A saída está programada para as 08 horas. Cerca de 15 profissionais do IHEF estarão dando atendimento gratuito ao público, com informações, orientação sobre prevenção do câncer de mama e exames clínicos.

Drogas
Taí! Gostei do Evo Morales mastigando uma folha de coca em público. É necessário desmistificar algumas mentiras históricas. A folha de coca tem propriedades medicinais e é usada em larga escala nos países andinos. O chá de coca ou simples mastigação das folhas diminuem os efeitos do ar rarefeito nas grandes altitudes. Agora, se alguém extrai da coca a cocaína para cheirar e ficar doidão, que culpa a planta tem?

Drogas I
O mesmo ocorre com a maconha, que também tem propriedades medicinais. O chá de maconha é bom para quem tem problemas respiratórios. E eu desafio a quem quiser me provar que maconha traz danos ao cérebro. Já disse e repito, conheço muita gente boa que fuma seu baseadozinho todo dia, há anos, e continua com o juízo perfeito. Agora, se alguém pega a maconha e mistura com pasta de cocaína, para fazer o tal do “Crak”, que culpa a canabis tem? È claro que, todo excesso é ruim. Até água, em excesso, traz problemas.

Lula nos EUA
O medo que faz é Lula emprestar muito dinheiro a Obama

No CCAAm
Estive no lançamento do livro de Irma Amorim(foto) terça-feira passada. Encontrei muitos amigos, alguns dos quais não via há muito tempo. Fiz algumas fotos.


Clube da CERB



As sextas-feiras têm sido animadas no clube dos funcionários da Companhia de Eletrificação Rural da Bahia (CERB), com a presença de diversos amantes da noite. Sempre tem alguém tocando alguma coisa, o bar é bem sortido e os freqüentadores são de primeira qualidade. E desde sexta-feira passada quem está “ancorando” o palco é o violeiro Zé Arcanjo, na companhia de Rita Caribé (foto), que faz a percussão. O clube da CERB fica na rua Barão do Rio Branco, 30, no Pilão. Às sextas-feiras, a entrada é franca.

Philosopher
“O problema do Brasil é que quem elege os governantes não é o pessoal que lê jornal, mas quem limpa a bunda com ele!” (anônimo, mas, genial).

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Por hoje é só, que agora eu vou ali participar da caminhada pelo combate ao câncer.

“A verdadeira bravura está em chegar em casa bêbado, de madrugada, todo cheio de batom, ser recebido pela mulher com uma vassoura na mão e ainda ter peito pra perguntar: vai varrer ou vai voar?”

Pelas estradas da vida


Eu tenho dois irmãos que são carreteiros e viajam por todo este Brasilsão afora, como diriam os ufanistas, “transportando o progresso da nação”. Já viajei diversas vezes com eles e, embora não seja motorista profissional, também já dirigi muito por esta Bahia. Por isso, também tenho minhas estórias de estrada para contar. Tristes, alegres, curiosas, as estórias das estradas sempre chamam a atenção pelas suas peculiaridades. Mas minhas estórias de estradas eu vou contar em outra oportunidade. Por enquanto, vou contar estórias que outros me contaram.
Um amigo meu era motorista de uma empresa de ônibus que faz rotas interestaduais. Numa destas viagens ele dirigia um ônibus de turistas. Era um daqueles ônibus leito, grandes, com ar refrigerado, TV e tudo mais. Ele havia feito uma parada para o almoço no ponto de apoio e retomou a viajem pouco depois. Viajava ele num retão nas proximidades do Crato, no Ceará, num sol de 40 graus. Dentro do ônibus, os turistas cochilavam, jiboiando o almoço, ao frescor do ar refrigerado.
De longe, ele viu um jumento morto na beira da estrada, com a barriga muito inchada e alguns urubus em volta. Quando ele se aproximou os urubus voaram pra longe, mas quando ele já ia passando pelo bicho morto, saiu de dentro do jumento um urubu todo melecado, que num vôo pesado veio se chocar diretamente com a frente do ônibus que era toda de vidro. Com o impacto o vidro se quebrou e o urubu, ainda vivo, melecado e ensangüentado, foi parar no meio dos turistas, sujando tudo.
Quando a fedentina subiu, os turistas que tinham acabado de almoçar, passaram mal e começaram a vomitar uns sobre os outros. O quadro era dantesco. Tamanha calamidade ele nunca tinha visto. Teve que voltar ao ponto de apoio, trocar de ônibus e esperar que os turistas tomassem banho, lavassem e trocassem suas roupas. Alguns tiveram que ser medicados.
Mas algumas estórias não são tão calamitosas. Ainda rapaz, eu viajei várias vezes sobra a carroceria de uma caminhonete F-400, de propriedade de um tio de meu amigo Fael, para passar fins de semana na fazenda Baixa Fria, no município de Santo Estevão. A gente ia de carona, sem pagar nada, mas pagava a passagem em chicotadas de mato, pois o motorista fazia questão de passar raspando pelos arbustos da beira da estrada, cujos galhos chicoteavam quem ia sentado na borda da carroceria.
Seu Gerson Borges, pai do meu amigo Outran Borges, tinha uma Kombi que ele usava para ir para a fazenda. Pelo caminho, ele costumava dar carona a quem encontrava, sem cobrar nada. Porém, as pessoas se escondiam, porque sabiam que a qualquer momento teriam que empurrar o carro que, invariavelmente, caprichosamente, apagava o motor. E dava a maior trabalheira para voltar a funcionar.
Mas uma da melhores estórias da estrada que eu conheço, foi um irmão meu quem contou. Segundo ele, havia o velho camelô que possuía uma
F-4000 que ele usava para ir “fazer feira” nas cidades da sua região. Ele tinha o maior ciúme do carro, claro, pois era a sua ferramenta de trabalho, o seu “ganha pão”. Ninguém, nem seus filhos, pegavam no carro.
Ele tinha um ajudante, antigo e fiel escudeiro, que o acompanhava há muitos anos. Mas o sujeito era “tato”. Tinha, como se diz popularmente, “a língua pegada”. Por exemplo: chofer, para ele era “toté”. E lá um belo dia, o velho adoeceu, e não estava em condições de fazer uma importante feira da região.
Impossibilitado de dirigir, até mesmo de sair de casa, ele confiou ao filho mais velho a “missão” de ir com o ajudante fazer a feira. Pela manhã, não sem antes fazer mil recomendações ao filho e ao ajudante, permitiu que os dois fizessem a viagem. Porém, o rapaz, sem muita experiência, seguia viagem numa velocidade prudente. Foi aí que o ajudante entrou em cena.
Dizia ele: “Ô, toté, assim a gente vai perdê a fêra. Aperta o pé”. O rapaz começou a apertar o acelerador, e começou a se empolgar com os estímulos do ajudante: “É isso aí, toté! Bota pra descer toté! Isso sim, é que é toté”! Empolgado, o rapaz foi aumentando a velocidade, até que numa curva mais sinuosa, perdeu o controle do carro e foi parar dentro de um brejo, ficando com o carro completamente atolado.
Ainda assustado, olhou para o ajudante, buscando apoio moral. Mas o desnaturado, sem o menor remorso, olhou pra ele e disparou: “Tu é lá toté, fi da pé”!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Pra que Polícia?


O episódio recente da prisão de coronéis da Polícia Militar, que estariam fraudando licitações da corporação, o noticiário diário dando conta da prisão de policiais criminosos, e a total insegurança em que vive a população, são fatos que devem ser refletidos por cada cidadão, e devem servir de motivo para uma reação popular, para forçar uma ação política que venha a por ordem nas coisas. Do jeito que está é que não pode ficar.
A força policial militar foi concebida para auxiliar as Forças Armadas, cujo principal papel é defender o território nacional de possíveis inimigos. Cabe à Polícia Militar e à Polícia Civil, combater o crime nas ruas, investigando e prendendo criminosos comuns, seja ele quem for, pois a lei, precipuamente, é igual para todos.
Porém, está mais que claro que nenhum destes objetivos estão sendo atingidos. A PM mostra-se cada dia mais desaparelhada para exercer o seu papel. Não recebe o apoio devido por parte do Executivo e do Judiciário. Os policiais estão despreparados, mal armados e mal pagos, vivendo em favelas e com seus filhos estudando em escolas ruins. Vivem com medo de se expor, pois muitos dos seus próprios vizinhos são bandidos que atentam contra as suas vidas.
Neste cenário em que cada cidadão honesto é tido como “otário”, e que só se dá bem quem é “esperto”, é fácil ser envolvido pelo crime organizado. É um terreno fértil para a corrupção. O resultado é que os bandidos estão soltos, fazendo e acontecendo, dominando bairros inteiros, e os cidadãos de bem encarcerados em suas casas, com os policiais sem forças para cumprir o seu papel.
Creio que é chegada a hora de se colocar as cartas na mesa. Não há mais como esconder a sujeira debaixo do tapete. Temos que parar de fingir que não vemos o que está aí, bem à nossa frente, a nos ameaçar. A sociedade tem que reagir, exigir dos governantes uma ação efetiva para combater a criminalidade e dar efetiva segurança a quem lhes paga para defender seus interesses. Na organização empresarial, quando um empregado não corresponde à expectativa do patrão, ele é demitido.
Por outro lado, como o Brasil é um país pacifista, as Forças Armadas não têm muito que fazer. Eu costumo dizer que o serviço militar no Brasil é o melhor emprego do mundo. Casa, comida, roupa lavada, atendimento médico e dinheiro no bolso. Nada de guerras. Quando muito, uma força tarefa para integrar às forças de paz da ONU.
Sendo assim, então, pra que polícia? Melhor pegar a parte sã que ainda existe na corporação, integrá-la às forças armadas e colocar Exército, Marinha e Aeronáutica nas ruas, para o eficaz combate aos criminosos comuns e ao crime organizado.
Não vejo outra saída. À exceção, talvez, de uma guerra civil.