quinta-feira, 30 de abril de 2009

Artigo da Semana


A Câmara, o Sincol e a Gripe Suína

Estes assuntos dominaram o noticiário desta semana. Sobre a Câmara Municipal, alguém tem que avisar aos vereadores que é dever e direito dos profissionais de Imprensa, garantidos pela Constituição Federal, divulgar fatos e emitir opiniões, com o objetivo de esclarecer para a população o que acontece, quando como, onde e porque. Somente quando há mentira ou ofensa, cabe a quem se sentiu ofendido ou prejudicado por uma mentira, chamar o profissional de Imprensa à responsabilidade, inclusive judicialmente, para que ele se retrate e/ou sofra as punições cabíveis. Da mesma forma, ameaçar ou corromper profissionais da Imprensa também são atitudes passiveis de processos judiciais. No mais, protestar pela divulgação de fatos, é choro de quem é pego com a boca na botija.
Sobre o Sincol, quem me conhece sabe da minha opinião sobre as empresas de transporte coletivo e seus proprietários. São gananciosos, arrogantes e prepotentes. Não conhecem limites para fazer valer seus interesses. E prestam um serviço de péssima qualidade aos usuários do transporte coletivo e vivem em busca de lucros exorbitantes. A população tem sim o direito de protestar e exigir do governo municipal uma atitude em sua defesa, pois é o poder municipal o responsável por determinar o valor da tarifa que deve ser cobrada, observando, é claro, todos os aspectos financeiros que envolvem a questão.
Diz-se que a tarifa de Feira é uma das maiores do Brasil. Mas, alguém já se perguntou por que? Por exemplo: Nas cidades onde as tarifas são mais baixas, existe transporte clandestino? Há nestas cidades, motociclistas fazendo transporte de passageiros, de forma clandestina ou com concessão do poder municipal? Existe lá, também, tantos passes livres? Sim, porque quando o poder municipal concede transporte gratuito para determinada categoria de trabalhador, essa conta é paga pelo usuário. Se a empresa de transporte perde uma fatia da sua receita, por interferência do poder público, é justo que ela busque reposição desta perda e, geralmente, a solução é o aumento da tarifa. Faz-se necessário um estudo sério, por parte de quem entende do assunto, para responder a estas questões.
Quanto à tão propalada epidemia de Gripe Suína, eu me lembrei de um amigo que diz: “Quando eu chego em casa e minha mulher me vem com aqueles problemas caseiros, eu arrumo na hora um problema maior para ela se preocupar. Aí a gente vai dormir e no outro dia ela já esqueceu do problema que queria jogar pra mim”. O que tem a ver uma coisa com a outra? Eu explico: É que quando os governantes começam a ser incomodados pela Imprensa por conta de algum escândalo promovido por eles, como no caso das passagens aéreas, eles logo inventam um problema maior que é pra desviar a atenção da população, fazendo com que esqueça das suas patifarias.
A Gripe Suína, assim como a Gripe Aviária, eu tomei conhecimento da sua existência há muitos anos e até hoje as previsões apocalípticas que o governo plantou na Imprensa, não se concretizaram. A rigor, só tenho conhecimento de registro histórico da Peste Negra, que dizimou metade da população européia, e a Gripe Espanhola, que matou milhares de pessoas aqui no Brasil. Tudo mais é conversa mole para boi dormir.

Quem governa, afinal?

Lula já bateu o recorde de viagens internacionais, que pertencia a FHC. Jaques Wagner vai no mesmo ritmo. No Palácio do Planalto, a lista de compras de alimentos, principalmente carnes, daria para empanturrar a pobre África por um bom tempo (para não falar nos nordestinos, à mercê da seca).
Mas é assim mesmo. Há muito tempo, coisa lá de 1980 e poucos, assisti a um filme - do qual, perdoem-me os leitores, já não recordo mais o nome - com uma cena que ficou para sempre na minha memória: em uma mesa enorme, executivos de uma grande multinacional norte-americana se reúnem e o chefe deles discursa. A certa altura, diz: "Vocês pensam que quem governa os Estados Unidos é Ronald Reagan? Não! Quem governa os americanos é a General Motors, a Texaco, a IBM, os grandes bancos..." Bem, creditemos à dita crise internacional a decadência de alguns nomes e setores citados,mas a verdade é que o verdadeiro governo continua nas mãos de quem comanda o dinheiro e, com ele, comanda quem finge comandar.
Isto posto, fica claro que os governantes são meros fantoches, alguns metidos a engraçadinhos e fazendo piadinhas cretinas com tudo, ignorantes, cheios de metáforas e jogando no lixo o seu passado de "defensor dos racos e oprimidos"; outros, como foi FHC, posudos, cheios de currículo, mas nem por isso menos títeres.
Funciona assim: os grandes empresários observam os candidatos e, junto com especialistas em marketing e coisas que tais, escolhem aquele no qual vão investir pesado. Aí, o sujeito é eleito (pode dar zebra, mas é raríssimo, e fiquem certos que Lula não foi uma zebra!) e tome-lhe mordomia. Palácio, muita carne para churrasco (ou algo mais sofisticado, dependendo do gosto e nível cultural de cada um), um avião novo em folha, inteirinho, para viajar mundo afora "em busca de novos investimentos para o país, a fim de gerar emprego e renda", e uma grana violenta, não declarada, que transforma qualquer retirante da seca em bilionário em quatro anos (ou menos!).
Bem, a missão política dessa marionete é prometer ao povo coisas que não serão cumpridas e receber o ovo na cara quando houver protesto. Enquanto isso, especialistas, estes, sim, frios e calculistas, governam a economia sob a ótica cruel e realista do capitalismo. Então, quando eu ou você xingamos Lula, Meirelles dá risada, e Lula sai para passear, para aliviar o estresse tomando umasduas a bordo deum luxoso Airbus.
Isto não acontece só no Brasil, tampouco só com Lula, e muito menos apenas em nível de Planalto. Se é que vocês me entendem...
Bem, quanto aos parlamentares, em todos os níveis, o processo é mais ou menos o mesmo. Daí que mesmo os mais radicais "defensores do povo" acabam mudando de atitude quando chegam lá. E diante do escândalo das passagens, já vi não escapa ninguém.
E continuemos nesse teatro,cuja platéia, pelo menos no Brasil, na sua maioria não tem dinheiro nem para pagar o ingresso. Pelo contrário, recebe bônus para assistir à peça calada.

Alex Ferraz - http://osinimigosdorei.blogspot.com

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Coluna


Fauna em extinção
Na noite de quinta-feira passada, no Parque Pituaçu, em Salvador, uma carreta carregada de aço atropelou um Touro do Sertão. Segundo o repórter Aldo Matos, o Touro chegou a ser socorrido na enfermaria do estádio Roberto Santos, mas não resistiu e veio a falecer. Simultaneamente, em Canabrava, também em Salvador, foi morto um Carcará que, inadvertidamente, invadiu a Toca do Leão.

Dança
“Enquanto o trio tocava, o decreto cantava e o povo dançava”, Dilton Coutinho, no programa Acorda Cidade, fazendo alusão ao aumento das passagens de ônibus urbanos, decretado pelo prefeito durante a Micareta.

Minha Casa, Minha Dilma
Quem está esperando comprar casa popular através do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, pode esperar sentado pra não se cansar. O próprio presidente Lula, ao lançar o programa, foi logo cuidando de conter os ânimos, dizendo algo mais ou menos assim: “Não se avexem não, que nada é pra já”. Podem tomar nota do que digo: esse programa só vai funcionar (se funcionar) depois das eleições do ano que vem.

Cara de pau
Depois de ser acuado pelo colega, que o chamou de chefe de capangas no Mato Grosso, e o acusou de estar destruindo a credibilidade do Poder Judiciário, o ministro do STF, Gilmar Mendes, minimizou o fato e ainda teve a cara de pau de dizer que a imagem do Judiciário no Brasil é muito boa. Ta bem. Estamos combinados assim.

Ooops...
Depois que o prefeito Tarcízio revelou que o custo com contratação de atrações para a Micareta deste ano foi bem menor que no ano passado, tem muita gente com as barbas de molho. Eu bem que falei diversas vezes que tinha gente levando um troco. E que troco. Agora eu quero ouvir as explicações. Prestem bem atenção, porque vai faltar óleo de peroba na praça para tanta cara de pau.

Tirando da reta

Lembram do Dr. Solla, o que mede largo e corta estreito? Pois bem. Convidado para participar de uma Audiência Pública em Brasília, sobre a epidemia de Dengue que assola o País, ele tirou o corpo fora e lá não foi. Talvez não quisesse dar explicações sobre onde foi parar os mais de R$ 40 milhões que o Ministério da Saúde mandou para combater o mosquito Aedes Aegypt. Ou então porque ele ignorou os alertas do Ministério sobre o perigo de uma epidemia de Dengue na Bahia.

Não sei se perceberam
A Micareta veio e passou, todo mundo se divertiu, e ninguém morreu de Dengue ou Meningite. Aliás, pode até morrer alguém de Dengue, Meningite ou outras doenças, como tem acontecido. Mas não por causa de uma festa, e sim pela falta de prevenção de quem deveria cuidar mais da saúde pública do que da politicagem barata e mesquinha.

Crise, que crise?
Como diz meu amigo Jorge Galeano, a crise está na cabeça das pessoas. Creio que, pela primeira vez, ouvi barraqueiros elogiando a Micareta, dizendo que fizeram bons negócios. Teve até quem dissesse que vendeu mais que no Carnaval. O preço da cerveja baixou, o consumo aumentou e até os catadores de lata comemoraram as toneladas de alumínio deixadas no asfalto. Se esta é a tal da crise, que venha a crise.

Divulgação
Falando em micareta, o espaço Charles Albert, na praça da Kalilândia, não teve a atenção merecida. Faltou divulgação. Mesmo assim, merece elogios pela linda decoração do artista Josué e a organização de Edson Batista, que esteve à frente de todos os eventos realizados no espaço, a começar pelo concurso para escolha da rainha e princesas da terceira idade logo, no primeiro dia da festa. Magnífico!

Babacas
Alguém organiza um bloco para brincar na Micareta. Uma vez na rua, alguns idiotas comportam-se como se estivessem dentro de suas casas e passam a agredir todo mundo com obscenidades e impropérios. Deve ser sexualidade reprimida, mau humor, sei lá o que. Mas, nem por isso devemos deixar de brincar, até porque, babaca tem em todo lugar, inclusive no Vaticano e na Corte da Inglaterra.

Patético
Com esse título o jornalista Alex Ferraz deu em sua coluna Em Tempo, publicada diariamente no Jornal Tribuna da Bahia, a seguinte nota:
“Você sabe onde é Malawi, Malávi ou Malávia, querido leitor? Pois é, ninguém. É um país-tripa (olhe no Google Earth – eu pareço garoto-propaganda do Google, e, não sou deputado mas, quero minha ponta) no meio da África. Metade da população tem Aids e a outra metade morre de fome. Pois Madonna já adotou um menino pobre (redundância?) de lá. Agora, quer adotar uma menina de três anos, órfã. Aí, Executivo, Legislativo e Judiciário do Malávi fizeram um “Pacto pela República” de lá e vão impedir estrangeiros de adotar os órfãos do Malawi, que, assim, terão uma vida magnífica, cheia de saúde, educação e oportunidades na capital do país, que se chama Zomba. Sim, Macaco Simão, a capital da Malávia é uma piada pronta: Zomba!” Tá pensando que é só aqui?

Tô pagando pra ver...
O senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) é autor de projeto que obriga os políticos a matricular os filhos em escolas públicas. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), chamou o projeto de “demagógico”. Pelo projeto, até 2014 todos os filhos de políticos em idade escolar devem ser matriculados em escola pública. Vale lembrar que as filhas do senador frequentaram escolas particulares. Mas, ele alega que na época nem era político e que teria sido “atitude quixotesca”, em prejuízo da educação das meninas. Tô pagando para ver.

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Por hoje é só que agora eu vou ali ver um filho de deputado ou senador estudando em escola pública.

Artigo da Semana


Os números da Micareta

Apesar da tão propalada crise financeira mundial, apesar das ações daqueles que queriam cancelar a Micareta, o que fez com que muita gente, até de fora do Estado, deixasse de vir para a cidade, a Micareta deste ano foi uma das melhores dos últimos tempos. Os números por si só demonstram isso.
Os barraqueiros, que sempre reclamam de movimento fraco, este ano mudaram o discurso. Houve até uma barraqueira que declarou ter vendido mais que no carnaval de Salvador. O preço da cerveja caiu e chegou a ser vendida por R$ 1,00 a latinha e R$ 1,50, o latão. Com o aumento da venda de cervejas, os catadores de lata também saíram ganhando, retirando da avenida para a reciclagem toneladas de metal.
Para a Polícia, foi uma Micareta das mais tranqüilas, com apenas uma morte registrada no circuito da festa, e ainda assim não diretamente relacionada com ela, pois se tratou de rixa entre bandidos. Poucos também, ainda segundo a Polícia, foram os casos de brigas, furtos e roubos. Os números foram inferiores ao do ano passado. Também para a Secretaria Municipal de Saúde, que montou postos de atendimento no circuito da festa, poucos foram os atendimentos, e nenhuma ocorrência grave. Um homem morreu enfartado, mas, segundo seu próprio filho, ele sofria de problemas cardíacos, e foi levado por ele para a festa, justamente para se distrair e esquecer o aborrecimento com a derrota do seu time do coração.
As modificações feitas no circuito surtiram efeito, inclusive o novo espaço criado no Tomba, foi um sucesso. O prefeito Tarcízio Pimenta acertou em cheio ao contratar 70% de atrações locais, e negociar diretamente as contratações, livrando-se da influencia nefasta de empresários e outros atravessadores, que, segundo se tem comentado nos bastidores, estão tendo lucros exorbitantes. Isso barateou a festa.
Agora se discute a mudança do sítio da festa para o ano que vem, levando o circuito para além da igreja dos Capuchinhos, para evitar os transtornos causados pelo atual modelo no centro da cidade. A idéia é louvável.
É sempre bom lembrar que a Micareta começou na Rua Conselheiro Franco, entrou nas praças do centro, invadiu a Avenida Senhor dos Passos e instalou-se na Avenida Getúlio Vargas. Em todas estas mudanças, sempre houve resistência dos conservadores ou daqueles que defendiam seus próprios interesses, sem se importar com o interesse coletivo. Para se tirar a Micareta da Avenida Getúlio Vargas, que não mais comportava a festa, e levar para a Avenida Presidente Dutra, foi uma verdadeira “guerra”.
Eu tenho dito que, o Parque de Exposições, que é um elefante branco, que só é utilizado um vez por ano, bem que poderia ser adaptado para receber, não só a Micareta, como outros grandes eventos. E principalmente agora, que se anuncia que a Avenida Noide Cerqueira será aberta até a BR-324, passando por trás do Parque, evitando-se os riscos da entrada e saída pela BR-324, não há mais nada que impeça a execução de tal projeto. A questão agora é só de vontade política.

Crônica da semana


Noites brasileiras

Estamos nos aproximando dos festejos juninos, época em que eu choro de saudades e de raiva. Saudades da época em que eu curtia a melhor de todas as festas, nas noites mais brasileiras que Gonzagão já cantou. Raiva, de ver no que ela se transformou. Mas, aqui e ali, cercando-se de alguns cuidados, ainda dá pra curtir um São João de verdade. Forró pé de serra, bolo de aipim, canjica, milho verde, pamonha e licor da fruta. A fogueira ilumina os gritos das crianças e aquece os corações.
No dia seguinte, cheiro de relva molhada, fumaça de fogueira se apagando e cheiro de fogos queimados, cuscuz de milho pisado no pilão, buchada, galinha caipira e café bem forte. E o friozinho da manhã convida a um cigarrinho de fumo de corda ou um bom charuto. Tudo envolto na maior alegria, camaradagem e, sobretudo, na mais santa paz.
E foi numa destas noites de São João que com a família e amigos reunidos na fazenda Paus Altos, de Pipiu e Ada Bahia, estava eu, casado há poucos anos e já com dois filhos menores, acampado numa barraca armada no terreiro da casa. Ao lado da barraca havia (e ainda há) um quarto estreito, com beliche dos dois lados, formando um corredor. Ao fundo um velho guarda-roupa feito de compensado. Ali se arranchavam os homens solteiros, por isso apelidamos carinhosamente o local como “Pedra Preta”, numa alusão nada sutil à famigerada penitenciária de Salvador.
Após tomarmos todos os licores, dançarmos todos os forrós e as crianças soltarem todos os fogos, alguns foram dormir e outros se reuniram em volta da fogueira para conversar e contar estórias. Ada, que sempre foi muito criativa, inventou uma estória de que havia uma assombração em forma de galinha, que cantava altas horas da noite, e voava botando ovos que se quebravam contra as paredes. “E ninguém deve abrir os olhos, porque ela vem para bicar a cegar as pessoas”.
Apesar de ser brincalhona, ela consegue manter um halo de respeitabilidade e credibilidade. Assim sendo, algumas pessoas, supersticiosas, acreditaram na estória da Galinha Voadora. Percebendo isso, eu fui até o galinheiro atrás da casa, peguei uma franguinha preta e joguei dentro da “Pedra Preta”. Pra completar o cenário, joguei um ovo no meio do corredor entre os beliches.
Quando a rapaziada foi dormir, alguns ainda brincavam falando com “voz de assombração”: “Cuidado com a galinha voadora”! Como não havia luz, pois o gerador já havia sido desligado, eu chamei Carlito, filho de Pipiu e tão gozador quanto o pai, e contei o caso pra ele. Ele pegou uma lanterna e quando entrou no quarto disse: “Pessoal, eu pisei em alguma coisa estranha aqui”. Quando ele apontou a lanterna e os outros constaram que era um ovo, deu gosto ver o estouro da boiada.
A porta do quarto é estreita e dividida em duas. Eu quase morro de rir só de ver aqueles rapagões tentando passar de dois ou três pela mesma porta. Pra convencer a turma a volta a dormir demorou. Eu, na maior cara de pau, argumentava que aquilo devia ser alguma brincadeira, que não existia aquele negócio de galinha voadora, etc & tal.
O pessoal foi voltando ao poucos e já estava quase tudo acomodado quando um deles resolveu abrir o guarda roupa para pegar alguma coisa. É que a franga, assustada, se alojara atrás do guarda roupa. Quando a porta foi aberta o móvel, que tinha um pé em falso, balançou e franga revelou sua presença cacarejando.
Co, có, co... Foi o suficiente para um novo estouro da boiada. Teve gente preferiu dormir dentro dos carros ou no relento, mas não voltou mais ao quarto. Terminaram por descobrir que fora eu o autor do “atentado” e planejaram derrubar minha barraca. A vingança só não se cumpriu porque alguém argumentou que havia dois recém nascidos lá dentro.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Artigo da Semana


O Tênis, pelo menos, está salvo

Feira de Santana nunca foi cuidadosa com o seu patrimônio arquitetônico. Diversos foram os prédios históricos perdidos para a especulação imobiliária, por puro descaso e insensibilidade dos governantes. Cedendo a pressões de interesses escusos, preservou-se uma casa velha de fazenda, impingindo uma mentira histórica à população, de que aquela seria a primeira casa da cidade, a sede da fazenda Santana dos Olhos D’água.
Enquanto isso, os prédios das filarmônicas Vitória e 25 de Março, modelos da arquitetura do início do século XX, estão para ruir, já interditados pela Defesa Civil. Também o casarão situado na Praça Carlos Bahia, próximo à Catedral de Santana, que já abrigou a Santa Casa de Misericórdia, O Hospital Dom Pedro, 1° BPM/FS e o Palácio do Menor, está em estado deplorável e também prestes a ruir.
Sobre este último imóvel, muito alarido se fez, inclusive com inoportuna interveniência política do PT, de que ali seria instalado o Restaurante do Comerciário, sendo que a instituição detentora do direito de exploração do referido restaurante, irá promover a restauração do imóvel, primando pela manutenção da sua arquitetura primitiva. Contudo, ainda não moveu uma pedra.
Por isso temos que apoiar o prefeito Tarcízio Pimenta na sua corajosa iniciativa de desapropriar o Feira Tênis Clube, que estava prestes a ser leiloado e arrematado por uma bagatela, e transformado sabe-se lá em que. A mesma coragem não teve o ex-prefeito José Raimundo, que perdeu para um empresário o domínio do Hotel Caroá, transformado em estacionamento.
Processo similar ao qual passou o FTC sofre o Clube de Campo Cajueiro, cuja singular arquitetura foi concebida por Amélio Amorim. O método é simples. Depreda-se o patrimônio, afunda-se a instituição em dívidas, leva-se a leilão e o grupo interessado arremata o bem por um valor irrisório, ganhando-se com isso uma pequena fortuna. Não sei se o prefeito (ou a Prefeitura) tem fôlego suficiente para fazer uma intervenção no CCC similar à que foi feita no FTC.
E não adianta pedir socorro ao governo do Estado, pois este tem demonstrado uma má vontade nunca vista antes para com Feira de Santana. E os deputados da base de sustentação do governo do estado também não vão fazer nada a respeito disso. Estão mais empenhados em fazer política, catar votos para a eleição do ano que vem.
Aliás, em termos de representação política, Feira de Santana nunca esteve tão mal servida. Os nossos deputados e senadores não conseguem sequer credenciar o serviço de cardiologia do HDPA ao Sistema Único de Saúde, perdendo para Vitória da Conquista, vê lá se vão conseguir sensibilizar o governador a investir dinheiro na preservação do nosso patrimônio histórico. Mais fácil um boi voar.

Crônica da Semana


Um mundo perfeito

Um dia, a desgraça do dinheiro vai ser banida do mundo. Vamos voltar ao escambo. Mas não simplesmente na base do: troco isso que tenho e não preciso, por isso que você tem e não precisa. A coisa é mais complexa, mas, com certeza, dará resultados altamente satisfatórios para todos. Será algo assim:
Todos terão o direito de morar onde quiserem, inclusive em outros países, pois o sistema será globalizado. Cada um desempenhará a função que quiser, onde quiser, de acordo com a sua capacidade de trabalho. Deficientes inclusos aí, claro.
Num mundo assim, não haverá necessidade de dinheiro, porque todas as necessidades estarão atendidas, exceto, é claro, às dos vagabundos e ociosos. Estes deverão ser executados em praça pública, para dar o exemplo. Nada de cadeias, processos, recursos, advogados, juízes, etc. Não trabalhou, execução sumária, sem necessidade de julgamentos, apelações, e outras mumunhas judiciais.
O gari, que quis ser gari, vai trabalhar feliz e satisfeito, porque ele quis ser gari. Vai dar o melhor de si no seu trabalho, porque ele gosta do que faz. Mas não vai ficar exposto às mazelas da profissão. Terá todo o aparato necessário para a preservação da sua integridade física, da sua saúde. E sua família, que também trabalha ou estuda, estará amparada.
Porque ele e a família morarão no lugar e na casa que escolherem para morar. Os filhos estudarão nas escolas e faculdades que tiverem aptidão para estudar. Passarão o dia todo na escola e só retornarão para casa no final do dia, quando os pais também chegarão em casa (vagabundagem zero). A mulher poderá optar em ser a dona da casa, e fazer todo o serviço doméstico, ou trabalhar fora, e ter uma empregada, que também terá todos os direitos que ela.
A jornada de trabalho de todos não será superior a oito horas. A folga semanal será aos sábados e domingos (agradando de uma vez a todas as religiões. Exceto, é claro, se surgir alguma outra que resolva declarar sagrado qualquer outro dia da semana).
Os médicos estarão nos hospitais, em seus postos de serviços, trabalhando como qualquer mortal, sem necessidade de ter quatro ou cinco empregos para sustentar suas famílias. Assim como todos os trabalhadores, eles terão direitos iguais. Inclusive, aos serviços públicos, como administração, moradia, cesta básica, pavimentação, energia, telefonia, água e esgotos, limpeza, urbanização, segurança, esporte, cultura, lazer e transportes. Assistência médica e remédios, inclusive. Assistência social e previdência desaparecerão, pois não serão necessárias.
O homem do campo terá também todos estes direitos, e poderá se abastecer nas cidades de tudo que necessitarem para o seu sustento e para o seu trabalho. E tanto eles, quanto os que vivem nas cidades, poderão desfrutar de tudo. Tanto os habitantes do campo poderão passar seus períodos de folga nas cidades, quanto os habitantes da cidade poderão passar seus dias de folga no campo. E ambos terão guias para lhes mostrar as peculiaridades e cada lugar.
Os industriais e os industriários abastecerão o comércio, que abastecerá as populações. E todos trabalharão com responsabilidade social, ambiental, cultural e espiritual. Espiritual, sim, porque o ser humano precisa acreditar num ser supremo, e entender que ele é parte de um organismo muito maior, e que suas vidas têm um propósito. E cada um poderá acreditar no que quiser, inclusive, em discos voadores.
O sexo será livre, porém, com responsabilidade, a partir que o menino ou a menina atingirem a maturidade sexual. Ninguém terá o direito de ter mais que dois filhos. Sob pena de ter o filho extra doado a uma família que não pode ter filhos. Com a natalidade controlada, o mundo estará livre de uma explosão demográfica e haverá mais conforto e alimento para todos.
Os diretores dos serviços públicos poderão ocupar os cargos que estiverem aptos a ocupar. Para tanto, o indivíduo que escolher essa carreira, assim que deixar o ensino médio, mesmo que venha a ingressar numa faculdade, passará um período do dia trabalhando em algum setor dos poderes Executivo, Legislativo ou Judiciário, treinando, se inteirando das peculiaridades do cargo que pretende ocupar.
As drogas estarão liberadas, mas quem cometer qualquer falta sob o uso de drogas, terá sua pena duplicada, e na reincidência triplicada, e assim sucessivamente, até a execução final. Pau que nasceu torto e não tem jeito. Morre torto. Um vagabundo e criminoso a menos para preocupar a população.
A Lei será uma só. Faze o que tu queres, mas saibas as conseqüências.
Sem dinheiro, e com todos os direitos e deveres iguais, não haverá corruptos nem corrompidos.
A paz, afinal.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Artigo da Semana


Não mudei, meu Jesus Cristo, quem mudou foi a cidade

A história da Paixão de Cristo é por demais conhecida. A vida, morte e ressurreição daquele que, para os cristãos, morreu crucificado para salvar a humanidade dos seus pecados. Pregava a paz e a fraternidade entre os homens, realizava milagres, curava doentes e matava fome dos famintos. Mas foi traído por Judas Iscariótes, um dos seus discípulos. Ele deixou um novo mandamento: “Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei”.
Para relembrar aquele homem extraordinário, tido como filho de Deus, enviado à Terra como o Messias a propagar o Reino de Deus, é que uma vez por ano os cristãos fazem jejum, celebram missas e saem em procissão, revivendo a Paixão de Cristo. Nessa época é comum as famílias reunirem-se para celebrarem, unidas, a Glória do Senhor Jesus Cristo.
Quando eu era criança (e isso faz muito tempo), até a natureza parecia reverenciar a Sexta-Feira da Paixão, pois os céus cobriam-se plúmbeas nuvens cinzentas e uma chuva fina, qual água benta, aspergia as cabeças dos participantes das procissões. As emissoras de rádio tocavam músicas sacras, as pessoas recolhiam-se em jejuns e orações, e até para falar era com voz baixa. Ai de mim se ousasse falar mais alto dentro de casa. Gritar então, nem pensar.
Os bares não abriam suas portas. O cardápio do almoço era, geralmente, peixe com vatapá. Só se bebia água e um pouco de vinho (somente para os adultos). Em suma, era um dia para reflexão, oração, penitência (para os pecadores) e reverência a Jesus Cristo, o Salvador. A alegria festiva só explodia no Sábado de Aleluia, quando os adultos promoviam a “Malhação do Judas”, para alegria da garotada.
Os tempos mudaram. E para pior. Eu acho esquisito ver os bares abertos, cheios de gente, bebendo e comendo de tudo, na Sexta-feira Santa. Eu fico me perguntando: Será que eles não têm família? Não gostam de estar reunidos com os seus, nem que seja só para confraternizar? O que está acontecendo com as pessoas?
A Semana Santa não significa para aquelas pessoas nada mais que um “feriadão”, uma oportunidade para cair na farra. Se no passado não se admitia sequer uma discussão, hoje se rouba e mata sem qualquer constrangimento. Aliás, há poucos dias, um indivíduo matou o outro no adro de uma igreja.
Podem me chamar de antiquado, saudosista, carola, o que mais quiserem. Mas, eu não gosto destes novos tempos, onde não existe respeito entre as pessoas, não há reverência à divindade (seja lá de que religião for), e as pessoas saem às ruas, na Sexta-feira Santa para beber e comer de tudo, brigar, roubar, matar, ouvir músicas de péssimo gosto, a toda altura, incomodando quem quer orar e meditar, no aconchego dos seus lares ou nos templos.
As pessoas podem ter mudado. Eu continuo o mesmo, e estou muito feliz assim. Até mesmo porque sei que ainda existem muitas pessoas como eu. E isso é muito bom.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Coluna da Semana


Dengue
O governo Wagner sumiu com os R$ 37 milhões que recebeu do governo federal para combater o mosquito da dengue. Para nós feirenses, isto não é novidade. No governo de Clailton Mascarenhas também desaparecerem R$ 500 mil que o governo mandou para combater a dengue. Onde está o dinheiro? O mosquito comeu.

Mobilização (?)
Segundo o blog Bahia Já, em Salvador o movimento do SINJORBA para protestar em frente ao Fórum pela preservação do diploma de nível superior para exercer a profissão de jornalista contou com a participação de aproximadamente 10 jornalistas. É o que se pode chamar de categoria unida.

Caju de Ouro
Porque insistem em manter o nome da festa que de ouro não tem mais nada? Victor e Leo atrações para festa micaretesca? Será que vai ter rodeio e vaquejada no salão de festas do CCC?

De quem é a culpa?
“Quando eu era sindicalista, eu culpava o governo. Quando eu era da oposição, eu culpava o governo. Quando eu virei governo, eu culpei a Europa e os Estados Unidos.” Palavras de Lula, segundo o primeiro-ministro britânico Gordon Brown em conversa com Barack Obama.

Feudo
Tem gente que ocupa um cargo público e pensa que pode gerir a pasta para a qual foi nomeado como se fosse propriedade sua. É o que deve estar pensando o chefe de gabinete, Milton Brito, que instalou uma mesa próxima à sua, onde sua esposa o “auxilia” no trabalho, mesmo não sendo funcionária da Prefeitura. Terminado o atual mandato, qualquer advogado trabalhista “faz a festa” nos cofres da “viúva”.

Cadeiras de Solla
O secretário estadual de Saúde, Dr. Jorge Solla (o que mede largo, mas corta estreito), reuniu o prefeito Tarcízio Pimenta, o secretário municipal de Saúde, João Carlos Cavalcante, o provedor da Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana, Outram Borges, e alguns deputados, e disse que iria ajudar o Hospital Dom Pedro de Alcântara a aumentar a capacidade de atendimento da sua emergência. Esta semana ele enviou doze cadeiras de rehidratação e, em breve, deverá vir a esta cidade para inaugurar a sua obra.

O “Grande Irmão”
O Ministério Público Federal entrou com uma ação para proibir que veículos novos saiam da fábrica com sistema de monitoramento e antifurto instalado. A medida, que entraria em vigor em 2010, pode fazer com que as pessoas fiquem monitoradas 24 horas por dia. Montadoras consultadas pelo MPF afirmaram que os equipamentos de antifurto e rastreamento podem ser monitorados, independentemente da autorização do proprietário. Eu entendo que um sistema de rastreamento e antifurto é uma boa idéia, desde que fique em estado de espera para que, um dia, se o consumidor desejar, possa ativá-la. De outro modo é invasão de privacidade.

Magalhães exonerado
Mesmo com o testemunho da população de Itaparica, de que em 45 dias o delegado Magalhães reduziu os índices de violência a quase zero, o governador Wagner aceitou o seu pedido de exoneração. A bandidagem penhoradamente agradece ao governador amiguinho. Magalhães pediu pra sair alegando falta de apoio do governo para trabalhar.

Que decepção, xará!
O Senado aprovou por unanimidade uma PEC que deverá aumentar o número de deputados e senadores no Congresso. Os novos congressistas serão eleitos por brasileiros que vivem no exterior para representá-los. Atualmente, eles só podem votar para presidente da República. A medida poderá resultar em mais gastos para a União (hoje os orçamentos da Câmara e do Senado somam R$ 5,9 bilhões). A proposta ainda tem de ser votada mais uma vez no Senado e outras duas pela Câmara. A PEC é de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF). A mudança poderá resultar na criação de, pelo menos, quatro novas vagas de deputados federais.

No exterior
O senador Raimundo Colombo (SC), deputado José Carlos Aleluia (BA), e o ex-governador da Bahia Paulo Souto (DEM), almoçavam em Washington com o embaixador Antônio Patriota, quando chegou o ex-ministro Antônio Palocci. Após sorrisos e abraços, o almoço seguiu. http://www.claudiohumberto.com.br

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Por hoje é só que agora eu vou ali comprar uma roupa de vaqueiro para ir pro Cajuquejada.

Era só o que faltava



A gente sabe que o desgoverno Lula faz e desfaz neste pobre País, mas ver o vagabundo, ladrão de terras, João Pedro Stedile, líder do MST, desfilando em carro oficial, é duro de engolir.

Artigo da semana


A molecagem do Dr. Solla e a atitude dos nossos políticos

A má vontade, a birra e as molecagens para com Feira de Santana, praticadas pelo secretário estadual de Saúde, Dr. Jorge Solla, para com Feira de Santana chegou às últimas conseqüências. Ele acaba de credenciar ao Sistema Único de Saúde – SUS – (documentos em mãos deste editor) os serviços de alta complexidade em Cardiologia e Oncologia da sua terra natal, Vitória da Conquista, em detrimento de Feira de Santana.
Desde novembro de 2007 que Feira de Santana e Vitória da Conquista pleiteiam o credenciamento destes serviços ao SUS. É válido salientar que Feira de Santana tem 600 mil habitantes e Vitória da Conquista 250 mil. No entanto, o Dr. Solla liberou mais de R$ 6 milhões só para estes serviços na sua terrinha, enquanto que Feira de Santana recebe do Ministério da Saúde, cerca de R$ 8 milhões, dos quais uma parte é direcionada para o Hospital Clériston Andrade e outra para o Hospital Lopes Rodrigues, restando para a Secretaria Municipal de Saúde cerca de R$ 6 milhões, para a gestão plena da saúde.
Enquanto a ex-secretária municipal de saúde, Denise Mascarenhas, esteve representando Feira de Santana nas reuniões da Comissão Bipartite, onde representantes dos municípios e do Estado decidem sobre a distribuição de verbas para a Saúde na Bahia, o Dr. Solla não ousou preterir Feira de Santana. Mas, com a mudança do governo municipal, Denise deixou de representar Feira na Comissão, e, não se sabe por que cargas d’água, o município ficou sem representação.
Disso se aproveitou o Dr. Solla para fazer valer a sua vontade e praticar tal ato de molecagem contra a cidade que ele tanto odeia e faz desdém. Mas, fazer o que? A cidade também não tem uma representatividade política forte. Não vou nem falar de Sérgio Carneiro (PT), que não tem sua base eleitoral em Feira de Santana. Mas, e Zé Neto (PT), Colbert Martins (PMDB), Fernando Torres (PRTB), Fernando de Fabinho (DEM), Eliana Boaventura (PP), todos os que têm base eleitoral aqui, fizeram o que?
Com certeza vão chorar desculpas ou usar mil argumentos para explicar o inexplicável, defender o indefensável. Uma cidade do porte de Feira de Santana não pode se curvar à vontade de um tiranozinho de aldeia. Só há uma maneira dos nossos representantes políticos, principalmente os da base de sustentação de Wagner e Lula, lavarem a honra da cidade e fazer valer os votos que receberam dos feirenses, que é fazer com que os serviços de cardiologia do HDPA também sejam credenciados ao SUS.
A população precisa e exige dos seus legítimos representantes mais ação na defesa dos seus interesses. Vamos à luta senhores. É hora de provar que não são apenas um bando de lagartixas balançando a cabeça e dizendo amem às vontades de quem quer que seja.
Outra saída, honrosa, não há!

Crônica da semana


Criando galinhas

Ouvindo velhos sucessos dos “Golden Boys” (alô rapeize dos anos 60), tem uma música que diz assim: “Eu não vou mais trabalhar, só vou criar galinha”. Bons tempos aqueles em que criar galinha não dava nenhum trabalho. Aliás, com a evolução tecnológica, que teoricamente nos traria mais comodidade, o trabalho aumentou. Senão vejamos o que é preciso para se executar uma tarefa tão fácil quanto criar galinhas.
Antes de mais nada você tem que tomar um curso de capacitação que estas empresas estatais, ou até mesmo as grandes companhias avícolas oferecem. Após o curso, você recebe um certificado e um manual do avicultor. Daí então você parte para construir o galinheiro. Escolha um local seco, ventilado, com água tratada, fácil acesso e não sujeito a alagamento. O galinheiro deve ser construído no sentido Leste – Oeste (como os templos maçônicos), de tal modo que o sol acompanhe a cumeeira do galinheiro. Observe que para cada 50 galinhas você deve construir 10 m² de galinheiro.
O beiral do telhado deve ter um metro e as muretas laterais 50 centímetros. O espaço entre a mureta e o telhado deverá ser preenchido com tela galvanizada, n° 16 com malha de ¾ de polegada. As muretas são de alvenaria e as telhas de cerâmica e o piso de cimento. As lâmpadas deverão estar a altura de 2.10 metros do solo. Você também deverá construir uma porta a cada 6 metros e usar cortinas para fechar as laterais do galpão. A temperatura ambiente deve ser controlada, bem como a luz, pois ninhos quentes e muito iluminados não são procurados pelas galinhas.
Você deve instalar comedouros e bebedouro que não permitam a entrada das aves de corpo inteiro, mas apenas a cabeça e o pescoço. Faça círculos de proteção para os pintos, com lâminas de eucatex, metal ou compensado, com 60 cm de altura, e sobre eles coloque uma campânula para aquecimento. A cama do piso, na altura de 3 a 5 cm, deve ser de maravalha, sabugo triturado, casca de arroz ou café, para impedir que a umidade do chão e das fezes chegue até as aves.
O mesmo material usado no piso, que dever ser seco, sem mofo, sem pó e sem produtos tóxicos, deve ser usado nos ninhos. Estes, aliás, devem ser colocados em 3 linhas sobrepostas nas paredes da cabeceira do fundo do galinheiro, e as camas devem ser trocadas a cada 15 dias. Os poleiros devem ser construídos na frente dos ninhos, para facilitar o acesso das aves. São de forma triangular, em ripões de madeiras de 2,54 X 4 cm, no comprimento de 2 metros e à altura de 1,2 metro do solo. Pulverize desinfetantes nos equipamentos e instalações.
Há muito mais a fazer até o galinheiro estar pronto para receber as primeiras aves. Mas lembre-se que deve dar boa ração e vacinas contra todas as moléstias que atingem as aves (cuidado com a gripe aviária). Acima de tudo, lembre-se que as galinhas devem permanecer confinadas, comendo dia e noite, recebendo hormônios de crescimento rápido (40 dias para o abate).
E nunca elas devem comer baratas, gafanhotos, carrapatos, escorpiões, cobras, sapos, lagartixas e fezes de outros animais, que deixa a carne das galinhas com aquela consistência e sabor que tanto apreciamos, e que nos faz lembrar dos domingos com a família reunida para comer aquele delicioso frango que a mamãe preparava.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O Brasil em perigo doc. nº 60 - 2009

O Brasil encontra-se em perigo e poderá tomar três direções graves: perda de parte de seu território; partir para uma ditadura de esquerda disfarçadade democracia ou marchar para uma revolução social. O GRUPO GUARARAPES vai apontar fatos que levam a afirmação acima.
1. Solução dada pelo STF ao caso da Raposa Terra do Sol. O brasileiro para entrar nestas terras demarcadas necessitará de passaporte?
2. O STF considera furto de pequeno valor não CRIME. Pode-se entrar num supermercado e roubar feijão ou arroz? E se for uma bicicleta? Com esta decisão o pequeno pode roubar. O STF apenas igualou com os grandes ladrões da coisa pública, que estão soltos e até defendidos por autoridades. FOLHA SP 21-3 09.
3. Pelas notícias dos jornais e o que vai se sabendo o SENADO DA REPÚBLICA apodreceu. Ficou sem moral. Lá tudo pode acontecer da noite para o dia.
4. Brasileiros são condenados a prisão perpétua nos EUA por crime de seqüestro e no Ceará um seqüestrador é solto pela justiça, pois o STF disse que ninguém pode ficar preso antes do processo passar em julgado. Todos os criminosos soltos.
5. Jornais publicam declaração do Presidente da Republica de que não cumprirá a ordem de deportação do criminoso caso seja esta a decisão do Supremo. O GRUPO GUARARAPES nem pode imaginar uma coisa desta.
6. O Ministro da Defesa, do alto de suas tamancas, ataca e procura humilhar general que vai para a reserva. A honra do militar foi ferida e o militar não aceita coisa deste tipo, particularmente de quem não tem moral para tal, pois é criminoso confesso de ter falsificado a Constituição Federal Brasileira.
7. Existe uma guerra no Rio e em São Paulo. Bandidos procuram criar áreas livres para prática do crime.
8. Livro de geografia apresenta erros grosseiros no Mapa da América do Sul. Milhões de reais jogados fora e ninguém responsabilizado.
9. O senhor Delúbio, o grande envolvido no escândalo do mensalão, no seu legítimo direito, procura voltar ao seu Partido. Vai voltar e será eleito deputado federal pelo seu Estado.
Finalmente, estamos assistindo a campanha para as eleições de 2010 na rua.
Vão gastar o último tostão do País para eleger o candidato do governo e a compra de voto vai ser pratica pela liberação das verbas parlamentares. Já foi assim na eleição passada. Tudo legal e o PAÍS chegando a ter uma dívida interna próximo R$ 2 trilhões de reais.
Respondam se: o Brasil não se encontra em perigo? Quem vai segurar a boiada? As Forças Armadas dirigidas pelo atual ministro?
Solução: brasileiros de pé para defender a Pátria?

Estamos vivos! Grupo Guararapes! Personalidade jurídica sob reg. Nº 12 58 93, Cartório do 1º registro de títulos e documentos, em Fortaleza. Somos 1.76 CIVIS - 48 da Marinha - 465 do Exército - 49 da Aeronáutica; total 2.238. In memoriam: 32 militares e 2 civis. [email protected]

25 DE MARÇO DE 2009

VIDA À VERDADE! MORTE À MENTIRA!
www.fortalweb.com.br/grupoguararapes

O maior absurdo de leis brasileiras. Não podemos calar.

Vale a pena ler e partilhar a coragem e a iniciativa que este grande empresário teve e continua firme em sua decisão, perante uma decisão da "nossa Previdência Social Brasileira"... É de se revoltar e ao mesmo tempo comovente a história relatada. Todos devem, ou ao menos deveriam ter, o conhecimento desse tipo de fato. O Brasil passa por momentos terríveis e situações como esta não podem passar impunes. E assim o Brasil vai perdendo o bonde da história! São Leopoldo tem um dos menores índices de analfabetismo e de mendicância do país, talvez por causa de homens como este!
Silvino Geremia é empresário em São Leopoldo, Estado do Rio Grande do Sul. Eis o seu desabafo:

"Acabo de descobrir mais um desses absurdos que só servem para atrasar a vida das pessoas que tocam e fazem este país: investir em educação é contra a lei.
Vocês não acreditam?
Minha empresa, a Geremia, tem 25 anos e fabrica equipamentos para extração de petróleo, um ramo que exige tecnologia de ponta e muita pesquisa. Disputamos cada pedacinho do mercado com países fortes, como os Estados Unidos e o Canadá. Só dá para ser competitivo se eu tiver pessoas qualificadas trabalhando comigo.
Com essa preocupação criei, em 1988, um programa que custeia a educação em todos os níveis para qualquer funcionário, seja ele um varredor ou um técnico. Este ano, um fiscal do INSS visitou a empresa e entendeu que educação é salário indireto. Exigiu o recolhimento da contribuição social sobre os valores que pagamos aos estabelecimentos de ensino freqüentados por nossos funcionários, acrescidos de juros de mora e multa pelo não recolhimento ao INSS.
Tenho que pagar 26 mil reais à Previdência por promover a educação dos meus funcionários? Eu acho que não. Por isso recorri à Justiça. Não é pelo valor, é porque acho essa tributação um atentado. Estou revoltado. Vou continuar não recolhendo um centavo ao INSS, mesmo que eu seja multado 1000 vezes.
O Estado brasileiro está falido. Mais da metade das crianças que iniciam a 1ª série não conclui o ciclo básico. A Constituição diz que educação é direito do cidadão e dever do Estado. E quem é o Estado? Somos todos nós. Se a União não tem recursos e eu tenho, acho que devo pagar a escola dos meus funcionários.
Tudo bem, não estou cobrando nada do Estado. Mas também não aceito que o Estado me penalize por fazer o que ele não faz. Se a moda pega, empresas que proporcionam cada vez mais benefícios vão recuar. Não temos mais tempo a perder. As leis retrógradas, ultrapassadas e em total descompasso com a realidade devem ser revogadas. A legislação e a mentalidade dos nossos homens públicos devem adequar-se aos novos tempos.
Por favor, deixem quem está fazendo alguma coisa trabalhar em paz. Vão cobrar de quem desvia dinheiro, de quem sonega impostos, de quem rouba a Previdência, de quem contrata mão-de-obra fria, sem registro algum. Sou filho de família pobre, de pequenos agricultores, e não tive muito estudo.
Completei o 1º grau aos 22 anos e, com dinheiro ganho no meu primeiro emprego, numa indústria de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, paguei uma escola técnica de eletromecânica. Cheguei a fazer vestibular e entrar na faculdade, mas nunca terminei o curso de Engenharia Mecânica por falta de tempo. Eu precisava fazer minha empresa crescer.
Até hoje me emociono quando vejo alguém se formar. Quis fazer com meus empregados o que gostaria que tivessem feito comigo. A cada ano cresce o valor que invisto em educação porque muitos funcionários já estão chegando à Universidade. O fiscal do INSS acredita que estou sujeito a ações judiciais. Segundo ele, algum empregado que não receba os valores para educação poderá reclamar uma equiparação salarial com o colega que recebe.
Nunca, desde que existe o programa, um funcionário meu entrou na Justiça. Todos sabem que estudar é uma opção daqueles que têm vontade de crescer. E quem tem esse sonho pode realizá-lo porque a empresa oferece essa oportunidade. O empregado pode estudar o que quiser, mesmo que seja Filosofia, que não teria qualquer aproveitamento prático na Geremia. No mínimo, ele trabalhará mais feliz.
Meu sonho de consumo sempre foi uma Mercedes-Benz. Adiei sua realização várias vezes porque, como cidadão consciente do meu dever social, quis usar meu dinheiro para fazer alguma coisa pelos meus 280 empregados. Com os valores que gastei no ano passado na educação deles, eu poderia ter comprado duas Mercedes. Teria mandado dinheiro para fora do país e não estaria me incomodando com leis absurdas. Mas não consigo fazer isso. Sou um teimoso.
No momento em que o modelo de Estado que faz tudo está sendo questionado, cabe uma outra pergunta: Quem vai fazer no seu lugar? Até agora, tem sido a iniciativa privada. Não conheço, felizmente, muitas empresas que tenham recebido o tratamento que a Geremia recebeu da Previdência por fazer o que é dever do Estado. As que foram punidas preferiram se calar e, simplesmente, abandonar seus programas educacionais. Com esse alerta temo desestimular os que ainda não pagam os estudos de seus funcionários. Não é o meu objetivo. Eu, pelo menos, continuarei ousando ser empresário, a despeito de eventuais crises, e não vou parar de investir no meu patrimônio mais precioso: as pessoas. Eu sou mesmo teimoso”.

Silvino Geremia
Diretor Presidente

Homens fofocam mais que mulheres, diz estudo

Homens passam mais tempo de seu dia fofocando do que as mulheres, segundo uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha.

O estudo do instituto de pesquisas Onepoll indica que eles passam uma média de 76 minutos diários conversando sobre amenidades com amigos e colegas de trabalho, comparado a 52 minutos gastos pelas mulheres.

AS FOFOCAS DOS HOMENS

Bebedeiras dos amigos
Destaques do noticiário
Amigos dos tempos de escola
Mulheres do escritório
A mais bonita do escritório
Espalhar boatos
Promoções
Transas
Salário
O chefe

Entre os assuntos favoritos dos homens estão as peripécias de amigos bêbados e os dos tempos de escola, e as histórias em torno da mulher mais bonita do escritório.
Já as mulheres preferem passar o tempo reclamando de outras mulheres, falando da vida sexual dos conhecidos e comentando sobre o peso das amigas.

AS FOFOCAS DAS MULHERES
Outras mulheres
Destaques do noticiário
Problemas no relacionamento
Relacionamentos dos outros
Transas
Peso das amigas
Novelas
Maridos/namorados das amigas
A sogra
Celebridades

Mais que sexo
O OnePoll entrevistou 5 mil pessoas pela internet.
Ele descobriu que os homens fofocam mais no escritório, enquanto as mulheres preferem fazer isso em casa.
Cerca de 30% dos homens disseram ficar mais felizes quando conversam com os colegas de trabalho, e 58% deles admitem que fofocar o faz se sentirem "enturmados".
Outros 31% confessaram gostar mais de fofocar com as parceiras do que fazer sexo.
"Esta pesquisa prova que os homens são piores que as mulheres", disse um representante do Onepoll. "Eles adoram um pouco de escândalo e vão fazer qualquer coisa para ser o centro das atenções dos colegas."
Entre as mulheres, mais da metade das entrevistadas disse que conversam frequentemente sobre suas vidas pessoais com as amigas.
Elas também tendem a comentar mais sobre as celebridades do que os homens, que são mais influenciados pelos assuntos do trabalho.
"Mesmo fofocando sobre coisas diferentes, homens e mulheres concordam que conversar com amigos, colegas e parceiros os ajuda a se sentir mais à vontade", disse o representante da Onepoll.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/