sexta-feira, 29 de maio de 2009

Coluna




Colega?
O presidente Lula ficou irritado com o vazamento da notícia de que um suposto membro da organização terrorista Al Qaeda teria sido preso pela Polícia Federal há dois meses e, depois, libertado. Ninguém tasca o colega!

Colega I
Essa estória me lembrou um quadro dos “Trapalhões” em que Didi, Dedé e Zacarias saíram para comprar os aviamentos para temperar um peru que iriam matar para a ceia de Natal. E encarregaram Mussum de dar cachaça ao peru (pra quem não sabe, é pra amolecer a carne). Mussum dava uma pro peru e bebia outra. Quando os amigos retornaram, encontraram Mussum abraçado com o peru ainda vivo. Surpresos, questionaram: “Ué! Você ainda não matou esse peru”? Mussum, abraçando peru, gritou, com a fala embolada: “Ninguém toca no parceiro”!

Cultural
O prefeito Tarcízio Pimenta empossou os membros do Conselho Municipal de Cultura de Feira de Santana. Como representantes da administração municipal foram empossados os secretários de Cultura, Esporte e Lazer Alcione Cedraz; da Educação, José Raimundo Pereira de Azevedo; o presidente da Fundação Cultural Municipal Egberto Tavares Costa, César Orrico e a diretora do Departamento de Atividades Culturais, Luluda Barreto. Pelo segmento áudio-visual Antônio Augusto Cordeiro, e Sílvio Portugal pelas artes plásticas. Raymundo Lopes, pela literatura e Leno Peixoto, música. Vilma Soares, pela cultura popular e Araylton Públio, pelo teatro. Até aí, tudo bem, mas, nomearam o presidente do grupo Gay (Glish), Rafael Carvalho, como representante da “identidade e diversidade Cultural”. E eu aqui, besta, não sabia que isso também era cultura.

Imbróglio junino
O Ministério Público do Trabalho (MPT) ajuizou uma ação cautelar para impedir que bandas de Axé Music se apresentem nas festas do período junino, o que, segundo o procurador Manoel Jorge e Silva Neto, tem como objetivo proteger o patrimônio cultural do período, que “expressa traços da cultura brasileira e nordestina”. A ação, contra a “Cabanas Produções e Eventos”, tramita na 2ª Vara do Trabalho de Salvador. Segundo Manoel Jorge, a pretensão é evitar eventos como o “Forró do Bosque”, do qual participam atrações musicais como Chiclete com Banana, Banda Eva e Timbalada. Eu concordo que axé não tem nada a ver com São João. Eu jamais participei ou participarei de uma festa junina com estas bandas citadas. Mas, daí a proibir que elas toquem em uma festa particular, é desrespeito ao (mau) gosto das pessoas. Em tempo: A ação foi negada por uma juíza, mas cabe recurso e o MP vai recorrer.

Era só o que faltava
Os moradores da Lagoa Grande não querem deixar o local e estão reivindicando direitos. Que direitos? Os caras entulharam uma lagoa, numa área preservação ambiental, e agora querem ser indenizados para sair. E olha que o governo está disponibilizando casas para eles em Santo Antônio dos Prazeres, através do PAC. Um dos tais moradores, confessa que usou 34 caçambas de entulho para fazer o aterro onde ergueu seu barraco. Um detalhe, porém: a Coelba e Embasa legitimaram a invasão da lagoa, ao efetuar ligações de energia e água nos barracos. Se alguém vai ter que indenizar os moradores, que sejam estas empresas.

A “Vaca do Sertão”
Todo mundo sabe que o Fluminense é um clube em estado terminal. São tantos os parasitas a devorar o clube há tanto tempo, que não dá mais para recuperar. Jodilton percebeu isso e caiu fora, que ele não é besta de fazer escadas para malandros subirem. E querem saber? O Fluminense parece uma vaca cheia de carrapatos. E neste caso, a melhor maneira de acabar com os carrapatos é matar a vaca.

Comentários
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Do jornalista Glauco Wanderley:

INACREDITÁVEL
“Estrutura de primeiro mundo. Tudo que a gente pode sonhar tem aqui no Hospital Regional”. “Este é um depoimento não identificado, que aparece em uma propaganda do governo do estado nas emissoras de rádio de Feira de Santana, referindo-se ao hospital Clériston Andrade. A vantagem da propaganda direcionada para a cidade é que a gente consegue identificar com facilidade as mentiras”.

Negocio da China

Agora eu entendo melhor a frase “negócio da China”. Levar nosso petróleo por míseros US$ 13,70 o barril, foi realmente um negocio da China. E o Brasil? Fez papel de otário. Empréstimo de US$ 10 bilhões em troca de 200 mil barris/dia de petróleo por dez anos. Segundo John Forman, ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo, a China pagará US$ 2.739.726,02 por 200 mil barris/dia. Cada barril, hoje cotado em US$ 28,37 (valia US$ 138 há um ano), sairá pela merreca de US$ 13,70. Enquanto isso, nós pagamos quase R$ 3,00 pelo litro da gasolina.

Forró da Paróquia Cristo Redentor
No próximo dia 06 de junho (sábado), a partir das 21:00 horas, acontece no BNB Clube o “2º Forró da Paixão com Redentor”, com ingresso no valor de R$15,00, com direito a uma linda camisa, que é de uso obrigatório para acesso à festa. O BNB Clube fica na Avenida Maria Quitéria, (próximo à Jacuípe Veículos). O evento tem como objetivo, angariar fundos para os trabalhos sociais da Paróquia Cristo Redentor, situada no Conjunto Jomafa.


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Por hoje é só que agora eu vou ali dançar um legítimo forró pé de serra.

Empresa Princesinha teria ônibus novos em Vitória da Conquista







Recebemos por e-mail um texto endereçado ao Secretário Municipal de Transporte e Trânsito, Flailton Frankles, onde o autor questiona o porque da viação Vitória, que atua em Vitória da Conquista, e é de propriedade do dono da Princesinha, que atua em Feira de Santana, disponibiliza ônibus novos para aquela cidade, e traz as sucatas para Feira de Santana. Ele ilustra o texto com algumas fotos, contra as quais, não há argumentos.
Diz o texto: “Excelentíssimo secretário Flailton Frankles. Nós, usuários do transporte urbano de Feira de Santana, queremos saber porque a viação Princesinha não deixa a sua frota local igual a sua outra empresa em Vitória da Conquista. Refiro-me à viação Vitoria K. Em anexo estou enviando algumas fotos dos seus novos ônibus. E a Princesinha daqui está com sua frota parcialmente sucateada.
Será que em Conquista a fiscalização é mais rigorosa do que aqui? Queremos saber se a Princesinha irá renovar a sua frota logo ou não. O senhor sabe que a outra empresa da Princesinha, lá em Uberlândia-MG, está prestes a fechar? Refiro-me à Transcol – Transporte Coletivo Uberlândia. A Princesinha hoje tem apenas 17 novos ônibus que são de 2005 até 2007. Caso a Princesinha não esteja cumprindo com a sua obrigação aqui, então a SMTT deveria realizar outra licitação emergencial para entrada de uma nova empresa no SIT. Estou enviando o prefixo dos veículos da Princesinha que estão em péssimo estado de conservação: A- 153, A-154, A-155, C-128, C-133, além de outros veículos que não me lembro agora. Aguardamos respostas”.
Com a palavra, o secretário Flailton Frankles.

Níver


O jornalista, cabeleireiro e promoteur, Khris Helmayd é o aniversariante da semana. Neste domingo ele vai comemorar a data com um lauto almoço entre familiares e amigos. Aos convidados está sendo solicitado levar um quilo de alimento não perecível para ser doado a uma instituição de caridade. Khris, como sempre, demonstrando o seu grande coração. Parabéns!

Artigo da Semana


Coração de Estudante

Eu esperei bastante para abaixar a poeira até poder emitir uma opinião sobre o ocorrido entre os estudantes e o prefeito Tarcízio Pimenta. Eu fui um estudante ativo, participante dos movimentos estudantis numa época em que tal comportamento era muito perigoso. Corríamos o risco de ser presos ou desaparecidos pelos membros da repressão da ditadura militar.
Hoje os tempos são outros, e os estudantes gozam da liberdade de expressão que nós, os antigos estudantes, ajudamos a lhes proporcionar. Contudo, a exemplo do que ocorria no meu tempo, os movimentos e manifestações estudantis sofrem infiltrações de pessoas totalmente fora do contexto estudantil. São alcaguetes, oportunistas, políticos e outros tipos de mau caráter, que se infiltram entre os estudantes para insuflá-los, provocá-los e orientá-los indevidamente, a fim de atender aos seus escusos interesses.
Sou totalmente a favor das manifestações estudantis. Dá-me alegria e prazer ver a estudantada brasileira retomando o caminho da politização, exercendo seus direitos de cidadãos, formando novas lideranças. Mas, todo cuidado é pouco. Os movimentos precisam ser bem elaborados, cercados de cuidados para que o tiro não saia pela culatra.
Não se pode, por exemplo, ofender e ameaçar as autoridades constituídas. Todas as ações devem ter cunho civilizado e, em lugar de ameaças e agressões, que não levam a lugar nenhum e ainda pode causar constrangimentos e danos aos movimentos, deve-se tomar o caminho da justiça, acionando os mecanismos judiciais para resolver questões.
O vereador peemedebista Frei Cal foi muito feliz ao afirmar que o movimento estudantil em Feira de Santana não pode ser descaracterizado devido ao episódio. “As manifestações devem ocorrer sempre que se busca o bem comum para todos. O movimento social organizado tem esse papel”, disse ele. Também o vereador Getúlio Barbosa afirmou que qualquer atitude de violência é condenável. “Nenhum de nós concorda com a atitude de cercar o prefeito, absolutamente”, disse ele. Porém, segundo o vereador, é direito sagrado de qualquer entidade civil organizada realizar protestos e manifestações.
Concordo plenamente. Contudo, entendo que o prefeito Tarcízio Pimenta também deve desarmar o seu espírito e receber os estudantes para conversar, civilizadamente. Os estudantes, por sua vez, devem identificar os intrusos e expulsá-los do seu meio.
E se querem saber, eu estou com os estudantes. As empresas de transporte coletivo cobram uma das maiores tarifas do País, mas prestam um serviço ruim. Seria um gesto de grandeza do prefeito Tarcízio revogar o reajuste da tarifa de transporte coletivo e só voltar a discutir o assunto quando as empresas se enquadrassem, oferecendo ônibus novos, adaptados para atender também aos portadores de necessidades especiais, e cumprindo os horários pré determinados pela SMTT.
Qualquer atitude em contrário soa como verdadeira a afirmação dos que picharam o prédio da Prefeitura. Uma ação condenável, mas uma denúncia grave: “Sincol mandou, Tarcízio aumentou.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Crônica da semana


Os normais

Há quem diga que psiquiatras, de tanto lidar com loucos, acabam loucos também. Já há quem defenda que loucos são os “normais”, pois a loucura nada mais é que o exercício sincero e manifesto da inteligência. Eu mesmo, vejo uma linha muito tênue entre a genialidade e a loucura. Dizia Napoleão, do alto da sua “loucura”, que um homem de verdade precisaria de apenas quatro horas de sono por dia. Um ser humano normal, segundo ele, precisaria de seis. Um débil mental, de oito.
Conheço um psiquiatra, autor de vários livros, o qual dizem que já enlouqueceu de tanto lidar com loucos. Eu o vejo apenas como alguém que manifesta seus pontos de vista sem se importar com o que vão pensar ou dizer dele. Numa reunião de acadêmicos, eu o vi defender com veemência a idéia de que a Igreja Católica teria “roubado” das lendas britânicas sobre as fogueiras de Beltane, a lenda das fogueiras de São João. Duvidar, quem há de?
Um amigo íntimo seu, disse-me que certo dia, ao lhe fazer uma visita encontrou o filho deste, recém nascido, aos berros no berço, sob o qual havia duas possantes caixas de som, a todo volume, executando sinfonias de Beethoven. Questionado, o ilustre médico argumentou que o guri deveria aprender desde cedo a gostar de música clássica.
Este mesmo amigo, encontrando-se de carona dentro do seu carro, trafegando numa das principais avenidas da cidade, seguia num animado papo. Num movimentado cruzamento, o semáforo ficou vermelho. Ele parou o carro, desligou o motor e virou-se para o lado do carona para continuar a conversa. O sinal abriu e ele lá, paradão, batendo papo. Quando os motoristas começaram a buzinar, ele só olhava pra trás, tranqüilo, e dizia: “Esse povo é todo neurótico”.
Dr. Outran Borges, seu colega e amigo, contou-me que o convidou para um jogo de futebol entre médicos. No dia do amistoso, o ilustre psiquiatra foi escalado no seu time. Bola vai e bola vem, o doutor lá, no meio do campo, paradão, seguindo a bola só com os olhos. Não suportando mais, Outran cobrou: “Pô, cara! Você não vai jogar não?” Surpreso e boquiaberto, ouviu a resposta: “Não notou? Estou jogando com o poder da mente”.
Mas a melhor estória que ouvi sobre ele, até porque identifiquei com algumas atitudes que tomo, foi sobre o meio que escolheu para espantar importunos televizinhos. Dizem que ele comprou uma poltrona mas não podia usar. Todos os dias, ao chegar em casa à noite, a sala estava cheia de vizinhos a ver televisão, ocupando inclusive a sua poltrona. Ele chamava a mulher de lado e reclamava, mas ela argumentava que não poderia simplesmente mandar os vizinhos embora.
Irritado com aquela situação, resolveu a coisa ao seu modo. Certo dia, ao chegar em casa, deu com a sala como sempre lotada de vizinhos. Deu boa noite a todos, e foi para o seu quarto, e retornou em seguida, totalmente nu. Pediu licença ao televizinho que ocupava sua poltrona, sentou-se calmamente em frente a TV, mudou o canal e, cruzando as pernas, começou a pitar o seu cachimbo enquanto assistia ao telejornal.
Em poucos minutos a sala estava vazia.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Lembranças...


Acreditando que a vida não acaba aqui na terra, deveria marcar a data da passagem de entes queridos deste para outro plano. Mas, não costumo faze-lo. Lembro-me sempre do aniversário de nascimento daqueles que ainda estão entre nós presencialmente ou não. Hoje, dando uma passada pelo Blog de Dimas Oliveira, como de costume, deparei-me com um texto de Madalena de Jesus lembrando que foi em 26 de maio, há sete anos, que Egberto Costa, nosso Guibas, nos deixou.
Não sou muito dada a escrever artigos. Contudo, com as lembranças que me vieram dos últimos momentos que desfrutei da agradável companhia do nosso amigo, resolvi arriscar passa-las para o papel. Foi mais ou menos uma semana antes do trágica passagem de Guibas. Estávamos num coquetel onde o casal Renato e Alessandra Ribeiro comemorava o aniversário do programa Rádio Repórter. Naquela noite relembramos os bons tempos do Jornal Feira Hoje, quando ele era editor e eu e Cristóvam começamos nosso relacionamento, do qual ele se dizia cupido. Rimos muito, e combinamos que em breve nos sentaríamos mais uma vez para, entre um gole e outro, jogarmos conversa fora e matarmos as saudades dos velhos tempos. Ainda vejo o seu sorriso e escuto sua voz... fechando os olhos para falar, ele disse: vamos comemorar os 25 anos desse romance. Nós comemoramos os 25 anos, já estamos chegando aos 29 anos de união, mas, nosso velho Guibas já não estava aqui para testemunhar.
Como não tenho o dom que ele tinha para escrever, quero prestar-lhe uma homenagem, dizer-lhe que não o esquecemos, transcrevendo aqui um texto dele próprio, que está na pagina 21 do livro Estrada do Tempo, organizado pela nossa amiga Madalena de Jesus.

“Vou ao infinito
No infinito, onde eu vou viver, encontrarei um mundo diferente. Lá as pessoas se querem; ainda há lugar para se plantar uma flor. O ódio não existe. E, para ser sincero, há ainda um lugar especial, onde as pessoas se transformam e ficam belas.
Lá o amor não será taxado de infantil; será simplesmente amor. Não se esconderá nos diversos disfarces. No infinito as pessoas não terão vergonha de dizer que se amam, que se gostam e vivem um para o outro.
No infinito, não há ansiedade, a paz reina nos abraços. A covardia cede lugar à coragem. Lá não se magoam pessoas; apenas querem-se bem.
Lá vou eu viver. Vendo o sol nascendo e se pondo com a mesma naturalidade. No infinito ainda resta um lugar todo especial reservado à alegria.
Para o infinito eu vou. E sei que o ferir não é a arma da conquista; que as pessoas não são insubstituíveis porque são todas iguais. Eu quero viver o infinito com a perfeição suprema.
Lá o azul do céu é tão claro que se confunde com as águas do mar e não se sabe onde um começa e o outro termina. Os pássaros voam livremente.
Não venha comigo ao infinito, acaso não queria ser amor. Existem muitos lugares, mas poucos são os que querem ir para lá.
O meu infinito é você e para lá é que eu vou.”

sábado, 23 de maio de 2009

Coluna





Podre sim I
Falando ao vivo no programa Acorda Cidade, Dilton Coutinho não gostou quando eu disse que há uma “banda podre” na Câmara Municipal. Eu até me desculpei, através de um editorial no jornal NoiteDia, mas, os fatos provam que eu estou certo. O episódio recente, em que o vereador David Neto, recomenda, na tribuna da Câmara, dar “um corretivo” no jornalista Zé Coió é exemplo claro de que há algo de podre na Casa da Cidadania.

Podre sim II
Dilton não gostou da palavra “podre”, que ele achou muito “forte”. O problema, caro amigo, é que eu não sei falar tucanês, essa linguagem inventada pelos políticos tucanos para redefinir palavras e frases já claramente definidas, como, por exemplo, chamar um pivete de “menor em risco social”. Para mim, um bandido é um bandido, um cínico é um cínico, um pivete é um pivete. Eu tive um amigo de infância que, quando se aborrecia, dizia: “bosta, cocô e merda”. Ou seja, sinônimos, não mais nem menos fortes ou pesados. Dizer que podre é “forte”, que é melhor dizer “estragado”, é boçalidade de tucano, colóquio malemolente para dormitar bovinos. Ou seja, conversa mole para boi dormir.

Violência não
Se por um lado fico feliz em ver que a classe estudantil está se mobilizando, reivindicando seus direitos, por outro fico muito triste quando em suas manifestações ocorrem atos de violência e bandalheira. Vamos a luta sim, mas, sem violência!

Pára-choque de caminhão
“Cuidado se você não ver o seu reta
ovisor eu não veijo o seu carro”

Claudio Humberto
“Pensando bem... a gripe suína chegou ao Brasil, mas saiu daqui com dengue”.

Meu bem, meu mal
“Marchamos para uma época onde não haverá mais direita e esquerda, mas pessoas do bem e pessoas do mal”. (João Henrique Carneiro)

Minha casa minha Dilma
Deu na coluna de Claudio Humberto esta semana que o carioca, gozador, já está chamando o programa do Governo Federal “Minha Casa, Minha Vida” de “Minha Casa, minha Dilma”. Estou reclamando direitos autorais. Eu chamei primeiro, lembram? (rsrsrsrs)

Ambições

“O presidente da Petrobras ainda pode ser candidato ao governo da Bahia. Plataforma é o que não lhe falta. Nem grana distribuída na Bahia”. (Claudio Humberto)

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Por hoje é só que agora eu vou ali reivindicar meus direitos autorais.

Pais corujas


Sim, somos pais corujas. Eu e Maura estamos felizes e orgulhosos do nosso filho Leno (na foto com o professor Joaécio). Faixa marrom de Karatê, sagrou-se vice-campeão individual e ficou em terceiro lugar em equipe ,na Taça Budokan de Karatê, no domingo passado. Ele está cotado para participar dos campeonatos baiano e brasileiro representando a Escola Budokan. Vamos buscar patrocínio e esperamos contar com os amigos.

Artigo da Semana


O corretivo e a corregedoria

Zé Coió publicou uma nota em seu caderno Zé Coió Noite & Dia, em que ele chama o vereador Getúlio Barbosa, entre outras coisas, de “amargo” e “brigão”. Sentindo-se agredido o vereador ocupou a Tribuna da Câmara Municipal para informar que iria interpelar Coió judicialmente, para que ele se explicasse. Até aí, tudo bem. Essa é a forma correta e civilizada de se resolver tais imbróglios, cabendo aí ao juiz determinar culpas e sentenças.
Estaria tudo bem não fosse a malfadada intervenção do vereador David Neto (aquele que espancou o tio), que em aparte concedido por Barbosa, disse que a melhor maneira de resolver a questão era contratar um idoso (já que Coió também é idoso) e mandar “aplicar um corretivo no jornalista”, ou seja, espancar Coió. Em sua fala o vereador disse ainda que Coió já falou dele duas vezes. Enganou-se o vereador. Quem falou fui eu. Primeiro noticiando o espancamento do seu tio. Depois, comentando o fato de que ele colocou a culpa do ocorrido na Imprensa.
Assim sendo, nos sentindo ameaçados em nossa integridade física, e sabendo dos antecedentes do vereador troglodita, resolvemos ir até uma delegacia de polícia prestar queixa e solicitar garantias, a fim de que não venhamos sofrer o mesmo que o tio do vereador, espancado impiedosamente em via pública.
Sei que o Legislativo tem suas normas, regimentos, comissões de ética e Corregedoria, justamente para prevenir, corrigir e punir os possíveis desvios de conduta dos seus membros. O mínimo que se pode esperar, diante de tais fatos, é que a corregedoria da Câmara chame o vereador às falas, aplicando-lhe assim um corretivo, no sentido de corrigir a sua conduta, e não de espancá-lo, é claro.
No mundo civilizado, ao qual o vereador não parece pertencer, não se resolve tais pendengas com espancamento ou assassinato dos desafetos. O presidente Carlito do Peixe tomou uma providência, reunindo os vereadores e pedindo um relacionamento respeitoso e pacífico com a Imprensa, como sempre foi. Afinal, é necessário segurança para que os profissionais da Imprensa possam fazer o seu trabalho, com isenção e imparcialidade.
Já é comentário geral nos bastidores políticos da cidade que a atual legislatura é a pior dos últimos tempos, em Feira de Santana, devido ao baixo nível intelectual e comportamental de alguns dos seus membros, principalmente alguns novatos.
O comportamento do vereador David Neto deixa em cheque a credibilidade do Legislativo feirense perante a opinião pública. Mas ele deve estar “pouco se lixando para a opinião pública”, como disse aquele deputado. Mas é bom lembrar que o deputado perdeu o cargo e é passível de perder o mandato.

Crônica da semana


Minhas viagens com Pipiu

Pipiu Bahia apareceu na minha infância e cismou de ser meu padrinho de Crisma, talvez pensando talvez com isso angariar mais respeito. Agora vê lá se eu sou do tipo que pede a benção, e logo a quem, ele um ateu convicto. Eu acho que quando ele viu que eu era um caso perdido, resolveu me ensinar a atirar e me fez seu parceiro de caçadas. E foi assim que a aventura começou.
Foram longos anos de viagens pelo interior da Bahia afora, e até em Minas Gerais a gente fez estrago na população de perdizes, codornas nambus e afins. A cada viagem uma nova história engraçada pra contar, como o que aconteceu na cidade de Nanuque, em Minas Gerais. Fomos convidados por Regina, então mulher de Tonheiro, para caçar na fazenda do seu cunhado Marcelo. O que a gente não sabia é que Regina inventou a caçada para arrumar carona e participar da festa de aniversário de casamento de sua irmã. Perpétua.
Assim, partimos numa manhã de inverno, Pipiu, eu, Regina, Tonheiro e dois cachorros perdigueiros, estes acomodados no bagageiro interno da Caravan, o que os deixava em contato direto conosco. Como chovia e os vidros ficavam fechados, vez em quando a gente tinha que fazer uma parada de emergência e abrir as portas para respirar, pois não tinha quem agüentasse os peidos dos cães.
Chegando em Nanuque, cidade pequena porém decente, e altamente provinciana, nos instalamos confortavelmente num apartamento nos fundos da casa, que o casal gentilmente nos ofereceu. Como a viagem era de caçada, só levamos roupas e botas velhas de guerra, além de bermudas, camisetas e sandálias para descanso.
Quando saímos do apartamento, demos de cara com uma mesa ricamente ornamentada e uma intensa movimentação de garçons e outros empregados. Foi um vexame. Mas o casal livrou a nossa cara, explicando aos convidados empertigados em seus smokings e vestidos longos, que nós estávamos ali para caçar e não sabíamos da festa. E foi assim que fomos admitidos à mesa do evento.
Conversa vai, conversa vem, Pipiu começou a discutir com Regina, feminista convicta. Outras mulheres entraram na discussão e, quando eu dei por mim, ele já discutia com cinco delas ao mesmo tempo. Os maridos, mineiros, não diziam palavra e só esboçavam um sorriso matreiro no canto da boca, de quem gostaria muito de dizer o que Pipiu dizia mas não tinha coragem.
Ele ia vencendo a discussão com seu jeito galhofeiro de ser, e ao final só uma das mulheres ainda sustentava seus argumentos, alegando que mulher pode fazer tudo que um homem pode. Pode, não pode, Pipiu matou a discussão, dizendo vou lhe provar que não. Tirou a camisa e desafiou sua oponente a fazer o mesmo. Vencida pelas mazelas do seu sexo, ela só pode baixar a cabeça, resignada, enquanto a gente ria.
Uma outra vez viajamos eu ele e André Mascarenhas (que não caça nada, mas gosta do pagode), para uma caçada em Lafayete Coutinho e Iramaia. Em Lafayete não tinha caça e resolvemos seguir logo para Iramaia. Foi aí que cometi o erro de cortar caminho pelas estradas vicinais, em vez de voltar e retomar a rodovia. Nos perdemos.
Às 15 horas a gente ainda tava perdido, com uma fome desgraçada e o carro acabando o combustível. Finalmente uma alma boa nos deu a direção certa, mas a gente já estava escaldado de tanta informação errada e tantos desvios. Foi quando vi um velho vindo pela estrada, carregando um saco às costas, um típico caboclo do lugar. Eu disse: Piu, pergunta àquele velho se estrada é esta mesmo.
Ele parou o carro na margem da estrada e gritou para o velho que estava do outro lado: Meu velho! Bom dia! Esta é a estrada de Maracás.
O velho perguntou: Santa Terezinha?
Já deu pra notar que o velho era surdo como uma porta. Aí o diálogo ficou hilariante. André, no banco de trás, deitava e rolava dando risada. Pipiu tentava explicar ao velho de que não éramos do lugar, que a gente não conhecia nada ali, mas o velho não escutava o que ele dizia e ainda argumentava: “O sinhô tem qui passá na casa de seu Neco Pire, senão o sinhô tá perdido. Vorte, vá na casa de seu Neco Pire...”
Quando Pipiu viu que não adiantava nada conversar com o velho, resolveu se despedir. Estendeu a mão e gentilmente agradeceu:
“Obrigado meu velho, vá tomar no cu”.
E o velho ainda agradeceu:
“Se Deus quiser, sim sinhô”.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Coluna




Epa!!??
Um saci me contou que a ex-esposa do ex-vereador Jaques Pinheiro, que é funcionária da Secretaria de Habitação, tem um apartamento em nome dela no condomínio São Bartolomeu, no Sobradinho. Pode?

Sensacional Leegoza
“A Acinetobacter é uma bactéria de difícil erradicação, que contamina superfícies e sólidos, adquirindo, facilmente, resistência a antibióticos. Nem sempre é patogênica, mas é grave pelo potencial de ficar se lixando para a opinião dos antibióticos”. (bodegadoleegoza.blogspot.com) .

Bares
Recebeu emenda e ficou para ser votado na próxima semana, visto que será necessário parecer da Comissão de Constituição e Justiça, da Câmara Municipal, um projeto que propõe que os bares sejam fechados na Sexta-Feira Santa. Os que são favoráveis à sua aprovação defendem que a medida reduzirá a criminalidade na Semana Santa. Mas alguns vereadores entendem que não é com o fechamento dos bares que se vai solucionar o problema da criminalidade neste período. Eu também penso assim. O caso é inerente à consciência de cada um.

Livro nada didático
O livro nada didático “Caatinga: a paisagem e o homem sertanejo” (Ed. Moderna), adotado no ensino fundamental, diz, entre outros absurdos, que “o litoral é vivo, alegre e gracioso, e não seco, pobre, e com solo pedregoso, como o sertão”. E qualifica o sertanejo como “rude, indolente e tostado pelo sol”. Além de preconceituoso, o livro é equivocado. O sertanejo, devido às condições adversas em que vive, tem que trabalhar muito para sobreviver. Já o homem litorâneo, também por condições climáticas, é indolente, preguiçoso mesmo.

Mas eu disse!
“Quando fiz campanha para Lula, em 2002, sete anos atrás, achei que ele iria dizimar as oligarquias (Sarney, por exemplo) e dar dignidade ao povo brasileiro. Ou seja, proporcionar condições de trabalho para que o povo ganhasse seu meio de vida. Mas o que vimos (e vemos) é a esmola oficial, o cabresto, o coronelismo. Então, só resta lembrar Luiz Gonzaga e Zé Dantas: Seu dotô uma esmola/para o homem que é são/ou lhe mata de vergonha/ou vicia o cidadão. Esse Luiz Gonzaga é que é o cara”! (Alex Ferraz, jornalista). Como ele, tem muita gente arrependida de ter confiado no home! Só me resta dizer: Mas, eu disse!... vem aí o terceiro mandato!

Marajás
Alguns prefeitos de todo o País têm vencimentos maiores que o do presidente Lula, que ganha R$ 12,8 mil. O prefeito Ivan Rodrigues (PTB) recebe R$ 23,8 mil para gerenciar São José dos Pinhais (PR), com 280 mil habitantes. O prefeito mineiro de Nova Lima (75 mil habitantes), Carlinhos Rodrigues (PT), recebe R$ 21,9 mil; e o prefeito do balneário Angra dos Reis (146 mil habitantes), Tuca Jordão (PMDB), R$ 23 mil.

Deputados
Com o flanco aberto pela não reeleição de alguns deputados estaduais o que tem de candidato para 2010 é uma grandeza. Quero saber onde é que vai ter voto para tanta gente que já se acha eleito.

Deputados I
Na quinta-feira, falando numa emissora de rádio, o prefeito Tarcízio Pimenta negava categoricamente a candidatura da Primeira Dama, Graça Pimenta, à deputada estadual. À tarde, seus amigos encheram as ruas de adesivos lançando o nome dela. Como eu disse, tem vaga, mas é preciso trabalhar muito, porque tem muito candidato.

Deputados II
Ainda sobre a candidatura de Graça Pimenta, não vejo mal algum, é um direito dela. Mas podem ter certeza que a chiadeira entre os candidatos vai ser grande.

Tim Maia
Estou lendo o livro “Vale Tudo”, uma biografia de Tim Maia escrita por Nelson Mota. Se eu já tinha me deliciado com “Noites Tropicais”, do mesmo Nelson Mota, Vale Tudo é de morrer de rir. Eu sabia que Tim era doidão, só não sabia o quanto.

Bahia de Feira
Anotem aí. Quem perdeu foi o Fluminense com a saída de Jodilton, e vai voltar à sua humilhante condição de timinho, nas mãos dos parasitas que assolaram o clube. Já o Bahia de Feira vai voltar a ser um grande time. Pode levar uns quatro a cinco anos, mas o “Tremendão” vai voltar com força total.

Novidade
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arquivou a representação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) por suposta propaganda eleitoral antecipada no Encontro de Prefeitos, em fevereiro, organizado pelo governo federal. Eu quero é novidade!

Manjar dos deuses
Semana passada, acompanhado de bons amigos, fui à chácara de uma amiga comer uma galinha caipira ao molho pardo, com cuscuz. Pra beber, cerveja gelada e cachaça de folha. No final, sentindo a brisa fria da chuva fina, um charuto Menedenez & Amerino. Quem não sabe o que é isso, não sabe o que é felicidade e prazer. Vamos viver mais, gente. Como diz Dr. Eduardo Leite: “Mais sol e menos Omeprazol”.

Poupança
O presidente Lula disse que vai “mexer na poupança”. De quem?

Prefeito
Diz o adágio popular que o costume do cachimbo deixa a boca torta. Até o prefeito Tarcízio Pimenta continua chamando o ex José Ronaldo de Carvalho de prefeito. Esta semana em entrevista no programa Acorda Cidade ele repetiu várias vezes: O prefeito José Ronaldo de Carvalho.

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Por hoje é só que agora eu vou ali comer uma galinha caipira ao molho pardo, com cuscuz de milho pilado. Sorry, periferia.

Artigo da Semana



Oposição X Situação

Na disputa pelo poder quem vence assume a “situação” e quem perde vira “oposição”. Teoricamente, os membros da oposição devem fiscalizar os atos dos integrantes da situação, identificando falhas, denunciando fraudes e sugerindo ações. Nos países civilizados é assim que funciona. Existe, na Inglaterra, o chamado Gabinete Shadow (sombra). É integrado por membros da oposição que acompanham passo a passo o dia a dia do governo, inteirando-se das suas ações, para que, se eventualmente vierem a se tornar situação, estarão preparados para assumir o poder sem causar problemas na continuidade das ações desenvolvidas pelo governo anterior.
Mas aqui no Brasil oposição é sinônimo de adversidade, de barreira ao andamento das ações da situação. Pouco importa as necessidades do povo, pois a idéia é não deixar que a situação faça um bom governo, fazendo o povo acreditar que é ineficiente e, eventualmente, tomar o poder nas próximas eleições.
Quem não se lembra do esforço que a oposição fez para impedir que o governo de José Ronaldo construísse os viadutos? As obras eram mais que necessárias, e estavam atrasadas em 20 anos, justamente porque a oposição sempre esteve contra o governo que quisesse realizá-las.
Eu me lembro que no primeiro mandato do prefeito Colbert Martins (MDB), ele recusou receber do governador ACM (ARENA) uma moderna iluminação para o estádio Jóia da Princesa, por entender que se assim o fizesse estaria dando espaço ao adversário político para conquistar votos na cidade. Na época, o então vereador Alberto Oliveira comentou na Câmara Municipal: “Eu devo estar ficando maluco ou esclerosado. Porque não entendo como é que um prefeito que vive chorando falta de verbas, recusa uma obra cara e diz que a Prefeitura vai bancá-la”.
Aqui em Feira de Santana a oposição sempre foi pródiga em fazer denúncias que nunca se comprovaram. São as chamadas “Denúncias Vazias”, cujo maior expoente foi o ex-vereador Messias Gonzaga. O objetivo dessas denúncias é mais atrapalhar as ações da situação, do que realmente apontar alguma fraude ou falha nas ações da situação.
Atualmente, sem ter sugestões a oferecer, sem denúncias concretas para fazer, a oposição luta para promover um desentendimento entre o ex-prefeito José Ronaldo e o atual, Tarcízio Pimenta, com o objetivo de enfraquecer o grupo político a que ambos pertencem, com vistas às eleições do ano que vem.
E o povo que se dane. Afinal de contas, o povo está muito feliz com a sua Bolsa Família, e com isso não percebe que faltam empregos, obras de infra-estrutura, segurança pública, educação, saúde, habitação, lazer, etc. Sobre lazer, é bom lembrar que a oposição tentou acabar com a Micareta deste ano, sob a absurda alegação de um provável surto de dengue e meningite por causa da festa. Previsões funestas que, graças a Deus, não se concretizaram. E sobre Habitação? Bem! Vocês têm aí o programa “Minha Casa, Minha Dilma”. É só esperar até o resultado das próximas eleições.

Crônica da semana



Dona Detinha

A coisa deve ter acontecido mesmo, em alguma cidadezinha destes Brasis interiores, mas hoje em dia é contada como piada. Trata-se da história de um menino e uma menina que, embora de famílias bem diferentes na escala social, estudaram e cresceram juntos naquela cidadezinha, e continuaram amigos pelo resto da vida.
O garoto virou pedreiro e a garota casou-se com um político. Certo dia, ela se preparava para recepcionar alguns correligionários do marido e chamou o amigo pedreiro para consertar uma parede na frente da casa, que estava feia, desbotada e com o reboco quebrado em alguns lugares.
O pedreiro providenciou o material, fez o reparo, pintou e, antes de ir embora, avisou à amiga (que agora era a primeira dama da cidade), de que o serviço estava pronto e que ele já estava indo embora. Quando ela lhe perguntou quanto custara o serviço, ele recusou o pagamento, alegando que era um presente. Ante a insistência da amiga, em remunerá-lo pelo serviço, ele, na sua simplicidade de quem está no boteco, jogando dominó e bebendo com os amigos, retrucou com veemência:
- O que é isso Dona Detinha. Eu vou lá lhe cobrar por uma bobagem dessas. Vá se foder Dona Detinha. Vá tomar no cu, Dona Detinha. Deixa de bobagem...
Eu tô contando isto, pra poder falar de Dona Valdete, Detinha para os íntimos, mãe do meu amigo César Cão. Ela é uma destas pessoas que a gente não consegue deixar de gostar. Pra mim, tem um valor especial, porque ela tem um temperamento igual ao da minha mãe. Alegre, positiva, brincalhona, cervejeira, carnavalesca, enfim, tudo que eu gosto numa pessoa.
Pra que se tenha uma idéia de como ela é, vou contar um caso. César Cão tava dando uma festa no seu sítio (a Granja do Torto), e nosso amigo Dito resolveu dançar com Detinha. No meio da dança, ela chamou César e disse pra todo mundo ouvir: Olha César, Dito tá dançando comigo de pau duro. Quando Dito explicou que o volume era do telefone celular, ela não perdeu a chance: “Ah! Tá fazendo propaganda enganosa, é?” Assim é Detinha.
Houve um tempo em que, diariamente, ela sentava com seu irmão, Vilobaldo, numa mesa do Boteco do Vital, ao meio dia, e ficava ali cerca de uma hora, conversando e bebericando suas cervejotas. E quem é como Detinha, só pode ter um filho como César Cão.
E foi assim que, um dia, eu estava com alguns amigos sentados a uma mesa próxima do orelhão do Boteco do Vital, onde um sujeito estranho telefonava, quando César Cão foi chegando e, vendo Detinha e o irmão sentados à mesa de sempre, foi se aproximando e falando alto: “E aê Dona Detinha? Vá se foder, Dona Detinha. Vá tomar no cu, Dona Detinha.”
Falou e foi direto ao balcão. O cara que estava no telefone, desligou e nos abordou perguntando: “Como é que é pessoal. O cara chegou ali esculhambando a pobre senhora, e ninguém diz nada? Ninguém vai tomar uma providência não?”
Calmamente, eu lhe respondi: “Amigo. Imagine que ela é a mãe dele. Já pensou se não fosse?”

terça-feira, 12 de maio de 2009

Deu no Claudio Humberto

O DIFRUÇO DA PORCA
Miguezim de Princesa

I
Meus senhores e senhoras,
A Providência Divina
Manda mais de um recado
Para evitar a ruína:
Manda enchente e furacão,
Tormento e devastação
E até gripe suína.

II
É tanta notícia ruim
Emporcalhando a estrada,
Pedras de decepção
Atrasando a caminhada,
Tanta sombra na centelha,
Que até a porca velha
Resolveu ficar gripada.

III
O porco velho saiu
Uma noite do chiqueiro,
De manhã voltou com uma mala
Entupida de dinheiro,
Mas deu na televisão
Que um bacurim ladrão
Tinha roubado os brasileiros.

IV
A porca, vendo a notícia,
Entrou logo em desespero,
O bacurim de gravata
Saltou pro meio do terreiro
Disse: “Pai também roubou,
Nosso chiqueiro aumentou
E investe no estrangeiro.

V
O nosso vizinho do lado
Tem castelo e avião,
Tá se lixando pro povo,
Que se dane a multidão,
O que vale é ter poder,
Um cocho pra se comer
E uma conta de um bilhão.

VI
Vou investir o dinheiro
Num paraíso fiscal,
Depois dizer que quebrei
E estou passando mal
Que o Estado-Barrão
Aumenta arrecadação,
Fecha escola e hospital.

VII
Pega todo o capital
Escorchante do intruso,
Esparrama no chiqueiro
De um jeito muito confuso,
Numa gastança de orgia
Que o porco de alegria
Sai rodando o parafuso.

VIII
E sai enganando a quem
Não é do mundo suíno:
Uma chita pras mulheres
Uma chupeta pro menino
E uma cesta de comida
A quem só resta na vida
Um lampejo bem mofino”.

IX
Um bilhão passando fome,
Nos quatros cantos do mundo,
E quem só tem o salário
Xingado de vagabundo,
Chupa-cabra da Nação.
O negócio é ser barrão
E ter dinheiro no Fundo.

X
A porca indagou do filho,
De uma forma assim bem por alto:
E se alícia te pega
Roncando dentro do mato?
Bacurim diz: “É comédia,
É inventar uma tragédia
Que logo esquecem o assalto!”.

XI
E então mandou que a mãe
Ficasse logo acamada
De uma doença terrível
(Uma gripe mal curada,
Quase uma gripe espanhola),
Aí fecharam a escola,
O botequim e a estrada.

XII
Mandaram fazer vacina
Para o Estado comprar,
Esparramaram o produto
Por terras do além-mar
E dentro dos escritórios
Porcos de laboratórios
Lucraram até enjoar.

XIII
O sul se acabando em seca
E o Nordeste em enchente,
A dengue, a safra de anjos
No cortejo impenitente
E o mundo da porcaria
nventa uma gripe vadia
Para engambelar a gente.

Estamos Liquidados

Sempre às vésperas de alguma data comemorativa que movimenta o comércio, como agora o caso do “Dia das Mães”, a Polícia faz uma “mega operação” para “fiscalizar” comerciantes que, supostamente, estão vendendo mercadorias contrabandeadas. E alvo é sempre o Feiraguai, aquele espaço na praça Presidente Médici, onde centenas de pequenos comerciantes defendem o pão de cada dia.
É verdade que, até há alguns anos, a maioria deles vendia produtos contrabandeados do Paraguai e, é claro, sem nota fiscal. Alguns governantes fecharam os olhos à esta ilegalidade diante do tamanho índice de desemprego que assola o País. Hoje, porém, os comerciantes do Feiraguai, na sua grande maioria, estão legalizados e trabalham mais com produtos nacionais que com importados, e até aqueles que ainda trabalham com importados, na sua maioria, operam diretamente com as importadoras. Uma pequena minoria ainda não está totalmente legalizada. Não estamos falando aí dos vendedores de CDs e DVDs piratas.
O curioso é que sempre quem aparece para fazer blitz no Feiraguai são policiais de Salvador, da Polícia Federal e, por incrível que pareça, a Polícia Rodoviária Federal. Desta última vez, ouvi um policial declarar ao repórter da TV que estava apreendendo mercadorias até de quem tinha nota fiscal, pois o comerciante teria que ir até à delegacia provar que aquela nota não era fria. Ou seja, o cidadão é “culpado” até que prove o contrário. Uma inversão total do que prega a lei que diz que todo mundo é “inocente”, até que se prove o contrário.
O que ninguém diz, por medo, conivência ou conveniência, é que para ter a mercadoria apreendida de volta, além do gasto com viagens a Salvador e o pagamento de multas (se existirem), o comerciante ainda tem que pagar propina. Esta roubalheira oficiosa é de conhecimento dos governantes, comerciantes, jornalistas, advogados, juízes, e mais um mundo de gente que poderia fazer alguma coisa, mas não faz.
Sempre que havia estas “operações”, eu via e ouvia o deputado petista, José Neto, que ainda era oposição, chegar ao Feiraguai para bradar contra o governo e “defender” os comerciantes do Feiraguai. Ultimamente o deputado não tem aparecido por lá. O deputado Fernando de Fabinho chegou a dar entrada num projeto na Câmara Federal, para criar a Zona Franca de Feira de Santana, que tiraria todo o Feiraguai da ilegalidade. O projeto não chegou sequer a ser votado. Não há interesse político do governo.
Curiosamente, enquanto os policiais rodoviários apreendiam mercadorias no Feiraguai, ônibus estavam sendo assaltados bem aqui pertinho da cidade. Aliás, a PRF ultimamente tem se limitado a fiscalizar documentação de veículos e motoristas. Dos cidadãos de bem, porque os bandidos passam tranquilamente. Como diz Dr. Hugo Navarro: “Estamos liquidados”!

domingo, 10 de maio de 2009

Dia das mães


Todo ano quando começam as campanhas publicitárias do comércio para o dia das mães me reporto a minha infância. Concebeu-se que no segundo domingo de maio, dia dedicado às mães, os filhos devem dar-lhes presentes. Na escola,como ainda ocorre, faziam-se festas dedicada às “rainhas do lar” e lá estavam todas as crianças com um presente caprichado nas mãos. Meu pai, além de não ter uma condição financeira das mais favoráveis, não valorizava estas “besteiras” como ele classificava estes “costumes que só são bons para os comerciantes”.
Eu não entendia esse posicionamento sábio do velho e ficava muito triste. Mainha merecia sim um presente como todas as mães dos meus colegas. Como toda mãe, a minha não suportava ver uma filha (são seis mulheres) triste e ia ela mesma providenciar os presentes. Inúmeras foram as vezes que ela autorizou Dona Lia a vender o que a gente escolhesse para “presenteá-la”. Depois ela mesma ia pagar a conta. Isso ficou guardado no meu subconsciente e ainda hoje eu não passo um dia das mães sem oferecer-lhe uma lembrancinha. Não me satisfaz apenas passar o dia com ela, quando é possível. Quero marcar de alguma forma, dando-lhe algo que ela esteja precisando ou desejando. Somos seis irmãs e, muitas vezes, nos unimos para comprar algo de maior valor financeiro. Mas, não dispenso aquela lembrancinha individual, mesmo que se já uma simples flor e um cartão.
Tenho dois filhos. Uma que já é mãe e o caçula ainda adolescente. Não os criei com esses costumes. Nem o pai deles tem esses hábitos. Não se liga nestas convenções de presentear as pessoas em datas determinadas (dia dos namorados, das crianças, das mães, Natal). Ele às vezes até o faz, mas, prefere surpreender dando presentes em qualquer data. Mesmo assim, influenciados pelo apelo capitalista, meus filhos também desejam me presentear e não ficaam satisfeitos em fazê-lo apenas com a lembrancinha confeccionada na escola. Como eu, eles investigam o que estou precisando ou desejando e, dentro do possível, me satisfazem.
Leno, com 13 anos, é meio desligado (puxou ao pai rsrsrsrs). Mas, nesta época não deixa de me perguntar: “O que a senhora quer ganhar no dia das mães?” Filho, quero obediência, carinho e um boletim recheado de boas notas, respondo. “Assim não vale. Isso eu já lhe dou”. Realmente. Boas notas, obediência, carinho, tenho sempre. Mas, continuando assim, já me sinto presenteada.
Fico triste quando penso que, assim como a maioria das datas comemorativas, o Dia das Mães perdeu o sentido real.
Aqui no Brasil, o Dia das Mães foi introduzido pela Associação Cristã de Moços (ACM), em maio de 1918. A data passou a ser celebrada no segundo domingo de maio, conforme decreto assinado, em 1932, pelo presidente Getúlio Vargas. Em 1949, vários proprietários de lojas de São Paulo, lançaram uma grande campanha publicitária incentivando a compra de presentes para as mães e o hábito de presentear as mães ganhou impulso. Hoje, é uma das datas em que o comércio mais fatura.
Cá pra nós. Confesso que lá no fundo também me deixo levar por estes apelos e muitas vezes insinuo que gostaria de ganhar isso ou aquilo. Mas, aqui em casa isso não funciona, porque há quase 30 anos, desde que comecei a dividir o aluguel da casa com Cristóvam, não existe o meu e o seu. Existe nosso. Quem compra tudo sou eu, até suas roupas íntimas, como o nosso salário.

Maura Sérgia

sexta-feira, 8 de maio de 2009

coluna




Eu disse!...
O jornalista Claudio Humberto divulgou em seu blog esta semana que os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, José Sarney e Michel Temer, tiveram uma importante conversa a sós com o presidente Lula, consultando-o sobre eventual terceiro mandato. O presidente não respondeu diretamente, devolvendo a pergunta a eles: “O que vocês acham disso?” A mudança significativa é que, até agora, o presidente Lula vinha negando a hipótese, em público e em conversa privadas. Mas, eu disse, lembram?
O home é discípulo de Fidel!

Se saísse do discurso...
O novo secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia, Nelson Pelegrino, prometeu que sua gestão à frente da instituição será marcada pelo combate ao crime organizado e conseqüente articulação com outros órgãos para alcançar este objetivo. Segundo ele, há a intenção de se criar um grupo de trabalho chamado “Inteligência Prisional”, que identificará o sistema e apontará soluções para o problema do crime e da violência. Estas informações deverão ser compartilhadas com a Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Federal. Outras medidas incluem parcerias com outras secretarias do governo para promover a humanização de detentos e também o desenvolvimento daqueles que deixarem as prisões. “Nós vamos adotar um conjunto de iniciativas que estarão amarradas ao Plano Estadual dos Direitos Humanos e vão perpassar todas as políticas públicas dos estados e suas secretarias.”
Quando será que isso vai acontecer?

Golpe
Como já era de se esperar, já existem pessoas espertas usando o programa “Minha Casa, Minha Vida” para aplicar golpes em Feira de Santana. Golpistas visitam residências, pedem documentos e cobram taxas das pessoas para fazer inscrições no programa. A denúncia chegou ao secretário de Habitação do município, Antonio Carlos Borges Junior, que alerta as pessoas. As inscrições só terão início na segunda-feira (11), não será pedido qualquer documento e muito menos cobrada qualquer taxa. As pessoas interessadas deverão ter renda familiar de até três salários mínimos para ter direito ao programa e apenas preencherão um formulário que pode ser adquirido nos locais indicados pela Prefeitura (na secretaria, postos de saúde, escolas municipais) ou pela internet, no site da Prefeitura Municipal (http://www.feiradesantana.ba.gov.br) e entregar nos locais indicados.

Deu no Claudio Humberto
Morreu mais brasileiro de chuva que de “gripe suína” até agora: 30, pelos últimos dados. É a porcaria da desigualdade que contamina o país.

Por falar em chuva...
No ano passado o estado de Santa Catarina, que deve caber umas três vezes dentro da área do Maranhão e Piauí, foi atingido por enchentes que deixaram milhares de pessoas desabrigadas. O estado recebeu ajuda de todo o Brasil. Daqui mesmo de Feira, saíram toneladas de donativos. Agora, a população nordestina sofre com enchentes. Alguém aí tem notícia de alguma ajuda dos “hermanos” do Sul Maravilha?

Ainda a chuva
Pelo menos uma em cada 13 cidades do Nordeste já decretou situação de emergência por causa das chuvas que atingem a região desde o início de abril. São 141 municípios em seis Estados (Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte). O total de mortes já chega a 34. Ontem (7) foram confirmadas cinco mortes --três no Ceará, uma na Bahia e outra no Maranhão. O número de desabrigados é incalculável.

Ainda a chuva (I)
Não faltou quem me chamasse de mesquinho quando eu contei que, no ano passado, ao entrar num prédio público, fui abordado por uma mulher, trajando avental vermelho e com uma prancheta na mão, que me perguntou se eu não queria fazer minha doação para as vítimas das enchentes no Sul do País. Eu respondi que não, mas que gostaria de mandar algum auxílio para as vítimas da seca daqui do Nordeste. Eu não vi ninguém ainda, este ano, para perguntar se eu quero ajudar ao povo do Maranhão, por exemplo, onde há maior número de desabrigados.

Êpa!!???
Eu ouvi dizer, mas não quero acreditar, que até hoje tem supermercado vendendo sobras dos donativos enviados para Santa Catarina. Mas, todo mundo viu pela TV soldados e voluntários saqueando os donativos. Não viram? Pois é!


Bolsa miséria

40 mil candidatos recebiam a “ajuda” do Bolsa Família. Destes 557 foram eleitos nas eleições de 2006 e 2008, segundo levantamento feito pelo ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União. Ele analisou o registro do Cadastro Único, onde ficam identificadas e caracterizadas as famílias segundo sua situação socioeconômica. O relatório do TCU apontou ainda 312.021 famílias que recebem o benefício irregularmente. Tá bom pra você?

Lá como cá...
Notícias dão conta de que desde que decidiu que “não tem vergonha” de absolver Edmar Moreira, o deputado do castelo de R$ 25 milhões, o relator do Conselho de Ética e deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) foi ao plenário da Câmara na quinta (7) para fazer novos ataques à imprensa. Ele já acusou jornalistas de “baterem”, mas ele “sempre se reelege”. Segundo Moraes a imprensa, que “em sua maioria é mentirosa”, só quer “manchar a imagem do Congresso”. O deputado se irritou com uma jornalista do jornal O Globo, e dedicou boa parte do seu discurso a descrever como é triste o trabalho dos comunicadores: “Que triste emprego [jornalista]! Tem que trabalhar com mesquinhez, distorcer, conduzir de forma mesquinha o processo neste parlamento,” afirmou Sérgio Moraes. Qualquer semelhança com alguns edis daqui é mera coincidência.

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Por hoje é só que agora eu vou ali ver se tem alguma ONG coletando donativos para os nordestinos desabrigados.

Artigo da Semana


Baixando o nível

Eu bem que queria escrever sobre alguma coisa boa, mas, não tem jeito. Vejo-me impelido a voltar a falar da Câmara Municipal, principalmente de alguns vereadores novatos. Não bastasse culpar a Imprensa pelas suas mazelas, ameaçar jornalistas com processos, agora estão querendo partir para as vias de fato, desafiando para briga, no melhor estilo “duelo” do velho Oeste americano.
Desta vez a birra foi com o radialista Beto Souza, que declarou no rádio que vereador só trabalha três dias por semana, em um turno, e ainda tem recesso de 90 dias. Ele só disse a verdade, mas é necessário salientar que existem vereadores (não todos) que ao deixar as sessões da Câmara partem para atender aos seus eleitores nos gabinetes e visitar comunidades, ouvindo as reivindicações dos moradores. Portanto, trabalham mais.
O problema com a Câmara Municipal está no fato que boa parte dos vereadores, principalmente alguns novatos, entende que pode tudo, faz o que quiser e que não é da conta de ninguém. Se o vereador espanca um parente na via pública, a culpa é da Imprensa. Se exige 13º salário, vale paletó, vale bacalhau, e o escambau do Pau de Légua, a culpa é da Imprensa. Se querem entrar sem pagar em estádios, eventos particulares, cinemas etc. , a culpa é da Imprensa.
Essas coisas me fazem perder as estribeiras e me levam, às vezes, a dizer o que não quero e nem devo. Por isso, esta semana, falando ao programa Acorda Cidade, disse que existe uma “Banda Podre” na Câmara. Baixei o nível. Peço desculpas. Mas já dizia Raul Seixas, que “quando se quer entrar num jogo de rato, de rato você tem que transar”, numa versão moderna do antigo ditado: “em Roma, faça como os romanos”.
Mas, eu disse que existe uma Banda Podre, porque sei que existe uma Banda Sadia, que trabalha pelo interesse da coletividade, como tem que ser, e não apenas por seus próprios interesses. Na semana passada publicamos aqui a notícia de que um projeto do vereador Ribeiro foi reconhecido em Brasília como “de grande alcance social”, e por isso o vereador estria sendo homenageado. Essa é a Banda Sadia.
No mais, eu quero lembrar aos edis, que rejeitaram o projeto do vereador Bastinho, que previa que vereador teria que pagar ingresso no estádio municipal, de que estádio pertence ao município, mas quando um clube vai jogar ali, paga um aluguel. Portanto, naquele momento o estádio é do clube, e só pode entrar sem pagar os seus convidados, ou aqueles que vão trabalhar, o que não é o caso dos vereadores.
E só pra evitar qualquer tipo de comentário, devo dizer que mesmo quando eu cobria os jogos no estádio, eu só entrava sem pagar quando estava a serviço. E ainda assim pagava o ingresso de quem estivesse me acompanhando.

Crônica da semana


Gaguinho

O nome dele é Lourival, mas desde criança a gente só o conhece, por motivos óbvios, como “Gaguinho”. Curiosamente, ele hoje não gagueja mais, mas o apelido permanece. Era apaixonado pelos filhos e pela mulher, mas costumava dar seus “pulos” e terminou se separando. Fumava e bebia muito, mas, notícias que me chegam de Salvador, onde vive atualmente, dão conta de que abandonou os vícios.
Mas o melhor no Gaguinho, além da sua solicitude, era sua alegria, seu sarcasmo, suas estórias sempre hilárias. Depois de farra. O que Gaguinho mais gosta é praia. E o curioso é que ele prefere ir à praia quando o tempo está frio. “Não tem aquela multidão, aquele calor danado”. Diz ele. Entende de tudo um pouco, pelo menos é o que afirma. E também se meteu a fazer de tudo um pouco, e foi assim que surgiram várias estórias sobre ele.
Certa vez ele entrou no meu escritório pedindo apoio para um projeto. Era o seguinte: A sua esposa, artesã de mão cheia, fabricava alguns bibelôs que faziam sucesso entre turistas. Havia até um viajante que vinha de Sergipe comprar os bonecos para vender nas lojas de artesanato de Aracaju. Sabendo disso, ele decidiu ir ele mesmo passar a comercializar os bonequinhos em outras cidades. Veio então me pedir apoio para custear as primeiras viagens, e escolheu Porto Seguro como ponto de partida.
Era mês de junho, e conhecendo bem ele, manjei logo a segunda intenção da viagem, que eram as praias do jeito que ele gosta. Frias e vazias. Então eu argumentei: Acho boa a sua idéia, mas, nesta época, não tem turista em Porto Seguro. Até quem tem negócios por lá, fecha as portas e vai curtir umas férias. Porque você não começa viajando para Salvador e tenta vender sua mercadoria nas botiques e lojas dos shoppings? O investimento é menor e você já começa a formar uma freguesia. Ele concordou, a princípio, mas disse que iria pensar. Está pensando até hoje.
Estávamos num outro dia, reunidos no Boteco do Vital, nosso reduto sócio/etílico/cultural, e ele encheu o saco de todo mundo falando das qualidades e da total submissão da esposa às suas vontades. Já passava do meio dia quando ele me convidou para ir até a casa dele, distante do bar mais de dois quilômetros. O detalhe é que a gente estava a pé. Mas, como era um sábado, e havia muitos bares pelo caminho, eu topei a parada.
Já perto da casa dele, muitos bares depois, resolvemos tomar uma saideira antes do almoço. O dono do bar tirou do freezer um baita tucunaré e disse que estava vendendo. Nós compramos o peixe e ele foi do bar até em casa falando das maravilhas que sua “Nêga Véia” iria fazer com aquele peixe. Quando chegamos ela estava sentada na sala, com um filho pequeno no colo, e ele foi mostrando o peixe e dizendo: “Olha bem! O que eu trouxe pra gente”. “Tire isso daqui! – gritou ela – Você sabe muito bem que eu não trato peixe! Pode ir procurar quem trate que eu mesma não pego nisso”!
Diante da reação da “Nêga Véia”, ele só balbuciava: mas, mas, mas mas... E eu, que não sou besta, saí correndo, peguei o peixe, fui pra área de serviço, tratei o bicho, dividi no meio, e fui correndo pra casa, onde lá sim, minha “Nêga Véia”, que não trata peixe, mas prepara muito bem, fez uma deliciosa moqueca.
Uma outra paixão de Gaguinho, depois da “Nêga Véia”, é claro, eram os veículos automotivos. Fosse sedan, utilitário, caminhonete ou caminhão, o negócio dele era pegar no volante e sair por aí. Ele inventava os artifícios mais engraçados para poder dirigir um carro. Certa vez, voltando de Salvador na carona de um primo, começou a soluçar. E o soluço não passava. O primo então perguntou: “Que soluço brabo é esse, Gaguinho”? Ele respondeu: “É patológico. Só pára se eu dirigir”.
Uma outra vez, estávamos eu, um primo dele e ele, numa praia em Salvador, e tudo estava muito bom. Mas, ele queria ir para São Francisco do Conde. Nós outros, porém, queríamos ficar em Salvador. Foi aí que ele me saiu com esta: “Vocês têm que aprender a viver em Sistema de Grupo. Se não está bom pra um, não está bom pra ninguém”. Eu até argumentei se não seria ao contrário. Se está bom para a maioria, está bom para todos. Mas ele não concordava.
Ele ficou emburrado, e como já estava ficando tarde, decidimos ir para São Francisco do Conde. Chegamos lá, nos instalamos no bar de Cigarreiro e ficamos ali, bebendo umas e outras e comendo camarão e peixe frito. Quando chegou a hora de voltar para Feira de Santana, ele já estava de pileque e eu disse: Olha, dá a chave do carro pra Bel que você nem eu estamos em condição de dirigir. Ante a possibilidade de não ser ele a dirigir, ele teve a idéia: “Por que a gente não dorme aqui”?
“Ta doido! – disse eu – A casa de teu tio não cabe mais nem um passarinho. E eu lá vou deixar de estar na minha cama, pra dormir no chão, sem necessidade”? “Ta vendo aí? – argumentou ele – Vocês não sabem mesmo viver em Sistema de Grupo”.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Del Feliz faz temporada em Salvador


O cantor e compositor Del Feliz faz temporada de shows em Salvador, no Restaurante e Bar Santíssima Bahia (antigo Casquinha de Siri), Praia dos Coqueiros - Piatã, às quintas feiras até o final de Maio, sempre com artistas convidados. Nesta quinta-feira (07) contará com participação de Adelmário Coelho e Targino Gondim. O evento começa às 20:30 com apresentação do Forró Dagata, e continua com o show de Del a partir das 22:30.

Aos 36 anos de idade Del Feliz já gravou diversos CDs e um DVD. O seu trabalho mais recente é o CD ‘Forró Enredo’, cujo nome vem de uma homenagem do grande Geraldo Azevedo que denominou Del Feliz o criador do Forró Enredo, dizendo que as músicas que Del compõe em homenagem às cidades do Nordeste, estão para o forró assim como os sambas-enredo do Rio de Janeiro estão para o Samba.

Mantendo a tradição da sua raiz nordestina Del Feliz inclui neste CD músicas suas e de seus parceiros tradicionais, como Flavio Leandro e Adail Mena, além de composições de novos parceiros como Apriginho, Marcio Lima e Vicente Lima, Gel e Naum. Também fazem parte do CD releituras de antigos sucessos, Na rua na chuva e na fazenda e Além do horizonte, arranjadas para o forró. A última faixa deste CD o artista acrescentou a música das cidades. No caso de Feira de Santana, ele re-gravou com o feirense Luís Caldas.

Outro componente marcante do trabalho de Del Feliz é o projeto Cantos da Bahia, idealizado e conduzido por ele, que visa homenagear as cidades da Bahia através de composições específicas que resgatam e usam a história e tradições de cada local. O primeiro CD do projeto inclui, além de 15 músicas, uma faixa multimídia com o resumo histórico e fotos de cada cidade, constituindo-se em importante documento para divulgação e valorização das cidades.

Del Feliz vem recebendo diversas homenagens e premiações por conta do sucesso do projeto, que já ultrapassou as fronteiras da Bahia, pois, ele está fazendo homenagens às principais cidades do Nordeste.

Parceiro de grandes nomes da música do Nordeste como o saudoso Accioly Netto, João Sereno, Xico Bizerra, Fátima Marcolino, Flávio Leandro e Adail Mena, Del Feliz teve algumas de suas músicas gravadas por outros grandes artistas como: Dominguinhos, Geraldo Azevedo, Alcymar Monteiro, Adelmário Coelho, Waldonys, Papete, Vavá Ribeiro, Luiz Caldas, Petrúcio Amorim, Silvério Pessoa, Orquestra Spok Frevo, Amorosa e Targino Gondim, entre outros.

e já cantou com grandes nomes da musica nordestina como Geraldo Azevedo, Dominguinhos, Flávio José, Santanna, Alcymar Monteiro, Adelmário Coelho, Waldonys, Papete, Vavá Ribeiro, Luiz Caldas, Petrúcio Amorim, Silvério Pessoa, Orquestra Spok Frevo, Amorosa, Targino Gondim, Roberto Mendes, Mestre Zinho, Ari PB, Kiko Salli, Quininho de Valente, João Sereno,Virgílio, Gereba, Leo Macedo (Estakazero), Carlos Pitta,entre outros grandes nomes da nossa música, que são unânimes em reconhecer a qualidade e a autenticidade do seu trabalho, como atestado por diversos depoimentos no seu DVD.

Boa parte do Nordeste já conhece o show de Del Feliz que é acompanhado por uma super-banda composta por 12 músicos e 7 bailarinos.
O site www.delfeliz.com tem Informações adicionais sobre a carreira e discografia de Del Feliz, incluindo fotos e vídeos de seus shows.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

coluna




Sem fronteiras(?)
Insatisfeito com os serviços da oi, principalmente a absurda taxa de assinatura, resolvi mudar de operadora e escolhi a TIM que me pareceu, no momento, a melhor opção. Optei pela tal portabilidade para facilitar minha vida, não ter que sair ligando e passando mensagens para todos avisando da mudança de número. Caros amigos, não caiam nessa. Há quase dois meses aderi aos serviços da Tim e tenho encontrado só barreiras. Quando não fico sem conseguir efetuar ligações, fico sem receber, principalmente da antiga operadora, a Oi. Diariamente fazemos contato com a tal operadora e depois de longos minutos de espera o que conseguimos é mais um protocolo de atendimento e a promessa de um técnico está entrando em contato em cinco dias úteis. Neste longo período de espera, recebi ligação de três técnicos para perguntar tudo que eu já informei a atendente e, em vez de resolvido o problema, surge um outro. Aí eu pergunto: a quem apelar?

Processo e chifre
Contratado por dois mil Euros (cerca de R$ 5,7 mil) com a incumbência de engravidar a mulher do vizinho, o alemão Frank Maus, foi processado pelo próprio casal quando descobriu que era estéril. E pior, além de processado, descobriu também que foi traído, afinal, sua esposa teria dois filhos com ele. A descoberta aconteceu depois de seis meses de tentativas. Demetrius Soupolos e a mulher, Traute, queriam ter uma criança, mas descobriram que Soupolos não poderia ter filhos. Por isso, decidiram contratar Maus. A informação foi divulgada pela publicação alemã "Bild". Depois de uma média de três tentativas por semana, Soupolos insistiu para que Maus passasse por exames médicos. Os testes mostraram que o vizinho também é estéril. Por isso, a mulher de Maus foi obrigada a admitir que as duas crianças não eram dele. De acordo com o "Bild", a Justiça de Sttutgart, na Alemanha, ficará responsável pela decisão sobre o caso.

O pai
Essa estória ai em cima me fez lembrar uma outra, de um sujeito que, ao surpreender a mulher na cama com o “Ricardão”, sacou do revólver para matar o cara, quando a mulher pulou na frente gritando: “Você está maluco, quer matar o pai dos seus filhos”?

O todo poderoso
O jornalista Alex Ferraz, escreveu em seu blog Os Inimigos do rei: “O inegável sucesso político/eleitoral de Lula lhe subiu à cabeça. O homem destrambelhou! Acha-se o próprio Messias. Já deu uma de economista quando fez a análise da crise financeira, então ainda no nascedouro, afirmando que não era tsunami coisa nenhuma, mas uma "marolinha."
Agora, faz mais duas afirmativas peremptórias: o Brasil está preparado para combater a gripe suína e Dilma não tem mais nenhum problema de saúde.
A julgar pelos efeitos desastrosos que a "marolinha" vem causando ao País, sugiro que todos passem a usar máscaras e que a ministra Dilma Rousseff se interne novamente,com urgência, para exames diários.”

Vírus na internet

Conforme nota divulgada no site Cláudiohumberto.com.br, um novo tipo de vírus começou a ser difundido na internet com uma notícia tão falsa quanto inescrupulosa: um brasileiro recém-chegado do México teria sido internado com gripe suína. Os criminosos utilizam linguagem jornalística, com titulo e texto e falsa chancela da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ao final, o texto falso convida o internauta a clicar num link para ter acesso a um "guia" para se "proteger" do contágio. Mas quem fizer isso está sujeito a ter o computador invadido por um vírus que pode identificar inclusive senhas bancárias.

SOS
Notícias dão conta que o Ministério da Pesca manda uma delegação ao Oriente Médio para entregar nada menos que US$ 10 milhões dos contribuintes aos palestinos. No Maranhão, com 21 mil desabrigados, esse dinheiro não faria a diferença? Os nordestinos que se explodam.

Protesto
Este eu avalizo. Os estudantes voltaram às ruas para protestar contra o os preços das passagens e os serviços prestados pelas empresas de transportes coletivos urbanos. Pararam alguns veículos e garantiram a passagem gratuita para os usuários. Movimento pacifico, acompanhado de perto pela policia e guarda municipal. Atos de vandalismo como os que ocorreram na quarta-feira (29) passada não têm nada haver com reivindicação.

Por falar em gripe suína...

Alguém aí sabe em que ficou a questão da farra dos deputados e senadores com as passagens aéreas?

Quem são os porcos, afinal?
Em conversa com D. Itamar Vian, ele me dizia que em visita a uma empresa que cria, recria, engorda e abate suínos, ele demonstrou interesse em conhecer as pocilgas. Notou que os donos da empresa não gostaram muito da idéia, mas permitiram, porém, ele teve que entrar todo “forrado”: touca, máscara, capa, botas, tudo para que não transmitisse vírus ou bactéria aos porcos. Donde ele concluiu: “cuida-se melhor dos porcos que dos seres humanos”.

Se deu mal
Tem um FDP hackeando meu computador a fim de me prejudicar. Até agora não conseguiu nada e nem vai conseguir. Deve ser um pau mandado do mesmo político que mandou o capanga roubar meu celular na festa de Carlos Geilson. Me deu um prejuízo de R$ 5,00 e só conseguiu que eu descobrisse quem é ele. Agora eu tô de olho, e logo vou saber quem é o pau mandado para confirmar a identidade do mandante.

Tô indo
Ainda leva uns dois anos, ou talvez seja menos. Porém, o certo é que desisti de Feira de Santana e tô indo embora. Já estou pavimentando a estrada que vai me levar para um lugar onde nem notícia ruim chega.

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Por hoje é só que agora eu vou ali preparar meu caminho pra “Agreste do Mato Dentro”, sem rádio e sem notícia das terras civilizadas.

Sem crise para os clientes da Kamys

A crise financeira, seja ela falsa ou verdadeira, só atinge a quem não tem preço, qualidade e criatividade. Esse é o pensamento do gerente de marketing do Hiper Lojão Kamys, Leudo Roberto. Para ele, a palavra crise pode ser transformada em crie, para se poder enfrentar as adversidades. Com a proximidade do Dia das Mães, que transcorre a 10 deste mês, as vendas na loja já começam a aquecer.
“Nós temos um produto de grande aceitação nesta época que é a coleção De Milus, de calcinhas e sutiãs. Temos calcinhas de R$ 4,99, sutiãs de R$ 7,90, além de blusas, túnicas, vestidos e saias ao alcance do bolso do consumidor. Este ano, com a novela Caminho das Índias, as estampas e modelos indianos entraram em moda e nós nos preparamos para atender àquelas que gostam deste estilo. E onde mais o consumidor vai encontrar todas essa variedade e qualidade, com estes preços”? – questiona ele.
Alem de variedade, qualidade e preço, A Kamys investe pesado em propaganda, não só em Feira de Santana, como nos veículos de comunicação de diversas cidades da região. A marca Kamys está em todos os espaços de mídia. Na TV, no rádio, nos jornais, revistas, outdoors e também na Internet, através dos sites e blogs. Além disso, quase todos os eventos da cidade contam com patrocínio da marca Kamys. E não só os grandes eventos, mas também aqueles menores e sem distinção. De tal forma, que a Kamys patrocina tanto eventos evangélicos quanto católicos. “Não fazemos distinção. Todos são iguais para nós, e o importante é que a nossa marca se faça presente”, diz Nelson Roberto, o “Rei Nelsinho”.
Em Feira de Santana existe uma Associação das Profissionais do Sexo, que todos os anos promove um evento. Quando foram pedir uma cota de patrocínio ao Rei Nelsinho, a sua esposa não gostou da idéia. Mas ele argumentou: “Não importa. São pessoas normais, são seres humanos, e além disso, também são nossas clientes”. E todo ano a Kamys patrocina este evento.
Os varejistas, as sacoleiras, de toda a região, já têm o Hiper Lojão Kamys como ponto certo para efetuar suas compras. Uma curiosidade é que, os espaços dos camelôs da Rua Sales Barbosa, têm valor definido de acordo com a proximidade do Hiper Lojão Kamys. Quanto mais próximo, mais valorizado é o espaço. Um espaço de camelô, 1,5 por 2 metros, em frente ao Hiper Lojão Kamys custa hoje cerca de R$ 15 mil.
“Isso se deve ao fato do grande movimento de pessoas que entram e saem da loja. O camelô sabe disso, e quanto mais movimentado for lugar, mais chances ele tem de vender. A Kamys já entrou naquela estória de Top of Mind, que quer dizer, no topo da mente. Quando alguém desce na estação rodoviária e pergunta a um taxista onde é lugar para comprar roupa barata, o que vem à mente é o Hiper Lojão Kamys. É o que vem logo na mente”, analisa Leudo Roberto.

Serviço Social
A atividade do Hiper Lojão Kamys gera emprego e renda para milhares de pessoas da região de Feira de Santana, que compram para revender os seus produtos. Além disso, a empresa está sempre disposta a ajudar a quem precisa. Ouvinte assíduo dos programas de rádio AM, o Rei Nelsinho está sempre atento aos apelos dos ouvintes. Quando alguém vai até uma emissora de rádio e faz uma solicitação qualquer, a empresa entra em contado com o âncora do programa e atende à solicitação.
E assim vão sendo distribuídas cestas básicas, remédios, próteses para deficientes, utensílios domésticos, e muitas outras coisas para atender às necessidades dos carentes. “Nós já fizemos aqui um programa ‘Rei Nelsinho em Minha Casa’, onde eu chegava com um caminhão de prêmios e em cada visita eram deixados cerca de R$ 10 mil para aquela família que foi sorteada”, lembra o Rei nelsinho. Segundo ele, o programa poderá ser reeditado em breve.
“Há tempos a Kamys deixou de ser uma loja só para os pobres. Hoje todos compram aqui. Aqui vem juiz, promotor, deputado, prefeito, todo mundo compra aqui. O ano passado foi um ano difícil para nós, mas este ano nós voltamos com força total e a Kamys está novamente em primeiro lugar”, afirma Leudo Roberto.

sábado, 2 de maio de 2009

Crônica da semana


Noites brasileiras

Estamos nos aproximando dos festejos juninos, época em que eu choro de saudades e de raiva. Saudades da época em que eu curtia a melhor de todas as festas, nas noites mais brasileiras que Gonzagão já cantou. Raiva, de ver no que ela se transformou. Mas, aqui e ali, cercando-se de alguns cuidados, ainda dá pra curtir um São João de verdade. Forró pé de serra, bolo de aipim, canjica, milho verde, pamonha e licor da fruta. A fogueira ilumina os gritos das crianças e aquece os corações.
No dia seguinte, cheiro de relva molhada, fumaça de fogueira se apagando e cheiro de fogos queimados, cuscuz de milho pisado no pilão, buchada, galinha caipira e café bem forte. E o friozinho da manhã convida a um cigarrinho de fumo de corda ou um bom charuto. Tudo envolto na maior alegria, camaradagem e, sobretudo, na mais santa paz.
E foi numa destas noites de São João que com a família e amigos reunidos na fazenda Paus Altos, de Pipiu e Ada Bahia, estava eu, casado há poucos anos e já com dois filhos menores, acampado numa barraca armada no terreiro da casa. Ao lado da barraca havia (e ainda há) um quarto estreito, com beliche dos dois lados, formando um corredor. Ao fundo um velho guarda-roupa feito de compensado. Ali se arranchavam os homens solteiros, por isso apelidamos carinhosamente o local como “Pedra Preta”, numa alusão nada sutil à famigerada penitenciária de Salvador.
Após tomarmos todos os licores, dançarmos todos os forrós e as crianças soltarem todos os fogos, alguns foram dormir e outros se reuniram em volta da fogueira para conversar e contar estórias. Ada, que sempre foi muito criativa, inventou uma estória de que havia uma assombração em forma de galinha, que cantava altas horas da noite, e voava botando ovos que se quebravam contra as paredes. “E ninguém deve abrir os olhos, porque ela vem para bicar a cegar as pessoas”.
Apesar de ser brincalhona, ela consegue manter um halo de respeitabilidade e credibilidade. Assim sendo, algumas pessoas, supersticiosas, acreditaram na estória da Galinha Voadora. Percebendo isso, eu fui até o galinheiro atrás da casa, peguei uma franguinha preta e joguei dentro da “Pedra Preta”. Pra completar o cenário, joguei um ovo no meio do corredor entre os beliches.
Quando a rapaziada foi dormir, alguns ainda brincavam falando com “voz de assombração”: “Cuidado com a galinha voadora”! Como não havia luz, pois o gerador já havia sido desligado, eu chamei Carlito, filho de Pipiu e tão gozador quanto o pai, e contei o caso pra ele. Ele pegou uma lanterna e quando entrou no quarto disse: “Pessoal, eu pisei em alguma coisa estranha aqui”. Quando ele apontou a lanterna e os outros constaram que era um ovo, deu gosto ver o estouro da boiada.
A porta do quarto é estreita e dividida em duas. Eu quase morro de rir só de ver aqueles rapagões tentando passar de dois ou três pela mesma porta. Pra convencer a turma a volta a dormir demorou. Eu, na maior cara de pau, argumentava que aquilo devia ser alguma brincadeira, que não existia aquele negócio de galinha voadora, etc & tal.
O pessoal foi voltando ao poucos e já estava quase tudo acomodado quando um deles resolveu abrir o guarda roupa para pegar alguma coisa. É que a franga, assustada, se alojara atrás do guarda roupa. Quando a porta foi aberta o móvel, que tinha um pé em falso, balançou e franga revelou sua presença cacarejando.
Co, có, co... Foi o suficiente para um novo estouro da boiada. Teve gente preferiu dormir dentro dos carros ou no relento, mas não voltou mais ao quarto. Terminaram por descobrir que fora eu o autor do “atentado” e planejaram derrubar minha barraca. A vingança só não se cumpriu porque alguém argumentou que havia dois recém nascidos lá dentro.