terça-feira, 30 de junho de 2009

Artigo da Semana



Panis ET Circensis

Chega-nos a notícia de que o governo do Estado liberou milhões em verbas para que as Prefeituras do interior (do PT, é claro) pudessem contratar grandes atrações e fazer festas juninas. Diziam os romanos que o povo precisa apenas de “Panis ET Circensis”, ou seja, pão e circo. Melhor dizendo, comida e festa. Então, dê-se ao povo o que o povo quer. Assim todo mundo fica feliz e esquece as questões sérias do dia a dia, como Saúde, Educação, Habitação, Segurança, e tantas coisas mais que necessitamos para viver com conforto e paz.
Com o povo abastecido de comida e festa, os políticos podem “trabalhar” na santa paz, sem ninguém pra fiscalizar seus atos escusos, suas falcatruas e trambiques que fazem a festa de quem vive da política. Abastecido de comida e festa, o povo não vai se incomodar em pagar mais e mais impostos, taxas, tarifas ou qualquer nome lá que se dê a estes mecanismos para mexer no bolso do cidadão, do povo.
Abastecido de comida e festa o povo não vai se importar com penitenciárias lotadas, legiões de jovens drogados, escolas depredadas e professores mal pagos e mal preparados para educar os seus filhos. Ninguém vai lembrar-se da cesta básica a cada dia mais cara, do salário minguando sempre, do transporte ruim e caro, dos hospitais falidos.
Não sou contra festas, mas entendo que elas devem ser feitas quando temos algo a comemorar ou quando estamos em bom estado de espírito, o que, creio eu, não é o estado em que se encontra a grande maioria dos brasileiros. Também entendo que não é papel do governo, em qualquer instância, dar dinheiro para se fazer festa.
Entendo eu que ao governo cabe dotar a comunidade da infra-estrutura necessária para que ela trabalhe, produza e se divirta, de livre e espontânea vontade. Cito como exemplo a Prefeitura de Feira de Santana, que recentemente foi alvo de suspeitas sobre ter financiado blocos e eventos micaretescos. Nada ficou provado, mas se a Prefeitura assim tivesse agido, certamente haveria equívoco e infração de alguma lei, pois não é papel do governo financiar festas particulares.
As festas populares, como o nome já diz, emanam do povo, são organizadas pelo povo, que delas participa livremente. Em Feira de Santana já teve vereador querendo dar título de “Utilidade Pública” a bloco de Micareta. São sei se conseguiu depois, mas, na época, combati como pude, até que ele retirou o projeto de pauta.
A Imprensa, algumas autoridades constituídas, até que tentam por um freio nestas discrepâncias, com o ético e salutar objetivo de proteger o povo. Recentemente houve autoridade que tentou fazer com que o governo só contratasse para as festas juninas públicas, atrações genuinamente juninas, com o objetivo de preservar a cultura popular, que vem sendo descaracterizada com a invasão de reggaes, axés, afoxés e outros ritmos que nada têm a ver com festa junina.
Atitude louvável, mas, inócua, porque o que o povo quer é festa. Nem com a comida ele está se preocupando mais. Tendo festa, tudo o mais se ajeita. Um sujeito um dia me dizia que passou 15 dias comendo ovo com farinha para economizar para poder comprar o abadá de um bloco. Isto posto, creio que nada mais tenho a dizer.
Dê-se ao povo, o que o povo quer.
PT, saudações!

sábado, 20 de junho de 2009

Noites Brasileiras

“Tem tanta fogueira, tem tanto balão, tanta brincadeira tanta gente no terreiro fazendo adivinhação”. (Antônio Barros)

Sexo entre casados I
Um estudo divulgado pelo Ministério da Saúde aponta que 11% das pessoas casadas não praticaram sexo durante um ano. A “Pesquisa de Comportamento, Atitudes e Práticas da População Brasileira”, foi feito a partir de dados colhidos junto a 8.000 pessoas de todas a regiões do país da faixa etária entre 15 anos e 64 anos. O dado prova que manter uma relação dita estável não se traduz em uma vida sexual ativa. Revelam também que o sexo casual vem crescendo e, atualmente, atinge perto de 9% de todos os entrevistados.

“Vou passar o mês de junho nas ribeiras do sertão, onde dizem que a fogueira ainda aquece o coração” (Luiz Gonzaga/Zé Dantas)

Sexo entre casados II
Você, casada, pense melhor antes de virar para o lado e dizer que está com dor de cabeça. Você casado, não esqueça de prestar serviço em casa. Lembre-se que o Ricardão está sempre á espreita, à espera de uma oportunidade.

“Fagulhas, pontas de agulhas, brilham estrelas de São João” (Moraes Moreira/Abel Silva)

Diploma
Essa estória do fim da exigência do diploma para o exercício do jornalismo ainda não acabou. O deputado Miro Teixeira vai dar entrada no congresso com uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), com o objetivo de mudar a Constituição de tal maneira que a exigência do diploma passe a ser constitucional. Eu acho isso correto, mas, o que eu discuto é: O que fazer com centenas de jornalistas, principalmente nas cidades do interior, que já exercem a profissão há muitos anos? Vão simplesmente tirá-los do mercado? Vão mandá-los estudar o que já sabem? E quem não pode pagar faculdade? É bom lembrar que a maioria dos jornalistas da grande Imprensa não tem diploma. Vão fazer o que com eles?

“Eu fui pro Limoeiro e gostei do forró de lá. Eu vi um caboclo brejeiro tocando sanfona, entrei no fuá” (Jackson do Pandeiro)

De Cláudio Humberto
“Virou moda: tem jornalista querendo “indenização” porque agora o diploma não vale nada. Uma pauta: saber de onde sairá o dinheiro.”

“Olha pro céu meu amor, veja como ele está lindo, olha praquele balão multicor, como no céu vai subindo” (Luiz Gonzaga/José Fernandes)

Deliberativo
O vereador Getúlio Barbosa descobriu a real função do Conselho Municipal de Transportes, em levantamento realizado por sua assessoria. Ao contrário do que vem sendo divulgado desde a sua criação, no início dos anos 90, o Conselho Municipal de Transportes tem caráter deliberativo, e não consultivo apenas. Ao votar e propor um percentual de reajuste para o transporte urbano de Feira de Santana, o Conselho de Transportes o faz de maneira decisiva, não se tratando tão somente de uma recomendação para referendo do prefeito, conclui Getúlio Barbosa.

“Ai São João, São João dos carneirinhos, você é tão bonzinho, fale com São José, fale com ele lá, pra me ajudar, pra o meu milho dar 20 espiga em cada pé” (Luiz Gonzaga/Guio de Moraes)

Estranhos no ninho
O secretário da Saúde da Bahia, Jorge Solla, e o relator da reforma tributária na Comissão Especial da Câmara, deputado Sandro Mabel participaram de reunião de representantes dos principais hospitais privados e filantrópicos do estado da Bahia, em Brasília, com deputados e senadores, para pedir socorro, e fizeram algumas considerações, mas pareceram dois estranhos no ninho. É o que observaram alguns participantes do encontro.

“Enquanto a espiga de milho não assa,Vem brincar de balão beijo, Vem brincar de balão beijo, beijo,Brincar de balão, Brincar de balão, Brincar de balão beijo, beijo” (Jorge Alfredo/Chico Evangelista)

Férias
Estamos tirando 10 dias para descansar. Portanto só voltaremos a fazer postagens depois dos festejos juninos. Vamos curtir os ares do campo no sertão com direito a bode assado e um tradicional São João na roça com pau de sebo, quebra pote, quadrilha e muito arrasta pé ao som do autentico forró. Sorry perifeira!

“Eita São João dos meus sonhos, eita saudoso sertão” (Luiz Gonzaga/Zé Dantas)


_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_
Por hoje é só que agora eu vou ali brincar de balão beijo.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Niver de Nita

A professora Nita Borges comemorou aniversário na quinta-feira (19) e recebeu amigos ao lado do Dr. Outran Borges e os filhos Junior, Bruno e Taís. Como já é de costume, serviu a tradicional maniçoba, iguarias típicas do São João e a família se reuniu para fazer o forró. Irmãos, cunhados, filhos, se juntaram ao músico Zé Trindade que fez o fole roncar a noite inteira. Não sou colunista social mas, vou registrar o evento no clic de Tais Borges.







Pra sempre


Para Cristóvam
20 de junho. Há exatos 29 anos ele chegou de surpresa, dizendo que não agüentou a saudade. Deveria passar 15 dias de férias na fazenda, mas, retornou bem antes do previsto. É como se fosse ontem. Lembro-me bem quando ele chegou com a mochila nas costas dizendo: voltei. O frio de junho (naquela época as noites de Feira de Santana eram realmente frias), Ele disse que não queria ficar sem o seu ‘cobertor de orelha’. Foi aí que eu propus dividirmos o aluguel, já que ele estava se sentindo incomodado em estar morando na casa do irmão. Prontamente ele aceitou e estamos até hoje, não dividindo o aluguel, mas, compartilhando tudo. Filhos, netos, alegrias, tristezas, dificuldades, vitorias, juntos na saúde ou na doença, como manda Jesus Cristo.
Quando duas pessoas se amam, elas não se dominam, se completam. E é isso que acontece com a gente. Não existe eu e você. Existe nós. E ‘nós’ somos pra sempre!
Continuo te amando com a mesma intensidade!
Viva nós e viva o amor!

Artigo da Semana


Medidas simples, porém, eficazes

A portaria baixada pelo juiz de Santo Estevão, e outros pelo Brasil afora, decretando toque de recolher para menores, reflete o pensamento geral da população. Em todas as enquetes feitas pela Imprensa o índice de pessoas favoráveis à medida ultrapassou a casa dos 80%. Tempos anormais exigem medidas anormais. Só governantes não admitem que o Brasil atingiu um nível de violência tal que supera algumas guerras. Diz-se no Brasil, hoje, morre mais gente vitimada pelos bandidos do que na guerra do Iraque.
Alguns estados como o Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Bahia, já vivenciam um estado de guerra civil não declarada. Só quem não quer não vê que o sistema nacional de segurança está falido. Penitenciárias e delegacias lotadas, processos se acumulando nas mesas dos juízes, polícias despreparadas e desequipadas, bandidos bem armados aterrorizando a população, comandando roubos e assassinatos até de dentro das prisões.
Nós, os cidadãos, estamos encurralados, encarcerados dentro de nossas casas, com medo, pois até o direito de ter uma arma em casa para nos defender de possíveis ataques de bandidos, nos foi negado. Eles, os bandidos, andam armados até os dentes. Os delegados quando ouvem alguém confessar que matou a outrem com uma arma de fogo, liberam este alguém para responder em liberdade, “porque não foi pego em flagrante”. A lei do desarmamento só pode ser aplicada se o bandido for pego com a arma na mão. Ora, ao confessar que matou alguém usando uma arma de fogo, o indivíduo declara que infringiu a Lei do Desarmamento, que determina que o porte de arma é crime inafiançável, devendo o infrator ser recolhido imediatamente a uma penitenciária. Nossas leis são muito frouxas.
A portaria do juiz pode ser inconstitucional, esdrúxula, anormal, mas é eficaz no combate ao crime e a violência. Outras medidas poderiam ser adotadas pelo governo e, com certeza, seriam eficazes. Aqui vão algumas sugestões:
a) Prisioneiros trabalhando na construção de obras públicas. Nada de passar o dia no ócio, tramando crimes; b) Toque de recolher para menores; c) Legalização das drogas, que passariam a ser industrializadas e comercializadas regularmente, gerando emprego, renda e impostos; d) Participação do governo em programas de reabilitação de drogados, como os projetos Fazenda Esperança, da Igreja Católica, e Renascer, da Igreja Evangélica; e) Penas mais severas para quem cometer qualquer infração, contravenção ou crime, sob o efeito de qualquer droga, inclusive o álcool. É só uma questão de bom senso e vontade política.

Diploma
Por 8 votos a 1 o Superior Tribunal Federal decidiu que é inconstitucional a exigência de diploma para o exercício do Jornalismo. O STF entendeu que a exigência fere o direito constitucional da liberdade de expressão. A decisão não extingue o curso superior de Jornalismo, e quem quiser se especializar na profissão pode fazer o curso, e fica a critério das empresas de comunicação decidir se contratarão profissionais formados ou não. Puro bom senso.

Crônica da semana


Noites brasileiras

Estamos nos aproximando dos festejos juninos, época em que eu choro de saudades e de raiva. Saudades da época em que eu curtia a melhor de todas as festas, nas noites mais brasileiras que Gonzagão já cantou. Raiva, de ver no que ela se transformou. Mas, aqui e ali, cercando-se de alguns cuidados, ainda dá pra curtir um São João de verdade. Forró pé de serra, bolo de aipim, canjica, milho verde, pamonha e licor da fruta. A fogueira ilumina os gritos das crianças e aquece os corações.
No dia seguinte, cheiro de relva molhada, fumaça de fogueira se apagando e cheiro de fogos queimados, cuscuz de milho pisado no pilão, buchada, galinha caipira e café bem forte. E o friozinho da manhã convida a um cigarrinho de fumo de corda ou um bom charuto. Tudo envolto na maior alegria, camaradagem e, sobretudo, na mais santa paz.
E foi numa destas noites de São João que com a família e amigos reunidos na fazenda Paus Altos, de Pipiu e Ada Bahia, estava eu, casado há poucos anos e já com dois filhos menores, acampado numa barraca armada no terreiro da casa. Ao lado da barraca havia (e ainda há) um quarto estreito, com beliche dos dois lados, formando um corredor. Ao fundo um velho guarda-roupa feito de compensado. Ali se arranchavam os homens solteiros, por isso apelidamos carinhosamente o local como “Pedra Preta”, numa alusão nada sutil à famigerada penitenciária de Salvador.
Após tomarmos todos os licores, dançarmos todos os forrós e as crianças soltarem todos os fogos, alguns foram dormir e outros se reuniram em volta da fogueira para conversar e contar estórias. Ada, que sempre foi muito criativa, inventou uma estória de que havia uma assombração em forma de galinha, que cantava altas horas da noite, e voava botando ovos que se quebravam contra as paredes. “E ninguém deve abrir os olhos, porque ela vem para bicar a cegar as pessoas”.
Apesar de ser brincalhona, ela consegue manter um halo de respeitabilidade e credibilidade. Assim sendo, algumas pessoas, supersticiosas, acreditaram na estória da Galinha Voadora. Percebendo isso, eu fui até o galinheiro atrás da casa, peguei uma franguinha preta e joguei dentro da “Pedra Preta”. Pra completar o cenário, joguei um ovo no meio do corredor entre os beliches.
Quando a rapaziada foi dormir, alguns ainda brincavam falando com “voz de assombração”: “Cuidado com a galinha voadora”! Como não havia luz, pois o gerador já havia sido desligado, eu chamei Carlito, filho de Pipiu e tão gozador quanto o pai, e contei o caso pra ele. Ele pegou uma lanterna e quando entrou no quarto disse: “Pessoal, eu pisei em alguma coisa estranha aqui”. Quando ele apontou a lanterna e os outros constaram que era um ovo, deu gosto ver o estouro da boiada.
A porta do quarto é estreita e dividida em duas. Eu quase morro de rir só de ver aqueles rapagões tentando passar de dois ou três pela mesma porta. Pra convencer a turma a volta a dormir demorou. Eu, na maior cara de pau, argumentava que aquilo devia ser alguma brincadeira, que não existia aquele negócio de galinha voadora, etc & tal.
O pessoal foi voltando ao poucos e já estava quase tudo acomodado quando um deles resolveu abrir o guarda roupa para pegar alguma coisa. É que a franga, assustada, se alojara atrás do guarda roupa. Quando a porta foi aberta o móvel, que tinha um pé em falso, balançou e franga revelou sua presença cacarejando.
Co, có, co... Foi o suficiente para um novo estouro da boiada. Teve gente preferiu dormir dentro dos carros ou no relento, mas não voltou mais ao quarto. Terminaram por descobrir que fora eu o autor do “atentado” e planejaram derrubar minha barraca. A vingança só não se cumpriu porque alguém argumentou que havia dois recém nascidos lá dentro.

Del Feliz é uma das estrelas dos festejos juninos da Bahia


O cantor e compositor baiano Del Feliz, uma das estrelas do forró, começou sua temporada de shows em Irecê, no dia 31 de maio e só encerra a agenda no dia 5 de julho, na cidade de Retirolândia, com passagens por diversas cidades do interior da Bahia a exemplo de Riachão do Jacuípe, sua terra natal, onde se apresentará no dia 23, e Feira de Santana, onde tudo começou, como ele mesmo costuma dizer, se apresentará no dia 26, no distrito de Humildes, onde acontece o mais tradicional São Pedro do Estado.

Boa parte do Nordeste já conhece o show de Del Feliz que é acompanhado por uma super-banda composta por 12 músicos e de um corpo de balé formado de 7 bailarinos, com figurino e uma coreografia que que valorizam a cultura do Nordeste.

Del Feliz traz como marca registrada o compromisso com a música nordestina na sua linguagem autêntica, conservando bases importantes que foram construídas por artistas como Luiz Gonzaga, Trio Nordestino e Jackson do Pandeiro. Suas composições definem com rara sensibilidade sua visão da terra onde viveu, das estradas por onde passou, das lições que aprendeu e da esperança, que não morre em sua alma de poeta nordestino.

Com uma capacidade de dedicar-se quase que integralmente ao que mais ama na vida, tem o forró como sua grande paixão, Del Feliz, cujos shows têm sido marcados pelo sucesso e pela excelente receptividade do público, é a mais grata surpresa da música nordestina que anseia por mais artistas, assim como ele, comprometidos com a sua história.

Forró Enredo
Del Feliz é cantor, compositor, arranjador, diretor musical e de quebra toca pandeiro, é tecladista e ainda namora firme com uma sanfona. Cada CD lançado traz consigo a marca da qualidade do seu trabalho. O mais recente, Forró Enredo, não é diferente. O nome deste CD vem de uma homenagem do grande Geraldo Azevedo que o denominou o criador do Forró Enredo, dizendo que as músicas que Del compõe em homenagem às cidades do Nordeste, estão para o forró assim como os sambas-enredo do Rio de Janeiro estão para o Samba. E este é também o nome da música que está na faixa 8. Porém, é na faixa 13 que está o carro-chefe do CD, “A maior festa do Brasil”, gravada por 15 dos principais forrozeiros baianos, rebatizada de “Hino do São João da Bahia”.

Mantendo a tradição da sua raiz nordestina Del Feliz inclui neste CD músicas suas e de seus parceiros tradicionais, como Flavio Leandro e Adail Mena, além de composições de novos parceiros como Apriginho, Marcio Lima e Vicente Lima, Gel e Naum. Fazem parte do CD também releituras de antigos sucessos, ‘Na rua na chuva e na fazenda’ e ‘Além do horizonte’, arranjadas para o forró.

Na última faixa deste CD o artista acrescentou a música das cidades, parte de outro projeto do artista, Cantos da Bahia. No caso de Feira de Santana, ele gravou a canção em parceria com o feirense Luís Caldas. Idealizado e conduzido por ele, este projeto visa homenagear as cidades da Bahia através de composições específicas que resgatam e usam a história e tradições de cada local.

Grandes nomes da música brasileira são unânimes em reconhecer a qualidade e a autenticidade do trabalho de Del Feliz, como atestado por diversos depoimentos no seu DVD. O site www.delfeliz.com tem Informações adicionais sobre a carreira e discografia de Del Feliz, incluindo fotos e vídeos de seus shows.

Agenda de shows – Del Feliz

11.06 - Salvador
13.06 - São Domingos
19.06 - Capela do Alto Alegre
21.06 - Senhor do Bonfim e Uauá
22.06 - Maragojipe
23.06 - Terra Nova e Riachão do Jacuípe
24.06 - Santo Antonio de Jesus
26.06 - Feira de Santana
28.06 - São Francisco do Conde e Serrinha
03.07 - Pintadas
04.07 - Morro do Chapéu
05.07 – Retirolândia

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Os 19 anos da Kamy's






Conforme foi anunciado o empresário Nelson Roberto, o “Rei Nelsinho”, comemorou nesta quarta-feira (17) os 19 anos do Hiper Lojão Kamy’s com um café da manhã oferecido a clientes, amigos, fornecedores, autoridades e Imprensa.
O evento contou com a participação do cantor evangélico, Juvenal Magalhães, os cantores Paulo Bindá e Jorge de Angélica, o repentista Adauto Vianey, muitos profissionais da Imprensa, além do diretor da Direc, Carlos Alberto Moura Pinho, que representou o deputado federal Colbert Martins, e do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Euclides Artur, que representou o prefeito Tarcízio Pimenta.
Ainda foram sorteados diversos brindes entre os funcionários da casa, que ainda receberam a promessa do Rei Nelsinho de que “em julho tem mais prêmios”.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Palavra de Rei Não volta atrás

No dia 27 do mês passado o Rei Nelsinho lançou o “Mega São João do Rei”, em evento realizado no Piso Mágico do Hiper Lojão Kamy’s, e que contou com a participação de diversos artistas como Paulo Bindá, Juvenal Magalhães, Nando Reis, Sandro Penelu, Banda Xêro Mole, entre outros. E, como quando o Rei chama o povo comparece, a loja estava, como sempre, lotada de clientes e amigos do Rei Nelsinho.
Na oportunidade o Rei Nelsinho anunciava uma grande festa para comemorar os 19 anos do Hiper Lojão Kamy’s que transcorre nesta quarta-feira (17). E para comemorar, o Rei Nelsinho está convidando os clientes e amigos para um café da manhã, às 09 horas, no Hiper Lojão Kamy’s.
O Mega São João do Rei está bombando, com muitas promoções. Neste frio mês de junho, o Rei convoca todo mundo para se aquecer na Fogueira de Preços Baixos do Hiper Lojão Kamy’s.


domingo, 14 de junho de 2009

O 2º Forró do Amendoim foi um sucesso

Foi realizado no sábado passado (13) o 2° Forró do Amendoim, uma festa promovida pelo Sindicato dos Radialistas de Feira de Santana, que tem à frente Valter Vieira. O arrasta pé foi animado por Cesinha dos Olhos D’água e Aldo Melo com suas respectivas bandas. Uma festa animada, tranqüila e muito bonita, contando com maciça participação dos radialistas e jornalistas da cidade. Uma quadrilha formada por crianças, comandadas por Vilma Soares, foi uma das atrações da festa. Aliás, criança foi o que não faltou na festa que se desenvolveu em clima familiar.
Na oportunidade, o sindicato homenageou radialistas mais antigos, a exemplo de Silvério Silva, o radialista mais antigo em atividade no rádio de Feira de Santana. Confira algumas fotos do evento.












sexta-feira, 12 de junho de 2009

Coluna




“Love is in the air”
“O amor está no ar”

Dia dos namorados
Eu, particularmente, não observo datas como Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados, e tantos outros Dias dedicados a este ou aquele grupo social. É claro que, nestes tempos bicudos, não se pode todo dia estar em restaurantes, viajando, ou mesmo comprando simples flores. Ninguém é santo, eu sei, e brigas acontecem. Mas sempre há tempo de reconhecer erros e pedir desculpas. E se uma das partes não souber perdoar, é porque o amor não foi bastante. Mas, um carinho, uma palavra amiga, um incentivo, um conselho, uma opinião, um beijo, sempre faz bem a qualquer ser humano. São estas pequenas coisas, estes pequenos gestos, que mantêm acesa a chama do amor. Você namorado, experimente ajudar ela nas tarefas domésticas. Você namorada, experimente abrir uma cerveja, preparar um tira gosto e assistir junto com ele um jogo de futebol. Isso faz um bem...

“Eu já pedi para a lua pra clarear toda a rua, quando tu fores passar” (Petrúcio Amorim)

Indenização tripla

Presa e torturada durante a ditadura, a hoje ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, reivindicou indenização de três Estados - São Paulo, Rio e Minas Gerais - onde, em suas palavras, foi "interrogada, processada, julgada e condenada". Pediu ainda reparação à União. Fixadas em diferentes leis estaduais, as indenizações somam R$ 72 mil: R$ 22 mil em São Paulo, R$ 30 mil em Minas e R$ 20 mil no Rio de Janeiro.

“Hoje eu acordei com saudade de você, beijei aquela foto que você me ofertou” (Carlos Imperial)

Ponto para Conceição

Graças à mobilização do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, o Tribunal de Justiça da Bahia, enfim, vai agir e acabar com o sofrimento das pessoas que precisam dos serviços dos cartórios em Feira de Santana. Ponto para a ‘companheira’ Conceição Borges, que não foge a luta.

“Tô doidim pra me deitar naquela cama, doidim pra me cobrir com teu lençol” (Luiz Gonzaga – João Silva)

Música
Assisti esta semana na TV a uma entrevista com Roberto Menescal, Marcos Vale e Emilio Santiago. Os três estão com um show montado onde cantam clássicos da Bossa Nova. O que me chamou a atenção foi uma declaração de Menescal de que os jovens estão gostando de Bossa Nova e estão lotando os shows. Sendo assim, ainda há uma luz no fim do túnel. Quem sabe, logo estaremos livres das eguinhas pocotós.

“Hoje, eu ouço as canções, que você fez pra mim” (Roberto e Erasmo Carlos)

Chame o ladrão
Nos “Anos de Chumbo” fez sucesso uma música de Chico Buarque em que o personagem, vendo a Polícia chegar à porta da sua casa, gritava para a esposa: “acorda amor, chame o ladrão”. Foi só o que veio à mente quando ouvi um pobre motorista de ônibus, desesperado com tantos assaltos e, já tendo levado coronhadas e tapas dos bandidos, pedia encarecidamente: “Por favor, roubem, mas não precisam bater na gente. Nós somos trabalhadores, empregados”. Chegamos ao ponto em que é melhor apelar aos bandidos que a Polícia.

“apesar do velho tênis e da calça desbotada, ainda chamo de querida a namorada” (Roberto e Erasmo Carlos)

Morbidez
As notícia sobre a queda do avião da Air France fizeram aumentar a audiência dos telejornais. Eu não entendo essa morbidez, esse gosto das pessoas pela desgraça alheia.

“É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, é preciso chuva para florir” (Almir Satter)

Noites brasileiras
“Eu este ano vou-me embora pro sertão, passear pelo São João, farrear com mais de mil... a meninada a brincar de “ané”, banana e café sempre na mesa. Vou embora pras ribeiras do sertão, onde dizem que a fogueira ainda aquece o coração. Dizer com alegria, mas morrendo de saudade: Não mudei, meu São João, quem mudou foi a cidade”.

“Meninos brincado de roda, jovens soltando balão, jovens em volta à fogueira, brincando com o coração” (Luiz Gonzaga e Zé Dantas)

Philosopher
“Encontre aquela pessoa que faz o seu coração sorir.
Tenha felicidade bastante pra fazê-la doce, dificuldades pra fazê-la forte, tristeza pra fazê-la humana, e esperança suficiente pra fazê-la feliz”. (autor desconhecido)

_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_ *_*_
Por hoje é só que agora eu vou ali passear com a minha eterna namorada.

Artigo da Semana


O Sinjorba

O Movimento de Reorganização Sindical dos Jornalistas de Feira saiu vitorioso e teve os nomes de Manoel Macedo e Reginaldo Pereira referendados pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia (Sinjorba) como novos delegados da entidade em Feira de Santana. Eu assinei a “Carta dos Jornalistas Feirenses” cuja pauta pleiteava, entre outras coisas, a nomeação dos delegados, cargos vagos há quase dois anos.
Contudo, eu condicionei meu apoio ao movimento a uma ação mais efetiva dos nossos representantes aqui junto à diretoria do Sinjorba, que é sediado em Salvador, para resolver uma pendenga que vem se arrastando há anos e ninguém tem vontade de resolver, que é a regularização dos jornalistas provisionados de Feira de Santana, ou seja, aqueles que não têm diploma e têm que renovar o registro na DRT a cada três anos.
A lei prevê que nas cidades onde há curso de jornalismo, não pode mais haver provisionamentos. Acho justo e correto. Contudo, o que fazer com pessoas que estão há 10, 20, 30 anos, como é o meu caso, exercendo a profissão? Simplesmente retirar do mercado? Creio que não é o caso. Alguns mais abastados correram para as faculdades particulares e fizeram o curso. Fico feliz por eles, mas, e nós, que não podemos pagar faculdade?
A minha sugestão, que pedi que os novos delegados levassem à diretoria do Sinjorba, é que se dê registro definitivo a quem já está no mercado há muitos e, só a partir de então, se proibisse novos provisionamentos. Aliás, já houve um precedente nos anos 60, quando diversos jornalistas feirenses, não formados, receberam o registro definitivo.
Atualmente o Sinjorba travou a renovação dos registros dos provisionados por conta do imbróglio sobre a exigência ou não do diploma para o exercício da profissão, que está em discussão no Supremo Tribunal Federal. Enquanto isso, nós ficamos impedidos de exercer a nossa profissão ou, exercê-la de forma clandestina.
Juro que não entendo essa má vontade do Sinjorba para conosco, jornalistas provisionados de Feira de Santana. Se já houve um precedente, não sei onde está a dificuldade em nos dar registro definitivo, e agora, com cursos de jornalistas na cidade, acabar de vez com provisionamentos.
De minha parte, espero que os novos delegados possam atuar para que nosso pleito seja atendido, pois como eu, existem dezenas de jornalistas na cidade na mesma situação.
É só uma questão de boa vontade.

Crônica da semana


O dia em que vim ao mundo

Na apresentação que fez do livro “A Levada da Égua & Outras Estórias”, o jornalista Edson Borges disse que ficava a imaginar como eu, se pudesse, contaria o meu próprio nascimento, enriquecendo a narrativa com os nove meses em que, muito preguiçosamente, habitei o ventre da minha corajosa mãe. Isso me levou a vasculhar os mais recônditos nichos da mente em busca de lembranças antigas.
Bem. A lembrança mais antiga que me acorreu foi de um forró, na cidade onde moravam meus pais, no alto sertão baiano, festa esta em que fui com o meu pai e voltei com a minha mãe. De lá pra cá, isso o Edson acertou, eu fiquei ali, preguiçosamente, por nove meses, imaginando como seria minha chegada ao mundo. Se eu não fosse tão cuca fresca, já nasceria paranóico. Afinal, você está ali sem saber coisa alguma de nada. Você tanto pode dar de cara com uma mãe dedicada e carinhosa, no seio de uma família bem estruturada, como pode encontrar com alguém que vai te jogar no vaso sanitário. É mole?
Mas eu não. Eu sou muito tranqüilo quanto aos dias que virão. Afinal, como meu próprio nome significa, eu sou Cristão e por conseguinte sigo os ensinamentos de Cristo, que disse: “Cuida do dia de hoje, pois o de amanhã cuidará de si mesmo”. E quem sou eu pra desobedecer ao homem? Por isso fiquei lá quietinho, certo de que chegaria bem, como cheguei. Fiquei apenas um pouco frustrado porque, meu pai, como delegado do lugar, bem que poderia ter contratado uma banda de música pra me recepcionar. Mas, tudo bem.
Ainda buscando lembranças, outras me acorreram, do tempo em que fiquei ali, no bem bom, desfrutando da quenturinha do ventre de dona Dezinha. E dali eu ouvia tudo que se passava lá fora, e sentia as mesmas emoções da minha mãe: Raiva, quando meu pai chegava da farra bebum, cansaço, quando carpia a roça, carregava sacos de feijão, catava lenha ou pilotava o fogão e a vassoura. Alegria quando chovia. Medo de lobisomem , mula sem cabeça e dos cangaceiros de Lampião. Emoção e espiritualidade, quando rezava na missa ou acompanhava as procissões. Prazer, no aconchego da alcova. Tudo isso eu compartilhei com minha mãe durante nove meses.
Como já disse, meu pai era delegado da mui formosa cidade de Novo Amparo (hoje, Heliópolis). A delegacia era na sala da frente da casa onde a gene morava. E foi lá que, um dia, eu ri tanto, que até deis uns chutes na barriga da veia. É que chegaram à delegacia, intimadas a prestar esclarecimentos, duas prostitutas que tinham se envolvido numa confusão no mercado. Uma delas, tentando se explicar, disse: “Sabe, seu Totonho. Nois sêmo puta...”. Meu pai, corrigiu: “Nós “sêmo”, não. Nós somos”. E mulher, coitada, toda cheia de dedos, se desculpou: “O sinhô me adiscurpe. É qui eu num sabia qui o sinhô também era”...
Uma outra vez, deram um alarme (falso), de que Lampião e seu bando estavam entrando na cidade. Foi um alvoroço. Mas a coisa pegou mesmo foi quando minha mãe viu meu pai sair, correndo, da casa de uma conhecida dama do lugar, trajando apenas cueca samba canção. Eu não sei como não morri de tanto rir, com a confusão que deu lá em casa. E assim foi que eu fui crescendo, experimentando a cada dia uma emoção nova.
Mas foi já quando estava pra nascer, que experimentei um sentimento diferente: A incerteza. Nossa família estava se mudando para Feira de Santana, uma terra estranha, uma gente diferente, usos e costumes diferentes. E, o mais curioso, é que minha mãe sonhava com aquela terra que ela não conhecia, mas sabia que seria, um dia, o seu destino. Iniciava-se o ano de 1954, nossa família já estava instalada em Feira de Santana onde minha mãe era proprietária de uma movimentada pensão na praça da Matriz, quando no dia 07 de janeiro eu botei a cara no mundo.
Por dois meses eu passei desapercebido de todos que entravam e saiam da pensão, até porque eu não chorava, não reclamava de nada, era muito bem tratado, bem alimentado, e minha velha sempre tinha um tempinho pra mim, apesar de toda a ocupação que a pensão lhe dava. Um dia, uma garota de 10 anos, Ada, filha dos vizinhos, Anacleto e Aurelina Mascarenhas, me viu nos braços da minha irmã. Apaixonou-se pela criança de olhos verdes e cabelos louros e encaracolados. Foi amor a primeira vista. Ela me levou pra casa, de onde eu nunca mais saí.
Como nada no mundo é perfeito, eu nasci com uma estenose, que um estreitamento da válvula mitral. Em temos leigos, é o chamado “sopro”, no coração. O médico disse que se eu passasse dos cinco anos, sobreviveria. Só aos 25 anos, já pai de dois filhos, tive coragem de fazer a cirurgia pra corrigir o defeito de fabricação. Foi quando os médicos me botaram pra dormir mais cedo, senão ninguém trabalhava. Mas isso já é uma outra estória.

Deu no Claudio Humberto

Jantar dos namorados

Nesta sexta-feira, 12, será realizado o “2º Jantar dos Namorados”, promovido pela comissão de eventos da Paróquia Cristo Redentor (Jomafa), a partir das 20:00 horas, no Roque’s Buffet. Será oferecido um saboroso jantar e música de qualidade para dançar. Os ingressos custam R$60,00 (Sessenta reais), por casal, valor este que também poderá ser pago com cartão de crédito, em até em 02 (duas) parcelas. Informações na secretaria da Igreja Cristo Redentor – telefone 3223.4423 ou ainda nos telefones. 3223.4382 e 3622.7523.
Levem suas mensagens do coração para o seu namorado ou namorada, que serão lidas durante a festa. Participem dessa festa de amor e alegria, que você estará, também, colaborando com as obras sociais da Igreja Cristo Redentor.

Jornalista feirense participa de evento sobre desemprego na França


A jornalista Socorro Pitombo, assessora de Comunicação da FTC Feira e do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), órgão da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), viajou nesta quinta-feira (11) para a Europa, onde passará uma temporada de 23 dias. Em Paris, entre os próximos dias 15 e 19, fará uma visita guiada a Pôle Emploi Mélingue, organismo público francês responsável pelo gerenciamento do desemprego na França.
Socorro irá em companhia da filha Renata Pitombo Cidreira, que também tem compromissos profissionais na capital francesa. Ela participará do Colóquio Anual do Centro de Estudos sobre o Atual e o Quotidiano (CEAQ), sob a responsabilidade do professor Michel Maffesoli, na Sorbonne - Paris V, nos dias 18 e 19. Mestra e doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Renata falará sobre “A máscara da moda e as cenas contemporâneas”.
Depois dos compromissos em Paris, elas farão uma programação de turismo, que inclui visitas a outras cidades da França, a exemplo de Rouen e Etretat, como também da Alemanha, a exemplo de Munique. Socorro Pitombo, que cumpre período de férias na FTC, retornará às atividades no início de julho.

Quem tem medo do fim da exigência do diploma de jornalista?

O blog do jornalista e professor Eliomar de Lima publica um artigo interessante sobre tema polêmico: a obrigatoriedade ou não de exigência do diploma de jornalista, que estará em votação no STF nesta 4ª.feira, dia 10 de junho. Quem assina é a professora Ivana Bentes, diretora da Escola de Comunicação da UFRJ. Confira:

“Caros, midialivristas de todo o Brasil e uma quantidade significativa de professores e estudantes de Comunicação são a favor da formação superior em Jornalismo, em Rádio e TV, em Publicidade, em Cinema e em todas as habilitações de Comunicação e ao mesmo tempo contra a exigência corporativa do Diploma apenas para exercer a profissão de jornalista, o que “exclui” as demais habilitações do exercício desta profissão e exclui os fazedores de mídia e midialivristas vindos dos mais diferentes campos do conhecimento e com a mais diversa formação.
Por que a Fenaj e outras entidades corporativas não esclarecem que o fim da exigência de Diploma para trabalhar em jornalismo não significa o fim do Ensino Superior em Jornalismo? Que os Cursos de Comunicação e de Jornalismo não vão acabar com o fim dessa exigência? Que centenas de Cursos Superiores extremamente bem sucedidos e disputados, inclusive no campo da Comunicação (como Publicidade) não tem exigência de diploma para exercer a profissão e são um sucesso com enorme demanda?
Ao invés de esclarecer que são duas coisas distintas, confundem a todos! É a pedagogia da desinformação e do “medo”, a pedagogia da “reserva de mercado” para um único grupo de profissionais, os “jornalistas”, tirando a oportunidade e a empregabilidade de tantos outros jovens formados em Comunicação e não reconhecendo a potência da Mídia Livre.
Nada justifica esta “excepcionalidade” no cenário das mídias digitais! A não ser….o corporativismo.
A exigência do diploma pode acabar na quarta-feira mesmo (o Supremo Tribunal Federal incluiu na pauta da sessão de quarta-feira, dia 10 de junho, o julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961 que extingue a exigência de diploma para exercer jornalismo) que os Cursos de Comunicação e a habilitação em jornalismo e a formação superior não vão acabar!
A Fenaj, o FNPJ não podem ter como base da sua argumentação uma relação falsa, como se o fim da exigência do diploma para exercer a profissão significasse o fim do Ensino Superior de Jornalismo!
A Comunicação e o jornalismo são importantes demais para serem “exclusivas” de um grupo de “profissionais”. A Comunicação e o jornalismo hoje são um “direito” de todos, que devem ser exercidos por qualquer brasileiro, com ou sem diploma.”
Ivana Bentes

http://direitoce.com.br

sexta-feira, 5 de junho de 2009




Proibido morrer
Seria cômico se não fosse trágico, mas, segundo a líder de trabalhadores rurais, Conceição Borges, os cartórios da zona rural não dão plantão nos sábados, domingos e feriados, o que impossibilita aos parentes de pessoas falecidas nestes dias de tirar a certidão de óbito, documento necessário para o sepultamento. “Tá proibido morrer nos fins de semanas e feriados na zona rural”, protestou a atuante dirigente sindical.

Ao povo o que é do povo
Eu até que entendo a revolta de algumas pessoas quando o poder público gasta o nosso rico dinheirinho para contratar bandas de axé music para festas juninas. Eu também sou contrário a isso. Mas, se é uma festa particular, fazer o que? E de toda sorte, o povo, o populacho, o povão, gosta mesmo é de merda. E se de merda vive o povo, merda demos a ele. Eu, cá do meu cantinho, prefiro champanhe com caviar.

Ao povo o que é do povo I
Mandem ver, governadores e prefeitos. Dêem ao povo o que o povo quer. Afinal, cada povo tem o governo que merece.

Do contra
Nas décadas 70 e 80, eu lutei contra a ditadura militar, e fui usado como massa de manobra pelos políticos de esquerda. Com o fim da ditadura, fui chamado de vira casaca, traidor e outros bichos, porque exerci livremente o meu direito de escolha, como convém a uma democracia, e passei a votar em pessoas, e não em partidos ou candidatos. Mas, ainda assim, percebi que algo não estava certo. Atualmente, vendo a roubalheira que Lula instalou no governo, passei a lutar contra isso. Mas, novamente percebi que estava sendo usado. De modo que, de agora em diante, eu não vou lutar contra mais nada. Vou, é claro, combater o roubo, a corrupção e a vagabundagem, com as armas que tiver. Mas apenas sob um lema: Hay gobierno? Soy contra!

Aliás
Como dizia Raul Seixas: “com meu cabelo grande eu fiquei contra o que já sou”.

É, merece reflexão
De Lula, com aquela voz rouca de bebum: “Como é que um país que consegue achar petróleo há 12 mil metros de profundidade, não pode achar um avião há 2 mil metros?”

Desastre
A queda desse avião ainda vai matar muita gente.

Desastre I
Por falar na queda desse avião, a imprensa nacional, especialmente a Rede Globo, esqueceu completamente dos flagelados das enchentes do Nordeste, que ainda sofrem sem casa, alimento e tudo o mais, e passou praticamente a semana inteira só falando do desastre aéreo. Não que eu ache que as vítimas e suas famílias não mereçam a atenção dada pela imprensa e pelo Governo Lula, mas, que se dê a mesma atenção às duas tragédias.

Passarinho dá cadeia
Dilton Coutinho disse que “estão matando gente em Feira de Santana como se mata passarinho”. Não é bem assim não, comendador. Matar passarinho é pior do que matar gente. Dá cadeia e é crime inafiançável.
Aliás, eu soube que, recentemente, alguém atropelou um tatu e está preso. Tomei um susto, mas depois soube que o tal “tatu”, não era o meu amigo, mas apenas um animalzinho silvestre.

Libera o Tôim
A pedido do deputado Sérgio Carneiro (PT) a Câmara Municipal aprovou a mudança do nome da Avenida Antônio Sérgio Barradas Carneiro, para Sérgio Barradas Carneiro. O povo se refere àquela artéria simplesmente como Sérgio Carneiro. Além disso, o deputado já retirou, na justiça, o prenome Antônio, do seu nome. Mas, o vereador Marialvo Barreto (PT), não gostou, alegando inconstitucionalidade, e disse que vai recorrer. A polêmica está criada. Talvez, por falta de coisa melhor para fazer, o vereador não quer liberar o “tôim”.

Personalidade
“Me dou melhor com ele (Jason Button) do que me dava com o Michael (schummaker), inclusive saímos para jantar”. De Rubinho Barrichello, para quem, eu acho (e a torcida da Seleção Brasileira de Futebol, também), falta personalidade.

Preconceito?
O próprio Dunga disse que, “antes daquele gol, ninguém falava em Nilmar na Seleção”. Então, não entendo porque ele convocou Nilmar, em detrimento de Grafite, que vem matando a pau, jogando um futebol agressivo e criativo. Além disso, é muito mais experiente que o menino Nilmar. Mas, Dunga é gaucho, jogou no Internacional. Nilmar é Gaucho, joga no Internacional. Nilmar é branco. Grafite é negro. Seria só coincidência?

Grupos
Você gostava de trabalhar em grupo no colégio? Você era daqueles que trabalhavam, faziam a parte que lhes cabia? Ou deixava os outros trabalharem por você e, depois, recebia a nota em grupo? Se você era do primeiro grupo, você pode ter sido bem sucedido, ou não. Se era do segundo grupo, você deve ter virado político ou funcionário público.

Trem bala perdida
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira (3) que o trem-bala entre as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo estará pronto em 2014, ano em que o país receberá a Copa do Mundo de futebol. De onde partirá esse trem? Das favelas do Rio?

_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_ *_*_
Por hoje é só que agora eu vou ali fazer a parte que me cabe neste latifúndio que é o planeta Terra.

Artigo da Semana


Depende de nós

Depois que um sujeito, trajando uma camisa com o símbolo do Partido dos Trabalhadores (PT) me abordou na Avenida Getúlio Vargas, na época das eleições de 2008, e me ameaçou de morte, eu pensei que tudo não passasse do calor da disputa eleitoral, na qual eu, como é do meu feitio, assumi posição bastante clara quanto aos meus candidatos, que, no final, foram eleitos.
Passado o pleito, eu pensei que a raiva arrefecesse, pelo menos, até a próxima eleição. Mas não foi o que aconteceu. Eu tenho sido insistentemente provocado nas ruas por pessoas estranhas e mal encaradas, com visíveis propósitos agressivos. Até agora tudo não passou de discussão, sem maiores problemas. Mas tudo tem limite.
Como se não bastasse, hackers estão invadindo meus computadores, tentando me causar prejuízos e espionar minhas ações na Internet. Eu já tenho algumas suspeitas e algumas certezas, mas preferi investir em programas de defesa e tenho obtido bons resultados. Mas, eu não posso, pelo menos ainda, ver o rosto dos meus covardes agressores, mas sei quem são seus mandantes.
Durante a festa de aniversário de Carlos Geilson, algum vagabundo roubou meu celular. Seria normal, se o celular valesse o risco. Era um tipo de aparelho comum que custa algo em torno de R$ 20 numa loja de usados. Mais tarde, vi um político que não gosta de mim (nem eu gosto dele), cercado de indivíduos suspeitíssimos, como ele mesmo o é. Deduzi então porque meu celular foi roubado. Mas não posso provar. E também, recuperei o meu número com um custo de apenas R$ 5, 00.
De toda sorte, desde o dia em que vim ao mundo e tomei conhecimento da minha existência, entreguei minha vida nas mãos de Deus e não tenho medo de nada nem de ninguém. Contudo, para que eu não me torne um defunto sem choro, eu pedi a alguns amigos que, caso eu tenha uma gripe ou coisa pior, façam com que meus inimigos também sofram o mesmo. Isto já está justo e acertado.
No mais, eu gostaria de pedir aos meus queridos leitores que, não se escondam, não tenham medo. Ajudem-me a fazer vir à tona as mazelas dos indivíduos que tramam contra a paz e justiça na cidade. Os seus rostos precisam ser revelados. Suas falcatruas precisam ser denunciadas. E isso, eu só posso fazer se tiver nas mãos provas contundentes. Vocês podem fazer isso. É preciso mostrar que a cidade é nossa, e não deles.
É bom receber telefonemas, cartas, e-mails, e pessoas nas ruas me parando para elogiar o meu trabalho. São centenas, e isso demonstra que há muita gente que pensa como eu, e tem em mim um porta voz.. Mas, sozinho eu não posso fazer muito. Com o apoio dos meus conterrâneos, trabalhadores e honestos como eu, posso mudar muitas coisas. Só depende de nós.

Aberração


Esta aberração vermelha é uma loja franqueada da operadora telefônica Claro, em flagrante desrespeito para com o patrimônio arquitetônico de Feira de Santana. A loja está localizada no prédio onde já funcionaram a Prefeitura e a Câmara Municipal, e que foi totalmente restaurado pelo governo municipal, que aspira o tombamento do mesmo. Com a pintura em vermelho, o prédio fica descaracterizado. E acontece justamente no momento em que técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural (IPAC) estão em visita à cidade, vistoriando prédios tombados e em processo de tombamento. As autoridades municipais precisam tomar providencias urgente.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Crônica da semana


Estórias domésticas II

Eu já contei aqui a estória de Vicente, um empregado doméstico que apareceu na casa dos meus pais. Naquele tempo, era comum se ter empregados e empregada domésticas. As mulheres, hoje chamadas de “Secretárias de Madames”, cabia, e ainda cabe, o trabalho mais feminino, tipo varrer a casa, tirar poeira dos móveis, arrumar camas, por a mesa, cozinhar, lavar pratos, etc. . Aos empregados, as tarefas mais pesadas, tipo, aparar a grama, lavar sanitários, fazer emendas hidráulicas ou elétricas, capinar quintais, etc. Eram também como uma espécie de “Office-Boys”, sempre prontos para realizar mandados.
Essas pessoas, de um modo geral, eram oriundas da zona rural, e por conseguinte, simples e humildes, e não muito afeitas às modernidades das cidades. Eu sempre tive um carinho muito especial por eles, que povoavam minha mente infanto-juvenil com estórias mirabolantes e fantasmagóricas, de bois encantados, princesas, lobisomens, caiporas e mulas sem cabeça. Na minha adolescência, deixei o povo da casa furioso porque resolvi colocar-me no lugar deles e passei a executar tarefas domésticas, para entender como se sentiam. Acreditem, não é boa coisa.
Na sua simplicidade eles também me divertiam quando se atrapalhavam, principalmente, por não compreender certas coisas bem comuns a quem vive na cidade. Apareceu lá em casa um molecote chamado Teodorico, que se tornou mais um meu companheiro de brincadeiras do que exatamente empregado doméstico. Um dia Iara o chamou e mandou que fosse até a casa de Ada, que era bem próxima: “Vá lá e diga a dona Ada que é pra ela me mandar a receita do Arroz de Forno”.
“Durico” – era como eu o chamava – Arregalou os olhos, espantado, mas não se fez de rogado. Chegou na casa de Ada, ainda com os olhos arregalados, e falando rapidamente, em frases entrecortadas, pronunciadas por entre os dentes: “Dona Ada... Dona Iara disse que é pra senhora mandar... a receita do... Arroz de Corno”.
Foi também na casa de Ada que presenciei um diálogo interessante. Ela tinha uma empregada que não dormia lá. Ela chegava às seis da manhã e à tarde ia para casa, onde morava com um irmão. Um belo dia ela não apareceu para trabalhar e nem deu satisfação. No dia seguinte, ela simplesmente chegou começou a trabalhar, preparando o café da manhã, como se nada houvesse acontecido. Quando nos sentamos à mesa e ela veio servir o café, Ada perguntou:
- Tonha! Por que você não veio trabalhar ontem?
- Sabe, dona Ada, é que meu irmão arrancou um dente e eu tive que ficar com ele.
- Ora, menina. Que idade tem esse seu irmão, que precisou que você ficasse com ele só porque extraiu um dente?
- Ele já é homem feito, dona Ada, mas é que ele arrancou o dente no cru (sem anestesia, dente inflamado).
A gente até que entendeu, mas Pipiu arregalou os olhos e perguntou:
- Aonde...?
Foi o professor e poeta Antônio Lopes, que em vida foi assíduo freqüentador do Boteco do Vital, quem me contou este diálogo, presenciado por ele, entre patroa e empregada. Segundo ele, a empregada varria o passeio quando a madame chegou até à porta indagando:
- Menina, pra que você deixou você deixou uma boca do fogão acesa, sem ter nada para cozinhar?
- Oxente! A senhora não disse que é pra economizar fósco?
Empregadas domésticas eram assim mesmo. Hoje elas estão mais espertas. Algumas até espertas demais. Mas eu tenho uma lá em casa que ainda guarda a simplicidade e inocência das antigas domésticas. Ainda outro dia, meu filho Leno, de dez anos, quase não tocou no prato de feijoada que Maura havia colocado para ele. A empregada então veio me falar:
- Olha seu Cristóvam. Leno não comeu a feijoada, eu vou botar pro cachorro.
- Uma ova. Eu mordo ele, se ele tocar nesse prato. Deixa aqui que eu mesmo como. Vê lá se vou fazer feijoada pra dar a cachorro.
- Oxente, seu Cristóvam. Ele também é humano, igual ao senhor.

Deu no Claudio Humberto