CARNIFICINA
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2011, dão conta de que,
no mundo, mais de 270 mil pedestres morrem por ano, no trânsito, mesmo
trânsito que mata, no geral, cerca 1,5 milhão de pessoas. No Brasil,
foram 600 mil mortos em 10 anos. Uma carnificina que não é provocada só
pelo álcool, mas também por uma série de fatores com os quais não se
mexe (inclusive a própria qualidade e solidez dos veículos).
Frase: "Uma das notáveis diferenças entre o gato e a mentira é ter o gato apenas nove vidas." (Mark Twain)
Em que lugar está esse País de que fala Mantega?
O ministro Guido Mantega, que eternizou-se na Fazenda, tem vindo a
público recentemente para discursar sobre um Brasil que a maioria dos
que aqui vivem não conhece. Recentemente, disse que a inflação está sob
total controle, enquanto os preços disparavam nos supermercados, bares,
restaurantes etc.
Agora, Mantega aparece para dizer que estamos "em pleno emprego." Bem,
que ele não viva o dia a dia do cidadão comum, e, portanto, não saiba o
que se passa além dos números e estatísticas facilmente manipuláveis
dos órgãos oficiais que medem renda, emprego etc., é compreensível.
Todavia, deveria ao menos ler jornais, ouvir rádio e ver TV, e, assim,
saberia que já houve milhares de demissões, voluntárias ou não, na
indústria (notadamente nas montadoras), que a Mercedes, como se noticiou
ontem nesta Tribuna, está negociando a redução dos salários no ABC e
que, pasmem, ali, ao seu lado, na Esplanada dos Ministérios e
redondezas, a Infraero quer demitir 2,5 mil pessoas e a Petrobras já
negociou a demissão de outro tanto.
Nas ruas, principalmente do Norte e Nordeste, milhares de pessoas vagam
em busca de emprego e outras tantas aceitam trabalhar por meio salário
mínimo ou até menos, como ocorre amplamente no interior e na zona rural.
Pois é, ministro, esta é a realidade GERAL do País. Ou, então, quem está
delirando sou eu, que não vivo em palácios nem gabinetes e conheço de
perto a vida da população sofrida.
Uma armadilha
no trânsito (I)
Acontece em algumas outras vias da cidade, mas vou citar o exemplo que
conheci mais recentemente: na Avenida Luis Eduardo Magalhães, o limite
inicial de velocidade é de 80km/h. No entanto, próximo à chegada do
viaduto que dá acesso à Paralela, esse limite é bruscamente reduzido
para 60 e, imediatamente depois, 40 km/h.
As placas que sinalizam a velocidade são aquelas redondinhas, clássicas,
que ficam minúsculas no alto dos postes, difíceis de serem vistas por
motoristas que estejam preocupados em dirigir de verdade. Um esparro!
Uma armadilha
no trânsito (II)
O que me parece é que armou-se uma autêntica armadilha para arrecadar multas.
Sou da opinião que, no caso de mudanças com redução brusca dos limites
de velicdade (aliás, devo dizer que 40km/h é, sim, uma velocidade limite
necessária para aquela curva do viaduto) deveria haver uma placa maior
que, de forma honesta, indicasse ao motorista que o limite de 80km/h
será bruscamente reduzido para 40km/h, metros adiante. Do contrário,
repito, parece mesmo uma astuta armadilha.
Mais uma farsa
evidente
Tiroteios, pânico de moradores que temem aparecer nas janelas e sair às
ruas, tráfico de drogas, e eterna guerra entre polícia e traficantes.
Assim estão favelas "pacificadas" pela UPPs de Sérgio Cabral,
ex-governador do Rio de Janeiro. Aliás, onde esse cara se meteu que não
houve farsa? Santo Deus!
Assim é fogo,
galera! (I)
Da coluna de Ancelmo Góis, em O Globo: "A conta é da Associação Nacional
das Empresas de Transportes Urbanos. Chegou a mil o número de ônibus
queimados nos últimos dez anos no Brasil. E o que é pior: mais da metade
foi incendiada nos últimos seis meses."
Assim é fogo,
galera! (II)
Mas o problema não é novidade. Em agosto de 1981, em Salvador, ocorreu
quase uma semana de depredações de ônibus, quando mais de 400 veículos
foram seriamente danificados e mais de uma dezena incendiada.
E olhe que naquela época o país ainda era governado pela ditadura militar (presidente Figueiredo).