sábado, 11 de outubro de 2008

"Os Genéricos" no Antiquário


“Os Genéricos”, hoje no Antiquário

A banda "Os Genéricos" se apresenta neste sábado no bar "Antiquário" localizado no Ponto Central, próximo ao Feira Hall e do Pastel do Jaime, na rua General Mendes Pereira, no bairro Estação Nova.
A banda "Os Genéricos" é formada por Robério (guitarra leader e voz), Carlinhos(guitarra base e voz), Romário (guitarra solo)Wilson Simonal (baixo e backing vocal) e Elio (bateria e backing vocal).
O grupo interpreta rocks dos anos 50 até os mais recentes, constando do seu repertório musicas de Renato e seus Blue Caps, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Brazilian Beatles, Fevers, John Lennon, George Harrison, Capital Inicial, Rita Lee, Barão Vermelho, Cazuza, Lulu Santos, Peter Frampton, R.E.M., Pink Floyd e outros, fazendo uma verdadeira tournée pelos grandes sucessos desse estilo que revolucionou a musica pop mundial.

Raiva e veneno

A galera vermelha tá com raiva. Está destilando tanto veneno que quem morder a língua morre.

Mas, como diz a bárbara, aqui não é lugar pra vagabundos nem covardes destilarem suas fúrias.

Vão chorar no pé do caboclo!

Se é por falta de bússola, Salvador fica ao Leste, é ´sópegar a BR-324.

A rurá já está lá.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Deu no Blog Demais

Texto recolhido por Dimas Oliveira: “Já disse que não gosto e não quero excluir os comentários de ninguém. Mas tudo tem limite. Algumas das mensagens enviadas para comentar sobre o lançamento do livro (excelente, diga-se) do Reinaldo Azevedo foram tão repugnantes, infantis e infestadas de inveja e fel, que não me restou alternativa senão jogar tudo no lixo e depois tomar um belo banho de sal grosso. É inacreditável constatar que alguns símios não se acanham em compartilhar seus dejetos mentais com outras pessoas. Pior, ainda se orgulham da baixeza de seus sentimentos. Ainda me desafiaram a publicar a imundice deles. Pois eu digo para essa gentalha: xô, escória! Matem-se entre si (o prefeito Celso Daniel e Toninho de Campinas, que o digam) e nos livrem de uma vez por todas de suas porcas presenças. Aqui no meu mocó particular, conquistado a duras penas, vocês não metem o bedelho, chavistas e castristas de araque; quero ver vocês fazerem fila para comprar papel higiênico lá em Havana ou na aprazível Caracas, seus piolhos sifilíticos. Podem chorar e espernear o quanto quiserem. Vagabundo aqui não tem vez”!

Cachorro morto
Provocações não faltam, mas eu não vou sair por chutando cachorro morto. Pra mim agora é hora de saborear a vitória, deitado na minha velha rede, ao lado da minha linda mulher, fumando um bom charuto, tomando uma pinga da boa, com tira-gosto sertanejo e ouvindo MPB. Como disse, tô com Deus e tô contente.

O fenômeno
Tracajá que me perdoe, mas o “fenômeno” este ano foi o Dr. Getúlio Barbosa. 5.745 votos. É verdade que ele teve 6.066 votos na eleição passada, mas se levarmos em consideração o alto índice de abstenções, votos nulos e brancos, sua votação foi maior este ano. Como diz Paulo Souto, “nada vence o trabalho”.

Puxa saco
Nem bem acabou a eleição e já tem puxa-saco levantando o nome de José Ronaldo para governador. A guerra pelos cargos vai começar, e o cordão dos puxa-sacos cada vez aumenta mais.

Saco errado
É bom lembrar que, estão puxando o saco errado. O prefeito será Tarcízio Pimenta. José Ronaldo já disse, de forma coerente, como lhe é peculiar, e em alto e bom tom: “Vou terminar o meu mandato, depois tiro férias com minha família, e volto para fazer política. Sou candidato em 2010, só não sei a que. Isso quem vai decidir é o nosso grupo político”.

E C Bahia
Se eu fosse diretor do Bahia trocava de técnico toda semana. É só trocar o técnico que o time vence. Depois volta à rotina de derrotas.

Futsal
Apesar de ter pela frente fortes equipes como Portugal e Espanha, acredito no time do Brasil. Neste sábado começa a fase do mata-mata. Eu, que adoro futebol de salão, não posso perder.

Futsal I
Comparem bem: Futsal é jogado em dois tempos de 20 minutos, mas com bola corrida. O cronômetro para se a bola sai, se uma falta é marcada ou se um jogador se machuca. Quase não existem faltas. Pode-se se fazer quantas substituições quiser. Não tem impedimento. Os jogadores estão em constante movimentação, como num carrossel. As jogadas são de grande beleza plástica. Em nada se compara ao catimbado, viciado, desorganizado e velhaco futebol de campo. Além disso tudo, os jogadores de Futsal,em sua grande maioria, têm nível cultural superior.

Dívida
Zé do Norte, suas viúvas e os petralhas estão chorando lágrimas de sangue. Eles que estão acostumados a chorar lágrimas de crocodilo, estão tendo que amargar ver a Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana quitar a última grande dívida, deixada pela administração deles. Aliás, a dívida para com a Embasa, que era de R$ 1.5 milhão, foi reduzida para R$ 780 mil e foi paga. Sorry, periferia. Dá-lhe Outran Borges.

Hipócritas
Eu respeito o direito dos jornalistas que optam por não tomar partido em eleições. Isso é Democracia. Porém, não aceito a crítica por ter decidido tomar partido. Uso todas as armas que tiver para defender o que acho justo, correto e melhor para minha cidade, meu estado, meu País. Principalmente não aceito crítica de hipócritas que me acusam de ser partidário, mas o fazem apenas pelo fato de que contrário aos interesses deles, que tomaram outros partidos. Se é para ser imparcial, vamos ser por inteiro.

Dura Lex
O sub-delegado do Trabalho, José Batista, foi taxativo. Questionado sobre se a empresa pode pagar o vale transporte em dinheiro, respondeu com um sonoro não. Porém, quando questionado se achava isso justo, esquivou-se, dizendo que não entra no mérito da questão. Dura Lex, Sed Lex, diz o velho ditado. Não concordo. As leis funcionam como excelentes guias de conduta, mas um homem dever ter liberdade para interpretá-las e agir com bom senso de acordo com a situação. É por causa dessa frieza na interpretação e aplicação das leis (muitas delas absurdas), que o mundo está do jeito que está. Um professor não pode repreender um aluno, um pai não pode dar uma palmada ou uns bolos num filho travesso.

Philosopher
“Sogra é como onça pintada. Todos querem preservar, mas ninguém quer ter em casa”.

Orquestra Ouro Preto
Neste domingo (12) a Orquestra Ouro Preto, de Minas Gerais, se apresentará no Teatro do Centro de Cultura Amélia Amorim, às 20 horas, com entrada franca. Segundo o maestro Rodrigo Toffolo “o objetivo deste concerto é mostrar um pouco da efervescência cultural típica da América Latina”. Na abertura, a Orquestra interpreta a “Suíte St. Paul”, de Holst, e em seguida, transita no universo da música brasileira com a mostra de obras dos compositores brasileiros Edmundo Villani-Côrtes e Edino Krieger.

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Por hoje é só, que agora eu vou ali assistir a uma bela partida de futsal.

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida... mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure sempre...” Vinícius de Moraes.

Criando galinhas

Ouvindo velhos sucessos dos “Golden Boys” (alô rapeize dos anos 60), tem uma música que diz assim: “Eu não vou mais trabalhar, só vou criar galinha”. Bons tempos aqueles em que criar galinha não dava nenhum trabalho. Aliás, com a evolução tecnológica, que teoricamente nos traria mais comodidade, o trabalho aumentou. Senão vejamos o que é preciso para se executar uma tarefa tão fácil quanto criar galinhas.
Antes de mais nada você tem que tomar um curso de capacitação que estas empresas estatais, ou até mesmo as grandes companhias avícolas oferecem. Após o curso, você recebe um certificado e um manual do avicultor. Daí então você parte para construir o galinheiro. Escolha um local seco, ventilado, com água tratada, fácil acesso e não sujeito a alagamento. O galinheiro deve ser construído no sentido Leste – Oeste (como os templos maçônicos), de tal modo que o sol acompanhe a cumeeira do galinheiro. Observe que para cada 50 galinhas você deve construir 10 m² de galinheiro.
O beiral do telhado deve ter um metro e as muretas laterais 50 centímetros. O espaço entre a mureta e o telhado deverá ser preenchido com tela galvanizada, n° 16 com malha de ¾ de polegada. As muretas são de alvenaria e as telhas de cerâmica e o piso de cimento. As lâmpadas deverão estar a altura de 2.10 metros do solo. Você também deverá construir uma porta a cada 6 metros e usar cortinas para fechar as laterais do galpão. A temperatura ambiente deve ser controlada, bem como a luz, pois ninhos quentes e muito iluminados não são procurados pelas galinhas.
Você deve instalar comedouros e bebedouro que não permitam a entrada das aves de corpo inteiro, mas apenas a cabeça e o pescoço. Faça círculos de proteção para os pintos, com lâminas de eucatex, metal ou compensado, com 60 cm de altura, e sobre eles coloque uma campânula para aquecimento. A cama do piso, na altura de 3 a 5 cm, deve ser de maravalha, sabugo triturado, casca de arroz ou café, para impedir que a umidade do chão e das fezes chegue até as aves.
O mesmo material usado no piso, que dever ser seco, sem mofo, sem pó e sem produtos tóxicos, deve ser usado nos ninhos. Estes, aliás, devem ser colocados em 3 linhas sobrepostas nas paredes da cabeceira do fundo do galinheiro, e as camas devem ser trocadas a cada 15 dias. Os poleiros devem ser construídos na frente dos ninhos, para facilitar o acesso das aves. São de forma triangular, em ripões de madeiras de 2,54 X 4 cm, no comprimento de 2 metros e à altura de 1,2 metro do solo. Pulverize desinfetantes nos equipamentos e instalações.
Há muito mais a fazer até o galinheiro estar pronto para receber as primeiras aves. Mas lembre-se que deve dar boa ração e vacinas contra todas as moléstias que atingem as aves (cuidado com a gripe aviária). Acima de tudo, lembre-se que as galinhas devem permanecer confinadas, comendo dia e noite, recebendo hormônios de crescimento rápido (40 dias para o abate).
E nunca elas devem comer baratas, gafanhotos, carrapatos, escorpiões, cobras, sapos, lagartixas e fezes de outros animais, que deixa a carne das galinhas com aquela consistência e sabor que tanto apreciamos, e que nos faz lembrar dos domingos com a família reunida para comer aquele delicioso frango que a mamãe preparava.

As lições que ficaram

Após as eleições a gente começa a refletir sobre os acontecimentos do percurso e tiramos algumas conclusões. São as lições que ficam para que não cometamos mais erros no futuro. Por exemplo, ficou patente, mais uma vez que, ao contrário do que se diz, o dinheiro nem sempre prevalece. Candidatos endinheirados não se elegeram, enquanto que outros, apenas com trabalho e carisma, obtiveram sucesso.
Mais uma vez o eleitorado feirense provou que voto não se transfere com facilidade. O prefeito José Ronaldo, com todo o prestigio que tem, não conseguiu eleger seus preferidos. Aliás, o grande número de abstenções demonstra claramente que a transferência de votos para Tarcízio Pimenta não foi a esperada.
Já há algum tempo, o eleitor feirense vem dando demonstração de amadurecimento político, não se deixando enganar por falsas promessas, por candidatos tidos e havidos como oportunistas, preferindo aqueles que cumprem o que prometem e realmente trabalham e dão a devida assistência aos seus eleitores. E como sempre acontece, quem não mostrou serviço amargou derrota. Não por acaso, mais uma vez a Câmara Municipal teve seu quadro renovado em mais de 50%.
Há, entretanto, algumas surpresas que precisam ser analisadas, como a não eleição de Genésio Serafim (3.208 votos) e a baixa votação de Ribeiro (eleito com 3.812 votos), ambos do DEM. Os dois são considerados bons vereadores, e precisam avaliar o que ocorreu para evitar novas surpresas.
Quanto às eleições para a chapa majoritária, nenhuma surpresa. Deu o que tinha que dar, o que já era esperado, o que as pesquisas apontavam. E ao contrário do que muita gente queria, e esperava, o raio não caiu novamente no mesmo lugar. Isso para desespero de quem esperava que acontecesse com Tarcízio o mesmo que aconteceu com Paulo Souto na eleição para governador.
A lamentar apenas a agressividade da militância petista, que arrebentou o carro do deputado Tarcízio Pimenta, na porta da TV Subaé, no dia do debate ente os candidatos naquela emissora. Mas, a bem da verdade, aquela violência foi promovida por gente que veio de fora. A militância local não tem esse perfil.
O tabuleiro do xadrez político será novamente montado para o novo jogo que começa agora e termina em 2010.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Eleições
Ainda bem que acabou o “hilário eleitoral”. Afora algumas coisas engraçadas como a “zebrinha”, o pára-quedista, Fred e Barney, o papagaio e Mr. Bean, e ainda os apelidos (bico de bule é ótimo) eu já não agüentava mais o barulho e a quantidade de gente me pedindo voto. Agora é votar e correr para um local agradável, botar o carneiro na brasa, temperado com pimenta, convidar Fred, Barney e Mr. Bean, e me divertir acompanhando as apurações. 56%: É mole, ou quer mais?

Eleições I
Em Portugal, e creio que também em outros países mais civilizados, os partidos apresentam seus candidatos aos cargos eletivos e os eleitores votam nos partidos, e não em candidatos. O partido vencedor é que vai governar o município, o estado ou a nação. Creio que desta forma se gasta menos dinheiro e se tem resultados melhores.

Bicuda
Fred Flintstone, pavio curto, perdeu as estribeiras e disse que, se fosse há 20 anos atrás, num campo de futebol, daria uma bicuda na canela de “Bocão”. Ele deve ter sido um daqueles zagueiros “Brucutu”, sem recursos e violento. Péssimo jogador.

Sem eira e nem beira
O rato já está arrumando a mala aê para voltar para Salvador, de onde nunca deveria ter saído. Mas, o que será do dono da ratoeira? Será que vai chorar no pé do caboclo Wagner para pedir um carguinho pelo amor de Deus?

Futsal
Antigamente era Futebol de Salão, mas não importa, Futsal ficou legal (rimou). Como ex-praticante e amador do esporte, estou feliz com a Seleção Brasileira que ora participa da Copa do Mundo. Em que pese os 12 X 1 contra o Japão e os 21, isso mesmo 21 X 0, contra as Ilhas Salomão, o campeonato começa mesmo para o Brasil neste sábado, às 10:30, contra a Rússia. Espero um belo jogo. Com o Brasil jogando um futebol ágil, coletivo, objetivo e solidário, creio que chegaremos lá. Tá jogando bonito o nosso Futsal. E o melhor de tudo é que não tem Renato Teixeira, não tem estrelismos e, melhor ainda, não tem Galvão Bueno.

Assino em baixo
“Quem tem serviços prestados à sociedade consegue evidentemente atingir a sensibilidade do eleitor. Dia 5 vem aí, os mentirosos e enganadores terão a resposta nas urnas”. (Renato Ribeiro, radialista).

Rede na Varanda
Tá muito bom o disco novo de Timbaúba, Rede na Varanda. O poeta estava com a sensibilidade à flor da pele quando criou as letras das músicas. Gostei!

Agradecimento
Agradecemos a todos os amigos que compareceram à igreja do Cristo Redentor, quarta-feira passada, para participar da missa em Ação de Graças pelos 50 anos de Maura Sérgia. Foi realmente uma noite de muita alegria. Muito obrigado, amigos.

Philosopher
“A razão de um cão ter tantos amigos, é que ele abana mais o rabo do que a língua”. (anônimo).

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Por hoje é só, que agora eu vou ali votar e depois armar a rede na varanda Tô com Deus e tô contente! Sorry, periferia...
“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida... mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure sempre...” Vinícius de Moraes.

O “preço” do seu voto


Muito oportunamente a Igreja Católica lançou uma campanha esclarecedora sobre a responsabilidade de cada cidadão na hora de votar. Sob o tema “Voto não tem preço, tem conseqüência”, a Igreja tem alertado a todos, fiéis ou não, sobre as conseqüências de um voto mal dado, simplesmente trocado por um favor ou uma promessa, como se o ato de votar não contenha em si toda a carga decisiva sobre os acontecimentos futuros.
Numa cartilha lançada pela Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o presidente, Dom Moacyr José Vitti, declara que “a sociedade brasileira está profundamente indignada com a falta de ética na política. A corrupção eleitoral está presente em todos os âmbitos. É preciso instalar uma nova consciência política iluminada pelo lema que mobilizou os movimentos sociais nos últimos anos: voto não tem preço, tem conseqüências. Precisamos valorizar o nosso voto, ele é precioso, não se compra”, diz o arcebispo de Curitiba.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) também publicou um “Guia do Eleitor Cidadão”, onde orienta os eleitores sobre diversos aspectos de uma eleição e, principalmente, sobre os crimes eleitorais, entre eles, a compra ou venda de votos. “A compra ou a venda de voto, seja com dinheiro, presentes ou qualquer favorecimento é crime que pode ser punido com até quatro anos de prisão e pagamento de multa. E o candidato, além da multa, pode ter o registro ou diploma cassado”, diz o Guia.
Ainda segundo o Guia, “as eleições são muito importantes, pois definem quem administrará o município, fará as leis e representará os cidadãos nos próximos quatro anos. Uma boa escolha pode resultar em uma administração honesta e competente, boas leis e desenvolvimento. Uma má escolha pode levar à decadência do município, à corrupção, a leis e serviços ruins”.
Portanto, na hora de votar, analise a história de vida do candidato: o que ele já fez, que idéias defendeu, se está metido em encrencas ou se tem apenas uma boa conversa. Desconfie do candidato que não apresente projetos viáveis e úteis para a comunidade e o município. Cuidado também com o candidato que promete maravilhas, pressiona os eleitores e critica os adversários, sem dizer como vai trabalhar para realizar suas promessas.
Lembre-se que honestidade não é proposta de governo, é o mínimo que se espera e que devemos cobrar de qualquer um, seja político ou não. O voto de todo cidadão tem o mesmo peso e nos dá a oportunidade de eleger bons representantes e evitar a eleição de maus políticos. Além disso, se você não votar, estará abrindo mão do direito de escolher os seus governantes e estará deixando que os outros façam isso em seu lugar.
Na hora de votar, lembre-se também daqueles que, durante a ditadura militar, foram presos, torturados e mortos, na luta para assegurar o nosso direito de escolher os nossos governantes.

Valmir


Pense num cara desligado. Pensou? Valmir era mais. Até hoje eu não sei ao certo de onde ele veio e nem pra onde foi. Sei apenas que se empregou como doméstico na casa dos meus pais, e é só. Eu era bem garotinho, mas não dá pra esquecer. Eu criava um casal de periquitos, desses verdinhos, chamados cuiubinhas, e pedi a Valmir que fosse comprar milho painço para os bichinhos. Ele voltou umas quatro horas depois trazendo dois abanos.
Ele era assim. Esquecia o que tinha que fazer, mas não voltava de mãos vazias. Certa vez, minha mãe mandou ele comprar alguns carretéis de linha. Ele chegou tarde, já com a noite fechada, trazendo um enorme pacote de pães. Assim era Valmir. Ia levando sua vida na maciota, a gente às vezes se zangava com sua malemolência, suas trapalhadas, mas ninguém tinha coragem de despedi-lo.
Foi Pipiu Bahia quem teve a idéia de alfabetiza-lo. Naquela época, Arnold Silva, seu tio, era candidato a prefeito e Pipiu, que namorava Ada, pediu que ela o alfabetizasse para que pudesse tirar título de eleitor e votar em Arnold. Assim começou a tarefa inglória de alfabetizar Valmir.
Ada preparou uns cadernos com folhas de papel pautado, costuradas com agulha e linha, e começou a ensinar o alfabeto a Valmir. Depois passou a ensinar-lhe a formação de sílaba e, finalmente, palavras e frases.
Principalmente, ensinou-lhe a escrever o seu próprio nome. Aliás, um nome com sobrenome inventado, pois ninguém sabia os nomes dos seus pais (nem ele), e foi assim que foi registrado como o nome de Valmir dos Santos. No cabeçalho de uma folha Ada escreveu seu nome e pediu que ele copiasse várias vezes, até encher a folha, com letra cursiva, à guisa de assinatura.
Finda a tarefa, ela disse: Bem, Valmir. Agora que você já sabe escrever o seu nome, assine aqui nesta folha, pra gente ver como é que ficou.
Valmir ficou ali, olhando para o telhado, mordendo a cabeça do lápis, olhando para a folha em branco e meditando profundamente, como se a folha fosse uma esfinge a desafia-lo: “Decifra-me, ou devoro-te”!
Impaciente, Ada cobrou: Vamos rapaz, escreva o seu nome! E Valmir, com toda a paciência que Deus lhe deu, confessou não ser capaz de executar tamanha tarefa. “Mas Valmir – disse Ada, ainda mais irritada – Você acabou de encher uma folha de papel pautado com o seu nome, como é que você diz que não sabe? E Valmir, como que iluminado, com um brilho nos olhos, exclamou: “Ô! E aquilo era meu nome”?
Valmir sabia que o nome da sua mãe era Fausta, mas não lembrava o nome do pai. Aliás, uma vez ele perguntou a Ada se Fausta se escrevia com H. Sobre o pai, ele lembrava apenas que era o nome de um mês. E toca a gente a imaginar. Seria Augusto, Julio? Nada. Alguém até lembrou-se de Setembrino, mas também não era. O único parente que se conhecia de Valmir era um tio, um velho marceneiro que trabalhava na rua da Aurora. E alguém foi lá, saber se o velho sabia o nome do pai de Valmir.
“Olha moço, a gente tá querendo tirar os documentos de Valmir, mas precisamos dos nomes do pai e da mãe dele. A Mãe ele disse que é Fausta, mas o pai ele disse que o nome de um mês, só que a gente não descobriu que mês é esse”. O velho coçou a barba, e disse: “O nome do pai dele é Maximiniano, mas a gente só trata ele por Mauço”.