O Brasil vive um momento dramático com potencial de se
tornar uma ameaça à democracia. A combinação da violência comum que
mostra a falência da administração pública em combater o crime, tão bem
sinalizado no assassinato da vereadora Marielle; as ameaças ao Ministro
Fachinn, relator da Lava-Jato, no STF; as agressões – não o protesto- a
caravana de Lula; os discursos do ex-presidente pedindo a Polícia que vá
dar corretivo em manifestantes e dizendo que vai dar porrada nos
brasileiros, enquanto seus seguranças agridem um repórter da TV Globo; o
voluntarismo anárquico, inescrupuloso e irresponsável dos Ministros do
STF; a sensação de impunidade política, apesar dos resultados da
Lava-Jato, constituem um conjunto de condições de perigosas combinações
que podem desencadear uma convulsão no país.
Além disso, outros eventos irritam os brasileiros:
deputados presos que mantêm seus mandatos, autoridades com foro
privilegiado que nunca são julgados, juízes que acham ético receber
auxílio-moradia, mesmo ilegal, alegando compensação salarial, como se a
motivação anulasse a ilegalidade e, ainda, fazem greve, os assombrosos
valores desviados pela corrupção, e a imposição de uma agenda destinada a
dividir e confrontar os costumes da sociedade- sim, não pensem que ela
está aí por acaso-, gerando um clima de instabilidade emocional, divisão
da Sociedade, contribuindo para deixar o país à beira de um ataque de
nervos.